quinta-feira, 31 de março de 2011

Gorbatchev

Há dias, contei aqui uma historieta de Gorbatchev. Dou-me agora conta que o antigo presidente fez ontem 80 anos, recebendo homenagens um pouco por todo o mundo, que o consagram como alguém responsável por um tempo charneira da história contemporânea. Escrevi "todo mundo"? Na Rússia, apenas 14% das pessoas têm uma memória positiva de Mikhaïl Gorbatchev.

Um dia, em Março de 2000, António Guterres convidou o então ministro da Defesa, Júlio Castro Caldas, e eu para um almoço com Gorbatchev, na residência oficial, em S. Bento. Confesso que entrei para esse almoço (a cinco, porque nele estava também o intérprete que sempre acompanhava Gorbatchev) com uma elevada expectativa. Na realidade, tratando-se de uma figura que atravessara um período riquíssimo da vida internacional, que protagonizara o fim do mundo soviético, que vivera a trágica convulsão interna dessa desagregação, que fora interlocutor estratégico privilegiado dos Estados Unidos e de personagens como Thatcher, Kohl ou Mitterrand - por todas essas e por outras razões mais eu esperava ir ter um almoço memorável. Nunca comparei notas com António Guterres e Júlio Castro Caldas sobre esse repasto, mas devo dizer que saí dele um tanto desiludido com a figura que o justificou.

Mikhaïl Gorbatchev não deixa de ser uma personalidade interessante, mas, quando o aprecio à luz daquelas horas em que o ouvi, está muito longe de ser uma figura fascinante. Falou imenso, mas deu-me a sensação de ter criado e ensaiado um discurso feito à medida daquilo que os seus interlocutores dele esperariam, auto-justificativo, muito óbvio, com ideias que, como dizia o outro, quando eram originais não eram boas e que quando eram boas não eram originais. Mais tarde, ao lê-lo, voltei a não encontrar razões para mudar de opinião.

Dito isto, que fique claro!: tenho consciência de que Mikhaïl Gorbatchev é uma das grandes figuras da história contemporânea, a cujo sentido de compromisso e adesão sincera às ideias da mudança a liberdade e paz internacionais muito devem. Por isso, "nazdrovia" pelos seus 80 anos.

quarta-feira, 30 de março de 2011

O Portugal depois de Sócrates começa a dar uns ares de Brasil antes de Lula

O Portugal depois de Sócrates começa a dar uns ares de Brasil antes de Lula: um país com alguns ricos, muitos pobres e uma classe média em apuros.

Corridas de toiros.

Em breve chegarão as corridas de toiros, que em Portugal não tem de morte, mas ainda assim tem a barbárie que se sabe. Não sei como se pode gostar de um espectáculo, montado para ver sofrer um animal, supostamente por um ou vários artistas especialistas nisso. Mas será que existe alguma hombridade neste confronto entre o homem e o animal? Não. Não, porque o “animal” é devidamente “tratado” antes de entrar na arena. Vejamos então, aquilo que sucede geralmente numa praça espanhola, e no que respeita as bandarilhas, numa portuguesa também. De vez em quando acontecem estes casos.

image imageTalvez já tenha ouvido dizer que a festa de touros é uma arte, mas não é… É uma ciência...A Ciência da Tortura. E nada na festa

brava é genuíno, excepto a dor.  image

Eles acreditam ser muito valentes… mas não o são. Porque, desde pelo menos 24 horas antes de entrar na arena, o touro é mantido numa prisão às escuras, para que ao soltarem-no, a luz e os gritos dos espectadores o assustem e ele tente fugir, saltando as barreiras, o que produz no público a ilusão de que o touro é feroz, mas a condição natural do touro é fugir, NÃO é atacar. Cortam-lhe os cornos para proteger o toureiro. Põem-lhe às costas sacos de areia, durante horas. Batem-lhe nos testículos e nos rins, provocam-lhe diarreia, deitando sulfatos na água que bebe, para que chegue fraco e desorientado à arena. Untam-lhe os olhos com gordura para lhe dificultar a visão e deitam-lhe nas patas uma substância que lhe produz ardor e o impede de ficar quieto, para  image fazer reluzir a actuação do toureiro.

Os cavalos dos picadores.

Escolhem-se cavalos que já não têm valor comercial, porque o animal morre em 3 ou 4 corridas no máximo. É muito comum que o animal sofra múltiplas quebras de costelas ou várias perfurações. Coloca-se-lhe uma capa a simular que esta o protege, mas na realidade é para que o público não veja as feridas do cavalo que, com frequência, apresentam vísceras expostas.

O trabalho do picador, para mim é degradante… 

Se o toureiro percebe que o touro investe com muita energia, ordena ao picador que faça o seu trabalho: Consiste em sangrar o touro para o debilitar, cravando-lhe no lombo uma lança que destrói alguns músculos (trapézio, romboideu, espinal e semiespinal, serráteis e transversos laterais) e, além disso, lesiona vasos sanguíneos e nervos. Tudo isto para que o toureiro possa brindar com a sua expressão artística, que se supõe este espectáculo dever ter. Se o toureiro percebe que o touro investe com muita energia, ordena ao picador que faça o seu trabalho: Consiste em sangrar o touro para o debilitar, cravando-lhe no lombo uma lança que destrói alguns músculos (trapézio, romboideu, espinal e semiespinal, serráteis e transversos laterais) e, além disso, lesiona vasos sanguíneos e nervos. Tudo isto para que o toureiro possa brindar com a sua expressão artística, que se supõe este espectáculo dever ter.

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E o das Bandarilhas ainda é pior…

As bandarilhas asseguram que a hemorragia continue, por isso, tentam colocá-las justamente no sítio já picado com os ganchos metálicos. O gancho move-se dentro da ferida a cada movimento do touro e com o roçar da muleta, o peso das bandarilhas tem precisamente essa função. Algumas têm um arpão de 8 cm a que chamam "de castigo", que lhe cravam se conseguiu desviar-se da lança do picador. As bandarilhas prolongam o agravamento e aprofundamento das feridas internas. Não há limite para o número de bandarilhas: tantas quantas forem necessárias para destroçar os tecidos e a pele do touro…

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A perda de sangue e as feridas na espinha dorsal impedem que o touro levante a cabeça de maneira normal, e é quando o toureiro pode aproximar-se mais. Com o touro já próximo do esgotamento, o toureiro já não se preocupa com o perigo e pode até dar-se ao luxo de virar as costas ao touro, depois de um passe especialmente artístico, atirando o peito para fora e pavoneando-se para receber os aplausos do público em histeria.
Quando o touro atinge este estado lastimável, o matador entra na arena numa celebração de bravura e de machismo, enfrentando um touro exausto, moribundo e confuso.

E falta ainda a famosa Espada!

O touro é atravessado por uma ESPADA de 80 cm de comprido, que pode destroçar-lhe o fígado, os pulmões, a pleura, etc..., segundo o lugar por onde penetre no corpo do animal.

De facto, quando destroça a grande artéria, o touro agoniza com enormes vómitos de sangue.
Na hora de matar, se o touro tiver um pouco de sorte, morre duma estocada, mas não como se pensa duma estocada no coração, porque a espada penetra pulmões e diafragma, por vezes uma artéria maior, daí a hemorragia ser mais visível. Por vezes morrem afogados no seu próprio sangue…

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E a Tortura continua...

O touro, numa tentativa desesperada por sobreviver, resiste a cair, e tenta caminhar penosamente até à porta por onde o fizeram entrar, procurando uma saída a tanto maltrato e dor. Mas então apunhalam-no na nuca com o DESCABELO, uma outra espada que termina numa lâmina de 10 cm. Apesar destes terríveis tormentos, o animal não consegue morrer de imediato pela sua grande força, mas finalmente cai ao solo, porque a espada foi destruindo os seus órgãos internos…

Mestres? Artistas? Valentes?  Ou antes, Ignorantes, Assassinos e Cobardes ?

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E prossegue…

Rematam com a PUNTILLA de 10 cm, com a qual lhe tentam seccionar a espinal-medula, ao nível das vértebras atlas e áxis.

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O touro fica assim paralisado, sem poder sequer realizar movimentos com os músculos respiratórios, pelo que morre por asfixia, muitas vezes afogado no seu próprio sangue, que lhe sai em grandes golfadas pela boca e pelo nariz.

O Arrasto…

Após lhe terem destroçado as vértebras, o touro perde o controlo sobre o seu corpo desde o pescoço para baixo. No entanto, a cabeça mantém-se intacta, pelo que está consciente de todo o horror que lhe está a acontecer e de como está a ser arrastado para fora da arena. image  image

NÃO SEJAMOS INDIFERENTES À SUA DOR…

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Consegue ver a lágrima que lhe escorre pela face?

Não participe nestes eventos. As corridas de touros são uma tradição cruel que nos denigre como seres humanos.

•António Gala, ex-toureiro, nascido em 1937, escreveu na crónica dominical do “El País”, a 30 de Julho de 1995, um artigo no qual confessava a sua "conversão" a anti-taurino:
“E de repente [o touro] olhou para mim. Com a inocência de todos os animais reflectida nos olhos, mas também implorando. Era a revolta contra a injustiça inexplicável, a súplica face à crueldade desnecessária...”

image image Reflicta, tal como eu…

“A comiseração com os animais está tão intimamente unida com a bondade de carácter, que se pode afirmar que quem é cruel com os animais não pode ser boa pessoa.”

Schopenhauer

Só os psicopatas gozam com o sofrimento doutros!

É um deles? Reflicta! Rejeita-a!!!
Esta é uma tradição degradante que NÃO deve continuar…

Como se pode Ajudar?

•Não assista a corridas de touros;

•Não apoie políticos, artistas e comunicadores associados a esta crueldade;

•Não consuma produtos de empresas que as patrocinem;

•E o mais importante: Ensine os seus filhos a respeitarem os seres vivos…

Pense bem nisto!!!

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terça-feira, 29 de março de 2011

Asas diplomáticas

Era (e é) um homem bastante mais velho do que eu, com um ar "grave" mas com uma imensa graça, um diplomata de linguagem franca e certeira. Chefiou postos importantes e, em todos eles, soube manter uma postura que tinha o seu quê de snobe, de aristocrático, sempre bastante irreverente, ao jeito algo britânico que cultivava.

Viajar com ele, pelo mundo, era uma delícia, pelas notas de ironia que, a cada passo, o quotidiano lhe sugeria, pelos qualificativos que colava à figura de colegas. Não se sabe bem porquê, um embaixador britânico, com um "stiff upper lip" exagerado, ficou por ele eternamente crismado de "Serafim", um antigo assessor diplomático de Belém era o "Brzezinski da Reboleira" e, a propósito de um ministro que, em meados de um qualquer Dezembro, estava a tomar-se ares de "grandeza", comentou alto, à mesa de uma reunião de trabalho, para ele ouvir: "é por esta altura do Natal que os 'pinheiros' têm o seu momento de glória"...

Um dia, viajávamos em grupo para uma capital europeia, cujo nome não é para aqui chamado. Ainda no avião, disse-me, algo angustiado como sempre foi pelas coisas da gastronomia:

- O nosso colega, que hoje oferece o almoço, é um dos embaixadores mais forretas da nossa carreira. Desde há décadas que, em casas dele, nunca comi outra coisa que não fosse frango. Você vai ver!.

Não fiquei nada preocupado, apenas curioso em saber se o meu colega tinha ou não razão. Eu não conhecia o nosso anfitrião, que nos aguardava no aeroporto. Pareceu-me um homem simpático. Ainda antes de nos acomodarmos no hotel, fomos diretamente para o almoço que nos oferecia na residência da embaixada.

Como o grupo era grande, o embaixador tinha previsto mesas redondas. Eu ficava numa mesa distante da do meu companheiro, que o dono da casa, por óbvias razões de antiguidade, tinha levado para junto de si.

O almoço começou. Os convidados mais importantes, à volta do embaixador, foram os primeiros a ser servidos. A certo passo, o meu olhar cruza-se com o do meu companheiro de viagem, sentado nessa mesa principal. Então, sem denotar qualquer particular expressão facial, esse meu amigo voltou-se ostensivamente para mim e, com os braços em ângulo reto, aproximou e afastou, por várias vezes, os cotovelos do corpo. O gesto não era nada elegante e, para alguns, terá parecido apenas um casual e inopinado exercício de descontração muscular. Só eu percebi: o almoço era, de facto, frango!

Frase do dia... Intemporal...

«Os políticos e as fraldas devem ser mudados frequentemente e pela mesma razão.»
Eça de Queiroz

Decreto do Presidente da República n.º 38/2011

de 29 de Março

O Presidente da República decreta, nos termos dos artigos 133.º, alínea n), e 142.º, alínea g), da Constituição, o seguinte:

São designados membros do Conselho de Estado as seguintes individualidades:

Prof. Doutor João Lobo Antunes.

Prof. Doutor Marcelo Nuno Duarte Rebelo de Sousa.

Dr.ª Maria Leonor Couceiro Pizarro Beleza de Mendonça Tavares.

Dr. Vítor Augusto Brinquete Bento.

Dr. António José de Castro Bagão Félix.

Assinado em 28 de Março de 2011.

Publique -se.

O Presidente da República, ANÍBAL CAVACO SILVA.

Imagem do contribuinte... em 2013 !!!

 
Auto-Estima acima de tudo!cid:1047A53005E24A8BA54DC87302709724@SCMCPisao.local

  
Não interessa o quanto o fisco te tenha depenado...
Importante é andar sempre de cabeça erguida!!!
 

 

Outro eurodeputado apanhado com a boca na botija.

Seria interessante os jornalistas britânicos fazerem uma investigação destas em Portugal!

“Um deputado recentemente eleito caiu na armadilha armada pelo Sunday Times, para apanhar eventuais casos de corrupção entre os deputados. Foi o espanhol Pablo Zalba (Partido Popular), que, segundo El Mundo, teria "retocado uma directiva comunitária a pedido de um falso grupo de pressão", "em troca de 100 mil euros”. Na verdade, em Janeiro último, Zalba encontrou-se com jornalistas do semanário britânico, que se fizeram passar por lobistas que tentavam "denunciar a forma como os grupos de pressão introduzem alterações na legislação da UE", explica o jornal diário. "Posso mudar qualquer relatório elaborado pelo Parlamento", teria dito Zalba durante uma reunião com os falsos lobistas: como prova, o texto foi aprovado com as mesmas palavras sugeridas por eles. O jornal precisa que Zalba acabou por não receber o dinheiro.” Presseurop.

segunda-feira, 28 de março de 2011

Imprensa

Ignácio Ramonet, que dirigiu o "Le Monde Diplomatique", acaba de publicar uma reflexão sobre o mundo da informação, com especial atenção no futuro dos jornais: o livro "L'explosion du journalisme". É o retrato de um mundo em rápida mutação, que nos ajuda a perceber coisas tão importantes como o estilo imediatista da escrita jornalística contemporânea, as exigências colocadas a quem atua na imprensa, o papel das escutas e dos "leaks". etc.

Anoto esta interessante constatação no trabalho: "Em 2008, a audiência do New York Times na sua versão internet era 10 vezes superior à sua edição impressa. Contudo, as suas receitas publicitárias através da internet eram 10 vezes inferiores às da edição em papel. Assim, para que a publicidade na internet se afirme, o número de leitores pelo écran terá de ser 100 vezes mais importante que o da versão em papel".

Dá que pensar...

<i>Standard & Poor’s</i> reduz <i>rating</i> de cinco bancos portugueses.

Os ratings do Banco Espírito Santo, Caixa Geral de Depósitos, Banco BPI e Santander Totta caíram de A- para BBB,mantendo-se em linha com a avaliação da República Portuguesa.
Já o BCP sofreu um corte de BBB+ para BBB-.
Na sexta-feira passada, a agência de notação financeira baixou o rating de Portugal de A- para BBB. O chumbo, na Assembleia da República, do novo pacote de austeridade e a demissão do primeiro-ministro provocaram "um aumento da incerteza política", que "poderá afectar a confiança do mercado e aumentar o risco de Portugal em termos de refinanciamento", justificou a Standard & Poor’s (SP).
A agência alerta que a situação do país continua a ser observada com preocupação e não afasta novas avaliações negativas.
"Com base nas informações e projeções de que dispomos, achamos que a avaliação de Portugal poderá deteriorar-se novamente", alerta a SP, precisando que "isso poderá acontecer ainda esta semana". PUBLICO.PT

domingo, 27 de março de 2011

Cristo com genitais à mostra choca Espanha.

 Escultura está a gerar protestos entre alguns dos habitantes mais conservadores de Medina del Campo.

"é homem só pode ser assim ou era aleijado,estamos no século XXI, vão trabalhar" CM

Inaugurado call center com 5 anos (?!?!?!)

É que o call center, criado em parceria com as seguradoras Fidelidade Mundial e Império Bonança, do Grupo CGD, já funciona desde 2006 e conta com mais de 400 de trabalhadores, muitos dos quais em situação precária. Na cerimónia, o secretário de Estado da Energia e Inovação, Carlos Zorrinho, referiu que o projecto "é o início de um grande centro de prestação de serviços que vai empregar muita gente". Acontece que, segundo a comissão de trabalhadores da Fidelidade Mundial, os postos de trabalho – um total de 461 – já foram criados na última década. Em comunicado, datado de 24 de Março, a comissão de trabalhadores mostrou-se surpreendida com este acto "caricato" e denunciou ainda alegadas "atitudes de pressão e coacção" para com os funcionários, que nas vésperas receberam instruções para vestirem no dia da inauguração fato e sapatos. No ‘mail’ a que o CM teve acesso foram proibidos o uso de ténis, calças de ganga e camisas por fora das calças. Correio da Manhã

sábado, 26 de março de 2011

ESTUDO DO ECONOMISTA ÁLVARO SANTOS PEREIRA,PROFESSOR DA SIMON FRASER UNIVERSITY,NO CANADÁ

 
 Estudo do Economista Álvaro Santos Pereira, Professor da Simon Fraser University, no Canadá. *
Portugal tem hoje 349 Institutos Públicos, dos quais 111 não pertencem ao sector da Educação. Se descontarmos também os sectores da Saúde e da Segurança Social, restam ainda 45 Institutos com as mais diversas funções.

Há ainda a contabilizar perto de 600 organismos públicos, incluindo Direcções Gerais e Regionais, Observatórios, Fundos diversos, Governos Civis, etc.) cujas despesas podiam e deviam ser reduzidas, ou em alternativa - que parece ser mais sensato - os mesmos serem pura e simplesmente extintos.

Para se ter uma noção do despesismo do Estado, atentemos apenas nos supra-citados Institutos, com funções diversas, muitos dos quais nem se percebe bem para o que servem.

Veja-se então as transferências feitas em 2010 pelo governo socialista de Sócrates para estes organismos: 

 

ORGANISMOS

DESPESA (em milhões de €)

Cinemateca Portuguesa

3,9

Instituto Português de Acreditação

4,0

Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos

6,4

Administração da Região Hidrográfica do Alentejo

7,2

Instituto de Infra Estruturas Rodoviárias

7,4

Instituto Português de Qualidade

7,7

Administração da Região Hidrográfica do Norte

8,6

Administração da Região Hidrográfica do Centro

9,4

Instituto Hidrográfico

10,1

Instituto do Vinho do Douro

10,3

Instituto da Vinha e do Vinho

11,5

Instituto Nacional da Administração

11,5

Alto Comissariado para o Diálogo Intercultural

12,3

Instituto da Construção e do Imobiliário

12,4

Instituto da Propriedade Industrial

14,0

Instituto de Cinema e Audiovisual

16,0

Instituto Financeiro para o Desenvolvimento Regional

18,4

Administração da Região Hidrográfica do Algarve

18,9

Fundo para as Relações Internacionais

21,0

Instituto de Gestão do Património Arquitectónico

21,9

Instituto dos Museus

22,7

Administração da Região Hidrográfica do Tejo

23,4

Instituto de Medicina Legal

27,5

Instituto de Conservação da Natureza

28,2

Laboratório Nacional de Energia e Geologia

28,4

Instituto de Gestão do Fundo Social Europeu

28,6

Instituto de Gestão da Tesouraria e Crédito Público

32,2

Laboratório Militar de Produtos Farmacêuticos

32,2

Instituto de Informática

33,1

Instituto Nacional de Aviação Civil

44,4

Instituto Camões

45,7

Agência para a Modernização Administrativa

49,4

Instituto Nacional de Recursos Biológicos

50,7

Instituto Portuário e de Transportes Marítimos

65,5

Instituto de Desporto de Portugal

79,6

Instituto de Mobilidade e dos Transportes Terrestres

89,7

Instituto de Habitação e Reabilitação Urbana

328,5

Instituto do Turismo de Portugal

340,6

Inst. Apoio às Pequenas e Médias Empresas e à Inovação

589,6

Instituto de Gestão Financeira

804,9

Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas

920,6

Instituto de Emprego e Formação Profissional

1.119,9

                                                                     TOTAL.........................

5.018,4

 

- Se se reduzissem em 20% as despesas com este - e apenas estes - organismos, as poupanças rondariam os 1000 milhões de €, e, evitava-se a subida do IVA.

- Se fossem feitas fusões, extinções ou reduções mais drásticas a poupança seria da ordem dos 4000 milhões de €, e não seriam necessários cortes nos salários.

- Se para além disso mais em outros tantos Institutos se procedesse de igual forma, o PEC 3 não teria sequer razão de existir.

DIVULGUE

 

 

 

 


sexta-feira, 25 de março de 2011

BCP pagou 822 mil euros a Armando Vara em 2010.

Pois é, por estas e por outras é que o BCP está no estado em que está…

“Armando Vara arrecadou no ano passado 822 mil euros do BCP, relativos ao salário que lhe era devido pelos meses em que permaneceu em funções (num total de 260 mil euros) e às remunerações a que teria direito se tivesse cumprido o mandato até ao fim (562 mil euros).
Recorde-se que, depois de ter estado vários meses com funções suspensas, depois de ter sido considerado suspeito no processo de corrupção “Face Oculta”, o antigo ministro socialista acabou por renunciar ao cargo de gestor do banco no início de Julho.
Logo na altura, o BCP informou o mercado que Vara tinha aceite respeitar o princípio “de não concorrência até à data do termo normal do mandato, tendo-lhe sido neste contexto reconhecido direito a receber quantia correspondente à que lhe seria devida até ao termo normal do mandato em curso”. J N.

Conselho de Reguladores do MIBEL lança página Web

O Conselho de Reguladores do Mercado Ibérico de Electricidade (MIBEL) lança hoje a sua página Web www.mibelcr.com , cujo objectivo é promover um conhecimento mais amplo do MIBEL através da divulgação de informação sobre a actividade do Conselho de Reguladores e dos seus membros, sobre as entidades que actuam neste mercado, sobre a sua regulação e supervisão e sobre as iniciativas internacionais com impacto no seu funcionamento.

Na página Web também se pode encontrar o relatório mensal de acompanhamento e supervisão do MIBEL, os relatórios semestrais das presidências rotativas, a lista dos operadores do mercado, a legislação de Portugal, Espanha e da União Europeia, com relevo neste domínio, assim como os comunicados e as consultas públicas do Conselho de Reguladores do MIBEL.

Acresce que os utilizadores da página Web terão à sua disposição serviços como a recepção de alertas, através de e-mail, sobre a informação divulgada mais recentemente e a possibilidade de envio de pedidos de informação, através de formulário próprio.

O Conselho de Reguladores do MIBEL é constituído pelos reguladores financeiros e da energia, por parte de Portugal, pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) e Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) e, por parte de Espanha, pela Comisión Nacional del Mercado de Valores (CNMV) e pela Comisión Nacional de Energia (CNE).

As competências do Conselho de Reguladores do MIBEL, reconhecidas no Acordo Internacional relativo à constituição de um mercado ibérico de energia eléctrica entre o Reino de Espanha e a República de Portugal, celebrado em Santiago de Compostela no dia 1 de Outubro de 2004, incluem a coordenação da actuação dos seus membros quanto à regulamentação do mercado e quanto ao exercício das respectivas competências de supervisão, o acompanhamento da aplicação e desenvolvimento do MIBEL e a emissão de pareceres sobre o sancionamento de infracções muito graves no âmbito do MIBEL.

O Conselho de Reguladores do MIBEL funciona com um Comité de Presidentes, constituído pelos Presidentes de cada uma das autoridades participantes, e um Comité Técnico, constituído por representantes de cada uma das autoridades que integra o Conselho de Reguladores.

"Ela tem uma opinião, eu tenho outra."

Pedro Passos Coelho após uma reunião de com a chanceler alemã, Ângela Merkel, que lamentou a rejeição pelo líder do PSD do PEC IV. Diário Económico, 25/03/2011

As mentiras de José Sócrates ( O Fagin de Portugal).

A diferença em relação à obra de Charles Dickens, é que José Sócrates não deve ser judeu…

“Não, não estou a falar das negociações do PEC IV. Essa até dou de barato. Até porque - mais dia menos dia - é evidente que o governo negociou um PEC num total desprezo pelas instituições do país. É irrelevante saber se o governo enviou a carta à Comissão no dia 10 ou 11 . O grave, aqui, não é a mentira, mas a traição ao país. E hoje não quero falar das traições, mas sim das mentiras do governo. Comecemos com uma mentirinha. Sócrates anda a dizer qualquer coisa como isto: "ou eu, ou o caos; se não me escolhem, se não me seguem, o país cai no abismo". Vamos esquecer, por agora, o facto de isto revelar uma mente autoritária. Olhemos apenas para o seguinte: Sócrates está a assumir - indirectamente - que a sua governação foi um desastre. Esta última cartada de Sócrates ("olhem, o país está à beira do abismo e só eu posso salvá-lo") acaba por provar a incompetência faraónica do primeiro-ministro e do governo. Se a governação PS tivesse sido, vá, minimanente competente, Portugal não estava neste aperto. Pior: se estamos assim tão mal, então, Sócrates andou a mentir aos portugueses nos últimos anos. Sim, ok, toda a gente já intuiu isto, mas convém deixar registo das coisas óbvias. Adentrando, olhemos agora para a mentira principal, que está presente na nova narrativa de José Sócrates: "eu não governo com o FMI". Ou seja, esta drama queen que temos como primeiro ministro está reduzida a isto: "há maus lá fora" (o FMI), e "há traidores cá dentro" (PSD/CDS que querem ir para a cama com o FMI) . Ora, está aqui a latejar uma enorme desonestidade. Porque José Sócrates sabe que o FMI já está presente no Fundo Europeu de resgate. Quando concebeu o Fundo Europeu (aquilo que Portugal vai ter de usar), a União Europeia colocou lá o FMI. Como já explicaram diversos ministros das finanças da UE, o FMI fará sempre parte do Fundo Europeu. Portanto, José Sócrates está a mentir aos portugueses, quando dá a entender que o FMI está fora do quadro europeu onde está a actuar. Nós não estamos perante o risco de intervenção do FMI. Nós estamos perante o risco de intervenção da União Europeia. Coisa bem diferente. Mas, claro, como o PS não tem uma narrativa para diabolizar a UE, Sócrates cospe demagogia contra uma invasão imaginária da Gestapo financeira. Ao ouvir Sócrates, um tipo até começa a pensar que acordou em 1983. Até parece que não existe UE, euro, Fundo Europeu. Caramba, Sócrates está a montar mais uma mentira e nenhum jornalista é capaz de dizer aquilo que a ministra francesa das finanças já deixou bem claro: "mas, ó meu amigo, o FMI faz parte do Fundo Europeu que você aceitou como primeiro ministro de Portugal lá em Bruxelas". Tudo isto é confrangedor. O nosso debate está sempre inquinado pelas mentiras deste governo, que, de forma sistemática, esconde a realidade dos portugueses. Em 2009, Sócrates dizia que a dívida não era um problema, e que Manuela Ferreira Leite era "bota-abaixista" , porque, vejam bem, falava da dívida. Agora é isto. E é assim a nossa vidinha pastoreada pelo senhor engenheiro: de mentira em mentira até à parede final.” Henrique Raposo (www.expresso.pt)

quinta-feira, 24 de março de 2011

2011 en español tecnico

Al entregar el Presupuesto del Estado para lo sexto año de su democrático y benemérito gobierno, el Primer Ministro hay llamado el Ministro de Hacienda para preguntarle qué pensaban los Portugueses sobre su politica.

Al final de la reunión, le preguntó "¿cuáles son los resultados?"

"Señor Primer Ministro", dijo Teixeira de los Santos, "cumplidos casi seis años de su gobierno democrático y benemerito, hay 50 por ciento de optimistas y 50 por ciento de pesimistas."

"¿Entonces, qué dicen los optimistas?", preguntó Sócrates.

"Que en el próximo año todos vamos a comer mierda", respondió el Ministro.

"¿Y los pesimistas, que dijeron?", preguntó, desconcertado, el Primer Ministro.

"Ni la mierda llegara para todos!", dijo el ministro…

publicado por Rui Crull Tabosa

Diferenças

A televisão pública espanhola decidiu nunca mais transmitir touradas e, no seu livro de estilo, consagrou a tourada como uma forma de violência a que não é legítimo expor as crianças.

A RTP continua a ser a orgulhosa organizadora da "corrida RTP" e a liderar um forte lóbi de propaganda tauromáquica nos "media" portugueses.

Cada televisão pública da península tem, assim, a sua ética. Diferente. Francisco Seixas da Costa