Leitura e Exemplo para Tempos Difíceis Posted: 27 Oct 2013 04:00 AM PDT Em momentos de grande dificuldade, temos um procedimento estratégico e operacional recomendável. Recorrer a Deus e aos amigos de verdade. Apelei a um caboclo, bom filho do Pai, especialista em assuntos de poder e dança da gafieira. A segunda habilidade dele, aplicada à conjuntura, recomenda que apelemos a um velho sábio francês capaz de nos ajudar a compreender e encontrar uma alternativa para não atravessar o samba neste momento histórico crucial. Dentro ou fora das temporadas de Outubro Rose, meu amigo sempre apela ao exemplo do famoso político e diplomata francês Charles Maurice de Talleyrand-Péricord (1754 a 1838). Contam os biógrafos que, no início da Revolução Francesa (1789 a 1799), o pragmático Talleyrand tomou três decisões – algumas delas que valem para toda a vida e para qualquer situação: - Não remar contra a maré. - Não abandonar seu País, salvo corresse grande perigo pessoal. - Salvar o que pudesse ser salvo. Nascido em família da alta nobreza, Talleyrand sofreu na infância um acidente que o impediu de seguir a carreira militar. Sorte dele e da Igreja! Entrou na vida religiosa, e chegou a ser expulso do seminário, em 1775, por não seguir a regra do celibato. Mas, perdoado, logo saltou de abade a Bispo, em 13 anos. Assim, participou dos Estados Gerais em que defendeu, com brilhantismo, os privilégios da Igreja. Pouco depois, abandonou a batina e, já como líder revolucionário, confiscou os bens eclesiásticos. Sobreviveu ao 93 (o ano do terror de 1793). Fugiu para os Estados Unidos da América. Só retornou à França quando um jovem general reestabeleceu a ordem. Tornou-se seu conselheiro indispensável – mesmo sendo considerado um "Homem-Diabo". Assistiu á ascensão e queda do Imperador Napoleão que, ferido em sua vaidade na batalha de Eylau, resolveu dar uma lição aos russos, invadindo o País e entrando numa fria. Talleyrand sabia que era chegada a hora de salvar a França. A traição em Erfurt foi o meio necessário. Restaurada a monarquia, virou ministro e viveu com glória até morrer, em 17 de maio de 1838, em Paris. Levou para a eternidade o título de Príncipe de Benevento. Segmentos esclarecidos da sociedade brasileira têm muito a aprender com o famoso Mauricinho francês... Mas enquanto tentamos aprender algo com Talleyrand, uns gaiatos espalham pela internet uma proposta de "solução" brilhante e imediata para o Brasil: "Devido ao longo tempo necessário para o Judiciário julgar os casos de corrupção, por uma evidente falta de juízes, a presidenta poderia agir como fez com os médicos: Contratar juízes estrangeiros, dispensando-os do exame de Ordem e do exame de admissão à Magistratura". Os piadistas militantes prosseguem: "Seriam ótimos os juízes chineses, japoneses, árabes, que até cobram as balas para fuzilamento de condenados, cortam as mãos de ladrões, etc. E mandá-los para as regiões mais carentes como Brasília, Maranhão, Alagoas, para avaliar e julgar os gastos da Copa, mensalões, dólares na cueca, verbas e demais desvios, dos quais Lula e Dilma nunca sabem de nada. A ideia é boa?" Enfim, em meio a este samba do afrodescendente doido, o melhor negócio é sair com o meu amigo para a gafieira. Lá, onde ele é rei, pelo menos a gente dança com prazer. Diferentemente do Brasil, onde o samba atravessa cada vez mais, e de forma perigosa, comprometendo o futuro do pagode, até que algum general da banda se junte a outros músicos para recolocar ordem no salão. Não vai ser mole, porque o Brasil parece uma grande piada de salão...
Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus.
O Alerta Total tem a missão de praticar um Jornalismo Independente, analítico e provocador de novos valores humanos, pela análise política e estratégica, com conhecimento criativo, informação fidedigna e verdade objetiva. Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor. Editor-chefe do blog Alerta Total: www.alertatotal.net. Especialista em Política, Economia, Administração Pública e Assuntos Estratégicos.
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Indagações da Reserva ao Alto Comando do Exército Posted: 27 Oct 2013 03:58 AM PDT Por Paulo Ricardo da Rocha Paiva Em debate, após a palestra do CMT/CMS para "ADESGUIANOS" de SANTA MARIA, no último dia 24 de outubro, me dirigi ao General Bolívar nos seguintes termos: Excelentíssimo SR General Bolívar/meu comandante militar de área Não vou questioná-lo sobre o assunto de sua esclarecida exposição calcada no Comando Militar do Sul, Afinal de contas, vossa excelência é profissional das armas reconhecidamente competente, tanto pelos seus superiores como pelos seus subordinados e, como tal, só merece o reconhecimento de sua tropa por tudo que tem feito em prol da operacionalidade de seu grande comando. Está a me mover agora uma indagação de caráter mais subjetivo, mais engrazada com o aspecto eminentemente subjetivo do binômio espírito militar/espírito de corpo da nossa Força Terrestre. Em sendo assim, solicitaria a vossa excelência fossem levadas as seguintes indagações da RESERVA ao ALTO COMANDO: Como o alto comando do EB ainda encara esta proibição de se comemorar o "31 de março " nos quartéis? Sim, porque circula na INTERNET que, em novembro, no RJ, está programado um estágio de "esclarecimento" sobre a "ditadura" militar para estudantes de nível primário e secundário, com informações absolutamente distorcidas sobre a atuação das FFAA naquele dia e na sua luta subsequente contra as guerrilhas urbana e rural que ensanguentaram o País nos anos"60/70"? O alto comando vai aceitar mais esta humilhação? Atualmente, reconhecidos "pelegos" de longa data, notórios algozes do EB, estão mais do que de determinados a criarem um memorial em honra de comunoterroristas no quartel do 1º BPEB-Batalhão Marechal Zenóbio da Costa. O atrevimento chegou a tanto que um pobre coronel, comandante de unidade, se viu entregue, sem nenhum alento da parte de seus superiores, à sanha de verdadeiros" lobos vermelhos" dentro do seu próprio quartel! A falta de ação de comando teria sido por relapso da 1º ou da 2ª Seção do comando militar de área? Sim porque este fato humilhante já tinha antecedente, mas com reação a altura por parte do comando da unidade. Por quais razões este mesmo comandante engoliu a afronta na segunda oportunidade? Será que vamos aceitar também, a transformação de nossos quartéis em casa de "carpideiras de CHE Guevara"? - QUANTO À 1ª SOLICITAÇÃO, o CMTCMS disse que "a comemoração" nos quartéis não está proibida. O QUE ME CAUSOU ESPANTO!!! - QUANTO À 2ª SOLICITAÇÃO, o CMT/CMS disse que, em absoluto, todo o apoio tinha sido/foi prestado pelo escalão superior ao comandante do 1º BPEB naquele episódio. Em vista disso, para poder me defender, pelo menos provar a minha sanidade mental e que "não estava a inventar estórias da carochinha " (e seria fácil já que: só um idiota não sabe da proibição destas palestras-outro dia mesmo o meu irmão foi proibido de fazer uma no comando da 11ª RM-; a falta de ação de comando do CML, deixando o pobre coronel "ao Deus dará", com imagens irretocáveis transmitidas pela TV, não poderia ser olvidada), PEDI alto e bom para replicar, mas que desistiria de fazê-lo se esta fosse a NGA dos estágios da ADESG. O fato é que, de imediato foi chamado um outro debatedor e eu fiquei sem provar meu "juízo perfeito". Na saída, calhou do General Bolívar cruzar comigo e eu esperei para ver o que ia acontecer. Encarei o chefe e ele veio e ME ABRAÇOU COM AFETO. Não sou de tripudiar com quem não é arrogante comigo. Correspondi ao abraço mas sussurrei ao ouvido do CMT/CMS:: -"General, eu nunca vou entregar o ouro..." Em verdade, quem ainda crê numa retomada de atitudes pelos comandantes militares está a "acreditar em Papai Noel". Quem duvidar disto deve ler o relato do General Marco Felício sobre o ocorrido por ocasião da última palestra proferida pelo Coronel Licínio no Circulo Militar/BH. Tivesse o então CMT/ CML tomado uma atitude para defender a "velha guarda" do EB no CLUBE MILITAR/RJ, em março de 2O12, quem sabe o comandante da guarnição de BH tivesse tido a mesma iniciativa? Não vou deixar de lutar. Tenho chefes e companheiros da reserva que lutam comigo e são o meu alento. Devo dizer entretanto: até prova em contrário, não vislumbro mais nenhum horizonte de recuperação do binômio espírito milita/espírito de corpo pelas FFAA. Quando isto ocorrer, voltarei à disciplina militar prestante. Até lá só continuam a me mover o respeito, que jamais perdi pela INSTITUIÇÃO, e a lealdade à nossa "pobre Pátria mãe gentil". SELVA! BRASIL ACIMA DE TUDO! PAIVA, INF/AMAN/1969. Paulo Ricardo da Rocha Paiva é Coronel com curso de Estado-Maior, na reserva. |
Terceiro Mundo Posted: 27 Oct 2013 03:55 AM PDT
Por Humberto de Luna Freire Filho Esses políticos do nosso país, se é que se pode chamar essa corja de políticos, pensam que o Brasil é um circo, e mais, que são os donos do circo. O governador de Pernambuco, e presidente de partido, tenta dizer que não, mas faz parte da trupe; quer lançar um artista "pop" como candidato a governador do Rio de Janeiro. Segundo ele um nome "competitivo". Acredito eu, que competitivo somente junto ao pobre substrato eleitoral brasileiro que vive do bolsa-família, dos "intelectuais" que assistem e discutem as novelas das 18, das 19 e das 21 h, além de Big Brother, dos comunistas de boutique, que passam férias em Paris, e finalmente dos que não são idiotas. Portanto, não aparecem, mas são beneficiários silenciosos desse sistema político corrupto que vivemos, e ainda dos gigolôs do governo, a exemplo dos bolsas-ditadura. Esses garantem o "status quo". Humberto de Luna Freire Filho é Médico. |
Apesar de Você Posted: 27 Oct 2013 03:51 AM PDT
Filhote da Ditadura - expressão criada por Leonel Brizola durante os debates transmitidos pela TV em 1989, que antecederam as eleições presidenciais. O termo tinha Paulo Maluf, entre outros, como alvo específico. Era evidente que ditadura e que espécie de filhote estavam no foco à época. No entanto, é lícito estender-se um pouco mais a questão interpretativa e divagar sobre o tema, uma vez que há vários tipos de ditaduras, capazes, portanto, de produzir os mais diversos tipos de filhotes. O nosso glorioso Chico Buarque, por exemplo, bem que pode também ser considerado um filhote da ditadura de 1964, tendo em vista que uma de suas fases mais produtivas e talentosas, a que lhe rendeu talvez mais reconhecimento de brilhante compositor e fortuna financeira, ocorreu exatamente quando produziu letras de duplo sentido nas quais atingia os presidentes militares e driblava os censores de maneira inteligente e matreira. Sem 1964, não teríamos o "Apesar de você" e o "Cálice", entre outras belas composições. De certa forma, há, então, uma relação de causa e efeito quase epidérmica, de filho rebelde, talvez. Por outro lado, a ditadura que está sendo hoje lentamente implantada pelo PT por aqui, de inspiração cubana, aquela, não de um cálice de vinho tinto de sangue, mas de um verdadeiro tonel, pode também reclamar a correspondente paternidade, haja vista a apologia à censura do filhote famoso, controle sonhado pelos do governo atual, e o posicionamento de que, ao se manifestar, em ocasião passada, não se sabe com que propósito, a favor da liberdade de expressão relativamente à biografia de outro famoso, declarou nada saber sobre entrevista concedida ao biógrafo, onde ratificara sua opinião, fato contradito por vídeo divulgado. Como se vê, atitude típica de políticos petistas que frequentemente de nada sabem quando são acusados. A que prole então pertence nosso poeta? À originada em 1964, que lhe deu fama, ou àquela agora com as rédeas do poder? Pois é, caro Chico, "apesar de você", não se sabe que tipo de amanhã "há de ser outro dia" para o nosso País. Paulo Roberto Gotaç é Capitão-de-Mar-e-Guerra, reformado.
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Aprendeu a Lição, doutor Roberto? Posted: 27 Oct 2013 03:50 AM PDT
Inesquecível a lição que o Presidente do Conselho Federal de Medicina levou do Governo Federal. Não encontro outro adjetivo para descrever o que senti quando li a publicação da Lei 12.871 no Diário Oficial do dia 23 de outubro. A retirada do primeiro parágrafo do Artigo 16 acabou com a esperança de uma carreira para os médicos em nível federal. No dia 10 de outubro, o portal do CFM na internet publicava entrevista do Dr. Roberto Luiz D'Ávila em que o mesmo dizia ter sido uma "conquista" da classe médica a negociação em que, abrindo mão dos registros profissionais para estrangeiros, o CFM estava garantindo não só a carreira federal como a desistência do governo de criar o Fórum Nacional de Ordenação de Recursos Humanos na Saúde. De nada adianta, portanto, o CFM afirmar que não foi "traído": foi sim, senhor Presidente, agora é tarde para disfarçar. Triste é perceber que isso é só o início. Poucas pessoas entendem perfeitamente a diferença entre Programa e Projeto Mais Médicos e eu sinto curiosidade em saber quantos dos meus colegas se deram ao trabalho de ler por inteira a publicação da Lei no Diário Oficial. A expressão a ser gravada nesse momento é "Contrato Organizativo da Ação Pública Ensino-Saúde". Preparem-se pois dessa "coisa" ouviremos falar muito já que nela estará fundamentado poder capaz de colocar os secretários municipais de saúde numa posição em que "nunca antes nesse país" estiveram. Deles dependerá a decisão sobre onde abrir ou não as futuras faculdades de medicina. Também há que se ter cuidado de perceber como ficará a Residência Médica no Brasil já que, toda especialidade que não incluir um ano de "medicina petista" como pré-requisito, vai – por lei – facilitar a entrada do candidato dando uma nota inicial 10% maior aos que trabalharam com saúde pública. Nada mais previsível e nada mais fácil de entender para quem percebe que, depois de 1978, começou-se ainda em plena ditadura militar a implantar um sistema de saúde marxista no Brasil. Passadas décadas o governo brasileiro percebeu que os médicos não são comunistas e que para corrigir esse "contra-tempo" só poderia lançar mão de três alternativas: a primeira seria obrigar todos os médicos brasileiros a trabalharem onde ele (o governo) quer. A segunda; inundar o país com médicos comunistas e a terceira modificar completamente a formação dos futuros profissionais no Brasil. Vejam que, privado da primeira alternativa, o Governo Federal lançou-se com toda força na implantação das outras duas. Nada mais previsível do que a farsa de oferecer aos médicos um plano de carreira e depois publicar a lei sem cumprir a promessa. Alegações de que se trata de "matéria diferente" não vão faltar. Desculpas de que não é o momento para se discutir isso vão aparecer e – mais uma vez – lá se vai por água abaixo a nossa esperança. Remédio amargo para todo médico que faz acordo com políticos... Aprendeu a lição, Doutor Roberto? Milton Simon Pires é Médico.
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Presidenta, quando vejo um paciente com câncer, sempre enxergo por trás: cães, coelhos,ratos,ovelhas, cobaias, africanos e pesquisadores... Posted: 27 Oct 2013 03:49 AM PDT
Conheci o Sr. Carlos Reiter em 1989, durante o período em que eu frequentava o Serviço de Cirurgia do Prof. Stanley E. Crawfford, no Hospital Metodista em Houston, Texas, EUA. Estávamos coincidentemente hospedados em um hotel barato, de propriedade de um mexicano fanático pelo flamengo e que nas oportunidades em que o seu time do coração ia para a final do campeonato brasileiro de futebol, saia de Houston e vinha ao Brasil com seu filho de dez anos para assistir ao jogo. Por seu lado, o Sr. Carlos era proprietário, aqui no Brasil, de uma pequena fábrica de sapatos na região de Novo Hamburgo no Rio Grande do Sul.
Casado, O Sr. Carlos à época tinha dois filhos, o maior com dez anos de idade. Durante o período que lá estive, sabendo que eu também praticava esportes, convidaram-me, num domingo, para uma visita ao centro esportivo da Universidade de Houston. Lá fui eu com com o Sr. Carlos, o mexicano e seu filho. Adentramos ao campo de futebol da Universidade e ali durante alguns chutes a gol, o Sr. Carlos contou-me sua história.
Há cinco anos, à época com 45 anos, teve início sintoma de dor abdominal que culminou com diagnóstico de câncer de fígado, localizado junto a artéria hepática e do tamanho de uma laranja, impossível de ser extirpado. Naqueles anos não havia alternativa no Brasil para tratar do mal que lhe acometia. A oncologia no Brasil era insipiente. Foi indicado o M.D.Anderson Institute, em Houston. Sendo, o M.D. Anderson, um dos três locais do mundo no qual ele teria maior probabilidade de sobrevida, informou-lhe que como estava, teria no máximo seis meses de vida.
Foi para Houston deixando a esposa com 38 anos, dona de casa, sem nenhuma experiência administrativa e os dois filhos pequenos para cuidar dos negócios da família. Ficava três semanas em Houston, voltava ao Brasil, permanecia por uma semana e retornava a Houston para continuidade do tratamento. Essa rotina já acontecia há cinco anos. Contou-me que durante o período, aceitou participar de todos os protocolos de medicamentos em fase de testes. Disse-me que muitas vezes teve que ser amarrado ao leito, algumas delas com camisa-de-força para que não se atirasse do oitavo andar do Hospital, tais eram os efeitos colaterais e o desconforto que as medicações provocavam, por vezes até com a perda da consciência.
Com essa atitude heroica e honrada, digna de um comandante, manteve seus negócios, instruiu a mulher e o filho, que com 15 anos já comandava administrativamente a pequena empresa. Confessou a mim que apesar de querer permanecer vivo junto da família, já poderia morrer, certo do dever cumprido.
Esta é uma pequena e verídica história, cujo nome do protagonista é fictício, mas que serve de alerta aos "defensores dos direitos dos animais".
É óbvio que qualquer ser vivo deve ser tratado com dignidade, inclusive os peixinhos que doam seus filés aos pratos dos naturalistas e das madames televisivas para manter as curvas e linhas. Entretanto, se o uso de animais de laboratório lhes provoca indignação, a ciência dispõe atualmente de outros métodos para experimentos científicos, tais os que ocorreram na África, com seres humanos.
Não vi nenhum desses covardes guardiães da dignidade, escrever uma linha sobre isso. Quem sabe, seja o que desejam: utilização de seres humanos para pesquisa. Talvez fosse interessante, pois se esse grupo de poder conseguir transformar o Brasil num Estado totalitário, os pesquisadores oficiais possam utilizar os cérebros desses libertários da fauna para experimentos.
Em adendo, nunca os vi defendendo a população ordeira desta Nação que está sendo assassinada nas ruas, ou contra os traficantes que estão destruindo nossa juventude. São mais de 2 milhões de brasileiros vítimas de latrocínio (assalto seguido de morte) em 20 anos.
É claro que é muito menos perigoso lutar contra cientistas do que contra facínoras e, convenhamos, muito mais vantajoso.
As campanhas contra a utilização de animais de experimentação são mais uma forma de inibir o desenvolvimento científico no nosso País. Os donos do poder mundial utilizam-se dos intelectuais orgânicos, artistas e jornalistas, promovendo-os em suas carreiras, para que façam o serviço sórdido de inibição do desenvolvimento nacional.
Enquanto isto, os Srs. Carlos ainda viajam ao exterior, ou no mínimo, com muita sorte e poder aquisitivo, utilizam-se dos medicamentos fabricados no exterior, pelos quais pagamos um alto preço. Um exemplo do que acontece atualmente no setor de saúde é o Instituto do Câncer em São Paulo que foi criado com estrutura para realizar 15 mil cirurgias por ano. Entretanto segundo informações, possui mais de 130.000 pacientes matriculados na fila de espera, impossibilitado de fazer novos registros de pacientes.
Ronaldo Fontes, Médico, é Coordenador do Foro do Brasil.
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A Globalização e a Soberania Nacional Posted: 27 Oct 2013 03:45 AM PDT
O processo de Globalização diz respeito à forma como os países interagem e aproximam pessoas, ou seja, interliga o mundo, levando em consideração aspectos econômicos, sociais, culturais e políticos. Com isso, gerando a fase da expansão capitalista, onde é possível realizar transações financeiras, expandir seu negócio até então restrito ao seu mercado de atuação para mercados distantes e emergentes, sem necessariamente um investimento alto de capital financeiro, pois a comunicação no mundo globalizado permite tal expansão, obtendo-se o aumento acirrado da concorrência. Na realidade, a globalização nada mais é do que uma forma moderna de neocolonialismo, onde as nações mais ricas (G-8) implantam uma estratégia de dominação sub-reptícia, com o emprego do ardil de necessidade de maior integração, para que possam continuar a utilizar os recursos naturais e riquezas dos países periféricos, de forma a beneficiar seus respectivos povos. Na esfera política há a contribuição direta e indireta para eleição no Executivo e Legislativo, em especial de sicários comprometidos com suas estratégias de dominação. Na expressão psicossocial existe o domínio da Educação e Cultura (cinema, teatro, meios de comunicação, escolas, universidades etc.). No âmbito econômico diagnosticamos o uso inteligente dos termos das relações de troca e dos fluxos econômico-financeiros para manutenção das relações de dependência existentes, com a instituição de três tipos de países. Por exemplo, a China realizando a produção, a Índia operando como escritório e o Brasil fornecendo matérias primas. Na Ciência e Tecnologia presenciamos a criação de óbices de toda ordem para impedir a autonomia tecnológica dos países dependentes. E no aspecto militar identificamos o bloqueio empregado por meios de toda ordem (imprensa, tecnologia, campanha difamatória etc.) ao desenvolvimento de qualquer evolução do estado da arte das Forças Singulares, inclusive impedindo o progresso em setores críticos (nuclear, aeroespacial etc.), bem como contribuindo direta ou indiretamente para a desativação de sua indústria bélica. A Soberania caracteriza-se pela manutenção da intangibilidade da Nação, assegurada a capacidade de autodeterminação e de convivência com as demais Nações em termos de igualdade de direitos, não aceitando qualquer forma de intervenção em seus assuntos internos, nem participação em atos dessa natureza em relação a outras Nações. A Soberania significa também a supremacia da ordem jurídica do Estado em todo o território nacional. A prática tem demonstrado a extrema vulnerabilidade dos países que não possuem Poder Militar expressivo, especialmente o nuclear. Os exemplos da Ossétia, do Kosovo, do Iraque, da Líbia e outros reforçam esta convicção. Em reforço, a Rússia em virtude de deter o poder nuclear, faz parte do G-8, apesar de não ser uma potência econômica. Também os episódios próximos havidos com a Bolívia e o Paraguai demonstram a fragilidade da ação do Brasil, fruto de dois fatores principais: 1 – O sucateamento de nossas Forças Armadas e a destruição da então pujante indústria bélica nacional, agravado pela ausência de líderes militares como existiam no passado, os quais vão cedendo terreno a cada instante, sem a devida reação; 2 – A conivência da cúpula do Itamaraty a avanços de grupos "bolivarianos", sem as devidas medidas preventivas e dissuasórias, por orientação da cúpula petista, pertencente ao Foro de São Paulo. O cenário atual é preocupante e o pior é que não visualizamos soluções satisfatórias no curto e até no médio prazo. Isto possibilita uma oportunidade única de reversão do dantesco quadro existente, desde que haja uma oposição organizada e preparada para aproveitamento da ocasião. Porém, não vislumbramos qualquer grupo capaz de uma ação efetiva com possibilidade de êxito. Não encontramos nenhum partido que represente uma posição alternativa à onda de entreguismo e revanchismo em marcha. A educação está concentrada no pensamento gramscista ou neoliberal, por paradoxal que pareça. A comunicação também é comandada ou por neoliberais a serviço de interesses alienígenas ou por viúvas do stalinismo ou por ambos. Na área científico-tecnológica o panorama não é diferente. Persiste a dependência tecnológica como um todo, em especial na área de medicamentos. É imperiosa a necessidade de refletir e agir sobre a sociedade brasileira, com determinação e força suficiente para evitar a perda concreta, pois já é sentida de várias formas, de parte vital do território nacional, sem resistência. Marcos Coimbra, Professor, é Membro do Conselho Diretor do CEBRES, Titular da Academia Brasileira de Defesa e da Academia Nacional de Economia e Autor do livro Brasil Soberano. Sítio: www.brasilsoberano.com.br - Correio eletrônico: mcoimbra@antares.com.br
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