quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Evasão fiscal: Fisco reclama 750 mil euros a Américo Amorim

A Inspeção da Direção de Finanças de Aveiro detetou irregularidades nas contas de 2005, 2006 e 2007 da Amorim Holding 2, a "empresa mãe" do universo empresarial de Américo Amorim.

Reino Unido: Maior greve dos últimos 30 anos

Mais de dois milhões de trabalhadores do setor público do Reino Unido fazem hoje uma greve de 24 horas. Esta é a maior greve no país nos últimos 30 anos.

Os trabalhadores protestam contra os cortes nos valores das pensões, contra o aumento dos descontos obrigatórios de 6% para 9% e contra o aumento da idade da reforma para 67 anos em 2026.

Governo de Portugal - Estado vai pagar dívidas a Misericórdias.

O seu a seu dono. E como será depois?

“O Estado vai regularizar as dívidas prioritárias até ao final do primeiro trimestre de 2012 e devolver 15 hospitais à Misericórdias, anunciou o Primeiro-Ministro Pedro Passos Coelho em Vila Real, na apresentação do livro que conta a história dos 500 anos da Misericórdia local. «Se tudo correr de acordo com as nossas expectativas teremos possibilidade, até ao final do primeiro trimestre do próximo ano, de poder regularizar uma parte muito sensível do que é esta dívida histórica», pelo que «instituições que vêm passando por dificuldades porque o Estado não paga a horas, não salda os compromissos que assumiu, poderão ter um quadro de previsibilidade e estabilidade». «Evidentemente que não é possível, nas actuais circunstâncias, pagar tudo o que está para trás e ainda contratar novas responsabilidades para o futuro». O Primeiro-Ministro recordou que o Orçamento do Estado para 2012 favorece as instituições sociais Misericórdias porque «desenvolvem uma actividade especial». «Essa foi a razão porque quer ao nível da fiscalidade, quer ao nível do tratamento que o Estado dá através das transferências que realiza, nós preservarmos o mais possível o papel que essas instituições desempenham e possam vir a desempenhar». O Primeiro-Ministro afirmou também que o Governo vai devolver os hospitais das Misericórdias que foram integrados no sector público após 1974. «Ainda hoje são mais de uma quinzena de hospitais públicos que se mantém na esfera pública, mas que vieram destas Santas Casas. O Governo vai agora começar a preparar de uma forma programada e organizada a devolução desses hospitais às Santas Casas respectivas». Este vai ser um «processo longo», uma vez que é «preciso cuidar que as actividades desenvolvidas na área da saúde não são colocadas em causa». «Mas é importante que possamos fazer esta correcção da nossa história mais recente e concluir esse trabalho importante que é de devolver à sua origem esses hospitais que têm prestado um serviço importante às comunidades».

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Ora Eça!

Custou, mas foi! Já consegui arranjar - não me perguntem como! - a verba necessária para poder mandar compor a placa que, na avenue de Roule, em Neuilly, assinala a casa onde viveu e morreu Eça de Queiroz, e que estava praticamente ilegível, como aqui se assinalou.
Espero, dentro de algum tempo (em França, estas coisas demoram muito tempo, podem crer), poder trazer uma fotografia da placa renascida, oferecida pela Escola de Belas Artes do Porto e aí colocada em 14 de setembro de 1950, pelo então embaixador de Portugal em França, Marcello Mathias.

A TAP e eu


 

Ontem, fui visitar a TAP nas suas novas instalações em Paris, numa espécie de "inauguração" oficial, um pouco atrasada no tempo, mas feita com o maior dos gostos. Porque eu, confesso, gosto muito da TAP.

Tendo embora uma sólida conta de viagens aéreas em dezenas de companhias, devo dizer que me sinto sempre muito bem quando viajo na TAP. Outras empresas têm aviões mais confortáveis, muitas tiveram ou têm um serviço requintado que a TAP nunca atingiu nem atingirá, mas a TAP é "cá da casa", faz parte daquilo que nos habituámos a identificar no estrangeiro como português - como o pastel de nata, o fado ou a Vista Alegre. Fico satisfeito quando vejo os aviões da TAP nos aeroportos, nunca hesito quando a posso escolher como opção. É, além disso, um belo cartão de visita do país, uma companhia cada vez mais pontual, com um "record" de segurança invejável.

Porque tenho a TAP como "da família", perco mais facilmente a paciência com ela do que com outras companhias, detesto a displicência e os "pontapés na gramática" (principalmente francesa) nas mensagens lidas pelas hospedeiras, tal como fico furibundo com a arrogância das greves que afetam as viagens dos portugueses expatriados, que querem visitar as famílias nas festas ou nos verões. Mas acabo sempre por perdoar.

Nos postos diplomáticos em que estive, sem exceção, mantive sempre um excelente relacionamento com as pessoas da TAP, a quem só fiquei a dever simpatia. Talvez o Brasil tenha sido o país onde, porventura, a minha ação possa ter sido mais útil à TAP, a qual, nessa época, "disparou" em direção a várias cidades brasileiras, tornando-se na verdadeira "ponte" transatlântica que sucedeu ao fim triste da excelente Varig.

Da vida, todos guardamos na memória alguns momentos especiais de bem-estar. Um dos meus liga-se à TAP.

Em 1983, eu estava em Luanda, já há nove meses seguidos. Era uma cidade difícil, com imensas carências materiais, num tempo de guerra civil, com recolher obrigatório e a necessidade de limitarmos as nossas deslocações a um perímetro de segurança, já de si relativa. A vida em Angola era complicada, a assistência médica deficiente, o conforto relativo, as tensões, políticas e outras, eram pesadas de suportar. Ao final de todo esse tempo contínuo, de intenso trabalho, já saturado e algo stressado, vim de férias a Portugal. E recordo, como se fosse hoje, o prazer que me deu sentar-me, confortavelmente, num dos (então a estrear, hoje já desaparecidos) Lockheed 1011 TriStar, saborear um gin tónico e, pelos auscultadores de bordo, ouvir, pela primeira vez, Ivan Lins e Sérgio Godinho cantar, de um disco que eu ainda não tinha, "Que há-de ser de nós?".

A TAP vai em breve estar perante algumas escolhas de futuro. Só podemos esperar que a opção que viera ser tomada lhe preserve a qualidade e a sua identidade nacional. Tal como na canção, muitos nos perguntamos: que há-de ser da TAP?

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

O Público.

Jornal “Público” reduz salários e avança com lay-off.

Governo pondera portagens urbanas e trava renováveis em novo plano climático.

Que novidade! Os habitantes da margem sul, de Lisboa, pagam há quase cinquenta anos, para entrar em Lisboa!!!

“O Ministério do Ambiente vai estudar a adopção de portagens urbanas, no âmbito de um novo plano climático em fase de preparação. As renováveis serão travadas, em troca de mais eficiência energética.” PUBLICO.

FMI prepara plano de resgate da Itália

O diário La Stampa afirma na sua edição deste domingo que o Fundo Monetário Internacional já está a trabalhar num plano de ajuda à Itália no valor de 600 mil milhões de euros. As fontes ouvidas pelo jornal afirmam que o plano será ativado no caso de haver um agravamento da dívida italiana, o que é iminente, quando se sabe que a terceira maior economia da zona euro e a quarta da UE já está a pagar juros entre os sete e oito por cento pelos seus títulos.

O nosso fado

O nosso fado já é património da humanidade. As vozes que se erguem a cantá-lo, as letras que nele exprimem os nossos desalentos e alegrias, as guitarras e violas que o choram e a música que tudo isso envolve, fazem parte de uma cultura que agora já não é só nossa, já pertence ao mundo. Um mundo que, contudo, dificilmente entenderá alguma vez esta "estranha forma de vida" e por que é que, neste nosso fado, a lua rima sempre com a rua, o Tejo com o desejo e o amor com a dor. Vai bem longe o nosso fado.

Jornalista da TVI insultado por Pinto da Costa e agredido. FC Porto.

A impunidade reinante…

“O jornalista Valdemar Duarte, da TVI, que narrou em directo o FC Porto x SP Braga este domingo, terá sido insultado pelo presidente dos «azuis-e-brancos», Pinto da Costa, e agredido por um membro da sua comitiva pouco depois, segundo a Estação televisiva. O incidente terá decorrido numa zona de acesso reservado no Estádio do Dragão, quando o jornalista descia da tribuna de imprensa. Mais tarde, ao entrar na sala de imprensa do estádio, Valdemar Duarte terá sido ameaçado fisicamente por seguranças, que o forçaram a abandonar as instalações. A ocorrência terá sido transmitida à Polícia de Segurança Pública que estava de serviço no estádio. O episódio foi revelado no programa da TVI «Maisfutebol Jornada», ontem à noite.” D D.

Estado espera há oito anos por 60 milhões do caso Amadora-Sintra. Grupo Mello.

Oito anos e milhares de páginas depois de o Ministério Público (MP) junto do Tribunal de Contas (TC) ter acusado 26 ex-responsáveis da Administração Regional de Saúde (ARS) de Lisboa e Vale do Tejo de terem feito, entre 1996 e 2001, pagamentos indevidos à sociedade gestora do Hospital Fernando Fonseca (Amadora-Sintra), o juiz-conselheiro Carlos Morais Antunes ainda não decidiu se os leva ou não a julgamento. O PÚBLICO consultou o processo que está a fazer jurisprudência no TC e constatou os contornos kafkianos de uma história que tem como principal protagonista o contrato que o Estado assinou com o Grupo Mello, em 1995, para a gestão do hospital, a primeira parceria público-privada na saúde em Portugal.
O contrato recebeu o visto prévio do TC "sem documentos essenciais" e que, como admitiu em 2003 o então presidente daquele tribunal e actual provedor de Justiça, Alfredo José de Sousa, não deveria sequer ter sido visado. PUBLICO.

sábado, 26 de novembro de 2011

Júlio Resende

O nome lembra o do pintor recentemente desaparecido. Trata-se de um jovem pianista português que tem o jazz no sangue e que ontem tocou, e foi muito apreciado pelas largas dezenas de presentes, num concerto que organizámos na Embaixada, que hoje se reproduzirá na Casa de Portugal, na "Cité Universitaire" de Paris, com a qual entrámos mais uma vez em parceria. Com os recursos a escassearem, e como se dizia no maio68, é preciso levar "a imaginação ao poder".

O fim da tarde de ontem trouxe-nos um percurso musical muito diverso, desde temas que se colavam a Jarrett e, em certo ponto, a uma sonoridade minimalista que lembrou Steve Reich, mas onde figuraram outras referências, de Gershwin a Jobim, não esquecendo tonalidades de fado. Uma surpresa foi o convite feito pelo Júlio Resende a Elisa Rodrigues, uma nova e curiosa voz portuguesa.

Troika cobra 34 mil milhões a Portugal

O empréstimo concedido a Portugal no âmbito do programa de assistência da troika, e que corresponde a 78 mil milhões de euros, entre os quais 12 mil milhões de euros são para a recapitalização da banca, implica o pagamento de 34.400 milhões de euros em juros.

As "estrelas" Michelin


Foram hoje anunciados os restaurantes portugueses que, na edição de 2012, terão as famosas "estrelas" nos guias franceses Michelin, de avaliação gastronómica. A "estrelas" podem ir de uma a três, sendo que Portugal nunca teve, até hoje, um restaurante com três estrelas.

Com duas "estrelas" aparecem o Ocean e o Vila Joya, ambos no Algarve. Com uma "estrela": o São Gabriel, o Willie's e o Henrique Leis, todos também no Algarve, o Il Gallo d'Oro, no Funchal, o Tavares e o Feitoria, em Lisboa, o Arcadas da Capela, em Coimbra, o Yeatman, em Vila Nova de Gaia, e o Casa da Calçada, em Amarante.

Portugal é um país que só muito lentamente tem vindo aquelas "ganhar estrelas". Será isso importante? Claro que é! A profusão de restaurantes com referências positivas nos guias da Michelin é um fator de atração turística e induz mais deslocações ao nosso país. Além disso, estimula outros restaurantes a melhorarem e a colocarem-se em posição de poderem vir a conquistar "estrelas" ou a concorrer com aqueles que as têm.

Devo dizer que não me recordo de ter comido nenhuma vez mal num restaurante com "estrelas" nos guias Michelin, embora várias vezes apenas "assim-assim". Mas, com grande frequência, tenho comido bem melhor noutros restaurantes, alguns dos quais estão e estarão longe desta "corrida às estrelas" - e são bem mais baratos.

Um aviso da parte de alguém que acompanha com alguma atenção estas coisas: em geral, podem confiar nos restaurantes assinalados com "estrelas" nos guias Michelin, mas não confiem, necessariamente, nas listas dos restantes restaurantes que os guias mencionam para cada localidade. Sei do que falo: está lá de tudo, do bom ao medíocre (embora raramente do mau).

E agora permitam-me que vá jantar... a casa de amigos!

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

A Fonte da Felicidade Reside Dentro de Nós

O hábito de me recolher a mim mesmo acabou por me tornar imune aos males que me acossam, e quase me fez perder a memória deles. Desse modo, aprendi com base na minha própria experiência que a fonte da felicidade reside dentro de nós e que não está no poder dos homens fazer com que fique realmente desgostosa uma pessoa determinada a ser feliz. Por quatro ou cinco anos desfrutei regularmente de alegrias interiores que almas gentis e afectuosas encontram numa vida de contemplação. 

Jean-Jacques Rousseau, in 'Devaneios de um Caminhante Solitário'
citador.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

FMI atribui a ex-funcionários pensões superiores a 7 mil euros

Segundo os Planos de Reforma do Fundo Monetário Internacional (FMI), que visam "assegurar um rendimento de substituição" que permita aos funcionários "manter um padrão de vida razoável durante a aposentadoria", as pensões vitalícias são pagas "a partir de 50 anos de idade com um mínimo de três anos de serviço".
 

Violência Contra as Mulheres é "persistente, generalizada e inaceitável"

"Quer ocorram em tempo de paz ou de conflito, as várias formas e manifestações de violência contra as mulheres são simultaneamente causas e consequências de discriminação, desigualdade e opressão", sublinhou Rashida Manjoo.

Pascal Lamy

Na passada sexta-feira à noite, estive presente numa palestra-debate com Pascal Lamy, diretor-geral da Organização Mundial de Comércio (OMC), a convite da associação "Notre Europe", criada por Jacques Delors, a que agora preside António Vitorino.

Lamy é um homem brilhante. Foi chefe de gabinete de Delors e, anos mais tarde, comissário europeu com a pasta do comércio exterior. Com ele tive então algumas "accrochages", quando se discutia a fixação do mandato europeu para a reunião ministerial da OMC, a ter lugar em Seattle, em fins de 1999. Nada que fosse muito diferente dos problemas que já tivera com o seu antecessor, o britânico Leon Brittan, na preparação das duas anteriores reuniões ministeriais da OMC, cuja delegação nacional me competiu chefiar - em Singapura (1997) e Genebra (1998).

Portugal atinha-se então fortemente à defesa de alguns produtos "sensíveis" para a nossa indústria, pelo que tentava salvaguardar certas "posições pautais", nomeadamente relativas a produções têxteis, dado que o nosso país se recusava ter de pagar, através da total abertura do mercado europeu a produtos idênticos oriundos de países terceiros, certas vantagens que outros nossos parceiros mais avançados pretendiam obter nesses mercados.

Recordo longas e penosas horas de negociação passadas nas salas de Bruxelas, com Portugal a terminar o processo praticamente isolado, comigo a fazer "bluff" com a ameaça de abandono da sala e, simultaneamente, pressões a serem feitas pelo telefone junto de Lisboa, queixando-se da minha intransigência.

Um dia, contarei aqui como não pude evitar o sentimento de algum gozo ao testemunhar, semanas depois, nas manifestações nas ruas e no caos das salas de trabalho da reunião de Seattle, o ruir fragoroso dessa negociação. Ia pagando caro, em termos europeus, uma declaração que então fiz à SIC, dizendo "não poder deixar de ter uma certa simpatia nostálgica pelos manifestantes, que haviam criado um ambiente anos 60, que recordava Berkeley e o Maio 68". Recordo que essa foi, talvez, a primeira grande movimentação de massas anti-globalização.

A reunião de sexta-feira parecia de "amigos de Alex", gente de um outro tempo europeu. Por lá encontrei Niels Ersbøll, antigo secretário-geral do Conselho das Comunidades Europeias, Philippe de Schoutheete, representante permanente belga, e Elisabeth Guigou, antiga ministra francesa - todos membros do "grupo de reflexão" no seio do qual, em 1995, havíamos discutido e preparado a revisão do tratado de Maastricht. Mas, igualmente, os portugueses Maria João Rodrigues e Vitor Martins, duas figuras a quem a política europeia portuguesa muito ficou a dever. E, também, os meus amigos espanhóis Enrique Barón Crespo, antigo presidente do Parlamento Europeu, e Eneko Landaburu, que agora chefia a representação da UE em Rabat, uma figura que foi sempre de uma grande correção para conosco, como diretor-geral da Comissão encarregado dos fundos estruturais.
A charla e o debate processavam-se de acordo com as consagradas "Chatham House rules", o que significa que o conteúdo do que foi dito não deve ser passado cá para fora (embora eu visse dois jornalistas conhecidos a tomar afanosamente as suas notas...). Por isso, apenas aqui anoto a ironia de Pascal Lamy quando afirmou que os países do antigo G8 parece não terem ainda decidido muito bem como deverão tratar os chamados "emergentes" (que muitos consideram já "emergidos"): ou como países ricos com muitos pobres ou como países pobres com muito ricos.

Ovos com bacon

Foi já há muitos anos. Posso imaginar que a conversa ia solta entre aquele velho embaixador e o seu secretário, numa tarde talvez sombria, quiçá à volta de dois maltes, numa periférica capital europeia, cujo nome ora me escapa.

Falava-se de política portuguesa, tema que era caro ao jovem diplomata mas para o qual o seu chefe olhava com alguma distância, tantas as coisas que vira e outras que preferiria não ter visto.

O tema era uma figura política então na oposição, que o diplomata mais novo incensava nas conversas, desde há meses, apostando numa sua subida ao poder como a chave para a superação dos males pátrios. O embaixador era, porém, muito mais cético quanto às virtudes daquele político e às suas reais qualidades pessoais. Em especial, os insistentes rumores sobre as suas ligações a determinados lóbis deixavam-lhe muitas dúvidas quanto as reais razões pelas quais tanto se encarniçava na sua tentativa de ascender ao poder.

Mas o secretário insistia: "Senhor embaixador, eu tenho acompanhado com atenção o perfil dele. É um homem comprometido com o destino do país", saiu-lhe a certo passo, um tanto grandiloquente.

O embaixador interrompeu-o: "Comprometido ou interessado?"

- Não vejo a diferença, senhor embaixador, retorquiu o jovem.

- É imensa, meu caro, é imensa! Já pensou nos ovos com bacon?

- Nos ovos com bacon?!

- Claro! Nos ovos com bacon, a galinha é interessada, o porco é comprometido...

Erro no OE'2012: Madeira vai receber mais dinheiro

Mas o que é isto??? O "erro" detetado na proposta do Governo de Orçamento do Estado para 2012, levará a direita parlamentar a propor uma alteração que dará mais dinheiro à Região Autónoma da Madeira e menos à Região Autónoma dos Açores, noticia o Diário de Notícias (DN), esta segunda-feira.

Em Oeiras desapareceu uma família de camponeses e emergiu uma fraude gigante.

Remonta a 1983 o início da história que agora conduziu Duarte Lima, o seu filho Pedro e o sócio de ambos, Vítor Raposo, aos corredores da Justiça, para responderem por fraude e branqueamento de capitais. PUBLICO

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

EXCELENTE TEXTO!

 

 

Como eu, há muito quem esteja vencido, mas não convencido!

 TEXTO:
  
Quando eu escrevo a palavra acção, por magia ou pirraça, o computador retira automaticamente o C na pretensão de me ensinar a nova grafia.

De forma que, aos poucos, sem precisar de ajuda, eu próprio vou tirando as consoantes que, ao que parece, estavam a mais na língua portuguesa.

Custa-me despedir-me daquelas letras que tanto fizeram por mim.

São muitos anos de convívio.

Lembro-me da forma discreta e silenciosa como todos estes CCC's e PPP's me acompanharam em tantos textos e livros desde a infância.

Na primária, por vezes gritavam ofendidos na caneta vermelha da professora:  - não te esqueças de mim!

Com o tempo, fui-me habituando à sua existência muda, como quem diz, sei que não falas, mas ainda bem que estás aí.

E agora as palavras já nem parecem as mesmas.

O que é ser proativo?

Custa-me admitir que, de um dia para o outro, passei a trabalhar numa redação, que há espetadores nos espetáculos e alguns também nos frangos, que os atores atuam e que, ao segundo ato, eu ato os meus sapatos.

Depois há os intrusos, sobretudo o R, que tornou algumas palavras arrevesadas e arranhadas, como neorrealismo ou autorretrato.

Caíram hifenes e entraram RRR's que andavam errantes.

É uma união de facto, e  para não errar tenho a obrigação de os acolher como se fossem família. Em 'há de' há um divórcio, não vale a pena criar uma linha entre eles, porque já não se entendem.

Em veem e leem, por uma questão de fraternidade, os EEE's passaram a ser gémeos, nenhum usa ( ^^^) chapéu.

E os meses perderam importância e dignidade; não havia motivo para terem privilégios. Assim, temos  janeiro, fevereiro, março, são tão importantes como peixe, flor, avião.

Não sei se estou a ser suscetível, mas sem P, algumas palavras são uma autêntica deceção, mas por outro lado é ótimo que já não tenham.

As palavras transformam-nos.

Como um menino que muda de escola, sei que vou ter saudades, mas é tempo de crescer e encontrar novos amigos.

Sei que tudo vai correr bem, espero que a ausência do C não me faça perder a direção, nem me fracione, e nem quero tropeçar em algum objeto.

Porque, verdade seja dita, hoje em dia, não se pode ser atual nem atuante com um C a atrapalhar.

Só não percebo porque é que temos que ser NÓS a alterar a escrita, se a LÍNGUA É NOSSA ...? ! ? ! ?

   

 

 

Os ingleses não o fizeram, os franceses desde 1700 que não mexem na sua língua e porquê nós ?

Será que não pudemos, com a ajuda da troika, recuperar do deficit na nossa língua ?
 

Ou atão deichemos que os 35 por cento de anal fabetos fassão com que a nova ortografia imponha se bué depréça !

 

 

 

 

Notícias da América

- Um português recebeu de um seu amigo nova-iorquino, que conhece bem Portugal, a seguinte resposta, quando lhe disse: Sabes, nós os portugueses, somos pobres e estamos tesos...  - Esta foi a sua resposta:   "Como podes tu dizer que sois pobres, quando sois capazes de pagar por um litro de gasolina, mais do triplo do que pago eu?
 
Quando vos dais ao luxo de pagar tarifas de electricidade e de telemóvel 80 % mais caras do que nos custam a nós nos EUA?
 
Como podes tu dizer que sois pobres quando pagais comissões bancárias por serviços e por cartas de crédito ao triplo que nós pagamos nos EUA?
 
Ou quando podem pagar por um carro que a mim me custa 12.000 US Dólares (8.320 EUROS) e vocês pagam mais de 20.000 EUROS, pelo mesmo carro? Podem dar mais de 11.640 EUROS de presente ao vosso governo do que nós ao nosso.
 
Nós é que somos pobres: por exemplo em New York o Governo Estatal, tendo em conta a precária situação financeira dos seus habitantes cobra somente 2 % de IVA, mais 4% que é o imposto Federal, isto é 6%, nada comparado com os 23% dos ricos que vivem em Portugal. E contentes com estes 23%, pagais ainda impostos municipais.
 
Um Banco privado vai à falência e vocês que não têm nada com isso pagam, outro, uma espécie de casino, o vosso Banco Privado quebra, e vocês protegem-no com o dinheiro que enviam para o Estado.*
*E vocês pagam ao vosso Governador do Banco de Portugal, um vencimento anual  que é quase 3 vezes mais que o do Governador do Banco Federal dos EUA...
 
Um país que é capaz de cobrar o Imposto sobre Ganhos por adiantado e Bens  pessoais mediante retenções, necessariamente tem de nadar na abundância, porque considera que os negócios da Nação e de todos os seus habitantes, sempre terão ganhos apesar dos assaltos, do saque fiscal, da corrupção dos seus governantes e dos seus autarcas.  Um país capaz de pagar  salários irreais  aos seus funcionários de estado e da iniciativa privada.
 
Os pobres somos nós, os que vivemos nos USA e que não pagamos impostos sobre o ordenados e ganhamos menos de 3.000 dólares ao mês por pessoa, isto é mais ou os vossos 2.080 ?uros. - Vocês podem pagar impostos do lixo, sobre o consumo da água, do gás e da electricidade. Aí pagam segurança privada nos Bancos, urbanizações, municipais, enquanto nós como somos pobres nos conformamos com a segurança pública.
 
Vocês enviam os filhos para colégios privados, financiados pelo estado (nós) enquanto nós aqui nos EUA as escolas públicas emprestam os livros aos nossos filhos prevendo que não os podemos comprar.  
 
Vocês não são pobres, gastam é muito mal o vosso dinheiro.
 
Vocês, portugueses, não são pobres, são é muito estúpidos.........e acobardados..."
 

  POR MIM, NÃO DEIXAREI DE AVIVAR A MEMÓRIA DOS ESQUECIDOS !...
      
Um  dos Motivos porque o Governo se tornou fiador de 20 mil  milhões de euros de transacções intra bancárias......??? 
Os de hoje, vão estar como gestores de Banca amanhã,  pois os de ontem, já estão por lá hoje.
  - Correcto????    Se  pensa que não,    vejamos:


Fernando Nogueira:

Antes -Ministro da  Presidência, Justiça e Defesa

Agora - Presidente do  BCP Angola

José de Oliveira e Costa: (O TAL QUE ESTEVE NA GAIOLA)

Antes  -Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais

Agora  -Presidente do Banco Português de Negócios  (BPN)

Rui  Machete:  (AGORA NINGUÉM O OUVE)

Antes - Ministro dos Assuntos  Sociais

Agora - Presidente do Conselho Superior do  BPN; (o banco falido, é só gamanço)
Presidente do Conselho Executivo da  FLAD
 


Armando Vara: (AQUELE A QUEM O SUCATEIRO DAVA CAIXAS DE ROBALOS)

Antes - Ministro adjunto do   Primeiro Ministro

Agora - Vice-Presidente do  BCP  (demissionário a seu pedido, antes que levasse um chuto no cú)


Paulo Teixeira Pinto:  (o tal que antes de trabalhar já estava reformado)

Antes - Secretário  de Estado da Presidência do Conselho de  Ministros

Agora - Presidente do BCP (Ex. - Depois de  3 anos de 'trabalho',
Saiu com 10 milhões de  indemnização !!! e mais 35.000EUR x 15 meses por ano até  morrer...)


António Vitorino: 

Antes -Ministro  da Presidência e da Defesa

Agora -Vice-Presidente da  PT Internacional;
Presidente da Assembleia Geral do  Santander Totta - (e ainda umas 'patacas' como  comentador RTP)
 

Celeste Cardona: (a tal que só aceitava o lugar na Biblioteca do Porto se tivesse carro e motorista às ordens - mas o vencimento era muito curto) 

Antes -  Ministra da Justiça

Agora - Vogal do CA da  CGD  (QUE MARAVILHA - ORDENADO PRINCIPESCO - O ZÉ PAGA)

José Silveira Godinho: 

Antes - Secretário  de Estado das Finanças

Agora - Administrador do  BES (VIVA O LUXO)

João de Deus Pinheiro: (aquele que agora nem se vê)

Antes - Ministro da  Educação e Negócios Estrangeiros

Agora - Vogal do CA  do Banco Privado Português (O TAL QUE DEU O BERRO). 

Elias da  Costa: 

Antes - Secretário de Estado da Construção e  Habitação -

Agora - Vogal do CA do  BES (POIS CLARO, AGORA É BANQUEIRO

Ferreira do Amaral: (O ESPERTALHÃO, QUE PREPAROU O TERRENO)

Antes - Ministro das  Obras Públicas (que entregou todas as pontes a jusante  de Vila Franca de Xira à Lusoponte)

Agora -  Presidente da Lusoponte, com quem se tem de renegociar o  contrato (POIS CLARO, À TRIPA FORRA). 

etc. etc. etc... 


O que é isto  ? 
Cunha ? 
Gamanço ? 

É Portugal no seu esplendor  .  Cheio de JUSTIÇA !!!

...e depois até queriam que se  declarasse as prendas de casamento e o seu valor. 

Já é tempo de parar esta canalha nojenta ! 

Não te  cales, A DENUNCIA É O PRINCIPIO DE        
      "ALGO" QUE TERÁ DE ACONTECER! 

faz circular  por Portugal.


..fiz a minha parte (.) . . .

 


 


 

 

 

 

Sociedade do "cunhacimento".

Mas... a PT é enorme

Fazem parte dos QUADROS da PT os filhos/as de:

- Teixeira dos Santos.

- António Guterres.

- Jorge Sampaio.

- Marcelo Rebelo de Sousa.

- Edite Estrela.

- Jorge Jardim Gonçalves.

- Otelo Saraiva de Carvalho.

- Irmão de Pedro Santana Lopes.

Estão também nos quadros da empresa, ou da subsidiária TMN
  os filhos de :

- João de Deus Pinheiro.

- Briosa e Gala.

- Jaime Gama.

- José Lamego.

- Luis Todo Bom.

- Álvaro Amaro.

- Manuel Frexes.

- Isabel Damasceno.

Para efeitos de "pareceres jurídicos" a PT recorre habitualmente aos
serviços de:

- Freitas do Amaral.

- Vasco Vieira de Almeida.

- Galvão Telles.

Assim não há lugar para os colegas da faculdade destes meninos, que
terminaram os cursos com média superior e muitos estão ou  a aguardar
o primeiro emprego, ou no desemprego, ou a trabalhar numa área
diferente da da sua licenciatura.

É ou não uma PERFEITA DEMONSTRAÇÃO DA

SOCIEDADE DO CUNHACIMENTO ?

 

Medidas do Orçamento Geral do Estado 2012 ainda em segredo.

Medidas do Orçamento Geral do Estado 2012 ainda em segredo.

 Segundo o Jornal de Negócios de hoje: 

1. Por cada neto que nascer vão ter de morrer 2 avós
2. Comércio tradicional vai pagar IVA de XXIII %
3. Trabalho escravo regressa mas apenas com contratos a prazo
4. O eléctrico 28 vai fazer a ligação Alfama - Sines - Salamanca em bitola alfacinha
5. Governo vai aumentar a segunda-feira para 48 horas
6. Subsídio de Natal vai ser um par de meias
7. Horas extraordinárias vão ser pagas com desenhos do filho do ministro das Finanças
8. Metro do Porto vai voltar a ser uma piada
9. O IVA do vinho depende do que se aguenta
10. Bancos vão poder servir mini-pratos ao balcão
11. Diferença horária para os Açores vai aumentar 15%
12. Quebra de produção com feriados santos vai ser compensada com trabalho forçado de padres
13. Casais com mais de 3 filhos vão ter de abater 1
14. Taxas moderadoras podem ser pagas com sexo
15. Reformas antecipadas congeladas até Manoel Oliveira parar de filmar
16. TSU de empresas de empresários supersticiosos cai 13%, se eles quiserem, eles é que sabem...
17. Juízes perdem subsídio de renda e vão passar a ir dormir a nossa casa
18. Pensionistas do Estado com pensões inferiores a 485 euros vão poder trocar consultas por órgãos
19. TSU de empresas com gestores com hipermetropia vai descer 0,0000000000000001 pontos
20. IVA dos restaurantes pode ser levado para casa
21. Portuguesas com um sexto sentido vão ter que desistir de um dos outros
22. Vão haver portagens à saída das maternidades
23. São proibidos ajuntamentos de mais de 3 pessoas junto das caixas multibanco
24. IVA da Coca-Cola aumenta se agitarem as embalagens
25. Desempregados vão formar empresa de logótipos humanos para eventos em estádios
26. Vai haver portagens à entrada do tribunal de Oeiras
27. Madeira vai ser alugada para experiências nucleares
28. EPAL vai cobrar taxa nos sonhos húmidos
29. Pelo princípio do utilizador-pagador, pessoas com três rins vão pagar mais taxa de esgoto
30. RTP fica só a dar música sacra até à Páscoa
31. Portugueses nascidos a 29 de Fevereiro vão deixar de ter documentos
32. TSU das empresas de pesca vai descer assim (fazer gesto do tamanho que quiser com as mãos)
33. TAP vai fazer a ligação por terra Sines-Entroncamento
34. Militares vão substituir bombeiros nos seus deveres conjugais
35. Reformados que ultrapassam a esperança média de vida proibidos de andar na rua
36. TSU das empresas de Duarte Lima vai descer sete palmos
37. As SCUT vão poder ser percorridas a pé por metade do preço
38. Castrados vão perder o abono de família
39. Escolas passam a distribuir rações de combate ou em alternativa refeições da TAP
40. A força vai passar a ser igual a metade da massa vezes a aceleração.

 

sábado, 19 de novembro de 2011

BMW, modelo 320, com a matrícula 86-GU-77, para uso pessoal

A presidente da Assembleia da República acaba de atribuir a Mota Amaral, na qualidade de ex-presidente do Parlamento, um gabinete, uma secretária, um BMW 320 e um motorista.
O despacho é assinado por Assunção Esteves, e remete para o articulado que regulamenta o funcionamento dos serviços da Assembleia da República, a Lei de Organização e Funcionamento dos Serviços da
Assembleia da República (LOFAR), publicada em anexo à Lei n.º 28/2003, de 30 de Julho, e do n.º 8, alínea a), do artigo 1.º da Resolução da Assembleia da República n.º 57/2004, de 6 de Agosto, alterada pela Resolução da Assembleia da República n.º 12/2007, de 20 de Março.
O facto está a ser divulgado na Internet, e está a ser apresentado como uma prova de que a Assembleia da República não aplica a si mesma os cortes que, na actual crise, o governo tem vindo a impor aos portugueses.
Os e-mails que já correm na Internet sobre este assunto apresentam como título "Poupar????? É só para alguns....."

Transcreve-se o despacho em causa:

"Despacho n.º 1/XII -- Relativo à atribuição ao ex-Presidente da Assembleia da República Mota Amaral de um gabinete próprio, com a
afectação de uma secretária e de um motorista do quadro de pessoal da Assembleia da República.
Ao abrigo do disposto no artigo 13.º da Lei de Organização e Funcionamento dos Serviços da Assembleia da República (LOFAR),
publicada em anexo à Lei n.º 28/2003, de 30 de Julho, e do n.º 8, alínea a), do artigo 1.º da Resolução da Assembleia da República n.º
57/2004, de 6 de Agosto, alterada pela Resolução da Assembleia da República n.º 12/2007, de 20 de Março, determino o seguinte:
a) Atribuir ao Sr. Deputado João Bosco Mota Amaral, que foi Presidente da Assembleia da República na IX Legislatura, gabinete próprio no andar nobre do Palácio de São Bento;
b) Afectar a tal gabinete as salas n.º 5001, para o ex-Presidente da Assembleia da República, e n.º 5003, para a sua secretária;
c) Destacar para o desempenho desta função a funcionária do quadro da Assembleia da República, com a categoria de assessora parlamentar, Dra. Anabela Fernandes Simão;
d) Atribuir a viatura BMW, modelo 320, com a matrícula 86-GU-77, para uso pessoal do ex-Presidente da Assembleia da República;
e) Encarregar da mesma viatura o funcionário do quadro de pessoal da Assembleia da República, com a qualificação de motorista, Sr. João Jorge Lopes Gueidão;
Palácio de São Bento, 21 de Junho de 2011
A Presidente da Assembleia da República, Maria da Assunção Esteves.
Publicado
DAR II Série-E -- Número 1
24 de Junho de 2011"

 

Líder indígena assassinado no Brasil.

É uma forma de resolver problemas…

“Um grupo de homens armados e encapuzados assassinou nesta sexta-feira um líder indígena no Mato Grosso do Sul, no Brasil. Na origem do ataque terá estado um conflito ligado à ocupação de terras.” PUBLICO.

Derrame de petróleo da Chevron no Brasil pode ser maior do que se previa.

O vazamento de crude que há 11 dias que se mantém ao largo da costa do Rio de Janeiro, Brasil, pode ser bem maior do que a estimativa da empresa petrolífera norte-americana Chevron. PUBLICO.

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Negócios Estrangeiros encerram sete embaixadas.

Ter uma embaixada em Andorra só lembra a determinado tipo de gente, mas convêm ter lá um qualquer sistema de apoio, pois trabalham e são lá empresários muitos portugueses! “Os serviços da embaixada de Malta passam a ser assegurados pela embaixada de Roma (Itália), de Andorra por Madrid (Espanha), da Letónia pela Finlândia, Estónia pela Suécia, Lituânia pela Dinamarca, da Bósnia-Herzegovina pela Sérvia e do Quénia pelos serviços instalados em Moçambique.
Nos vice-consulados, há dois na Alemanha e três em França cuja jurisdição passa para o consulados gerais: Frankfurt, Osnabruck, Clermont-Ferrant, Nantes e Lille. Para o compensar, Portas prometeu reforçar a presença diplomática através da deslocação de funcionários com novos equipamentos que permitiriam tratar de actos consulares. Das 145 representações actualmente existentes, 79 são embaixadas, 39 consulados e 12 são vice-consulados.
O ministro justificou a medida com o plano de cortes imposto pela troika, admitindo, no fim do programa, reavaliar estes encerramentos para decidir se se tornam definitivos ou se alguns dos postos serão reabertos. Mas acrescentou que estas decisões permitiriam avançar com embaixadas novas em regiões “onde Portugal precisa dramaticamente de diplomacia económica”. Citou como exemplo o Qatar, onde um posto diplomático estava já a ser instalado. Definiu depois a Ásia e América Latina como as zonas de prioridade para novas delegações.” PUBLICO.

Todos caem

Não há governo que se aguente, ponto. Na semana passada, caiu o governo grego, ainda este mês o de Zapatero dará lugar a um novo governo de direita. Não se pense, contudo, que só caem os governos de partidos socialistas. Na Dinamarca foi a direita que perdeu e a Itália provavelmente já não terá Berlusconi quando este jornal lhe chegar às mãos. O resultado político linear da crise iniciada nos idos de 2008 é simples: todos caem.

 

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

A crise

Um homem vivia à beira de uma estrada e vendia cachorros-quentes.
Não tinha rádio, não tinha televisão e nem lia jornais, mas produzia e
vendia os melhores cachorros-quentes da região.
Preocupava-se com a divulgação do seu negócio e colocava cartazes pela
estrada, oferecia o seu produto em voz alta e o povo comprava e
gostava.
As vendas foram aumentando e, cada vez mais ele comprava o melhor pão
e as melhores salsichas.
Foi necessário também adquirir um fogão maior para atender a grande
quantidade de fregueses.
O negócio prosperava...
Os seus cachorros-quentes eram os melhores!
Com o dinheiro que ganhou conseguiu pagar uma boa escola ao filho.
O miúdo cresceu e foi estudar Economia numa das melhores Faculdades do país.
Finalmente, o filho já formado, voltou para casa, notou que o pai
continuava com a vida de sempre, vendendo cachorros-quentes feitos com os melhores ingredientes e gastando dinheiro em cartazes, e teve uma séria conversa com o pai:
- Pai, não ouve rádio? Não vê televisão? Não lê os jornais? Há uma
grande crise no mundo. A situação do nosso País é crítica. Há que economizar!
Depois de ouvir as considerações do filho Doutor, o pai pensou: Bem,
se o meu filho que estudou Economia na melhor Faculdade, lê jornais, vê televisão e internet, e acha isto, então só pode ter razão!
Com medo da crise, o pai procurou um fornecedor de pão mais barato (e,
é claro, pior).
Começou a comprar salsichas mais baratas (que eram, também, piores).
Para economizar, deixou de mandar fazer cartazes para colocar na estrada.
Abatido pela notícia da crise já não oferecia o seu produto em voz alta.
Tomadas essas 'providências', as vendas começaram a cair e foram
caindo, caindo até chegarem a níveis insuportáveis..
O negócio de cachorros-quentes do homem, que antes gerava recursos... faliu.
O pai, triste, disse ao filho: - Estavas certo filho, nós estamos no
meio de uma grande crise.
E comentou com os amigos, orgulhoso: - 'Bendita a hora em que pus o
meu filho a estudar economia, ele é que me avisou da crise...'
 

terça-feira, 15 de novembro de 2011

REN usa seguro para pagar defesas no caso Face Oculta.

O dinheiro do sportugueses dá para tudo.

“A Redes Energéticas Nacionais (REN) activou um seguro que está a pagar a defesa de um antigo e de três actuais quadros que estão a ser julgados no processo Face Oculta, casos do ex-presidente da empresa José Penedos e de três funcionários que se mantêm em funções, após terem sido acusados e pronunciados por corrupção.” PUBLICO.

Governo transferiu hoje 6,8 milhões de euros para Fundo de Pensões Militares.

Um sorvedouro completo…”O ministro da Defesa acusou nesta segunda-feira o anterior Governo de deixar o Fundo de Pensões dos Militares numa “situação bastante problemática” e não assegurar verbas necessárias, revelando que foram transferidos 6,8 milhões de euros para assegurar a sua sustentabilidade.” PUBLICO.

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Um abraço, Georgios

 
Não é vulgar repetir um post. Mas vou reproduzir o que aqui publiquei, em 5 de outubro de 2009, porque ele é o melhor retrato que consigo fazer de um amigo que foi, até há uns minutos, o primeiro-ministro da Grécia:

"Georgios Papandreou foi ontem eleito primeiro-ministro da Grécia.

Desde o tempo em que foi secretário de Estado e depois ministro dos Negócios Estrangeiros do seu país, Georgios anima anualmente um clube internacional de discussão, para o qual tive o privilégio de ser por ele convidado algumas vezes - o Symi Symposium. António Guterres e Jaime Gama foram os outros portugueses presentes nessas reuniões, que têm uma composição variável. Por lá passaram já Bill Clinton, Amartya Sen, Joseph Stiglitz, Richard Holbrook, Fernando Henrique Cardoso, Yossi Beilin, Ségolène Royal, etc. São encontros com cerca de 25 pessoas, cada uma de sua nacionalidade, realizados sempre em locais diferentes da Grécia, nos quais, durante uma semana, se pensa livremente o mundo e, muito em especial, a Europa.

Houve um desses debates, creio que em 1999, que nunca mais esquecerei. Estávamos no tempo imediatamente posterior à grande crise do Kosovo e, à mesa, desencadeou-se uma acesa discussão entre uma resistente sérvia, aberta opositora de Milosevic, e um intelectual kosovar, recém-saído de meses de clandestinidade em Pristina. Num certo momento, o kosovar, num óbvio excesso de argumento, volta-se para nossa amiga sérvia e ataca-a da seguinte forma: "tu podes ser pró ou anti-Milosevic, mas o problema que nunca poderás ultrapassar é o facto de seres sérvia!".

Todos ficámos gelados! O ambiente de diálogo e cordialidade que caracteriza, desde há vários anos, aquelas reuniões, que não impede discussões acesas e vivas, nunca terá chegado a um extremo tal de agressividade, muito fruto de um tempo de tensão balcânica cuja conflitualidade inter-étnica ficámos, naquele instante, a perceber bem melhor.

Foi então que, com o seu ar sereno, no tom suave que nunca perde, Georgios interveio. E fê-lo para contar uma história, que se tinha passado consigo, já há muitos anos.

Durante a ditadura militar grega, o seu pai, Andreas Papandreou, que mais tarde viria a ser primeiro-ministro, encontrava-se na clandestinidade. Uma noite, o exército invadiu a casa da família de Georgios, que era então adolescente, e levou-o de carro para uma qualquer zona da Grécia. Umas horas mais tarde, ao chegarem a uma moradia isolada, cercada pela tropa, Georgios viu o oficial que o detivera e que comandava o grupo pegar num megafone e dirigir-se à habitação, que logo compreendeu ser o esconderijo onde estava o seu pai. O oficial gritou então para que Andreas Papandreou se rendesse, informando-o de que tinha ali o seu filho, que prenderia se ele não se rendesse, tudo isto acompanhado de outras ameaças violentas. Perante este cobarde ultimatum, o pai Papandreou entregou-se e foi preso.

A história que Georgios nos contou tinha um significado que ele pretendia projectar no ambiente de tensão que se criara no nosso debate. Porque acrescentou: "na passada semana, encontrei casualmente o militar que fez essa chantagem comigo e com o meu pai, utilizando-me como refém. Estendi-lhe a mão e cumprimentei-o. Essa é a nossa superioridade como democratas".

Recordo-me que todos olhámos para os nossos amigos da Sérvia e do Kosovo, para tentar perceber se eram sensíveis à lição. Não estou certo que ela tenha sido eficaz.

Se outras razões não tivesse, fruto da minha já antiga amizade com Georgios Papandreou, este testemunho reforçou-me a admiração pelo perfil humanista do homem que, desde ontem, dirige os destinos da Grécia. E a quem já dei os meus sinceros parabéns."

Dias Loureiro lucrou mais de 8 milhões de euros com empresa que agora abre falência.

A Plêiade, empresa anteriormente detida por José Roquete, ex-presidente do Sporting, foi adquirida pela Sociedade Lusa de Negócios (SLN) por 55 milhões de euros. Desse valor, 8,25 milhões foram pagos directamente a Dias Loureiro, ex-ministro do PSD e ex-administrador do BPN.

Verde Eusébio


 
"Não gosto do Sporting. No meu bairro, era o clube da elite, da polícia e dos racistas". "Eu nem do Sporting de lá gosto, quanto mais do de cá", diz Eusébio no 'Expresso' ".

Pois é, Eusébio! Mas nós, quer você queira quer não (e já se percebeu que quer...), gostamos de si, mesmo sendo do Benfica. Aqui deixo uma foto de quando você era de um Sporting...

Vemo-nos na Tia Matilde!

Um abraço verde.

Eurodeputado foi sequestrado, torturado e roubado por Israel

O eurodeputado irlandês Paul Murphy, do grupo da Esquerda Unitária (GUE/NGL) eleito pelo Partido Socialista da Irlanda, esteve detido cerca de uma semana numa prisão israelita onde ele e outros activistas da flotilha "Ondas da Liberdade" receberam maus tratos e foram roubados pelas autoridades do Estado de Israel. A presidência do Parlamento Europeu ignorou este caso de violação do direito internacional e dos direitos humanos.

Contração do PIB mostra "efeitos catastróficos" da política do Governo

O Produto Interno Bruto (PIB) caiu 1,7 por cento no terceiro trimestre deste ano face ao mesmo período do ano anterior, anunciou esta segunda-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE). Este é o terceiro trimestre consecutivo em que a economia portuguesa encolhe em comparação com o ano anterior. Em cadeia (face ao trimestre anterior), também se registou uma quebra, de 0,4 por cento.
 

Sete generais angolanos alvo de queixa-crime.

Figuras destacadas de Angola, entre as quais o general Hélder Manuel Vieira (“Kopelipa”), ministro de Estado e chefe da casa Militar do Presidente da República, José Eduardo dos Santos, são alvo de uma queixa-crime entregue hoje de manhã na Procuradoria-Geral da República (PGR), pelo jornalista Rafael Marques de Morais (na foto), que desde 2004 tem feito pesquisa, segundo o próprio, “sobre a violação sistemática dos direitos humanos e actos conexos de corrupção, na região dimantífera das Lundas, em particular nos municípios do Cuango e de Xá-Muteba.
A queixa-crime, a que o Negócios teve acesso, abrange quatro grupos de denunciados. O primeiro deles é composto pelos sócios da Sociedade Lumanhe – Extracção Mineira, Importação e Exportação Limitada, da qual fazem parte, segundo Rafael Marques os generais “Kopelipa”, Carlos Alberto Hendrick Vaal da Silva (inspector-geral do Estado-Maior General das FAA), Armando da Cruz Neto (governador de Benguela e ex-chefe do Estado-Maior General das FAA), Adriano Makavela (chefe da direcção principal de preparação das tropas e ensino das FAA), João de Matos (ex-chefe do Estado-maior General das FAA), Luís Faceira (ex-chefe do Estado-Maior do Exército das FAA) e António Faceira (ex-chefe da divisão de Comandos).
Rafael Marques de Morais sustenta, na queixa, que estes generais são titulares de 21% da Sociedade Mineira do Cuango e pede que sejam investigados por “indícios de agência dos crimes” que, baseando-se no Código Penal, “define a autoria moral de um crime por abuso de autoridade ou de poder”.
O jornalista juntou à queixa o livro da sua autoria “Diamantes de Sangue: Tortura e Corrupção de Angola”, onde são relatados casos de violação dos direitos e humanos e actos de corrupção e argumenta na queixa que os “primeiros denunciados, sobretudo os que se encontram no activo, têm usado o seu poder institucional para dar cobertura, por acção ou omissão, ao poder arbitrário que a Sociedade Mineira do Cuango exerce na região”, lembrando ainda que “a Constituição da República de Angola remete para a Lei Penal Internacional a definição e interpretação dos crimes contra a humanidade”.
Neste quadro, o queixoso pede ao PGR, João Maria de Sousa que “se digne instaurar o competente procedimento criminal e ornar a abertura do inquérito para investigação e apuramento da prática, pelos denunciados, dos factos criminosos descritos no livro Diamantes de Sangue: Tortura e Corrupção em Angola”.
Questionado pelo Negócios sobre os efeitos desta queixa-crime, o jornalista acredita que ela irá produzir resultados. “Haverá consequências sérias. Lutarei para que se faça justiça. Espero que o procurador-geral da República dê seguimento à queixa, para o bem da justiça em Angola. Este é um processo fundamental de resgate das instituições do Estado, de modo a garantir o acesso do cidadão à justiça.
Os três outros grupos de denunciados de denunciados nesta queixa-crime são os representantes e sócios da ITM – Minning Limited, os sócios da empresa de segurança Teleservices e o director geral desta mesma sociedade. Jornal de negócios

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Director da Olympus em Portugal denunciou corrupção e foi demitido.

Gernut Bonack era director da fábrica da multinacional japonesa em Coimbra. Acusa o grupo de despedimento ilícito e pede uma indemnização de 5,2 milhões de euros. PUBLICO.

Tarifas reguladas de eletricidade e gás natural acabam no final do próximo ano.

O Decreto-Lei n.º 104/2010, de 29 de Setembro, estabeleceu a extinção das tarifas reguladas de venda a clientes finais a partir de 1 de Janeiro de 2011, em Portugal Continental, para fornecimentos em Muito Alta Tensão (MAT), Alta Tensão (AT), Média Tensão (MT) e Baixa Tensão Especial (BTE), prevendo um período transitório até 31 de Dezembro de 2011.
Através de um comunicado de 28 de Setembro a ERSE fez saber que os prazos para a completa extinção das tarifas reguladas em Gás e Electricidade foram agora complementados e estão na sua versão definitiva.
Por julgarmos muito importante que as empresas que ainda estão no Mercado Regulado estejam atentas a esses prazos reproduzimos na íntegra a referida comunicação, disponível no sitio da ERSE, e que complementa o prazo já dado de 31 de Dezembro de 2011, agora para todos os tipos de consumidores:
"As tarifas reguladas de venda de electricidade e de gás natural a clientes finais acabam no final de 2012 para todos os consumidores.
Até ao final do próximo ano, todos os consumidores de electricidade e de gás natural, sejam empresas ou famílias, devem procurar um novo comercializador no mercado.
O calendário definido recentemente pelo Governo fixa duas fases para a extinção das tarifas reguladas que ainda subsistem:
1ª fase - a partir de 1 de Julho de 2012: acabam as tarifas reguladas para as pequenas empresas e os grandes agregados familiares, ou seja, para os consumidores de electricidade com potência contratada igual e acima dos 10,35 kVA e para os consumidores de gás natural com um consumo anual superior a 500 m3.
2ª fase - a partir de 1 de Janeiro de 2013: acabam as tarifas para todos os consumidores de electricidade e gás natural, incluindo os pequenos consumidores, isto é, os consumidores de electricidade com potência contratada até 10,35 kVA e os consumidores de gás natural com consumo anual até 500 m3.
O fim das tarifas reguladas significa que os preços de venda de electricidade e de gás natural aos consumidores finais deixam de ser fixados pela Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE), passando a ser definidos pelo mercado.
A conclusão do processo de liberalização dos sectores energéticos da electricidade e do gás natural significa que, apesar de há muito terem essa possibilidade, todos os consumidores deverão escolher um novo comercializador de electricidade e gás disponíveis no mercado.
O processo de mudança de comercializador é gratuito e é accionado assim que o consumidor contactar e contratar um novo fornecedor de energia.
Os consumidores devem estar atentos às ofertas comerciais das várias empresas fornecedoras de electricidade e gás natural que estão a operar no mercado e poderão ainda consultar as listas dos comercializadores a actuar no mercado no site da ERSE e no site da DGEG". V.E.

Portugueses desperdiçam dinheiro no consumo imediato.

Os Portugueses têm o mau costume de gastarem dinheiro em consumo, em vez de investirem no crescimento, refere Rui Aires no seu livro "Grandes vidas - viva gastando menos". O desperdício dos nacionais reside no seu próprio paradigma de vida, aquele que foi transmitido pelos seus antecedentes familiares. O autor deste livro muito crítico diz que há sempre margem para poupar.
Ler notícia completa [+] V E

Angola fixa valor mínimo de investimento em um milhão de dólares.

Modo de auto-financiamento interessante!!!
“A nova lei das micro e pequenas empresas criada por Angola entra em vigor a 2 de Janeiro de 2012.
Teresa Boino, advogada angolana, portuguesa, sócia BPO Advogados, esclarece que o novo diploma estabelece um regime fiscal e normativo mais favorável, mas adverte para alguns condicionalismos.
Os estrangeiros que pretendam constituir uma sociedade comercial têm de investir, no mínimo, um milhão de dólares em Angola. E o empresário estrangeiro só poderá repatriar lucros e dividendos se compuser este valor mínimo de investimento.” V.E.

Administradores de hospital fechado em 2010 ainda recebem salário.

Como???

Antigo Hospital de Cascais está desactivado desde final de Fevereiro de 2010, mas continua a ter um conselho de administração (CA), composto por dois elementos. PUBLICO. Alexandra Campos, Catarina Gomes

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Baisers volés

Alguém que descubra a solução, porque eu não a consigo encontrar, para evitar ficar preso até às três e tal da manhã, a partir do momento em que um canal de televisão nos mostra, pela enésina vez, o "Baisers volés", de François Truffaut.

Pode ser que alguém tenha a coragem de desligar o suave sorriso, marcado por uma bela e incomparável tristeza, de Delphine Seyrig, fixando, sem mancha de ironia, o eterno embaraço grave de "Antoine Doinel". Pode ser. Mas não contem comigo para isso.

Previsões

 Francisco Seixas da Costa É muito bom ler isto: "A Comissão Europeia estima que Portugal irá cumprir as metas de défice público para 2011 e 2012, prevendo mesmo um valor ligeiramente mais otimista que o governo português para este ano, ao antecipar um valor de 5,8 por cento do PIB."

E menos bom ler isto: "A Comissão Europeia prevê que o nível da dívida pública portuguesa chegue a 101,6 por cento do PIB este ano e registe um aumento para 111,6 por cento em 2012. As perspetivas de Bruxelas, presentes nas previsões de outono hoje divulgadas, são mais pessimistas que as do governo português."

Portanto, sigamos o João Pinto.

Democracia

"A crise da dívida parece empurrar gradualmente a Europa para uma mais estreita integração. Mas a Europa pode pagar um preço pesado se, nesse caminho, tratar cada vez mais a democracia como um luxo fora de moda" - escreve hoje Tony Barber no "Financial Times", num artigo onde se destaca os casos português e irlandês como exemplo de esforços feitos por governos que estão perante "formidáveis dificuldades, mas das quais não faz parte a defesa da sua legitimidade".

OE'2012: "Empobrecer não é resposta às dificuldades dum país pobre"

Na abertura do debate na generalidade do Orçamento de Estado para 2012, Passos Coelho afirmou que não há margem para negociar os cortes nos subsídios de Natal e férias ou o aumento do IVA para a restauração. "Este OE não tem almofadas, folgas, nem esse espaço de manobra", disse o primeiro-ministro aos deputados, antes de elogiar a "atitude de responsabilidade" do Pasrtido Socialista, que anunciou a abstenção no voto do OE'2012.

Em prol da cultura: ARTIGO SOBRE O ACORDO ORTOGRÁFICO

Subscrevo, inteiramente e, repasso com a consciência de estar
a defender o mais precioso "valor" da minha Pátria.
jxisto
 

 

Omens sem H

 

Por Nuno Pacheco

 

Em Público

 

Espantam-se? Não se espantem. Lá chegaremos. No Brasil, pelo menos, já se escreve "umidade". Para facilitar? Não parece. A Bahia, felizmente, mantém orgulhosa o seu H (sem o qual seria uma baía qualquer), Itamar Assumpção ainda não perdeu o P e até Adriana Calcanhotto duplicou o T do nome porque fica bonito e porque sim.

Isto de tirar e pôr letras não é bem como fazer lego, embora pareça. Há uma poética na grafia que pode estragar-se com demasiadas lavagens a seco. Por exemplo: no Brasil há dois diários que ostentam no título esta antiguidade: Jornal do Commercio. Com duplo M, como o genial Drummond. Datam ambos dos anos 1820 e não actualizaram o nome até hoje.
Comércio vem do latim commercium e na primeira vaga simplificadora perdeu, como se sabe, um M. Nivelando por baixo, temendo talvez que o povo ignaro não conseguisse nunca escrever como a minoria culta, a língua portuguesa foi perdendo parte das suas raízes latinas. Outras línguas, obviamente atrasadas, viraram a cara à modernização. É por isso que, hoje em dia, idiomas tão medievais quanto o inglês ou o francês consagram pharmacy e pharmacie (do grego pharmakeia e do latim pharmacïa) em lugar de farmácia; ou commerce em vez de comércio. O português tem andado, assim, satisfeito, a "limpar" acentos e consoantes espúrias. Até à lavagem de 1990, a mais recente, que permite até ao mais analfabeto dos analfabetos escrever sem nenhum medo de errar. Até porque, felicidade suprema, pode errar que ninguém nota. "É positivo para as crianças", diz o iluminado Bechara, uma das inteligências que empunha, feliz, o
facho do Acordo Ortográfico.

É verdade, as crianças, como ninguém se lembrou delas? O que passarão as pobres crianças inglesas, francesas, holandesas, alemãs, italianas, espanholas, em países onde há tantas consoantes duplas, tremas e hífens? A escrever summer, bibliographie,
tappezzería, damnificar, mitteleuropäischen? Já viram o que é ter de escrever Abschnitt für sonnenschirme nas praias em vez de "zona de chapéus de sol"? Por isso é que nesses países com
línguas tão complicadas (já para não falar na China, no Japão ou nas Arábias, valha-nos Deus) as crianças sofrem tanto para escrever nas línguas maternas. Portugal, lavador-mor de grafias antigas, dá agora primazia à fonética, pois, disse-o um dia outra das inteligências pró-Acordo, "a oralidade precede a escrita". Se é assim, tirem o H a homem ou a humanidade que não faz falta nenhuma. E escrevam Oliúde quando falarem de cinema. A etimologia foi uma invenção de loucos, tornemo-nos compulsivamente fonéticos.

Mas há mais: sabem que acabou o café-da-manhã? Agora é café da manhã. Pois é, as palavras compostas por justaposição (com hífens) são outro estorvo. Por isso os "acordistas" advogam cor de rosa (sem hífens) em vez de cor-de-rosa. Mas não pensaram, ó míseros, que há rosas de várias cores? Vermelhas? Amarelas? Brancas? Até cu-de-judas deixou, para eles, de ser lugar remoto para ser o cu do próprio Judas, com caixa alta, assim mesmo. Só omens sem H podem ter inventado isto, é garantido.

Jornalista

7 minutos de delírio, Eduardo Galeano

Para os que, como eu, gostam de delirar.

Factura electrónica dá 5% de desconto no IRS.

Toca a pedir factura! Os contribuintes que pedirem factura electrónica podem deduzir despesas do IVA em IRS.

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Sem-abrigo julgado por furtar seis chocolates em supermercado.

Este homem não tem advogados, como os Isaltinos, os Varas, Dias Loureiros, etcetc… “A justiça quer levar a tribunal um sem-abrigo, acusado de tentar furtar seis chocolates de um supermercado Lidl no Porto. A empresa não foi lesada, mas decidiu apresentar queixa e o homem, cujo paradeiro é incerto, foi formalmente acusado pelo Ministério Público (MP) do crime de furto simples.”PUBLICO.