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quinta-feira, 31 de outubro de 2013

I love Nespresso

Eu também tive uma, mas quando me pediram 50€ para reparar a falta de pressão, desisti e comprei uma da concorrência e estou bem satisfeito!

 

 

Domingos Amaral

 

Foi uma das melhores invenções dos últimos anos, em todo o mundo.

A Nespresso chegou a Portugal faz agora dez anos, e de então para cá tem crescido sempre, dando aos consumidores portugueses uma opção nova que antes não tinham.

Além dos sabores variados dos seus cafés, para mim a maior vantagem da Nespresso é a rapidez com que se consegue beber um café naquelas máquinas.

Eu ainda sou do tempo do café em balão, ou do saco de café, ou ainda daquelas máquinas que se aqueciam no fogão. 

Todas elas, sem excepção, obrigavam-nos a esperar muitos minutos.

Não quer dizer que, por exemplo o balão não seja excelente, é.

Mas, esperar vinte minutos por um café é quase impensável nos dias de hoje. 

É essa enorme vantagem da Nespresso. 

Contudo, além de rápidos, é importante reconhecer que os cafés são mesmo bons, e que os sabores são muito variados.

Ontem, na loja do Chiado, fui convidado a assistir a uma explicação de como são feitos os cafés Nespresso, e fiquei fascinado.

O alemão Karsten Ranitzsch, Head of Coffee da Nespresso, esteve a descrever como se escolhem os cafés da marca, e quais as relações que ela tem estabelecido com os produtores de todo o mundo, desde a Colômbia ao Brasil, desde África à Ásia.

São mais de 45 mil agricultores, de vários continentes, que colaboram com a Nespresso, e que permitem que a marca ande no topo da qualidade.

Em Portugal, há agora o lançamento de mais dois cafés, ambos fortes.

O primeiro é o Kazaar, muito forte, parecido com o café que se bebe nas pastelarias portuguesas, e que teve muito boa aceitação por cá nas edições especiais, feitas no passado recente.

O segundo é o Dharkan, também forte mas um pouco mais suave, um pouco mais cremoso.

Vale a pena experimentar os dois, fiquei freguês.


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"Ahora se explica por qué Cristiano no tiene más balones de oro"

Paulo Futre no daba crédito ayer cuando vio el vídeo y oyó las declaraciones de Joseph Blatter sobre su compatriota y amigo Cristiano Ronaldo. MARCA se puso en contacto con el ex jugador para pulsar su opinión, que dejó bien clara desde el principio hasta el final.
“No hay palabras para definir lo que ha dicho Blatter sobre Cristiano. Estoy enfadado, algo así no puede salir de la persona que manda en el fútbol. Yo conozco a Cristiano Ronaldo y, además de gran jugador, es un gran hijo y un gran hermano. Le ha faltado muchísimo el respeto como persona y como jugador”, soltó de primeras....
"Ahora se explica por qué Cristiano no tiene más balones de oro" - MARCA.com

Teixeira dos Santos dixit: “Não me arrependo de ter nacionalizado o BPN”

Ele não, mas o país de certeza que sim, pois os 9.000 milhões de euros bem falta nos fazem! O BdeP não se deixou enganar, pois são é no mínimo incompetentes...

Banco de Portugal deixou-se enganar, mas foi vítima do modelo de supervisão vigente à época, defende Teixeira dos Santos.
Não nacionalizar o BPN teria implicado custos para o Estado português "equivalentes aos que tem vindo a suportar desde então", com a agravante de não permitir que o Governo tivesse real poder de decisão sobre os destinos e a gestão do banco. É esta a convicção que Teixeira dos Santos mantém hoje, quando se cumprem cinco anos sobre a decisão de nacionalizar a instituição. Quanto à actuação do Banco de Portugal (BdP), o ex-ministro sustenta que "foi enganado e deixou-se enganar", que poderia e deveria ter tido uma "acção mais interventiva", mas que foi vítima de um modelo de supervisão que reinava na altura e que era "demasiado confiante" na "reputação e na palavra dos agentes financeiros".

Para o ex-ministro das Finanças, a necessidade de nacionalizar o banco "tornou-se clara na semana anterior à decisão". Teixeira dos Santos lembra que o Governo estava a acompanhar a situação "desde Junho de 2008, altura em que o banco foi sujeito a um ‘downgrade' do seu rating e passou ou a ter grandes dificuldades de financiamento" e que estava então "na expectativa dos resultados dos esforços que a nova administração liderada pelo dr. Miguel Cadilhe".

Depois, "os acontecimentos precipitaram-se, principalmente após a falência do Lehman Brothers". De um saldo superior a 300 milhões em Agosto, o banco passou para uma insuficiência de mais de 800 milhões em Outubro.

O cenário alternativo à nacionalização chegou através de Cadilhe. "Propôs um plano que implicava que o Estado injectasse, a título de capital, mas de acções preferenciais sem voto, 600 milhões de euros. Isto para cobrir uma insuficiência contabilizada em 700 milhões". Essa proposta, diz, significava "entrar no capital, sem voz na administração e em condições que não podiam ser aceites, até porque não iam de encontro a alguns requisitos e exigências do quadro comunitário".

E o que veio depois, sustenta o ex-ministro, apenas mostra que esta foi a melhor opção. Após a nacionalização, lembra, "o Deutsche Bank e a Delloite, que fizeram uma avaliação da situação do banco, constataram - informação que nos foi dada, salvo erro, em Abril de 2009 - que estávamos perante uma insuficiência de 1.800 a 2.000 milhões de euros. O triplo do valor antes estimado. Isso não surgiu depois da nacionalização, já lá estava," conclui.

Perante isto, Teixeira dos Santos não se arrepende da decisão: "Se o Estado tivesse injectado 600 milhões, ficava com a criança ao colo e, a partir daí, teria de cuidar dela e injectar o que fosse necessário. E os custos não teriam sido diferentes dos que efectivamente tem vindo a suportar." Além disso, insiste, quis-se evitar o famoso risco sistémico: "Nas semanas após a falência do Lehman, a convicção era a de que poderia deflagrar um fenómeno de pânico, de corrida aos bancos, com consequências desastrosas. Os americanos deixaram falir o Lehman porque achavam que não era sistémico e deu no que deu", nota.

Sobre o papel do BdP, Teixeira dos Santos admite que o supervisor "deixou-se enganar no meio de tudo isto" e que "podia ter sido mais interventivo, mais duro, ter pressionado mais". Mas lembra que "o modelo de supervisão que reinou muito tempo era assente num pressuposto: que os agentes financeiros são pessoas idóneas de reputação, de palavra e, portanto, confiáveis". À distância de cinco anos, a conclusão é esta: "Aprendeu-se com esta crise que não se pode confiar tanto e temos de estar mais alertas. As mudanças na supervisão a nível europeu mostram essa consciência".
“Não me arrependo de ter nacionalizado o BPN” | Económico

O NAVIO FANTASMA (46):AH! VALENTES!

JPP

Caladinhos com Angola, caladinhos  com a troika, confortáveis no "protectorado", eis que nosso bravo governo exprime um "forte sentimento de revolta" "total repúdio" pela "triste figura" do presidente da FIFA, Joseph Blatter, nas declarações sobre o futebolista Cristiano Ronaldo... Onde nós chegamos.


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Demagogia e ridículo

Francisco Seixas da Costa

 

Tenho um grande respeito pelas instituições do Estado ("reformado" ou não). Por isso, num momento em que o país (se) debate (com) o mais rigoroso orçamento da nossa história democrática, que impõe sacrifícios que deveriam concentrar a atenção prioritário do governo, fico chocado, triste e civicamente insultado, embora (já) não surpreendido, quando vejo um ministro da República, usar da tribuna mediática depois do conselho de ministros para lamentar as graçolas do sr. Blatter sobre Cristiano Ronaldo, num exercício de patrioteirismo demagógico e ridículo.


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França: A clareza ou a revolta, Hollande deve escolher

Slate.fr, Paris – Com uma fraca posição nas sondagens, criticado pela esquerda e pela direita e a enfrentar uma forte vaga de protestos sociais, o Presidente francês está encostado à parede. A sua única saída é "desmarxizar" finalmente a esquerda, considera um editorialista. Ver mais.


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O NAVIO FANTASMA (45): a reforma do estado

JPP

 

O próprio facto de uma coisa chamada "guião da reforma do estado" ser apresentada por Paulo Portas, diminui o seu alcance e significado. Se fosse a sério seria Passos Coelho a apresentá-lo, mas como é mais um instrumento para a sobrevivência de Portas, é deixado ao esbracejar do próprio, que é o que ele faz desde a crise que provocou.


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quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Instituições: A estratégia de Merkel para reformar a Europa

Der Spiegel, Hamburgo – A chanceler parece estar finalmente pronta para assumir o seu poder assim como as suas responsabilidades na Europa. Mas uma vez que os seus projetos de reformas vão no sentido dos sociais-democratas, Merkel precisa de um aliado: o presidente do Parlamento Europeu Martin Schulz. Ver mais.


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Conselho Europeu: A proteção de dados não é para já

 

"Apesar das revelações de Edward Snowden, [...] e da irritação dos eurodeputados, que exigem medidas de retaliação contra Washington, os membros da União Europeia continuam a tergiversar", lamenta Le Monde.

O Conselho Europeu de 24 e 25 de outubro adiou para 2015 a aplicação de regras mais restritivas. Ou seja, sublinha o diário, qualquer ação contra os gigantes da Internet, sobretudo americanos, ficou adiada para "depois das eleições europeias da primavera de 2014; depois da entrada em funções de uma nova Comissão e de um novo Parlamento…":

A curto prazo, os dados pessoais dos cidadãos europeus arriscam-se, apesar da insistência da Comissão e do Parlamento Europeu, a não estarem especialmente protegidos da utilização que deles fazem os gigantes americanos da Internet e, através deles, os serviços secretos, especialmente os dos Estados Unidos, como a National Security Agency (NSA).


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Imigração: “Empregos para britânicos e não para imigrantes”

 

O primeiro-ministro David Cameron defendeu que o Reino Unido tem de "dizer não" aos trabalhadores imigrantes do Leste da Europa e permitir aos jovens britânicos competirem com os imigrantes em melhores condições para um emprego, noticia The Daily Telegraph.

Num discurso para os funcionários de uma fábrica de automóveis em Cowley, perto de Oxford, Cameron disse que, em algumas fábricas do Reino Unido, mais de metade dos trabalhadores são de países como a Polónia e a Lituânia enquanto os jovens britânicos são "deixados para trás" e não partilham da prosperidade do país porque não conseguem competir com os trabalhadores estrangeiros.

O primeiro-ministro defendeu uma reforma da segurança social para encorajar as pessoas a trabalhar, um impulso na educação para que os britânicos tenham as qualificações necessárias e um limite à imigração.


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Escândalos do Libor: “Casos de manipulação custam milhares de milhões aos bancos europeus”

 

"Os grandes bancos europeus pagam caro a sua presumível participação na manipulação de taxas de juro e taxas de câmbio", noticia o Standard.

A 29 de outubro, o banco holandês Rabobank anunciou ter chegado a acordo com as autoridades norte-americanas. Vai pagar uma multa de 774 milhões de euros por causa do seu envolvimento no escândalo da manipulação das taxas de juro Libor e Euribor.

Para fazer face a tais multas, na Alemanha, o Deutsche Bank pôs de parte quatro mil milhões de euros e o banco suíço UBS, já condenado em mil milhões de euros, reservou quase 500 milhões, acrescenta o diário. Quantias que pesam muito nos seus orçamentos.


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República Checa: “Putschistas recuam”

 

 

Três dias depois da direção do Partido Social-democrata (ČSSD) ter excluído o seu presidente Bohuslav Sobotka das negociações para formar um governo de coligação e ter confiado essa tarefa ao seu vice-presidente Michal Hašek, os "putschistas" perderam apoio dentro do partido e dizem estar prontos para um compromisso, noticia o Lidové noviny.

Aquilo que o diário classifica como "golpe de Estado" partidário aconteceu por causa do fraco resultado do partido nas eleições de 25 e 26 de outubro. Este falhanço "não é apenas um revés para o ambicioso Michal Hašek, mas também para o Presidente Zeman, que conhece, assim, uma segunda derrota no espaço de horas", diz o Lidové noviny aludindo aos 1,5% conseguidos pelo sPOZ, o partido que o apoia. Miloš Zeman queria vingar-se da falta de apoio de Sobotka nas eleições presidenciais de 2003.

Sobotka perpara-se, agora, para iniciar conversações com o movimento ANO do multimilionário Andrej Babiš e com os democratas-cristãos com vista à formação de um governo de centro-esquerda.


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Portugal: “Dez mil pessoas deixam Portugal todos os meses”

O número de portugueses que deixaram o país atingiu um novo recorde no ano passado, com a partida de 121 418 pessoas – ultrapassando o recorde anterior, registado em 1966, quando emigraram 120,000 pessoas, segundo os dados do Instituto Nacional de Estatística.

Todos meses, saem de Portugal cerca de dez mil cidadãos – cujos principais destinos são França, Luxemburgo, Suíça, Reino Unido e Angola, uma antiga colónia portuguesa – e tudo indica que esta tendência vai manter-se, escreve o Diário de Notícias.

O jornal acrescenta que "o abandono do país é diferente do de 1966", no qual

quem emigrava eram sobretudo operários, sem formação superior, que enviavam grande parte do que ganhavam para Portugal. Já a onda de saídas atual é caracterizada por jovens que o país forma e que vão para outros países europeus que não gastaram um tostão na sua formação.


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Escutas americanas: O “momento Sputnik” da Europa

Cicero, Berlim – Para além da indignação, o escândalo das escutas norte-americanas deve funcionar como um propulsor para os europeus. Tal como o primeiro satélite soviético empurrou os norte-americanos para a exploração do espaço, estas revelações devem motivá-los a recuperar o atraso em matéria de tecnologias da informação. Ver mais.


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Deco quer reduzir fidelização nas telecomunicações.

A Deco lança hoje uma petição com o objetivo de reduzir o período de fidelização de 24 meses nos serviços de telecomunicações, que motiva todos os anos milhares de queixas dos consumidores à associação de defesa do consumidor.
"Este ano, até agora, já recebemos mais de 34 mil reclamações sobre telecomunicações e o assunto mais reclamado deste setor tem sido o período de fidelização", disse à Lusa Paulo Fonseca, o jurista da Deco, lembrando que desde 2005 aquele setor lidera o ranking de reclamações enviadas à associação.
A Deco considera que os períodos de 24 meses de fidelização, que a lei das comunicações prevê, não têm justificação e, pelo contrário, impedem que haja um verdadeiro mercado, limitando o consumidor nas suas escolhas.
Depois de reunidas pelo menos quatro mil assinaturas, a Deco quer entregar a petição na Assembleia da República, pedindo uma alteração da lei no sentido de diminuir o prazo máximo legal de fidelização, dos atuais 24 meses, e impor critérios e limites aos encargos cobrados nesse período caso o consumidor opte pela mudança de operador.
A associação vai lançar o site www.liberdadenafidelizacao.pt , no qual é disponibilizada a petição e aos seus subscritores ainda um simulador sobre os períodos de fidelização praticados no mercado e a possibilidade de ser enviado aos respetivos operadores um email a pedir informação sobre os consumidores que desconhecem as condições dos seus períodos de fidelização contratados.
"Nos últimos dois anos a realidade portuguesa mudou muito e muitos consumidores já não têm a capacidade financeira de suportar custos acordados há mais de ano e meio", explicou o jurista da Deco, acrescentando que chegam a ser cobradas aos consumidores penalizações entre os 700 e os 800 euros.
A associação considera ainda que 24 meses é um período "excessivo e desincentivador" da mudança de operador, penalizando os consumidores, não só porque impede novas e melhores ofertas, mas também porque não responde aos desafios da sociedade portuguesa atual.
Outra das críticas dirigidas pela Deco é o impedimento de se poder beneficiar de ofertas mais vantajosas oferecidas pelo mercado por causa desse período de fidelização.


Ler mais: http://expresso.sapo.pt/deco-quer-reduzir-fidelizacao-nas-telecomunicacoes=f838168#ixzz2jDaEp9q9

Almeida Leite desafia o princípio de Peter.

Francisco Almeida Leite, um ex-jornalista sobre o qual falei aqui há uns meses , foi nomeado, em Junho de 2012, para o Instituto Camões. Tirando os monumentais fretes jornalísticos que fez a Passos Coelho na corrida para a liderança do PSD, primeiro, e do país, depois, e um grande puxão de orelhas do provedor do leitor do "Diário de Notícias" pela falta de decoro nos serviços políticos prestados ao atual governo, ninguém lhe conhecia nada no currículo que o levasse para o lugar.
Francisco Almeida Leite foi escolhido, em Abril de 2013, para secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação, lugar que no passado foi ocupado por Luís Amado e Durão Barroso. Tirando os fretes que fez no "Diário de Notícias" e a sua curta passagem pelo Instituto Camões, onde ninguém sabe muito bem o que andou a fazer, ninguém lhe conhecia nada no currículo que o levasse para o lugar.
Em Julho de 2013, Francisco Almeida Leite foi retirado de secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros- Agora, foi proposto pelo governo como presidente da Sofid (Sociedade para o Financiamento do Desenvolvimento), 60% detida pelo Estado. Tirando os fretes que fez no "Diário de Notícias", a sua curta passagem pelo Instituto Camões e o seu brevíssimo mandato como secretário de Estado, ninguém lhe conhecia nada no currículo que o levasse para o lugar.
Porque tudo tem limites, a CRESAP (Comissão de Recrutamento e Seleção para a Administração Pública), com poderes meramente consultivos, chumbou o seu nome. Parece que o rapaz, sendo especialista em fretes, sabe pouco de finanças. Mas o governo, que não desiste facilmente e não se incomoda com o vexame público, propôs o seu nome para vogal, que também é capaz de dar um rendimento confortável que não obrigue Franciso Almeida Leite a voltar a trabalhar "Guia TV Cabo". A CRESAP permitiu, desde que não toque em questões financeiras e se dedique apenas às relações públicas. Um boy-porteiro, portanto.
Francisco Almeida Leite desafia o princípio de Peter, segundo o qual todo o funcionário tende a ser promovido até ao nível da sua incompetência. Ele será promovido até parecer que é competente. Porque de tantas nomeações, o seu currículo acabará por se assemelhar ao de quem esteja adequado para o lugar.
Para o PSD o Estado é um cachorro quente. Cachorro que, como sentenciava o mesmíssimo autor do principio de Peter, é o mais fiel de todos: alimenta quem o morde. E, neste caso, alimenta quem tanto maldiz o seu peso, a sua ineficiência e todas as suas desvantagens em relação ao privado para onde, curiosamente, esta gente não quer ou não consegue regressar.
Os apoiantes de Passos enchem a boca com a reforma de Estado. O próprio primeiro-ministro, sempre severo com os outros e amigo do seu amigo com o nosso dinheiro, há muito que espera que Portas lhe apresente o guião da dita. Para começar, tenho um guião muito simples, que ocupa menos do que uma linha: não usar o Estado para pagar favores. Uma coisa simples, que depende do topo do governo, que aumentaria exponencialmente a eficácia do Estado e que reduziria, através de gestores competentes, drasticamente o desperdício de dinheiro público.


Almeida Leite desafia o princípio de Peter - Expresso.pt

Portugal - Polónia

Francisco Seixas da Costa

 

Nos idos de 1975, a voga das "associações de amizade" estabeleceu-se em Portugal, em especial incentivadas por gente ligada ao PCP, no tocante aos países "satélites" de Moscovo, embora também Pequim fosse a tutela afetiva para os émulos maoístas. Embora andasse politicamente algo longe dessas águas, através de Carlos Eurico da Costa deixei-me arrastar, com algum entusiasmo, para a criação da Associação de Amizade Portugal-Polonia. As reuniões tinham lugar num prédio do Campo de Santana e Alexandre Babo, advogado e escritor, funcionava como eixo - manifestamente, político - dessa operação. Não éramos "inocentes úteis", sabíamos ao que íamos e, na prática, acabávamos por ser uma espécie de "compagnons de route" de uma estratégia bem montada. Mas esse era "l'air du temps"...

 

A motivação essencial a que nos propúnhamos era levar a cabo um conjunto de iniciativas na área cultural e, na realidade, o grupo de figuras que a Associação foi capaz de juntar (e escrevo de memória) era muito interessante: José Cardoso Pires, Jorge Peixinho, João Abel Manta, Carlos Eurico da Costa, Jacinto do Prado Coelho, Maria Lúcia Lepecki, Luiz Francisco Rebello, etc. A embaixada polaca em Lisboa era titulada, à época, por um homem muito interessante, uma figura da cultura, com um toque de alguma heterodoxia. Lembro-me de termos "grandes planos", gizados com ele, nomeadamente nas áreas musical, teatral, literária, etc.

 

João Abel Manta produziu para a Associação um cartaz magnífico, com um camponês polaco numa atitude de companheirismo com o Zé Povinho português, num modelo idêntico àquele que fez para a "aliança Povo - MFA". A ideia era comercializá-lo para recolha de fundos, mas duvido que tenhamos tido qualquer sucesso na operação. Na realidade, a única iniciativa "concreta" da Associação de que me recordo foi um concerto de um pianista polaco no S. Luís, de música concreta... Toda a iniciativa desapareceu, no calor desses anos em que havia muito mais que fazer!

 

Hoje, aqui por Varsóvia, lembrei-me que as minhas ligações à Polónia são já antigas. Neste caso uma "outra" Polónia.


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O muito original "milagre económico" de Pires de Lima

Domingos Amaral

 

O senhor ministro da Economia, Pires de Lima, disse hoje que Portugal está a viver um verdadeiro "milagre económico".

É verdade, juro que é, vejam as declarações que ele fez e verão que não estou a mentir.

O que me preocupa é esta estranha dissonância entre a realidade do que vai acontecendo e o discurso de Pires de Lima.

Será que não é um pouco, vamos lá, excessivo, considerar que uns pontinhos décimais de crescimento do PIB são um "milagre económico"?

Será que o ministro não está a exagerar?

Antigamente, nos tempos em que a economia era uma ciência, e não uma questão de fé religiosa, só se podia considerar um "milagre económico" uma década de alto crescimento do PIB.

Um milagre económico era a Alemanha, nos anos 50 e 60, que cresceu brutalmente e se levantou da ruína em que Hitler a deixara.

Um milagre económico era o Japão, que teve vinte anos de fantástico crescimento industrial, e se transformou num dos países mais ricos e poderosos do mundo, recuperando do descalabro depois da guerra.

Um milagre económico era a Coreia do Sul, que depois da guerra da Coreia, em que se separou da parte Norte, se transformou numa sociedade poderosa e livre, que gerou altos crescimentos económicos.

Um milagre económico era, por exemplo, o equilíbrio de certos países nórdicos, que apesar de terem um Estado muito forte, com elevada despesa social, conseguiam apresentar forte crescimento e uma distribuição de riqueza e um nível de vida ímpares.

Sim, no tempo em que eu estudei, eram esses os exemplos de "milagres económicos".

Mas, pelos vistos, nos dias que correm qualquer 0,5% de crescimento num trimestre, já é considerado um "milagre económico".

Há um trimestre ou dois menos maus e logo um ministro grita: é milagre, é milagre!

É evidente que isto cria uma certa perplexidade nos portugueses

A mim, Pires de Lima lembrou-me um pouco aqueles profetistas meio tontos, de certa idade, que estão no Rossio com cartazes sobre a religião, Deus e o apocalipse que pode vir...

Mas, nós já nos habituámos a tudo!

Já nem nos faz impressão que um ministro diga que estamos a viver um "milagre económico" quando o orçamento corta brutalmente salários, corta pensões até às viúvas, sobe impostos por todo o lado, e coisas assim.

E ninguém estranha que para o ministro seja perfeitamente possível estar ao mesmo tempo a acontecer um "milagre económico" e o país ter de suportar uma carga fiscal altíssima, um desemprego enorme, uma recessão grave, e um orçamento carregado de toneladas de austeridade!

É, de facto, um "milagre económico" muito especial, muito original, muito português...

Não duvidem: o milagre de Pires de Lima vai certamente entrar para a história de económica do planeta, e em breve será ensinado nas universidades de Harvard e Oxford!


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Empresas têm de devolver três dias de férias a trabalhadores a partir de hoje.

O chumbo do Tribunal Constitucional a seis normas do novo Código do Trabalho obriga as empresas a reporem os três dias de férias de bónus que haviam desaparecido desde o ano passado. O que significa que os trabalhadores poderão, a partir desta terça-feira, ter direito aos dias de prémio de assiduidade relativos a 2012 e 2013, desde que essa situação estivesse prevista na convenção coletiva da empresa.
A publicação do acórdão de 20 de setembro em Diário da República na quinta-feira passada poderá ainda ter efeitos no descanso compensatório pelo trabalho extra prestado em dia normal, explicou o advogado da PLMJ Nuno Guedes Vaz, num encontro promovido pela PLMJ e pela Associação Comercial de Lisboa, citado pelo Público e Económico. Devido ao chumbo do TC, as empresas terão de lidar com um volume de horas que têm que ser transformadas em descanso compensatório.
Menos clara é a obrigação de reintegrar os funcionários despedidos ao abrigo das normas chumbadas pelo Constitucional. Enquanto alguns constitucionalistas acreditam que isso só pode acontecer se os trabalhadores ainda estiverem dentro do prazo para impugnar o despedimento, outros defendem que, mesmo que o prazo de 60 dias tenha passado, o trabalhador pode sempre contestar o despedimento à luz de normas consideradas inconstitucionais.

Empresas têm de devolver três dias de férias a trabalhadores a partir de hoje - Dinheiro Vivo

Olhem, os portugueses em banda desenhada! Taxar os Ricos (um conto de fadas animado)

Reenvio este vídeo que foi concebido para os Estados Unidos, mas retrata bastante do que se passa no nosso país.

“Os 1%” é a designação adoptada pelo prémio Nobel da Economia 2001, Joseph E. Stiglitz, num livro que publicou o ano passado (The Price of Inequality, já traduzido para português: O Preço da Desigualdade, Bertrand Ed.)

 A. F. M. de C.

PARA VER COM MUITA ATENÇÃO !!!!!

 A situação do nosso País em banda desenhada!!! Muito interessante e… esclarecedor!!!

 

 

 

TRÊS FRASES...a do Mês, do Ano e da Década

TRÊS FRASES...A DO MÊS, DO ANO E DA DÉCADA

 

A FRASE DO MÊS :"Antigamente, as mulheres cozinhavam como a mãe... Hoje, bebem como o pai!

A FRASE DO ANO : "Antigamente, os cus andavam dentro das cuecas... Hoje em dia, as cuecas andam dentro do cu!"

A FRASE DA DÉCADA : "Antigamente, os cartazes nas ruas, com rostos de criminosos, ofereciam recompensas; hoje em dia, pedem que votem neles" 
 

 

 

 

Bélgica: “Em nenhuma outra parte os estrangeiros trabalham tão pouco”

 

 

Apenas dois terços (62%) dos imigrantes não-europeus que vivem na Bélgica tinham emprego em 2012, escreve De Standaard, citando números do Eurostat analisados pelo diário.

Esta proporção manifestamente inferior à da média europeia (73%) explica-se, sobretudo, pelo declínio da indústria do país e pelas exigências linguísticas dos empregadores belgas. Mas os imigrantes também sofrem uma "discriminação persistente", defende um especialista citado pelo jornal:

Os empregadores têm o preconceito de que as pessoas oriundas da imigração são empregados menos bons. Consequentemente, ocupam os empregos que as pessoas não-imigrantes não querem, como o comércio e os trabalhos domésticos. Nos países onde há mais empregos "maus" desse género, os imigrantes têm uma taxa de atividade mais elevada.


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Espionagem: “Como os russos espiaram o G20”

Os participantes na reunião do G20 de 5 de setembro, em São Petersburgo, receberam um "presente envenenado", noticia La Stampa: um conjunto de drives USB que escondiam dispositivos de espionagem e estavam programadas para recolher dados de computadores e smartphones.

O alerta surgiu depois do presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy, ter pedido aos serviços secretos alemães que analisassem o presente. A investigação ainda está em curso e não se sabe se todos os participantes na reunião foram vítimas de espionagem.

O jornal La Stampa escreve que este caso surgiu numa altura em que estão ao rubro as tensões entre os Estados Unidos e a Rússia por causa da crise síria e seguiu-se à fuga do ex-funcionário da NSA, Edward Snowden, para Moscovo. O diário acrescenta que o escândalo do presente "marca o regresso oficial ao conflito entre os serviços secretos do mundo".


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Crise da zona euro: “Irlanda pode não precisar do programa cautelar para sair do resgate”

Depois de uma reunião com o Fundo Monetário Internacional (FMI), a 28 de outubro, o ministro das Finanças da Irlanda, Michael Noonan, disse que o país pode decidir não pedir a linha de crédito cautelar quando sair do programa de resgate da troika no final do ano.

Noonan disse que tal pedido pode não ser necessário porque, conforme se ficou a saber no início deste mês, o programa de austeridade permitiu à Irlanda acumular reservas que totalizam 25 mil milhões de euros o que, por sua vez, fez baixar os juros das obrigações para menos de 3,5%, noticia The Irish Times.

O ministro acrescentou que não será tomada nenhuma decisão final sobre a estratégia de saída até ter sido formado o novo Governo alemão, o que só deverá acontecer depois do congresso dos sociais-democratas, marcado para novembro.


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O NAVIO FANTASMA (44): O VENENO DE ANGOLA

JPP

Poucas coisas são hoje tão venenosas para a nossa democracia e para a nossa liberdade como o modo como se está a discutir a questão de Angola. O espectro de represálias, a atitude subserviente, a aceitação da força alheia e perda de dignidade da nossa, o abandono dos mais basilares príncipios do que é uma democracia e do que é a liberdade, cria um ambiente de medo no debate angolano que poucos são capazes de romper. 

 

No Prós e Contras da RTP ouviram-se as mais absurdas das coisas, e, com excepção de uma defesa por Ricardo Costa da "obrigação" jornalística de dar as notícias que tanto inflamam a elite angolana, o debate foi um retrato de como o veneno da chantagem angolana funciona. Como acontece muitas vezes os "especialistas" que são chamados à televisão trabalham em Angola, tem interesses angolanos e recebem salários do governo de Angola. É o caso do antigo Ministro Martins da Cruz , que para além de ter sido "ministro dos negócios estrangeiros" de Luís Filipe Meneses na Câmara de Gaia, é, segundo o seu currículo, "membro do conselho de administração de empresas em Portugal, Espanha e Angola" e "consultor do Governo de Angola". Ou seja, para efeitos daquele debate, está do lado de lá.

 

E mesmo Louçã, um "internacionalista", disse que não discutia a "origem do dinheiro angolano porque isso era um problema dos angolanos". Como assim? Ele que não se coíbe de discutir os dinheiros dos americanos, ingleses, franceses, a política interna de todos os países do mundo, subitamente pára às quatro rodas naquele debate e, perante aquela plateia, onde o que era vitalmente preciso dizer é que é a origem do dinheiro angolano o principal problema, dinheiro roubado a um povo na miséria, por uma clique de políticos e generais do MPLAe "lavado" em Portugal, fica calado.


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O NAVIO FANTASMA (43):O GOVERNO FRACTURANTE

JPP

 

O governo, pela mão da Ministra Cristas, arranjou a sua variante da proibição do piropo, essa brilhante causa política do Bloco de Esquerda. Pelos vistos vai ser proibido ter mais do que dois cães em casa, um gravíssimo problema que afectava milhões de portugueses e que exigia a este governo "liberal" actuar em força e com autoridade. 

 

A Senhora tem a certeza de que não tem mesmo nada para fazer?


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Escutas americanas: “Washington admite espionagem”

Segundo o Wall Street Journal, citado pelo jornal Neue Zürcher Zeitung, Barack Obama ficou a saber, este verão, que havia chefes de Estado e de governo estrangeiros, entre os quais a chanceler alemã Angela Merkel, a serem espiados pela NSA.

O Presidente norte-americano terá mandado parar imediatamente as escutas, acrescenta o diário suíço, e as atividades da NSA terão começado a ser controladas depois das revelações de Edward Snowden. O NZZ indigna-se com a indiferença dos americanos perante este escândalo:

Pondo de parte o facto de as atividade secretas nunca serem negociadas publicamente, é a indiferença dos americanos que explica por que razão nenhum membro da administração Obama teve, até agora, tempo para tomar publicamente uma posição. Tudo o que sabemos chegou-nos ou por ouvirmos dizer ou por fontes anónimas dentro da administração.


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UE-Estados Unidos: A verdadeira crise de confiança transatlântica

Il Sole-24 Ore, Milão – Na perspetiva da Europa, o escândalo de espionagem da NSA está a desgastar a credibilidade e a posição dos Estados Unidos. Mas, do outro lado do Atlântico, é a persistente incapacidade da UE de solucionar a crise que está a preocupar os decisores norte-americanos. Ver mais.


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Évora, o Convento do Espinheiro e o restaurante Malagueta

Domingos Amaral

 

Já há uns tempos que não passava uns dias em Évora, e este fim de semana tive a possibilidade de regressar, e passei por lá dois dias bem agradáveis.

Évora é uma das cidades portuguesas mais bonitas e mais bem organizadas.

É evidente que as muralhas que cercam a cidade ajudam, pois estabelecem um limite físico que obriga a modernidade a respeitá-las, mas é das cidades portuguesas uma das que resistiu melhor à chamada "pressão urbanística".

Mesmo fora das muralhas não se vêem abortos urbanísticos graves, tão comuns noutras cidades, horríveis prédios que as descaracterizam e tornam mais feias.

Em Évora, há muitos anos que se evita isso, e o resultado é excelente.

A circular exterior, rodoviária, facilita a circulação, e permite ter uma visão geral da cidade, o que é agradável.

Depois, só entramos nas muralhas onde é possível, e não onde queremos, o que organiza o trânsito e obriga os visitantes a passar por muitos locais que vale a pena ver, como os monumentos ou as praças.

Quanto a restaurantes, fiquei freguês, sobretudo do Malagueta, onde o simpático dono nos recebeu muito bem, em especial numa noite de sábado onde vários outros restaurantes estavam fechados, uma anomalia que ninguém conseguiu explicar facilmente.

Quanto aos hotéis, há muitos e variados, mas como tinhamos uma oferta, ficámos no muito bonito Convento do Espinheiro, um excelente exemplo de como pode o restauro de um edifício religioso transformar-se num belo hotel, com uma parte antiga nobre e digna, e uma parte moderna luxuosa mas discreta, e muito bem integrada no conjunto.

Sim, é caro, mas o serviço é excelente, e as massagens muito boas.

Valeu bem o descanso, e fiquei ainda mais seduzido pela cidade!

 


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A morte de Tadeusz Mazowiecki: “O melhor primeiro-ministro da história da Polónia”

"Além de Lech Wałęsa, foi a figura política mais emblemática da transformação polaca", escreve o Gazeta Wyborcza na sequência da morte, aos 86 anos, de Tadeusz Mazowiecki, o primeiro primeiro-ministro não comunista após a queda do regime em 1989 e o cofundador das "Conversações da Mesa Redonda" – à volta da qual o Governo se reuniu com o sindicato Solidariedade com o objetivo de acalmar as crescentes tensões sociais.

Tadeusz Mazowiecki não se deixou corromper pelo poder e foi provavelmente o melhor primeiro-ministro da história da Polónia. Político de princípios e não oportunista, nos 14 meses em que desempenhou este cargo, assentou as fundações de um Estado soberano e democrático, protegeu a fronteira com a Alemanha, realizou as primeiras eleições, introduziu a "terapia de choque" de Balcerowicz, [um plano controverso que transformou rapidamente o país comunista numa economia capitalista] pela qual assumiu total responsabilidade, o que acabou mais tarde por afetá-lo nas eleições. Nas eleições presidenciais [de 1990] não angariou votos suficientes para participar na segunda volta, mas ficou na história.

O diário de Varsóvia realça que "tudo isto foi alcançado por um homem que foi no entanto criticado por ser demasiado cauteloso e tímido. A sua serenidade, prudência e o seu jeito para a política foram muitas vezes confundidos com lentidão. Estas qualidades não eram muito apreciadas mas necessárias no meio de políticos temperamentais".

Em Paris, Le Monde saúda "Mazowiecki ou a transformação da Europa…". O diário homenageia o papel que o antigo primeiro-ministro desempenhou "na banalização da vida democrática":

A Europa acaba de perder um homem excecional. […] Foi um grande defensor da integração da Polónia na Europa unida, outrora dividida. O representante de uma das causas mais nobres do século XX. Esta Europa pertencia-lhe intelectualmente, moralmente e politicamente. O lugar que ocupa hoje em dia a Polónia na União Europeia, quase dez anos após a sua adesão, justifica claramente o combate levado a cabo nos anos de 1980 por Tadeusz Mazowiecki e os opositores polacos liderados por Lech Wałęsa.


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Rumo a Belém

Francisco Seixas da Costa

 

Faltam dois anos e quase três meses para o país escolher o substituto do professor Cavaco Silva. Tal como naquelas corridas de bicicletas em pista em que os adversários quase não se movem, mas olham uns para os outros com imensa atenção, para ver quem "salta" primeiro, o ambiente pré-presidenciais começa a aquecer, à esquerda e à direita. Só quem estiver distraído é que ainda não notou.

 

Há já os que optam por ser mais explícitos nas suas ambições. Há os que arregimentam discretamente "tropas", por vezes com lugares misericordiosamente pagos. Há os que dão "casuais" entrevistas em tom "de Estado" (para suscitarem do putativo leitor um "ora aqui está alguém que dava um bom nome para Belém!") com um ar "mainstream" (isto é, "bloco central") e sempre com patriótica e crítica angústia, para ir com o tom do fado menor que estamos a viver. Há os que, por entre sorrisos, começam a falar dos perfis que não são adequados ao lugar que eles próprios podem vir a pretender. Outros virão. Os que, "com algum sacrifício", responderão a "apelos patrióticos", com "elevado sentido de responsabilidade", em face da "hora difícil que o país atravessa". E há os que estão calados, porque acham que o tempo é ainda de gestão de silêncios ou, num latim de feira, que o "primum milium passarorum est".

 

Daqui a tempos, começaremos a assistir a jornadas das "facas longas", isto é, as campanhas mais ou menos "negras" para liquidar putativos concorrentes, com boatarias sórdidas colocadas, como quem não quer a coisa, no seu local mediático habitual. Não é de excluir que surjam aventuras editoriais "ad hoc", como oportunas rampas de lançamento, assentes em estranhos e/ou estrangeiros capitais. Aproveitando a "lufada de ar fresco" que as recentes candidaturas "independentes" terão suscitado, veremos também emergir nomes "impolutos", dessa entidade mítica que é a "sociedade civil", numa espécie de "remake" das vestais do PRD.

 

Tenho a sensação que vamos ter algumas surpresas no "mercado" dos candidatos, para além dos "clientes" naturais e óbvios deste tipo de ocasiões, isto é, dos candidatos dos partidos disfarçados de personalidades independentes, sob o alibi do caráter "unipessoal" do cargo. Não falo em nomes, mas começa a ter alguma graça o discurso de quantos dizem (e já são alguns) que "é uma ideia que não me passa pela cabeça" (claro que não!) mas que ninguém sabe "o dia de amanhã" e não admitem que ninguém "condicione" o seu futuro. Onde é que eu já vi este filme?


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República Checa: “Como Babiš vai mudar a República Checa”

Grande favorito nas eleições legislativas antecipadas de 25 e 26 outubro, o Partido Social-democrata (ČSSD) foi o vencedor mas apenas com 20,45% dos votos, o seu pior resultado desde há vinte anos. Ficou à frente do novo movimento populista ANO do multimilionário checoslovaco Andrej Babiš (18,65%) e do Partido Comunista (14,91%). Os conservadores do ODS, que estiveram no poder até junho último, obtiveram 7,72%.

Numa altura em que sete partidos vão entrar no Parlamento, um recorde, o Respekt escreve que a República Checa se torna "um laboratório europeu da agitação" onde os eleitores se deixam arrastar, a cada vinte anos, por uma vaga revolucionária que perturba o sistema. E, neste contexto, escreve o semanário, o novo homem forte da política checa, Andrej Babiš,

lembra os revolucionários de 1989. Faces enrugadas, maneiras deselegantes, palavras torpes, mas dando a impressão de serem homens sinceros. Não sabem nada da política a não ser que a querem mudar profundamente.


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Tadeusz Mazowiecki

Francisco Seixas da Costa

 

Tadeusz Mazowiecki, o primeiro primeiro-ministro polaco da era pós-comunista, morreu hoje, na Polónia, onde circunstancialmente estou.

 

Há anos, convidado a vir falar da Europa a Varsóvia, pelo antigo MNE Bronislaw Geremek, este apresentou-me a Tadeusz Mazowiecki, que estava presente na conferência. Num jantar que se seguiu, Geremek colocou-me ao lado de Mazowiecki e recomendou-me: "Veja se convence o Tadeusz de que Portugal é favorável à entrada da Polónia na União Europeia". Confesso não ter ficado com memória nenhuma (e eu costumo ter boa memória) da minha conversa com Mazowiecki, um homem algo fechado, tímido, com um perfil de intelectual introvertido. Por isso, não faço ideia se então o convenci. Se tal não aconteceu, os factos posteriores vieram jogar a meu favor.


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Política de imigração: Escapar ao círculo vicioso

Polityka, Varsóvia – O reforço dos controlos nas fronteiras europeias não dissuade os emigrantes e beneficia os passadores. A melhor estratégia seria atacar a raiz do fenómeno – a pobreza nos países de origem dos imigrantes. Ver mais.


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Roménia-Hungria: “Estrada que leva à terra dos sículos tornou-se azul e ouro”

 

Mais de 100 mil pessoas, segundo os organizadores – a União Democrática dos Húngaros da Roménia (UDMR), o principal partido húngaro da Roménia, e o Conselho Nacional dos Sículos (CNS) – 15 mil segundo as autoridades, formaram uma cadeia humana, a 27 de outubro, na Transilvânia.

Ao longo de 53 quilómetros, de Brasov até aos municípios que constituem a "terra dos sículos" (Covasna, Harghita, Mureş), os manifestantes "reclamaram autonomia, não independência" ostentando a bandeira sícula azul e ouro e a bandeira da Hungria, escreve o jornal Szabadság.

Em Budapeste manifestaram-se igualmente 10 mil pessoas, respondendo ao apelo do Foro da União Civil (CÖF), uma associação próxima do Governo de Viktor Orbán, primeiro na Praça dos Heróis e depois em frente à embaixada da Roménia.


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segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Alerta Total

Alerta Total


Leitura e Exemplo para Tempos Difíceis

Posted: 27 Oct 2013 04:00 AM PDT

 

Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net

Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

 

Em momentos de grande dificuldade, temos um procedimento estratégico e operacional recomendável. Recorrer a Deus e aos amigos de verdade. Apelei a um caboclo, bom filho do Pai, especialista em assuntos de poder e dança da gafieira. A segunda habilidade dele, aplicada à conjuntura, recomenda que apelemos a um velho sábio francês capaz de nos ajudar a compreender e encontrar uma alternativa para não atravessar o samba neste momento histórico crucial.

 

Dentro ou fora das temporadas de Outubro Rose, meu amigo sempre apela ao exemplo do famoso político e diplomata francês Charles Maurice de Talleyrand-Péricord (1754 a 1838). Contam os biógrafos que, no início da Revolução Francesa (1789 a 1799), o pragmático Talleyrand tomou três decisões – algumas delas que valem para toda a vida e para qualquer situação:

 

- Não remar contra a maré.

- Não abandonar seu País, salvo corresse grande perigo pessoal.

- Salvar o que pudesse ser salvo.

 

Nascido em família da alta nobreza, Talleyrand sofreu na infância um acidente que o impediu de seguir a carreira militar. Sorte dele e da Igreja! Entrou na vida religiosa, e chegou a ser expulso do seminário, em 1775, por não seguir a regra do celibato. Mas, perdoado, logo saltou de abade a Bispo, em 13 anos. Assim, participou dos Estados Gerais em que defendeu, com brilhantismo, os privilégios da Igreja.

 

Pouco depois, abandonou a batina e, já como líder revolucionário, confiscou os bens eclesiásticos. Sobreviveu ao 93 (o ano do terror de 1793). Fugiu para os Estados Unidos da América. Só retornou à França quando um jovem general reestabeleceu a ordem. Tornou-se seu conselheiro indispensável – mesmo sendo considerado um "Homem-Diabo". Assistiu á ascensão e queda do Imperador Napoleão que, ferido em sua vaidade na batalha de Eylau, resolveu dar uma lição aos russos, invadindo o País e entrando numa fria.

 

Talleyrand sabia que era chegada a hora de salvar a França. A traição em Erfurt foi o meio necessário. Restaurada a monarquia, virou ministro e viveu com glória até morrer, em 17 de maio de 1838, em Paris. Levou para a eternidade o título de Príncipe de Benevento. Segmentos esclarecidos da sociedade brasileira têm muito a aprender com o famoso Mauricinho francês...

 

Mas enquanto tentamos aprender algo com Talleyrand, uns gaiatos espalham pela internet uma proposta de "solução" brilhante e imediata para o Brasil: "Devido ao longo tempo necessário para o Judiciário julgar os casos de corrupção, por uma evidente falta de juízes, a presidenta poderia agir como fez com os médicos: Contratar juízes estrangeiros, dispensando-os do exame de Ordem e do exame de admissão à Magistratura".

 

Os piadistas militantes prosseguem: "Seriam ótimos os juízes chineses, japoneses, árabes, que até cobram as balas para  fuzilamento de condenados, cortam as mãos de ladrões, etc. E mandá-los para as regiões mais carentes como Brasília, Maranhão, Alagoas, para avaliar e julgar os gastos da Copa, mensalões, dólares na cueca, verbas e demais desvios, dos quais Lula e Dilma nunca sabem de nada. A ideia é boa?"

 

Enfim, em meio a este samba do afrodescendente doido, o melhor negócio é sair com o meu amigo para a gafieira. Lá, onde ele é rei, pelo menos a gente dança com prazer. Diferentemente do Brasil, onde o samba atravessa cada vez mais, e de forma perigosa, comprometendo o futuro do pagode, até que algum general da banda se junte a outros músicos para recolocar ordem no salão.

 

Não vai ser mole, porque o Brasil parece uma grande piada de salão...

 


Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus.

 

O Alerta Total tem a missão de praticar um Jornalismo Independente, analítico e provocador de novos valores humanos, pela análise política e estratégica, com conhecimento criativo, informação fidedigna e verdade objetiva. Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor. Editor-chefe do blog Alerta Total: www.alertatotal.net. Especialista em Política, Economia, Administração Pública e Assuntos Estratégicos.

 

A transcrição ou copia dos textos publicados neste blog é livre. Em nome da ética democrática, solicitamos que a origem e a data original da publicação sejam identificadas. Nada custa um aviso sobre a livre publicação, para nosso simples conhecimento.

© Jorge Serrão. Edição do Blog Alerta Total de 27 de Outubro de 2013.

Indagações da Reserva ao Alto Comando do Exército

Posted: 27 Oct 2013 03:58 AM PDT

 

Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net

Por Paulo Ricardo da Rocha Paiva

 

Em debate, após a palestra do CMT/CMS para "ADESGUIANOS" de SANTA MARIA, no último dia 24 de outubro, me dirigi ao General Bolívar nos seguintes termos:

 

Excelentíssimo SR General Bolívar/meu comandante militar de área

 

Não vou questioná-lo sobre o assunto de sua esclarecida exposição calcada no Comando Militar do Sul, Afinal de contas, vossa excelência é profissional das armas reconhecidamente competente, tanto pelos seus superiores como pelos seus subordinados e, como tal, só merece o reconhecimento de sua tropa por tudo que tem feito  em prol da operacionalidade de seu grande comando.  Está a me mover agora uma indagação  de caráter mais subjetivo, mais engrazada com o aspecto eminentemente subjetivo do binômio espírito militar/espírito de corpo da  nossa Força Terrestre. Em sendo assim, solicitaria a vossa excelência fossem levadas as seguintes indagações da RESERVA ao ALTO COMANDO:

 

 Como o alto comando do EB ainda encara esta proibição de se comemorar o "31 de março " nos quartéis? Sim, porque circula na INTERNET  que, em novembro, no RJ, está programado um estágio  de "esclarecimento" sobre a "ditadura" militar para estudantes de nível primário e secundário, com informações absolutamente distorcidas sobre a atuação das FFAA naquele dia e na sua luta subsequente contra as guerrilhas urbana e rural que ensanguentaram o País nos anos"60/70"? O alto comando vai aceitar mais esta humilhação?

 

 Atualmente, reconhecidos "pelegos" de longa data, notórios algozes do EB, estão mais do que de determinados a criarem um memorial em honra de comunoterroristas no quartel do 1º BPEB-Batalhão Marechal Zenóbio da Costa. O atrevimento chegou a tanto que um pobre coronel, comandante de unidade, se viu entregue, sem nenhum alento da parte de seus superiores, à sanha de verdadeiros" lobos vermelhos" dentro do seu próprio quartel!  A falta de ação de comando teria sido por relapso da 1º ou da 2ª Seção do comando militar de área? Sim porque este fato humilhante já tinha antecedente, mas com reação a altura por parte do comando da unidade. Por quais razões este mesmo comandante engoliu a afronta  na segunda oportunidade? Será que vamos aceitar também, a transformação de nossos quartéis em casa de "carpideiras de  CHE Guevara"?

 

 RESUMINDO:

 

- QUANTO À 1ª SOLICITAÇÃO, o  CMTCMS disse que "a comemoração" nos quartéis não  está proibida. O QUE ME CAUSOU ESPANTO!!!

 

- QUANTO À 2ª  SOLICITAÇÃO, o CMT/CMS  disse que, em absoluto, todo o apoio tinha sido/foi prestado pelo escalão superior ao comandante do 1º BPEB naquele episódio.

 

Em vista disso, para poder me defender, pelo menos provar a minha sanidade mental e que "não estava a inventar estórias da carochinha " (e seria fácil já que: só um idiota não sabe da proibição destas palestras-outro dia mesmo o meu irmão foi proibido de fazer uma no comando da 11ª RM-; a falta de ação de comando do CML, deixando o pobre coronel "ao  Deus dará", com imagens irretocáveis transmitidas pela TV, não poderia ser olvidada),  PEDI alto e bom para replicar, mas que desistiria de fazê-lo se esta fosse a NGA dos estágios da  ADESG.  O fato é que, de imediato foi chamado um outro debatedor e eu fiquei sem provar meu "juízo perfeito".

 

Na saída, calhou do General Bolívar cruzar comigo e eu esperei para ver o que ia acontecer. Encarei o chefe e ele veio e  ME ABRAÇOU COM AFETO. Não sou de tripudiar com quem não é arrogante comigo. Correspondi ao abraço mas sussurrei ao ouvido do CMT/CMS:: -"General, eu nunca vou entregar o ouro..."

 

Em verdade, quem ainda crê numa retomada de atitudes pelos comandantes militares está a "acreditar em Papai Noel". Quem duvidar disto deve ler o relato do General Marco Felício sobre o ocorrido por ocasião da última palestra proferida pelo Coronel Licínio no Circulo Militar/BH.

 

Tivesse o  então CMT/ CML  tomado uma atitude para defender a "velha guarda" do EB  no CLUBE MILITAR/RJ, em março de 2O12, quem sabe o comandante da guarnição de BH tivesse tido a mesma iniciativa?

 

Não vou deixar de lutar. Tenho chefes e companheiros da reserva que lutam comigo e são o meu alento. Devo dizer entretanto: até prova em contrário, não vislumbro mais nenhum horizonte de recuperação do binômio espírito milita/espírito de corpo pelas FFAA. Quando isto ocorrer, voltarei à disciplina militar prestante. Até lá só continuam a me mover o respeito, que jamais perdi pela  INSTITUIÇÃO,  e a lealdade à nossa "pobre Pátria mãe gentil".

 

SELVA! BRASIL ACIMA DE TUDO! PAIVA, INF/AMAN/1969.

 

Paulo Ricardo da Rocha Paiva é Coronel com curso de Estado-Maior, na reserva.

Terceiro Mundo

Posted: 27 Oct 2013 03:55 AM PDT

Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net

Por Humberto de Luna Freire Filho

 

 Esses políticos do nosso país, se é que se pode chamar essa corja de políticos, pensam que o Brasil é um circo, e mais, que são os donos do circo. O governador de Pernambuco, e presidente de partido, tenta dizer que não, mas faz parte da trupe; quer lançar um artista "pop" como candidato a governador do Rio de Janeiro. Segundo ele um nome "competitivo".

 

Acredito eu, que competitivo somente junto ao pobre substrato eleitoral brasileiro que vive do bolsa-família, dos "intelectuais" que assistem e discutem as novelas das 18, das 19 e das 21 h, além de Big Brother, dos comunistas de boutique, que passam férias em Paris, e finalmente dos que não são idiotas.

 

Portanto, não aparecem, mas são beneficiários silenciosos desse sistema político corrupto que vivemos, e ainda dos gigolôs do governo, a exemplo dos bolsas-ditadura. Esses garantem o "status quo". 

 

Humberto de Luna Freire Filho é Médico.

Apesar de Você

Posted: 27 Oct 2013 03:51 AM PDT

Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net

Por Paulo Roberto Gotaç

 

Filhote da Ditadura - expressão criada por Leonel Brizola durante os debates transmitidos pela TV em 1989, que antecederam as eleições presidenciais. O termo tinha Paulo Maluf, entre outros, como alvo específico. Era evidente que ditadura e que espécie de filhote estavam no foco à época. 

 

No entanto, é lícito estender-se um pouco mais a questão interpretativa e divagar sobre o tema, uma vez que há vários tipos de ditaduras, capazes, portanto, de produzir os mais diversos tipos de filhotes. 

 

O nosso glorioso Chico Buarque, por exemplo, bem que pode também ser considerado um filhote da ditadura de 1964, tendo em vista que uma de suas fases mais produtivas e talentosas, a que lhe rendeu talvez mais reconhecimento de brilhante compositor e fortuna financeira, ocorreu exatamente quando produziu letras de duplo sentido nas quais atingia os presidentes militares e driblava os censores de maneira inteligente e matreira. 

 

Sem 1964, não teríamos o "Apesar de você" e o "Cálice", entre outras belas composições. 

 

De certa forma, há, então, uma relação de causa e efeito quase epidérmica, de filho rebelde, talvez. 

 

Por outro lado, a ditadura que está sendo hoje lentamente implantada pelo PT por aqui, de inspiração cubana, aquela, não de um cálice de vinho tinto de sangue, mas de um verdadeiro tonel, pode também reclamar a correspondente paternidade, haja vista a apologia à censura do filhote famoso, controle sonhado pelos do governo atual, e o posicionamento de que, ao se manifestar, em ocasião passada, não se sabe com que propósito, a favor da liberdade de expressão relativamente à biografia de outro famoso, declarou nada saber sobre entrevista concedida ao biógrafo, onde ratificara sua opinião, fato contradito por vídeo divulgado. 

 

Como se vê, atitude típica de políticos petistas que frequentemente de nada sabem quando são acusados. 

 

A que prole então pertence nosso poeta? À originada em 1964, que lhe deu fama, ou àquela agora com as rédeas do poder? 

 

Pois é, caro Chico, "apesar de você", não se sabe que tipo de amanhã  "há de ser outro dia" para o nosso País.

 

 

Paulo Roberto Gotaç é Capitão-de-Mar-e-Guerra, reformado.

Aprendeu a Lição, doutor Roberto?

Posted: 27 Oct 2013 03:50 AM PDT

Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net

Por Milton Pires

 

Inesquecível a lição que o Presidente do Conselho Federal de Medicina levou do Governo Federal. Não encontro outro adjetivo para descrever o que senti quando li a publicação da Lei 12.871 no Diário Oficial do dia 23 de outubro. A retirada do primeiro parágrafo do Artigo 16 acabou com a esperança de uma carreira para os médicos em nível federal.

 

No dia 10 de outubro, o portal do CFM na internet publicava entrevista do Dr. Roberto Luiz D'Ávila em que o mesmo dizia ter sido uma "conquista" da classe médica a negociação em que, abrindo mão dos registros profissionais para estrangeiros, o CFM estava garantindo não só a carreira federal como a desistência do governo de criar o Fórum Nacional de Ordenação de Recursos Humanos na Saúde. De nada adianta, portanto, o CFM afirmar que não foi "traído": foi sim, senhor Presidente, agora é tarde para disfarçar.

 

Triste é perceber que isso é só o início. Poucas pessoas entendem perfeitamente a diferença entre Programa e Projeto Mais Médicos e eu sinto curiosidade em saber quantos dos meus colegas se deram ao trabalho de ler por inteira a publicação da Lei no Diário Oficial.

 

A expressão a ser gravada nesse momento é "Contrato Organizativo da Ação Pública Ensino-Saúde". Preparem-se pois dessa "coisa" ouviremos falar muito já que nela estará fundamentado poder capaz de colocar os secretários municipais de saúde numa posição em que "nunca antes nesse país" estiveram. Deles dependerá a decisão sobre onde abrir ou não as futuras faculdades de medicina.

 

Também há que se ter cuidado de perceber como ficará a Residência Médica no Brasil já que, toda especialidade que não incluir um ano de "medicina petista" como pré-requisito, vai – por lei – facilitar a entrada do candidato dando uma nota inicial 10% maior aos que trabalharam com saúde pública.

 

Nada mais previsível e nada mais fácil de entender para quem percebe que, depois de 1978, começou-se ainda em plena ditadura militar a implantar um sistema de saúde marxista no Brasil. Passadas décadas o governo brasileiro percebeu que os médicos não são comunistas e que para corrigir esse "contra-tempo" só poderia lançar mão de três alternativas: a primeira seria obrigar todos os médicos brasileiros a trabalharem onde ele (o governo) quer.

 

A segunda; inundar o país com médicos comunistas e a terceira modificar completamente a formação dos futuros profissionais no Brasil. Vejam que, privado da primeira alternativa, o Governo Federal lançou-se com toda força na implantação das outras duas.

 

Nada mais previsível do que a farsa de oferecer aos médicos um plano de carreira e depois publicar a lei sem cumprir a promessa. Alegações de que se trata de "matéria diferente" não vão faltar. Desculpas de que não é o momento para se discutir isso vão aparecer e – mais uma vez – lá se vai por água abaixo a nossa esperança. Remédio amargo para todo médico que faz acordo com políticos...

 

Aprendeu a lição, Doutor Roberto?

 

 

Milton Simon Pires é Médico.

Presidenta, quando vejo um paciente com câncer, sempre enxergo por trás: cães, coelhos,ratos,ovelhas, cobaias, africanos e pesquisadores...

Posted: 27 Oct 2013 03:49 AM PDT

Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net

Por Ronaldo Fontes


Conheci o Sr. Carlos Reiter em 1989, durante o período em que eu frequentava o Serviço de Cirurgia do Prof. Stanley E. Crawfford, no Hospital Metodista em Houston, Texas, EUA. Estávamos coincidentemente hospedados em um hotel barato, de propriedade de um mexicano fanático pelo flamengo e que nas oportunidades em que o seu time do coração ia para a final do campeonato brasileiro de futebol, saia de Houston e vinha ao Brasil com seu filho de dez anos para assistir ao jogo. Por seu lado, o Sr. Carlos era proprietário, aqui no Brasil, de uma pequena fábrica de sapatos na região de Novo Hamburgo no Rio Grande do Sul.

Casado, O Sr. Carlos à época tinha dois filhos, o maior com dez anos de idade. Durante o período que lá estive, sabendo que eu também praticava esportes, convidaram-me, num domingo, para uma visita ao centro esportivo da Universidade de Houston. Lá fui eu com com o Sr. Carlos, o mexicano e seu filho. Adentramos ao campo de futebol da Universidade e ali durante alguns chutes a gol, o Sr. Carlos contou-me sua história.

Há cinco anos, à época com 45 anos, teve início sintoma de dor abdominal que culminou com diagnóstico de câncer de fígado, localizado junto a artéria hepática e do tamanho de uma laranja, impossível de ser extirpado. Naqueles anos não havia alternativa no Brasil para tratar do mal que lhe acometia. A oncologia no Brasil era insipiente. Foi indicado o M.D.Anderson Institute, em Houston. Sendo, o M.D. Anderson, um dos três locais do mundo no qual ele teria maior probabilidade de sobrevida, informou-lhe que como estava, teria no máximo seis meses de vida.

Foi para Houston deixando a esposa com 38 anos, dona de casa, sem nenhuma experiência administrativa e os dois filhos pequenos para cuidar dos negócios da família. Ficava três semanas em Houston, voltava ao Brasil, permanecia por uma semana e retornava a Houston para continuidade do tratamento. Essa rotina já acontecia há cinco anos. Contou-me que durante o período, aceitou participar de todos os protocolos de medicamentos em fase de testes. Disse-me que muitas vezes teve que ser amarrado ao leito, algumas delas com camisa-de-força para que não se atirasse do oitavo andar do Hospital, tais eram os efeitos colaterais e o desconforto que as medicações provocavam, por vezes até com a perda da consciência.


Com essa atitude heroica e honrada, digna de um comandante, manteve seus negócios, instruiu a mulher e o filho, que com 15 anos já comandava administrativamente a pequena empresa. Confessou a mim que apesar de querer permanecer vivo junto da família, já poderia morrer, certo do dever cumprido.

Esta é uma pequena e verídica história, cujo nome do protagonista é fictício, mas que serve de alerta aos "defensores dos direitos dos animais".

É óbvio que qualquer ser vivo deve ser tratado com dignidade, inclusive os peixinhos que doam seus filés aos pratos dos naturalistas e das madames televisivas para manter as curvas e linhas. Entretanto, se o uso de animais de laboratório lhes provoca indignação, a ciência dispõe atualmente de outros métodos para experimentos científicos, tais os que ocorreram na África, com seres humanos.


Não vi nenhum desses covardes guardiães da dignidade, escrever uma linha sobre isso. Quem sabe, seja o que desejam: utilização de seres humanos para pesquisa. Talvez fosse interessante, pois se esse grupo de poder conseguir transformar o Brasil num Estado totalitário, os pesquisadores oficiais possam utilizar os cérebros desses libertários da fauna para experimentos.

Em adendo, nunca os vi defendendo a população ordeira desta Nação que está sendo assassinada nas ruas, ou contra os traficantes que estão destruindo nossa juventude. São mais de 2 milhões de brasileiros vítimas de latrocínio (assalto seguido de morte) em 20 anos.

É claro que é muito menos perigoso lutar contra cientistas do que contra facínoras e, convenhamos, muito mais vantajoso.

As campanhas contra a utilização de animais de experimentação são mais uma forma de inibir o desenvolvimento científico no nosso País. Os donos do poder mundial utilizam-se dos intelectuais orgânicos, artistas e jornalistas, promovendo-os em suas carreiras, para que façam o serviço sórdido de inibição do desenvolvimento nacional.

Enquanto isto, os Srs. Carlos ainda viajam ao exterior, ou no mínimo, com muita sorte e poder aquisitivo, utilizam-se dos medicamentos fabricados no exterior, pelos quais pagamos um alto preço. Um exemplo do que acontece atualmente no setor de saúde é o Instituto do Câncer em São Paulo que foi criado com estrutura para realizar 15 mil cirurgias por ano. Entretanto segundo informações, possui mais de 130.000 pacientes matriculados na fila de espera, impossibilitado de fazer novos registros de pacientes.



Ronaldo Fontes, Médico, é Coordenador do Foro do Brasil.

A Globalização e a Soberania Nacional

Posted: 27 Oct 2013 03:45 AM PDT

Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net

Por Marcos Coimbra

 

O processo de Globalização diz respeito à forma como os países interagem e aproximam pessoas, ou seja, interliga o mundo, levando em consideração aspectos econômicos, sociais, culturais e políticos. Com isso, gerando a fase da expansão capitalista, onde é possível realizar transações financeiras, expandir seu negócio até então restrito ao seu mercado de atuação para mercados distantes e emergentes, sem necessariamente um investimento alto de capital financeiro, pois a comunicação no mundo globalizado permite tal expansão, obtendo-se o aumento acirrado da concorrência.

 

Na realidade, a globalização nada mais é do que uma forma moderna de neocolonialismo, onde as nações mais ricas (G-8) implantam uma estratégia de dominação sub-reptícia, com o emprego do ardil de necessidade de maior integração, para que possam continuar a utilizar os recursos naturais e riquezas dos países periféricos, de forma a beneficiar seus respectivos povos.

 

Na esfera política há a contribuição direta e indireta para eleição no Executivo e Legislativo, em especial de sicários comprometidos com suas estratégias de dominação. Na expressão psicossocial existe o domínio da Educação e Cultura (cinema, teatro, meios de comunicação, escolas, universidades etc.). No âmbito econômico diagnosticamos o uso inteligente dos termos das relações de troca e dos fluxos econômico-financeiros para manutenção das relações de dependência existentes, com a instituição de três tipos de países. Por exemplo, a China realizando a produção, a Índia operando como escritório e o Brasil fornecendo matérias primas.

 

Na Ciência e Tecnologia presenciamos a criação de óbices de toda ordem para impedir a autonomia tecnológica dos países dependentes. E no aspecto militar identificamos o bloqueio empregado por meios de toda ordem (imprensa, tecnologia, campanha difamatória etc.) ao desenvolvimento de qualquer evolução do estado da arte das Forças Singulares, inclusive impedindo o progresso em setores críticos (nuclear, aeroespacial etc.), bem como contribuindo direta ou indiretamente para a desativação de sua indústria bélica.

 

A Soberania caracteriza-se pela manutenção da intangibilidade da Nação, assegurada a capacidade de autodeterminação e de convivência com as demais Nações em termos de igualdade de direitos, não aceitando qualquer forma de intervenção em seus assuntos internos, nem participação em atos dessa natureza em relação a outras Nações. A Soberania significa também a supremacia da ordem jurídica do Estado em todo o território nacional.

 

A prática tem demonstrado a extrema vulnerabilidade dos países que não possuem Poder Militar expressivo, especialmente o nuclear. Os exemplos da Ossétia, do Kosovo, do Iraque, da Líbia e outros reforçam esta convicção. Em reforço, a Rússia em virtude de deter o poder nuclear, faz parte do G-8, apesar de não ser uma potência econômica. Também os episódios próximos havidos com a Bolívia e o Paraguai demonstram a fragilidade da ação do Brasil, fruto de dois fatores principais:

 

1 – O sucateamento de nossas Forças Armadas e a destruição da então pujante indústria bélica nacional, agravado pela ausência de líderes militares como existiam no passado, os quais vão cedendo terreno a cada instante, sem a devida reação;

 

2 – A conivência da cúpula do Itamaraty a avanços de grupos "bolivarianos", sem as devidas medidas preventivas e dissuasórias, por orientação da cúpula petista, pertencente ao Foro de São Paulo.

 

O cenário atual é preocupante e o pior é que não visualizamos soluções satisfatórias no curto e até no médio prazo. Isto possibilita uma oportunidade única de reversão do dantesco quadro existente, desde que haja uma oposição organizada e preparada para aproveitamento da ocasião. Porém, não vislumbramos qualquer grupo capaz de uma ação efetiva com possibilidade de êxito.

 

Não encontramos nenhum partido que represente uma posição alternativa à onda de entreguismo e revanchismo em marcha. A educação está concentrada no pensamento gramscista ou neoliberal, por paradoxal que pareça. A comunicação também é comandada ou por neoliberais a serviço de interesses alienígenas ou por viúvas do stalinismo ou por ambos. Na área científico-tecnológica o panorama não é diferente. Persiste a dependência tecnológica como um todo, em especial na área de medicamentos.

 

É imperiosa a necessidade de refletir e agir sobre a sociedade brasileira, com determinação e força suficiente para evitar a perda concreta, pois já é sentida de várias formas, de parte vital do território nacional, sem resistência.

 

 

Marcos Coimbra, Professor, é Membro do Conselho Diretor do CEBRES, Titular da Academia Brasileira de Defesa e da Academia Nacional de Economia e Autor do livro Brasil Soberano.  Sítio: www.brasilsoberano.com.br  - Correio eletrônico: mcoimbra@antares.com.br