Há uns aninhos, quando grupos de muçulmanos começaram a atacar judeus por essa Europa fora, as narrativas politicamente correctas não aceitavam esse facto. É por isso que um ataque a um judeu só podia ser da autoria de um skinhead mui branquela . Ainda hoje, depois de tudo o que já sabemos sobre o islamismo radical, os média ainda emperram na hora de dizer que muçulmanos atacam judeus e locais de culto judaicos por essa Europa fora . A extrema-direita é que não emperrou perante este facto. Ao serem confrontados com o anti-semitismo aberto dos islamitas europeus, os fascizóides sentiram a necessidade de romper com o seu passado anti-judeu, anti-Israel. Tal como dizia Pedro Guerreiro (Sol, 5 Agosto), "o papão da conspiração financeira judia foi substituído pela ameaça das ruas dominadas por imigrantes muçulmanos", e Israel é, cada vez mais, defendido pela extrema-direita europeia. Do ponto de vista ideológico, este secundarização do anti-semitismo é uma revolução para a extrema-direita europeia. Uma revolução que, segundo parece, ainda não chegou aqui à nossa extrema-direita. No rescaldo do ato terrorista do branquela norueguês, a assessora de imprensa do PNR fez questão de dizer o seguinte ao Expresso: "mas nunca tinha ouvido falar desse nome e quero distância desta história toda. O que ele fez é abominável e não me identifico sequer com a ideologia dele, para já porque ele é pró-semita". Não há cá confusões, pá.
PS: perante a homofobia aberta das comunidades muçulmanas, a extrema-direita também vai enterrar a sua homofobia? Vamos começar a ver a extrema-direita nas gay parade? Era bonito. Era tão bonito ver fascizóides vestidos com uma t-shirt do arco-íris. Henrique Raposo - Expresso.
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