quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Alerta Total

 

Joaquim Barbosa não indica preferência por candidato e ataca reeleição que corrompe o sistema

Posted: 17 Sep 2014 03:34 AM PDT


Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net
 
Petralhas e marineiros de primeira viagem respiraram, aliviados, ontem, não só por causa da divulgação de mais uma pesquisa eleitoral que os mantém na briga pela dianteira. O alívio foi com o sepultamento de um boato, que vinha se fortalecendo desde domingo, sobre um bombástico anúncio de que Joaquim Barbosa seria ministro da Justiça se Aécio Neves conseguisse se eleger. O próprio Barbosa preferiu não indicar, em entrevista dada ontem, qual o seu preferido na disputa ao Palácio do Planalto, "para não interferir no processo político".
 
Sem o risco da popularidade de Barbosa interferir em favor de Aécio na disputa, a pergunta feita ontem nos bastidores políticos era se o depoimento do delator premiado Paulo Roberto Costa, na CPMI da Petrobras, seria capaz de afetar os rumos da eleição até agora polarizada entre as gêmeas Dilma Rousseff e Marina Silva. Só se Paulo Costa abrir o verbo no Congresso o mundinho petralha pode vir abaixo...
 
Provavelmente, Paulo Roberto Costa falará o mínimo possível ou nem vai se pronunciar na CPI, com a costumeira alegação de que se reserva o direito de apenas falar em juízo. Assim, embora os escândalos na Petrobras comecem a colar, popularmente, em Dilma, não é deste mato enlameado pela corrupção sistêmica que sairá o cão raivoso que poderia mexer com as tendências eleitoreiras.
 
Descartando novamente que pretenda ser candidato a Presidente da República, o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal, que ficou popular pelo empenho na condenação dos réus do Mensalão, soltou o verbo contra a reeleição para cargos executivos: "A mãe de todas essas desgraças, dessa corrupção, que leva o Presidente da República a ter que negociar no varejo com gente que ele jamais frequentaria, é essa necessidade que ele tem. Desde o primeiro dia ele não pensa em outra coisa, a não ser em reeleição. A reeleição corrompe o sistema. Em regra, não há qualquer ilícito nessa conduta. Mas o desejo de se perpetuar no poder pode favorecer desvios, o que é pior. Em países ainda em fase de consolidação institucional, ou que tenham instituições débeis, a reeleição funciona como carro-chefe, como a mãe de todas as corrupções, de toda espécie. Ela condiciona tudo. De projetos essenciais à coletividade, à pautas diárias de governo".
 
Barbosa aproveitou uma palestra no Congresso de Shoppings Centers, realizado em São Paulo, para fazer um discurso melhor que muitos candidatos à Presidência, ressalvando que "há toda uma miríade de reformas à espera de uma liderança lúcida e capaz de implementá-las". Barbosa listou as principais: "Precisamos nos livrar de certos resquícios de autoritarismo, da cultura do privilégio, do jeitinho, da improvisação, do nepotismo, do patrimonialismo, das sequelas da escravidão, dos vícios cartorários herdados da colonização. Precisamos de uma Justiça mais expedita, simples, eficaz, moderna, menos pomposa e cheia de si. Precisamos de regras claras, objetivas e aplicáveis a todos".
 
Discurso de candidato mais amarrado que este...
 
Opinião pode...
 
A Presidenta Dilma Rousseff ficou PT da vida com a censura imposta pela Procuradoria Geral Eleitoral contra a propaganda petista que bate na ex-petista Marina Silva.
 
Dilma invocou o direito à livre opinião para questionar o ato da Justiça Eleitoral:
 
"Pode ser que as pessoas não gostem do que falamos, agora é uma opinião, e crime de opinião no Brasil é algo ultrapassado. Eu fui para a cadeia por crime de opinião, tá? E sei perfeitamente que na democracia a opinião é algo que tem que ser acolhido".
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Carta Aberta ao Corregedor da Polícia Federal
 
 
O engenheiro João Vinhosa envia uma segunda carta aberta ao corregedor-geral da Polícia Federal, Cláudio Gomes, solicitando que todas as suas denúncias sobre o caso Gemini, feitas com provas documentais, sejam transformadas em um inquérito – e não acabem em algum arquivo morto da burocracia federal.
 
Já que a Presidenta Dilma defende (como no debate de ontem na CNBB) que "a Polícia federal é um integrante do governo", bem que a PF poderia fazer andar o processo pedido pelo Vinhosa...
 
Leia, abaixo, o artigo: Dilma, a Polícia Federal e a Petrobras
 
Pérola de campanha
 
Acuada por Aécio Neves sobre o tema corrupção na Petrobras, no debate com os bispos católicos, Dilma soltou mais uma de suas pérolas de demagogia e imprecisão de conceito de gestão governamental:
 
"Ao longo da minha vida tive sempre tolerância zero com corrupção. No caso da Petrobras, quero lembrar ao candidato Aécio que quem investigou e descobriu todos os crimes de corrupção foi um integrante do governo, a Polícia Federal".
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A Polícia Federal faz parte da estrutura do Estado brasileiro e, a não ser que tenha ingressado por concurso público ou tenha sido nomeada para um cargo da confiança, tornando-se uma pessoa física, a PF não é um integrante do governo que descobre as coisas...
 
Bens bloqueados
 
O juiz Flávio Roberto da Costa, titular da 3ª Vara Criminal da Justiça Federal, acatou o pedido de arresto dos bens de Eike Batista e familiares, no valor de até R$ 1,5 bilhão, a pedido dos procuradores Orlando da Cunha e Rodrigo Poerson Ministério Público Federal no Rio de Janeiro.
 
Se nas mais de 14 contas correntes em nome do empresário no país houver mais de R$ 1,5 bilhão, o excedente será liberado.
 
Caso não chegue a esse valor, o juiz vai avaliar a necessidade de solicitar o bloqueio de bens móveis e imóveis, podendo incluir aqueles em nome de familiares.

Tudo pode cair
 
A defesa de Eike defende que a atribuição de processá-lo é da Justiça comum, e não da Justiça Federal.
 
O advogado Sérgio Bermudes tentará usar esta tese para invalidar a denúncia do MPF e impedir o bloqueio de bens do ilustre bilionário.
 
Eike também foi denunciado por insider trading (informação privilegiada), para obtenção de vantagens ilícitas no mercado financeiro, pela procuradora Karen Louise Jeanette Kahn, do MPF em São Paulo.
 
Cuba Libre

 
Eis o título do novo documentário do consagrado Evaldo Mocarzel, que estreia nos cinemas nesta quinta-feira, 18 de setembro.
 
O filme retrata o retorno da atriz transexual cubana Phedra de Córdoba (do grupo teatral Satyros) a Havana depois de 53 anos sem pisar no seu país.
 
Além de colocar em discussão a luta pelos direitos dos homossexuais num ambiente extremamente machista como a ilha governada durante décadas por Fidel Castro, hoje comandada por seu irmão Raúl, o documentário mostra a decadência da ilha, que "parece estar sentada sobre um barril de pólvora", como comenta em entrevista ao filme o dramaturgo Reinaldo Montero, autor da peça Liz, que foi encenada pelos Satyros, em Havana.
 
Lembra quem?
 
Antes de entrar em cena, Phedra de Córdoba sempre se pergunta:
 
"Será que eu sou essa imagem no espelho ou será que essa imagem é o meu verdadeiro eu?".
 
Phedra criou uma personagem para si mesma e moldou-a em carne e osso, com o próprio corpo.
 
Culpa da Globo
 
O ator Paulo Betti, petista histórico, justificou por que não esteve no encontro de artistas em favor de Dilma, no Teatro Oi Casa Grande, no Rio de Janeiro:
 
"Para o conhecimento de vocês, os atores contratados da TV Globo, que estão no ar, não têm permissão para participar de eventos de campanha. Existe um manual que regulamenta isso. Senão, eu estaria no evento do Teatro Casa Grande em apoio a Dilma"

Já pensou como esta notinha ficaria interpretada pelo malvado jornalista Téo – que o ator interpreta na novela Império, da Rede Globo?
 
Corrida confirmada
 
Para alegria da Rede Globo, São Paulo garantiu a etapa brasileira de F-1 para 2015.
 
A FIA confirmou a permanência de Interlagos no Circuito Mundial da categoria após o diretor de provas da instituição, Charlie Whiting, visitar o autódromo Jose Carlos Pace na semana passada para analisar o andamento das obras que tiveram início no dia 15 de julho deste ano.
 
A realização do evento estava sob ameaça caso o autódromo não incorporasse as obras de R$ 160,8 milhões exigidas pela entidade.
 
Pedido da amante
 
Piada que foi contada em uma rodinha de campanha petista e não agradou muito – não se sabe o motivo:

Leonel está no motel com a amante, curtindo o pós-coito, quando ela resolve interromper o silêncio:

- Leo, por que você não corta essa barba?

- Ah... Se dependesse só de mi... Você sabe que minha mulher seria capaz de me matar se eu aparecesse sem barba... Ela me ama assim!

- Ora, querido - insiste a amante - Faça isso por mim, por favor...

- Não sei não, querida... Sabe, minha mulher me ama muito, não tenho coragem de decepcioná-la...

- Mas você sabe que eu também te amo muito... Pense no caso, por favor...

O sujeito continua dizendo que não dá, até que não resiste às súplicas da amante e resolve atender ao pedido.

Depois do trabalho ele passa no barbeiro, em seguida vai a um jantar de negócios e, quando chega a casa, a esposa já está dormindo.

Assim que ele se deita, sente a mão da esposa afagando o seu rosto lisinho e com a sua voz sonolenta diz:

- Paulão!... Seu louco, você ainda está aqui? Vai embora... O barbudinho já está pra chegar!
 
Ser ou não ser

 
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O Alerta Total tem a missão de praticar um Jornalismo Independente, analítico e provocador de novos valores humanos, pela análise política e estratégica, com conhecimento criativo, informação fidedigna e verdade objetiva. Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor. Editor-chefe do blog Alerta Total: www.alertatotal.net. Especialista em Política, Economia, Administração Pública e Assuntos Estratégicos.
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A transcrição ou copia dos textos publicados neste blog é livre. Em nome da ética democrática, solicitamos que a origem e a data original da publicação sejam identificadas. Nada custa um aviso sobre a livre publicação, para nosso simples conhecimento.

© Jorge Serrão. Edição do Blog Alerta Total de 17 de Setembro de 2014.

Aguardar serenamente (se possível) os acontecimentos

Posted: 17 Sep 2014 03:28 AM PDT


Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Carlos Maurício Mantiqueira
 
A leitura diária dos jornais nos leva a um estado de espírito surrealista.

Presenciamos a uma briga de foice no escuro.

É o roto falando do esfarrapado.

Uma idiota que nada sabe, outra que sabe demais (e cala) e um mixuruca que não decola.

As pessoas se empolgam, brigam, xingam e não percebem que estão trocando seis por meia dúzia.

As "zelite" falidas se mudam ou ameaçam  mudar para o exterior :"Não brinco mais!".
 
 
Brincam, sim... O autoexílio delas, todos os anos, é na Disney, fazendo concorrência desleal ao Pateta.

A solução não virá de urnas eletrônicas tão seguras como tramela de porteira.

Um dia o povo se rebela. Mussolini soube o que é ser pendurado de ponta cabeça.

Carlos Maurício Mantiqueira é um livre pensador.

Dilma, a Polícia Federal e a Petrobras

Posted: 17 Sep 2014 03:27 AM PDT

Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por João Vinhosa
 
A insistência da presidente Dilma em usar o nome da Polícia Federal na tentativa de justificar os escândalos na Petrobras levou-me a produzir o artigo "Carta aberta ao Corregedor-Geral da Polícia Federal" e o vídeo "Carta aberta ao Corregedor-Geral da Polícia Federal (II)", cujos links são apresentados ao final.
 
O que causa mais espanto é constatar que Dilma nem mesmo contemporizou com a Polícia Federal no governo Lula. Valendo-se do fato de as investigações sobre a Petrobras só terem aflorado no final de seu governo, Dilma afirmou que antes de seu governo a Polícia Federal não tinha autonomia para investigar. Foram as seguintes as suas palavras: "A Polícia Federal hoje vai e investiga todos, doa a quem doer, porque o compromisso de meu governo é numa luta incansável contra a corrupção."
 
Será que o fato de, só no final de seu governo, terem vindo à tona investigações contra o ex-diretor Paulo Roberto Costa – que saqueou a Petrobras nos dois governos Lula – justifica Dilma afirmar que a luta contra a corrupção é "compromisso de meu governo" e que "A Polícia Federal hoje vai e investiga todos, doa a quem doer"?
 
O mais extraordinário nesse impressionante caso não é o silêncio de Lula, que já se acostumou com corrupção à sua volta. O que é absolutamente inadmissível é o silêncio da Polícia Federal, uma das instituições mais respeitadas do país.
 
Relativamente ao aspecto "investiga todos, doa a quem doer", foi impossível me conter. Na condição de denunciante de um autêntico crime de lesa-pátria levado a efeito contra a Petrobras, requeri, ao Corregedor-Geral da Polícia Federal, cópia integral dos autos do processo correspondente ao categórico depoimento por mim prestado há três anos.
 
Requeri cópia dos autos do processo para ver até onde foram as investigações sobre o caso por mim denunciado.
 
Desde já informo que, caso tenha a Polícia Federal juntado ao processo cópia da ata de reunião do colegiado que aprovou a participação da Petrobras na sociedade Gemini, terei como comprovar uma falcatrua contratual "Padrão Pasadena". Caso a Polícia Federal não tenha juntado, terei um pouco mais de trabalho.
Recomendando uma visita ao site www.maracutaiasnapetroroubobras.com, finalizo apresentando os links referidos
 
 
 
 
João Vinhosa é Engenheiro. 

Digníssimo Filho da Puta

Posted: 17 Sep 2014 03:25 AM PDT


Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Autor Desconhecido

Pelo presente instrumento, venho dirigir-me a vossa excelência. Com minúsculas e na segunda pessoa, pessoa de segunda que és, mauricinho de nariz empertigado. Tu, que te ocultas, sorrateiro, por trás dessa impecável e pretíssima toga de bosta.

Tu que recebes aprumado a reverência do país de joelhos à espera de tuas soberanas e irretocáveis decisões peremptórias.

Tu que estás imbuído da divina prerrogativa, intransferível e vitalícia, de julgar e decidir o destino dos homens que habitam o mundo dos vivos, já que o dos mortos foge à tua jurisprudência, instância suprema à do teu supremo.

Embora nutras anseios em manter paridade e equiparação divina com Aquele que exerce tal competência. Tu, cordeiro em pele de urso, que reclamas indignamente indignado por direitos inalienáveis e vives na intimidade inescrutável da tua vida privada de tramoias inconfessáveis. Tu mesmo, nobre calhorda, que de tanto exercer o ofício de julgar os outros, julgas-te acima dos outros.

Venho oficiar-te, honorável patife, que há mais retidão e honra na palavra espontânea e honesta que brota do coração de um humilde iletrado do que no alfarrábio que sustém tuas áridas, infindáveis, mirabolantes e ordinárias sentenças. As mesmas que revestes, impávido, em capa dura, fazendo-as constar com letras douradas dos anais que ostentas nas prateleiras intermináveis onde expões tua soberba grandiloquência farisaica e tua rocambolesca sapiência estéril.

Amealhas com vileza recursos tomados do povo injustiçado para manter intacto esse intrincado e indecifrável sistema, tão inócuo quanto iníquo, que qualificas cinicamente de Justiça, a fim de cobrir com aura de magnificência e infalibilidade essa espetaculosa e suntuosa pantomima patética e embusteira a fim de deixar boquiabertas as legiões dos sem justiça desse país, mantendo-os sob o jugo do teu julgar.

Cultivaste esse interminável cipoal de leis, decretos, normas, códigos, tratados, regimentos, resoluções, regulamentações, pareceres, dispositivos, medidas provisórias e embargos infringentes, para reservares a ti próprio o monopólio do conhecimento e das práticas a ti outorgadas (adivinha!) "por lei", afastando o povaréu "abestado" de teu demarcado território. Para que, na mesma medida em que amplias a doutrina do direito, reduzas o primado da justiça.

Sai da tocaia, egrégio velhaco. Desce desse palácio de letras, capítulos, parágrafos, alíneas, incisos, caputs e cláusulas em que te enclausuras. Cumpre salientar, excelentíssimo pústula, que as ruas, caso não observes do palácio que construíste, sem decurso de prazo, para te isolares da realidade de fato e de direito, estão repletas de malfeitores que pomposamente livrastes das masmorras. Não por um sentimento benevolente de perdão ou por uma crença abnegada no poder de recuperação humana mas por um displicente pragmatismo jurídico.

Delinquentes de toda a espécie a quem remistes da pena, hoje libertos de punição, em uníssono, zombam, sob tua retumbante indiferença, dos tolos que se pautam em princípios e honradez.

Sob o manto do teu garganteado "estado de direito", canalhas, corruptos, patifes, ladrões de todas as espécies ascenderam aos postos de direção com a tua serena condescendência. Mais: com a tua cruel cumplicidade. São estes que tratas com a mais alta leniência, amparando-os com a força irrefutável da lei, draconiana indulgência e intolerância zero. Cobrindo a impunidade com o manto legalista da imunidade.

Todo teu empenho é de não punir. Inocentes ou culpados, pouco importa. "In dubio pro reo", desde que teus honorários sejam quitados "in specie" com correção, exatidão, integridade e... justiça.

E assim, por todos os pretextos, vais libertando das grades todos os poderosos tubarões, reservando os horrores dos calabouços aos despossuídos que não participam do pecúlio que sustenta a devassidão moral que apadrinhas, consagrando esse país como o paraíso da impunidade.

Os princípios de retidão e civilidade estão dentro de nós (e fora de ti). Num mundo de justos, tua justiça não se ajusta.

E aí, bonitão? Vais me encarar? Vais engrossar? Pra cima de moi, doutorzinho? Não gostaste? Indicia-me por desacato, perjúrio, injúria, o cacete. Apresenta queixa-crime por difamação, filho da mãe. Colocas-me na prisão. Faz um arresto dos meus bens. Pois não vou ficar calado ante tua sacripanta e rocambolesca farsa.

Data vênia, vai pra p (*) que te pariu.

Não se acomode. Precisamos acabar com a "República da farra, da farsa, do cinismo e do deboche", em que se transformou o nosso querido Brasil.
 
 
Nota da Redação do Alerta Total - O texto acima circula na internet tendo sua autoria atribuída a Sergio Sayeg - Escritor, Professor e conselheiro empresarial – autor do livro "O que de mim sou Eu". Pelo estilo dos trabalhos no site dele (www.oquedemimsoueu.blogspot.com.br), nada indica que tenha realmente sido escrito por ele. Mas está de parabéns quem escreveu... E nós publicamos, invocando a liberdade de opinião decretada ontem pela Presidenta Dilma Rousseff...

Conversas de vizinhas

Posted: 17 Sep 2014 03:24 AM PDT

Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Milton Pires

Ontem, entre tantas notícias sobre casamento gay, torcedores racistas e leões sequestrados, a imprensa trouxe uma dessas novidades que não deixam de constituir uma das ironias da vida: aumentam espantosamente os números dos casos de assaltos (ou, como os jornalistas amestrados gostam de dizer, da "violência") dentro dos campi das universidades brasileiras.

Fico me perguntando como os professores de História, Filosofia, Sociologia...enfim, de tudo isso que chamamos de "área das humanas" explicariam o fato para seus alunos atacados depois das aulas...fico imaginando as interpretações politicamente corretas sobre os "excluídos" e sobre a inevitabilidade da "redistribuição de renda" na sociedade e não deixo de me divertir com a carinha de surpresa dos âncoras dos principais jornais.

Acima de tudo é preciso esconder o fato de que a polícia civil não pode dar início a procedimento investigatório dentro de uma universidade federal, não é mesmo? Antes de qualquer coisa é necessário lembrar que policiais militares estão proibidos de atuar dentro dessas áreas em perseguição aos bandidos, não estão?

Certa vez eu escrevi que as universidades surgiram para fazer com que um "monte de gente" que entrava nela pensando igual saísse de lá pensando diferente e lembrei ainda que hoje ocorre o oposto...que a academia brasileira controlada pelo PT é uma máquina de lavagem mental, de correção política e de desconstrução dos valores que permitiram que ela mesma, universidade, houvesse surgido.

Chegamos agora a fase final, a ironia suprema de ver "a questão da violência" como dizem os cretinos da imprensa invadir a universidade...a mesma universidade que ensina seus filhos que ela, violência, é a "parteira da revolução", que faz festas regadas à drogas e rituais satânicos, que costura os órgãos genitais dos estudantes e os ensina a invadir reitorias, que aceita alunos por critérios de cor da pele e com dinheiro público sustenta os "núcleos de pesquisa" e as "performances" sobre diversidade de gênero.

Deus me livre de ter um filho estudando História numa universidade federal! Proteja-me, oh Senhor, de ver minha filha como aluna de uma faculdade de filosofia! Melhor sabê-los vítimas de um assalto, de um arrastão ou de uma agressão leve no estacionamento desses verdadeiros antros de corrupção...dessas verdadeiras máquinas de desvio de dinheiro público e de justificativa moral para todas as barbaridades que os vagabundos petistas vem fazendo com nosso país desde 2003.

Droga, meus amigos, é aquilo que os professores petistas vendem aos nossos filhos nas aulas da UFRGS, USP e UFMG...Violência é o que se perpetra na UNB ou na UFRJ quando se ensina médicos a se tornarem revolucionários..quando se transforma todo futuro juiz num ativista político e cada engenheiro num mero contador de dinheiro para o Diretório Central do partido mais imundo que já governou o Brasil.

Em 1987, foi criado pela USP o chamado NEV (Núcleo de Estudos da Violência) que afirma na sua página na internet possuir como metas principais "a realização de investigações científicas sobre a violação de direitos humanos no Brasil e a construção da democracia e, para isso, busca compor um grupo interdisciplinar de pesquisadores e docentes que desenvolvam trabalhos e reflexões sobre as diversas violações de direitos humanos no país. Atualmente a equipe é formada por pesquisadores das áreas de ciências sociais, direito, história, psicologia, saúde pública e literatura."

Evidentemente criado no espírito do fim da Ditadura Militar, jamais alguém imaginaria naquela época que os assaltos e roubos dentro da própria universidade pudessem ser objeto de pesquisa acadêmica. Pois bem, agora podem! Nunca foi tão fácil publicar sobre isso sem ser preciso deslocar-se dentro das grandes cidades...sem entrar nas favelas como estudante de medicina da mesma forma que eu mesmo fiz aqui em Porto Alegre num exercício de demagogia, de culpa e de perda de tempo.

Na minha época a universidade precisava "sair detrás dos muros"... nós precisávamos ter "contato com a realidade" e assim o fizemos: levamos para "realidade" a nossa interpretação da sua pobreza..visitamos a violência e lhe oferecemos a justificativa da libertação..nós a analisamos, nós a compreendemos e, como revolucionários, perdoamos...nada mais justo, portanto do que uma visita de retribuição em que a violência venha nos encontrar dentro da própria universidade e, numa conversa de comadres, nos contar como está passando. Assaltos em estacionamentos e trabalhos "de campo" com viciados em crack são pois manifestações diferentes do mesmo fenômeno: a Universidade se marginalizou e os bandidos se tornaram doutores – missão cumprida pelos vagabundos petistas: o diálogo entre violência e universidade é apenas uma Conversa de Vizinhas.

À memória do meu querido avô, Milton Clóvis Pires, que morreu sem ter conseguido entrar na Universidade.
 

Milton Simon Pires é Médico.

Uma eleição sabática

Posted: 17 Sep 2014 03:22 AM PDT


Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Luiz Sérgio Silveira Costa
 
"A manchete do jornal: "Mantega anuncia redução de IR para a indústria", como estratégia para resgatar confiança do empresário em Dilma, ou seja, não é para o bem do Brasil, mas de Dilma. Isso reafirma o que já se sabe, há anos: o PT não tem um plano de governo, mas um plano de poder. Pouco importa o País, desde que mantenham o poder.

Nada se faz pelo Brasil, mas apenas para ganhar as eleições, custe o que custar, o que responde pelos péssimos índices econômicos, "nunca antes na história deste país", pela destruição da Petrobras e Eletrobras, pelos 40 ministérios, pela corrupção repetida, pelo desvio e desperdício de dinheiro público, pela absurda inapetência em realizar as reformas  decididamente indispensáveis para o desenvolvimento do Brasil e pelo apequenamento ético e moral que se observa em tudo.
 
Desde a estrela do PT plantada no Palácio da Alvorada se soube que a estratégia era subordinar o País ao partido, o que culminou com a manchete do dia, que prova que Mantega não é ministro de Estado, mas ministro do PT!.
 
A mostra que isso já se esgotou foi que, quando Dilma subiu dois pontos na pesquisa, a bolsa caiu e o dólar subiu! Ninguém mais acredita nessas promessas vãs, nessa fábrica de engodos, nessa sucursal de calúnias e baixarias.
 
Está mais do que na hora de mudar, de renovação, de colocar no poder republicanos e patriotas, quem pense no poder usado apenas para transformar o Brasil, e não no continuísmo fracassado, no poder apenas pelo poder.
 
O Brasil precisa, e muito, de uma eleição sabática, de refletir e ver que o que está não serve mais, e de ter a coragem de mudar".
 
 
Luiz Sérgio Silveira Costa é Almirante, reformado.

A Mentira virou Verdade

Posted: 17 Sep 2014 03:21 AM PDT


Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Arnaldo Jabor

Aproxima-se a hora da verdade política do país. Hora da verdade ou hora da mentira?

Mentira virou verdade? Nossas "verdades" institucionais foram construídas por 500 anos de mentiras. Portanto, virou uma razão de Estado para o governo do PT a proteção à mentira brasileira inventada pela secular escrotidão portuguesa. Se a verdade aparecesse em sua plenitude, nossas instituições cairiam ao chão.

Por isso, o Governo acha que é necessário proteger as mentiras para que a falsa "verdade" do país permaneça. E não é só a mentira que indigna. É a arrogância com que mentem. E a mentira vai se acumulando como estrume durante um ano e acaba convencendo muitos ingênuos de que "sempre foi assim" ou de que "erraram com boa intenção".

Não só roubaram cerca de R$ 2 bilhões desviados de aparelhos do Estado, de chantagem com empresários, de fundos de pensão, de contratos falsos, mas roubaram também nossos mais generosos sentimentos. A verdadeira esquerda se modificou, avançou, autocriticou-se enquanto eles não arredaram os pés dos velhos dogmas da era stalinista e renegaram todo trabalho de uma esquerda mais social-democrata, como aliás fazem desde que não votaram nos "tucanos" da época e o Hitler subiu ao poder.

"Nunca antes", nunca antes um partido tomou o poder no Brasil e montou um esquema secreto de "desapropriação" do Estado, para fundar um "outro Estado". Nunca antes se roubou em nome de um projeto político alastrante em todos os escaninhos do Estado, aparelhado por mais de 30 mil militantes.

O ladrão tradicional sabia-se ladrão. O ladrão tradicional roubou sempre em causa própria e se escondia pelos cantos para não ser flagrado.

Os ladrões desse governo roubam de testa erguida, como se estivessem fazendo uma "ação revolucionária", se orgulham de fingir de democratas para apodrecer a democracia por dentro.

A verdade está sempre no avesso do que dizem.

São hábeis em criar um labirinto de "falsas verdades", formando uma rede de desmentidos, protelações e enigmas que vão desqualificando as investigações de coisas como a CPI da Petrobras e todos os crimes de seus aliados. Regozijam-se porque seus eleitores são ignorantes e pobres e não sabem nem o que é "dossiê" — pensam que é um tipo de doce. A verdade do Brasil é coloquial, feita de pequenos ladrões, sujos arreglos políticos, emperramentos técnicos. Hoje, sabemos que somos parte da estupidez secular do país. Assumir nossa doença talvez seja o início da sabedoria.

A verdade é que os petistas nunca acreditaram na "democracia burguesa"; como disse um intelectual emérito da USP — "democracia é papo para enrolar o povo".
O PT que se agarra ao poder degrada a linguagem. Falam de um lugar que é o auge de um baixo voluntarismo aventureiro, de uma ideia de socialismo decaída em populismo. A esquerda petista não tem memória. Dá frio na espinha vê-la tender para os mesmos erros de 64 e 68.

Na cabeça dessa gente ignorante e dogmática nada é real; só a ideologia existe.
Todos os erros eram previsíveis por comentaristas e foram cumpridos à risca pelos governos petistas.

Milhares de petistas ocupam o Estado aparelhado e querem que a Dilma ganhe para permanecerem nas "boquinhas".

As agências reguladoras estão sendo assassinadas.

Dilma berra que o Banco Central não tem de ter autonomia.

A era Meirelles-Palocci foi queimada, velho desejo dos camaradas.
Qualquer privatização essencial foi esquecida. A reforma da Previdência "não é necessária" — dizem eles — não havendo nenhum "rombo" no orçamento (!). Os gastos públicos aumentaram pois, como afirmam, "as despesas de custeio não diminuirão para não prejudicar o funcionamento da máquina pública".

Se reeleita, voltará a obsessão do "Controle" sobre a mídia e a cultura. E, como não poderá se reeleger, o bolivarianismo vai florir e o passarinho do Chávez vai cantar em seus ouvidos. Nossa maior doença — o Estado canceroso — foi e será ignorada. Tudo que construíram, com sua militância, foi um novo "patrimonialismo de Estado", com a desculpa de que "em vez de burgueses mamando na viúva, nós, do povo, nela mamaremos".

O perigo que corremos é sua reeleição, porque o país de analfabetos é boçal, espera um salvador da pátria. No fundo, brasileiros preferem uma boa promessa de voluntarismo e populismo, na base do "pau no burro" ou "bota para quebrar". Estamos prontos para ditadores e demagogos; para administradores e reformadores racionais, não.

Enquanto o óbvio se exibe, a covardia de muitos intelectuais é grande. Há o medo de serem chamados de reacionários ou caretas. Continuam ativos os três tipos exemplares de "radicais": os radicais de cervejaria, os radicais de enfermaria e os radicais de estrebaria. Os frívolos, os burros e os loucos. Uns bebem e falam em revolução; outros alucinam; e os terceiros zurram.

A "presidenta" vive a missão impossível de ser "socialista e dirigir um país... ah... capitalista. A conclusão é que Dilma perdeu o controle da zona geral que Lula sabia "desorganizar" com esmero e competência. Dilma não é competente nem para desorganizar. Não é apenas o fim de dois maus governos; é o despertar de um caos institucional que será mais grave do que pensávamos.

Estamos diante de um momento histórico gravíssimo, com os dois tumores gêmeos de nossa doença: a direita do atraso e a esquerda do atraso. É uma herança que vai amaldiçoar o futuro. Como escreveu Bobbio, se há uma coisa que une esquerda e direita é o ódio à democracia.

O Brasil evolui pelo que perde e não pelo que ganha. Sempre houve no país foi uma desmontagem contínua de ilusões históricas. Com a História em marcha a ré, estranhamente, andamos para a frente. Como?

O Brasil se descobre por subtração, não por soma. Chegaremos a uma vida social mais civilizada quando as ilusões chegarem ao ponto zero.


Arnaldo Jabor é Cineasta e Jornalista. Originalmente publicado em O Globo em 16 de setembro de 2014.

Eu também insisto...

Posted: 17 Sep 2014 03:19 AM PDT


Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por João Guilherme C. Ribeiro
 
A pergunta não precisa de dados para ser respondida, mas de outra pergunta: Se todos os fracassos acumulados pelas experiências sociocomunas – pencas deles – representam desvios da sagrada teoria, não será porque a sagrada teoria é impraticável?  Não será porque deixa de levar em conta nossa condição de humanos e falhos?
 
Qualquer regime, sendo o ser humano o que é, que necessite da perfectibilidade do homem vai dar com os burros n'água. Pouco interessa se a teoria foi ou não seguida ao pé da letra.  E não interessa quantas experiências foram feitas.  Nenhuma funcionou.  Todas deram chabu...
 
É mais ou menos como Lysenko, injetando iodo subcutâneo em camaleões para provar que eles desenvolviam manchas para proteger-se da radiação solar, só para provar que a teoria de Lamarck estava correta e que Darwin e Wallace, errados, só porque a teoria da seleção dos mais aptos contrariava o dogma "socialista" da perfectibilidade do ser humano através da "doutrina"...
 
Não funcionou nem vai funcionar.  O poder corrompe.  Embora desde a declaração dos revolucionários, inspirados em Rousseau, tenham afirmado que "todos nascem livres e devem gozar dos mesmos direitos", sempre vai haver algums que serão "mais iguais que outros"...
 
Melhor foi a experiência no norte deste continente.  De forma muito mais pragmática, criou três poderes para que cada um servisse de freio ao abuso dos demais.  A esta ideia simples e coerente com as debilidades humanas chama-se checks and balances.  Valeu muito mais do que toda a verborragia jogada fora pelas muitas e muitas tentativas de engessar o comportamento humano.
 
Em que deu a Revolução Francesa? No Terror de Marat, Hebert  e Robespierre, banho de sangue da guilhotina ao massacre da Vendée.  Para acabar de novo na ditadura do império de Napoleão.  E toda essa teorização inspirada nela, na Comuna de 1870 e nos escritos de Marx levou a quê?  Ao sacrifício inútil e bárbaro de dezenas de gerações e milhões e milhões de pessoas.  Para nada.  Tudo porque meia dúzia de donos da verdade resolveu impor sua verdade e decidiu que o mundo tinha que ser engessado nas suas quimeras.
 
E na outra experiência?  Um regime em que, com todos os defeitos, o regime democrático jamais deixou de funcionar.  Com milhares de defeitos, mas funcionando ininterruptamente por mais de dois séculos, sobrevivendo a todas as provas e até mesmo à imbecilidade eventual de um ou outro governante eleito.  Reparou no que eu disse?  Eleito!
 
Por isto Churchill falou que a democracia capitalista era "o pior de todos os regimes, excetuados todos os outros".
 
Concordo com ele em gênero, número e grau.
 
O resto é teoria, especulação, papo furado, saliva desperdiçada.
 
 
João Guilherme C. Ribeiro é empresário.

A corrupção na Petrobras e nas estatais

Posted: 17 Sep 2014 03:17 AM PDT


Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Gil Castello Branco

A cada novo escândalo envolvendo as empresas estatais, lembro-me de frase curiosa do diplomata e economista Roberto Campos: "A diferença entre a empresa privada e a empresa pública é que aquela é controlada pelo governo, e esta por ninguém."

No Brasil, mesmo após tantas discussões sobre as privatizações, ainda existe uma centena de empresas estatais que empregam mais de meio milhão de funcionários e movimentam, anualmente, R$ 1,4 trilhão, montante superior ao PIB da Argentina. Apenas os investimentos do Grupo Petrobras no ano passado somaram R$ 99,2 bilhões, o dobro dos investimentos federais dos Três Poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário).

A conjunção de recursos volumosos, ingerência política e pouca transparência fez das estatais a Disneylândia dos políticos. Afinal, parafraseando Milton Nascimento na canção "Nos bailes da vida", o corrupto vai aonde o dinheiro está. O ex-deputado e hoje condenado Roberto Jefferson, no seu livro "Nervos de aço", referindo-se aos Correios, confessa: "... é evidente que as nomeações feitas pelo PTB se prendiam, sim, a uma estratégia de captação de recursos eleitorais. Nunca neguei isso."

Essa lógica parece ser a mesma da camarilha infestada na Petrobras para intermediar negócios entre empreiteiras, prestadoras de serviços e políticos. A cada contrato, 3% para a patota. Se o próprio ex-diretor de operações Paulo Costa se ofereceu para devolver US$ 23 milhões, dá para imaginar o tamanho do rombo. A movimentação financeira irregular já identificada na operação Lava-Jato chega a R$ 10 bilhões, oriundos não só do desvio de dinheiro público, mas também de tráfico de drogas e contrabando de pedras preciosas. A importância faz o mensalão (R$ 141 milhões) parecer roubo de galinha.

De fato, as estatais são figurinhas carimbadas nos escândalos recentes. Com as eleições cada vez mais caras — e muitos ainda se valem dos pleitos para aumentar o próprio patrimônio — os partidos aparelham as empresas indicando "operadores" ou utilizam servidores de carreira filiados para viabilizar ganhos ilícitos em obras, contratos de prestação de serviços, aquisição de equipamentos ou, ainda, nos fundos de pensão. Quanto mais esses delinquentes "arrecadam", mais são valorizados politicamente.

Como consequência da interferência do governo, a Petrobras e a Eletrobras se apequenaram como "autarquias" vinculadas ao Ministério da Fazenda, reféns da política econômica. Na Petrobras, a contenção dos preços dos combustíveis, para empurrar a inflação com a barriga até depois das eleições, afetou o caixa e a rentabilidade da empresa. Na Eletrobras, as ações viraram "mico" após o subsídio ao uso das usinas térmicas e a redução das tarifas de energia. Em 2013, segundo cálculos do economista José Roberto Afonso, as duas estatais tiveram déficit primário de 0,71% do Produto Interno Bruto (0,09% para a Eletrobras e 0,62% para a Petrobras). Em conjunto, investiram 2,2% do PIB, mas tomaram 1,58% do mesmo em operações de crédito. Se fossem empresas privadas, quebrariam.

As estatais fogem da transparência como o diabo da cruz. Incluídas na Lei de Acesso à Informação (lei 12.527), pressionaram o governo e foram praticamente excluídas da obrigatoriedade de prestarem informações à sociedade pelo decreto 7.724. Algumas situações beiram o ridículo. No primeiro dia da vigência da lei, a Associação Contas Abertas solicitou à Petrobras o Programa de Dispêndios Globais (PDG), conjunto de informações relacionado às receitas, dispêndios e necessidades de financiamento. A empresa negou sob a alegação de que "a informação não podia ser fornecida por comprometer a competitividade, a governança corporativa e/ou os interesses dos acionistas minoritários". O próprio governo federal enviou-nos os dados.

Na verdade, o que hoje compromete a governança das estatais é, justamente, a falta de transparência. Os investimentos das estatais em julho, por exemplo, só serão conhecidos no fim de setembro. Sequer existe um portal com informações atualizadas e detalhadas sobre esse segmento. Na Petrobras, os mistérios são tantos que a Diretoria e o Conselho de Administração sequer desconfiavam do que Dilma e Lula costumam chamar de "malfeito", expressão que minha avó usava quando fazia um bolo e ele solava. No bom português, o que aconteceu na Petrobras envolve peculato, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha.

Voltando à frase de Roberto Campos, já é tempo de as empresas públicas serem controladas pela sociedade.


Gil Castello Branco é economista e fundador da organização não governamental Associação Contas Abertas - gil@contasabertas.org.br

Ditadura?

Posted: 17 Sep 2014 03:16 AM PDT


Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Ney de Oliveira Waszak
 
Quem chama o período dos governos pós contrarrevolução de 1964, que salvou o Brasil de se tornar outra Cuba, de ditadura, onde o Presidente era um Militar, não sabe o que é ditadura ou deseja iludir o seu ouvinte.
 
Desejo falar dos mortos e desaparecidos, mas para isso é necessário algumas informações.
 
Em 1960 as Ligas Camponesas concebiam a ação revolucionária com base na experiência cubana, definindo a reforma agrária, na lei ou na marra.
 
A ida de brasileiros a Cuba, para receber treinamento militar, foi iniciada tão logo Fidel Castro chegou ao poder.
 
Em julho de 1961, 13 militantes das "Ligas Camponesas" - um grupo organizado e dirigido pelo deputado federal Francisco Julião - foram mandados a Cuba a fim de receber treinamento militar. Eles fizeram cursos - de três meses a um ano de duração - de guerrilha rural e urbana, fotografia, imprensa, enfermagem, inteligência, instruções revolucionárias e explosivos.
 
Podemos observar que antes de 1964 os comunistas já estavam treinando guerrilha, para que? Para fazer do Brasil uma democracia? Já não era uma democracia?
 
O que desejavam na era transformar o Brasil em outra Cuba.
 
Foram esses facínoras que trouxeram a guerra suja para nossa terra, o nosso Exército não conhecia esse tipo de guerra, teve que aprender a nova doutrina durante sua execução.
 
Os grupos terroristas treinados aliciavam jovens inocentes e os levaram à luta armada, com identidade trocada, com nomes falsos. Existem relatos de pais agradecendo ao Exército a devolução de seus filhos.
 
Nos diversos combates quando morria algum terrorista, eram enterrados, mas como usavam identidades falsas, ficaram sem a identificação correta.

"O que importa não é a identidade do cadáver, mas seu impacto sobre o público" (Carlos Marighela).

 
Estamos assistindo agora Secretaria de Direitos Humanos fazer solenidade para retomar o estudo de ossadas no cemitério de Perus. Em primeiro lugar, conforme relatado pelo funcionário da época, os corpos levados pelos heróis, que combateram os terroristas que não tinham identificação, foram conduzidos em caixão e enterrados como indigentes.
 
As pessoas que se filiaram às diversas facções de esquerda (comunistas), desde 1960 que aprenderam guerrilha na China, em Cuba e na Coréia do Norte para aplicar essa guerra suja no Brasil e através de ligas camponesas, e urbanas onde furtaram, assaltaram, sequestraram e assassinaram, NÃO TÊM DIREITO ALGUM. SEUS CORPOS DEVERIAM SER RETIRADOS DE SOLO BRASILEIRO, PARA NÃO SUJÁ-LO, SÃO TRAIDORES.
 
O que ocorre é exatamente o contrário, o terrorista que matou, sequestrou e assassinou, inclusive na frente da esposa e filhos do assassinado, são tratados como coitados e perseguidos, isto com o uso da propaganda esquerdista-comunista, que ilude aos incautos.
 
Eu tenho certeza que a história não pode ser escondida para sempre e um dia esses párias não serão lembrados somente como terroristas, mas também como traidores.
 
Este artigo é um preito de honra a Civis e Militares, como o Cel Ustra, Cel Lício e outros verdadeiros heróis, que não recebem indenização por defender o Brasil e assistem a terroristas que atacaram o Brasil receberem, não somente indenização como ovações.
 
É UMA VERGONHA!
 
 
Ney de Oliveira Waszak é Coronel na reserva.

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