Eu recordo que segundo o relatório dos inspectores da FIFA, à Rússia, deram-lhe nota negativa, na apreciação geral – foi a pior classificada, das quatro a concurso!
Rigorosamente a KGB já não se chama assim, mas salvo erro FSB. Vai dar ao mesmo, mas apenas repor algum rigor.
Não quero, com isto, dizer que concordo com a candidatura portuguesa, pois não é verdade! Sou (fui) bem contra ela, pela subalternização que os nossos governantes e dirigentes, ajoelharam à candidatura espanhola! Para que não haja duvidas é favor de lerem o que já aqui escrevi e lerem as noticias de ontem, dos jornais espanhóis. Assim entenderão.
“A derrota da candidatura inglesa e a forma estrondosa como ocorreu, tendo recebido apenas dois votos, está a ser muito mal digerida nas ilhas britânicas e são várias as vozes na comunicação social que acusam a FIFA de se ter vendido. "Batota" titula o diário "Sun", segundo o qual "os russos já conheciam o resultado da votação" antes mesmo de ela se realizar. Num editorial escrito pelo antigo seleccionador inglês, Terry Venables, qualifica-se o resultado do escrutínio de quinta-feira como uma "vergonha". "Talvez não devêssemos estar surpreendidos por a Rússia ter conquistado a organização do Mundial 2018. Afinal de contas, a FIFA e o KGB [serviços secretos da ex-União Soviética] são, precisamente, as duas últimas organizações secretas do planeta", pode ler-se naquele jornal. “É uma enorme vergonha. Uma vergonha para a Inglaterra. Uma vergonha para o futebol. Uma vergonha para a FIFA", acrescenta Terry Venables. Um outro jornal, o "Daily Mirror" segue no mesmo caminho e escreve na sua primeira página: "A Rússia, um Estado mafioso corroído até à medula pela corrupção; o Qatar, um reino medieval sem liberdade de expressão, ambos nadam no dinheiro que o petróleo oferece."
Num editorial, o "Times" também aponta o dedo à corrupção na própria FIFA. "O sistema de eleição [dos países organizadores] de um Campeonato do Mundo é atrozmente corrupto", escreve o jornal, considerando-o demasiado restrito, ultra-secreto e fácil de manipular.
Na Rússia festeja-se, mas fazem-se contas
Já a comunicação social russa celebra o triunfo, mas não deixa de se interrogar em relação aos custos astronómicos que o projecto vai acarretar para o país. "Acreditámos, lutámos e vencemos" titula o jornal oficial "Rossiïskaïa Gazeta". Já o jornal "Kommersant" escreve que, para a Rússia, "o projecto pode tornar-se um dos mais caros e difíceis da sua história, mais ainda do que o dos Jogos Olímpicos de Inverno, em Stochi, 2014." O jornal económico "Vedomosti" questiona: "O custo para ter o Mundial 2018 não é demasiado elevado?" E faz mesmo um paralelismo entre a Rússia actual e a Roma antiga: "A organização dos Jogos Olímpicos de Inverno e agora do Mundial de futebol, corresponde ´`a política aplicada pelos patrícios na Roma antiga, em que toda a relação com a plebe se resumia à oferta de pão e jogos. E a história acabou mal." PUBLICO.
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