quarta-feira, 9 de julho de 2014

Alerta Total

"Copa das Copas": Alemanha 7 x Dilma-PT 1

Posted: 08 Jul 2014 04:22 PM PDT


Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

Nem a Volkswagen consegue fabricar sete Gols em 90 minutos. Mas a vitória impiedosa da Seleção da Alemanha, vestida com uniforme rubro-negro e patrocinada pela Mercedes, não desmoralizou apenas a Seleção Brasileira. A maior derrotada na semi-final entre Alemanha e Brasil foi Dilma Rousseff.

A Presidenta pretendia fazer uso político de uma eventual conquista do hexacampeonato Mundial de Futebol pela Seleção Brasileira. Vai ficar querendo... A tal "Copa das Copas", como muito bem previu a candidata petista, será inesquecível para os brasileiros... A tal da Flalemanha ou Deutschemengo só não precisava maltratar tanto o escrete canarinho do teimoso Felipão.
 
Em breve, como nesta avacalhação fake que circula nas redes sociais, Dilma será obrigada a pedir desculpas ao povo pela derrota – a dela e do partido-seita que desmoraliza o Brasil. Agora, como diria João Saldanha, "quem reclama já perdeu".

A taça do mundo não é mais nossa... Pelo menos até agora, com o time alemão, não há quem possa... Domingo, dia 13, no Maracanã, a copa chega ao fim. O da Dilma e do PT será em outubro... Ou pode ser antes...

PF pode entrar no caso de venda ilegal de ingressos da Copa, se houver evidência de lavagem de dinheiro

Posted: 08 Jul 2014 09:05 AM PDT


Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

O governo da Fifa funciona perfeitamente, conforme demonstrou hoje de madrugada. A força britânica, em todos os bastidores de poder, também. O inglês suspeito de ser integrante de uma quadrilha internacional de cambistas de ingresso de futebol, que atuava na Copa de 2014, que ontem à tarde foi tirado da suíte do Copacabana Palace para uma cela especial da delegacia da Praça da Bandeira (perto do Maracanã) voltou ao luxuoso cinco estrelas por ordem da ultra-rápida Justiça Brasileira – aquela da qual o Joaquim Barbosa deseja se aposentar precocemente.

As investigações da venda ilegal de ingressos da Copa são comandadas pelo delegado Fábio Barucke, titular da 18ª DP, junto com o promotor Marcos Kac, da 9ª Promotoria de Investigação Penal do Rio de Janeiro. Nem a Polícia ou o MP confirmam tal informação, mas a principal suspeita é que os ingressos desviados não sirvam apenas para venda no câmbio negro – onde poderiam render R$ 200 milhões. Na verdade, a venda dos tickets encobriria uma refinada operação de "lavagem de dinheiro". Por isso, a Polícia Federal e a Receita Federal podem entrar no caso que, pelo menos até agora, por milagre, não indica ter político brasileiro envolvido. Mas, se for feita uma devassa, tudo pode acontecer.

Raymond Whelan, de 64 anos, diretor-executivo da Match Services (empresa associada à Fifa que tem a exclusividade de vender pacotes de ingresso para a Copa) está livre, leve e solto – embora seu advogado Fernando Fernandes, em tática inteligentíssima, tenha deixado o passaporte britânico do cliente acautelado judicialmente. Raymond teve sua prisão considera "ilegal e arbitrária", e teve um habeas corpus concedido, no meio da madrugada, pela desembargadora Marília Castro Neves Vieira, de plantão no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.



Embora tenha ficado preso 12 horas pela Polícia Civil, Raymond Whelan negou qualquer ligação com o argelino naturalizado francês Mohamadou Lamine Fofana – preso sob acusação de integrar o esquema de venda de ingressos a preços superfaturados, no chamado "câmbio negro" (expressão que a patrulha ideológica do politicamente correto deveria mudar para "câmbio da elite branca"). Morando no Brasil há dois anos, Raymond só não conseguiu explicar aos investigadores por que seu aparelho celular, cedido pela Fifa, recebeu ou enviou 900 telefonemas ou mensagens de sms com o aparelho do argelino Fofana. Raymond aparecia no telefone de Fofana com o nome de "Ray Brasil". Mesmo solto, Raymond Whelan será intimado a depor, posteriormente.

A Match é uma empresa poderosa. Pertence a sete pessoas da família Byrom, de origem mexicana: o diretor-geral Jayme, seu irmão Enrique, além de Carol, Harry, Ivy, Robyn e Aracelli; os outros dois donos são o diretor de marketing da Byrom, John Parker, e a esposa dele, Ingrid Parker. A subsidiária Match Services oferece serviços de ingressos ao público em geral e hospedagem. Já a Match Hospitality cuida de camarotes, ingressos de primeira classe, suítes, alimentação, transporte e outros mimos para clientes VIPs e empresas. Essa divisão da Match é ligada a Phillipe Blatter, sobrinho do poderoso presidente de Fifa, Joseph Blatter.

Sediada em Zurique, mesma cidade paraíso fiscal onde funciona a Fifa, a Match Services tem escritórios em Johannesburgo e no Rio de Janeiro. Os irmãos Byrom, através da Byrom Holdings plc, têm 100% do controle acionário. Já na Match Hospitality, a Byrom Holdings plc detêm 65% das ações e figuram como sócios majoritários. Outros acionistas são a japonesa Dentsu Inc. (5%), a suíça Infront Sports & Media AG (5%), o sul-africano Bidvest Group Limited (5%) e o britânico Winterhill Investments Limited (20%).

Philippe Blatter também é presidente e CEO da Infront Sports & Marketing, desde dezembro de 2005. Sendo uma das quatro acionistas da Match, a Infront mexe com TV e é responsável pelo contrato com a HBS. Como acionista minoritária, não participou do contrato da Match com a Fifa. A Infront é detentora dos direitos de transmissão e marketing da Fifa há muitos anos.

Já a Match detém os direitos de comercialização destes serviços para as Copas de 2010 e 2014 e, em 1º de novembro de 2011, ganhou as concessões também para as da Rússia-2018 e do Qatar-2022, as Copas das Confederações de 2017 e 2021, além dos mundiais femininos de 2019 e 2023, que nem sede ainda têm. O contrato, renovado até 2023, prevê garantia mínima de US$ 300 milhões (R$ 663,8 milhões) para a Fifa, além de um percentual nos negócios com ingressos e pacotes de hospitalidade.

Doação para campanha?

Será que alguma empresa ligada à Fifa fará uma generosa doação aos partidos da base governista na campanha reeleitoral deste ano?

Ou o bilionário negócio da Copa no Brasil não deixará nenhum legado financeiro para os políticos que colaboraram com sua realização?

As respostas ficam para a futura apuração de contas pelo Tribunal Superior Eleitoral – ou por quem tiver a sorte de rastrear as contas dos políticos em algum paraíso fiscal onde o "benefício" (se houve ou ainda houver) for depositado.

Operação Jules Rimet

Domingo, o Fantástico da Rede Globo, parceirona da Fifa, exibiu uma reportagem exclusiva sobre a operação Jules Rimet — que prendeu 11 integrantes do grupo de cambistas, que atuava no Rio e em São Paulo.

A quadrilha chegou a tentar corromper policiais da 18ª DP (Praça da Bandeira), mas, com autorização da Justiça, os inspetores da Polícia Civil montaram uma armadilha para flagrar o suborno.

O Fantástico mostrou um vídeo no qual um integrante do grupo oferece dinheiro e ingressos a um inspetor.

Contabilidade mafiosa amadora

A reportagem exibiu um caderninho onde era registrada a contabilidade de Mohamadou Lamine Fofana.

Apreendido na casa do empresário, num condomínio de luxo na Barra da Tijuca, o "amador documento contábil" tinha um adesivo do escudo da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) na capa.

O livrinho revelou detalhes da venda clandestina de ingressos para o jogo de abertura da Copa, entre Brasil e Croácia – aquela partida inesquecível para a Presidenta Dilma Rousseff, na qual a torcida elitizada branca "mandou ela tomar no TCU".

A tenologia do sistema de apontamento do Fofana lembrou as velhas anotações dos banqueiros do jogo do bicho, no Rio de Janeiro...

Cavalgada Trágica



Ficando, porém saindo

O presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, pediu ontem que sua exoneração do STF, onde atua há 11 anos, só seja assinada pela presidente Dilma Rousseff, no dia 6 de agosto.

Barbosa poderia ser presidente do STF até novembro, e continuar ministro por mais 10 anos, até 2024, quando completaria 70 anos e entraria na "expulsória" do serviço público federal.

Mas prefere se aposentar agora e só pede mais tempinho de carência para organizar a transição administrativa para Ricardo Lewandowski – cujo mandato é aguardado, ansiosamente, por 13 em cada 10 petistas.

Descontração total




Imagens hilárias do Presidentro Luiz Inácio Lula da Silva, criticando a mídia, na maior descontração, durante lançamento da candidatura ao governo do estado do Paraná da companheira Gleise Hoffmann: imperdível!

Risco real de fraude eleitoral



Estudo da Princeton University, dos EUA, demonstra fragilidade das urnas eletrônicas da empresa Diebold – as mesmas usadas no Brasil da Copa das Copas, onde o resultado eleitoral não pode ser auditado e a contagem eletrônica é um dogma que tem de ser aceito pelo eleitorado obrigado a votar.

Releia: Campanha bilionária com agressão, mentira e censura prepara teatro para grande fraude eletrônica

Estratégia Global de enganação do povo



Como fomos terminante proibidos de torcer pelo Deutschmengão logo mais, na batalha semi-final do Mineirão, vamos fazer uma fezinha na Seleção Canarinho.

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O Alerta Total tem a missão de praticar um Jornalismo Independente, analítico e provocador de novos valores humanos, pela análise política e estratégica, com conhecimento criativo, informação fidedigna e verdade objetiva. Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor. Editor-chefe do blog Alerta Total: www.alertatotal.net. Especialista em Política, Economia, Administração Pública e Assuntos Estratégicos.
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A transcrição ou copia dos textos publicados neste blog é livre. Em nome da ética democrática, solicitamos que a origem e a data original da publicação sejam identificadas. Nada custa um aviso sobre a livre publicação, para nosso simples conhecimento.

© Jorge Serrão. Edição do Blog Alerta Total de 8 de Julho de 2014.

Canguru com Soluço – sem solução, nem seleção

Posted: 08 Jul 2014 06:27 AM PDT


Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Carlos Maurício Mantiqueira
 
Desta vez dou um salto de produtividade (hic !).Chega de pibinho.
 
Pena o dólar … após décadas de intervenção, ninguém sabe o seu (hic !) real valor.
 
E tem otário que ainda quer produzir (hic !) e exportar.
 
Nóis exporta porto pra Cuba (hic !), emprego pra China e mau exemplo pro mundo inteiro.
 
Nas Olimpíadas vamos criar (hic !) dois novos esportes: assalto com vara e arremesso de vaso sanitário.
 
Os gringos vem de novo (hic !). Afinal desta vez só caiu um viaduto.
 
A vantagem é que no local (hic !) escolhido, há grande tradição de incompetência.
 
O Papa quase vai ao atoleiro (hic !), o Engenhão está todo rachado e a Vila Olímpica ficará pronta bem antes, eh,eh,eh...
 
Este soluço me atrapalha (hic !) um pouco, mas a zelite já disse que devo tomar cuidado.
 
Mas, logo mais, vamos todos juntos: Sem Solução, nem Seleção!
 
 
Carlos Maurício Mantiqueira é Livre Pensador.

O Grito de "Basta" – 50 anos depois

Posted: 08 Jul 2014 09:03 AM PDT


Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Paulo Chagas
A democracia no Brasil, salva da sanha totalitária de comunistas como a Sra Dilma Rousseff, garante, ainda, a todos os brasileiros o direito de pensar, querer, falar, defender suas ideias e anseios e de manifestar-se ordeiramente nas ruas!
A iniciativa da sociedade, em 1964, livrou a Nação de um regime que, para impor-se e manter-se em outros países, condenou à morte milhões de pessoas, em condições e circunstâncias que só as mentes mais deturpadas podem imaginar e executar.
A Sra Dilma e seus camaradas, mais estudados no regime que abominam, voltam a ameaçar a liberdade no Brasil e, explorando as vulnerabilidades próprias da democracia, mais uma vez, tentam a conquista de seus objetivos.
Buscando imobilizar os militares, seus mais temidos adversários,eles repetem o processo de aliciamento e de alienação mental e moral de parte da Nação, recontam unilateralmente a história e passam aos que não viveram a realidade de outros tempos uma imagem demoníaca das Forças Armadas!
A sociedade brasileira, pacífica, acomodada, parcialmente contaminada ou descrente da virtude, não se deve deixar levar pelo pessimismo dos que dizem que não há o que fazer, embarcando na onda do "está tudo dominado", porque a conta por todas as concessões que até agora fez aos corruptos, aos fanáticos da utopia e à ignorância coletiva lhe será inexorável e dolorosamente cobrada.
As eleições deste ano são a última oportunidade da Nação para dar um basta institucional à corrupção, à incompetência, à mentira, à insegurança pública, à deseducação de jovens e crianças, aos impostos escorchantes, ao roubo, à malversação dos recursos públicos, à impunidade, ao desrespeito à propriedade privada, ao Foro de São Paulo, enfim, ao caos generalizado que a passos largos ameaça o futuro que queremos para o Brasil.
Em outubro, pensando em tudo isto, os homens e mulheres de bem deste País devem cumprir o seu dever cívico e comparecer em massa aos postos eleitorais, mesmo que o façam com fundada desconfiança, e ratificar seu repúdio à obra dos corruptos, votando em mudança, sem omissões !, sabendo que os votos nulos e em branco beneficiam a "situação" e facilitam a fraude.
As eleições são uma passagem obrigatória para enxotar o PT do tabuleiro.  Depois delas, independente dos resultados, é que uma nova fase de luta pela recuperação do Brasil e da democracia terá início.
O grito uníssono de "BASTA", que tomou conta do País há 50 anos,deve repetir-se vitorioso nas urnas e encontrar, outra vez, eco,acolhida e garantia nas instituições que nunca faltaram à Nação em seus momentos de crise, perigo, desespero ou desgraça.
Tenho fé no que é justo e não vejo, ainda, motivos concretos para trilhar outro caminho...
 
Paulo Chagas, General de Brigada na reserva, é Presidente do Ternuma.

Os fantasmas de Gleisi Hoffmann

Posted: 08 Jul 2014 06:25 AM PDT

Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Lucas Pagani
 
A pré-candidata ao Governo do Paraná, Gleisi Hoffmann (PT-BR), possui péssimo histórico. Depois do escândalo em 2006 onde recebeu - ilegalmente – R$41 mil de seu antigo emprego, ITAIPU INTERNACIONAL, após sair para concorrer às eleições ao Senado, na época.
 
O que esperar de uma pessoa que compactua com um partido onde mais se teve escândalos políticos por metro quadrado? Acho estranho é ter sido apenas R$ 41 mil, visto pelos bilhões acumulados do "chefe", Luiz Inácio Lula da Silva, noticiado pela revista Forbes (EUA).
 
Um dos seus ex-assessores foi colocado na Secretaria de Políticas para a Criança e o Adolescente da Presidência da República, assim que Gleisi assumiu como Ministra Chefe da Casa Civil. O assessor era Eduardo Gaievski (PT-PR).
 
Eduardo Gaievski é indiciado por, pelo menos, 40 crimes sexuais, sendo a maioria com vulneráveis (menores de 14 anos). E não para por ai, além de ser um pedófilo, é um petista nato, alegando ser "preso político", conseguiram abafar o caso na mídia, não foi tão difícil com o clima de "Não vai ter copa" e eleições presidenciais a caminho.
 
O que esperar de pessoas que são do mesmo partido que nossa ilustre "presidenta" Dilma Rousseff e nosso queridíssimo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva? Pessoas que dizem que nada sabem e que fazem decretos ditatoriais, como o Decreto 8.243, rindo da cara da população? É estranho pensar honestidade destas pessoas. E a lista de assessores da excelentíssima Gleisi Hoffmann continua.
 
Outra escolha de Gleisi, para coordenador de sua campanha ao Palácio Iguaçu, foi o deputado André Vargas (PT/BR) – que surpresa, mais um do PT – que foi afastado pela própria ex-ministra por ter se envolvido com o esquema de lavagem de dinheiro do doleiro Alberto Youssef, através de contratos fraudulentos e favorecimentos na Petrobrás e no Ministério da Saúde através de empresa de fachada MO Consultoria, de Youssef. Lapso de honestidade? Não, apenas não quer que isso respingue em sua imagem já manchada.
 
Devemos votar em uma pessoa destas, que coloca em cargos de confiança pessoas que desviam dinheiro público e cometem crimes sexuais? Queremos um Brasil mais honesto? Queremos melhoria? A mudança pode começar por não votarmos em pessoas como Gleisi Hoffmann, que se envolvem com os piores tipos, que desviam, roubam, violentam e dão risada da sua cara.
 
 
Lucas Pagani é Acadêmico de Economia da FURG e Especialista do Instituto Liberal.

Os Desiludidos da República

Posted: 08 Jul 2014 06:23 AM PDT


Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Marco Antonio Villa

A proximidade das eleições permite uma breve reflexão sobre o processo de formação de uma cultura política democrática no Brasil. A República nasceu de um golpe militar. A participação popular nos acontecimentos de 15 de novembro de 1889 foi nula. O novo regime nasceu velho. Acabou interrompendo a possibilidade de um Terceiro Reinado reformista e modernizador, tendo à frente Isabel como rainha e chefe de Estado e com os amplos poderes concedidos pela Constituição de 1824.

A nova ordem foi edificada para impedir o reformismo advogado por Joaquim Nabuco, Visconde de Taunay e André Rebouças, que incluía, inclusive, uma alteração no regime de propriedade da terra. Os republicanos da propaganda — aqueles que entre 1870, data do Manifesto, e 1889, divulgaram a ideia republicana em atos públicos, jornais, panfletos e livros — acabaram excluídos do novo regime. Júlio Ribeiro, Silva Jardim e Lopes Trovão, só para recordar alguns nomes, foram relegados a plano secundário, considerados meros agitadores.

O vazio no poder foi imediatamente preenchido por uma elite política que durante decênios excluiu a participação popular. As sucessões regulares dos presidentes durante a Primeira República (1889-1930) foram marcadas por eleições fraudulentas e pela violência contra aqueles que denunciavam a manipulação do voto.

Os opositores — os desiludidos da República — passaram a questionar o regime. Se apontavam corretamente as falácias do sistema eleitoral, indicavam como meio de superação, como disse um deles, desses "governichos criminosos", a violência, a tomada pelas armas do Estado. E mais: que qualquer reforma só poderia ter êxito através de um governo ultracentralizador, instrumento indispensável para combater os poderosos, os senhores do baraço e do cutelo, como escreveu Euclides da Cunha.

Assim, o ideal mudancista tinha no seu interior um desprezo pela democracia. Acentuava a defesa de um novo regime para atender as demandas da maioria, mas com características autoritárias. Alguns até imaginavam que o autoritarismo seria um estágio indispensável para chegar à democracia.

A Revolução de 30 construiu o moderno Estado brasileiro. Enfrentou vários desafios e deu um passo adiante no reformismo nacional. Porém, aprofundou as contradições. Se, de um lado, foram adotados o voto secreto, a Justiça Eleitoral, o voto feminino, conquistas importantes, manteve uma visão de mundo autoritária, como ficou patente desde 1935, com a repressão à rebelião comunista de novembro, e mais ainda após a implantação da ditadura do Estado Novo, dois anos depois.

A vitória dos aliados na Segunda Guerra Mundial deu alguma esperança de, pela primeira vez, caminharmos para o nascimento de uma ordem democrática. A Constituição de 1946 sinalizou este momento. O crescimento econômico, a urbanização, o fabuloso deslocamento populacional do Nordeste para o Sul-Sudeste, a explosão cultural-artística — que vinha desde os anos 1930 — foram fatores importantes para o aprofundamento das ideias liberal-democráticas, mesmo com a permanência do autoritarismo sob novas vestes, como no ideário comunista, tão influente naquele período.

O ano de 1964 foi o ponto culminante deste processo. A democracia foi golpeada à direita e à esquerda. Para uns era o instrumento da subversão, para outros um biombo utilizado pela burguesia para manter sua dominação de classe. Os que permaneceram na defesa do regime democrático ficaram isolados, excluídos deste perverso jogo autoritário. Um desses foi San Tiago Dantas.

Paradoxalmente foi durante o regime militar — especialmente no período ditatorial, entre os anos 1968-1978 — que os valores democráticos ganharam enorme importância. A resistência ao arbítrio foi edificando um conjunto de valores essenciais para termos uma cultura política democrática. E foram estes que conduziram ao fim do regime e à eleição de Tancredo Neves, em janeiro de 1985.

No último quartel de século, contudo, apesar das sucessivas eleições, a cultura democrática pouco avançou, principalmente nos últimos 12 anos. As presidências petistas reforçaram o autoritarismo. A transformação da luta armada em ícone nacional é um bom (e triste) exemplo. Em vez de recordar a luta democrática contra o arbítrio, o governo optou pela santificação daqueles que desejavam substituir a ditadura militar por outra, a do "proletariado".

O processo eleitoral reforça este quadro de hostilidade à política. A mera realização das eleições — que é importante — não desperta grande interesse. Há um notório sentimento popular de cansaço, de enfado, de identificação do voto como um ato inútil, que nada muda. De que toda eleição é sempre igual, recheada de ataques pessoais e alianças absurdas. Da ausência de discussões programáticas. De promessas que são descumpridas nos primeiros dias de governo. De políticos sabidamente corruptos e que permanecem eternamente como candidatos — e muitos deles eleitos e reeleitos. Da transformação da eleição em comércio muito rendoso, onde não há política no sentido clássico. Além da insuportável propaganda televisiva, com os jingles, a falsa alegria dos eleitores e os candidatos dissertando sobre o que não sabem.

O atual estágio da democracia brasileira desanimaria até o doutor Pangloss. A elite política permanece de costas para o país, ignorando as manifestações de insatisfação. E, como em um movimento circular, as ideias autoritárias estão de volta. Vai se formando mais uma geração de desiludidos com a República. Até quando?


Marco Antonio Villa é Historiador. Originalmente publicado em o Globo em 8 de Julho de 2014.

Ataque à Mídia

Posted: 08 Jul 2014 06:47 AM PDT


Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Carlos Alberto di Franco

Depois de o ex-presidente Lula, armado de notável irresponsabilidade, ter proclamado que o inaceitável episódio das ofensas dirigidas a Dilma Rousseff no jogo da abertura da Copa do Mundo foi obra da elite, seu braço-direito e companheiro de longa data, ministro Gilberto Carvalho, manifestou opinião divergente. "Lá no Itaquerão não tinha só elite branca, não! (…) Tinha muito moleque gritando palavrão dentro do metrô que não tinha a ver com elite branca."

Divergência só aparente. O denominador comum revela a estratégia. "A coisa desceu! Tá? (…) esse cacete diário de que não enfrentamos a corrupção, que aparelhamos o Estado, que somos um bando de aventureiros que veio aqui para se locupletar, essa história pegou! Na classe média, na elite da classe média e vai gotejando, vai descendo! (...) Essa eleição agora vai ser a mais difícil de todas."

Não foi uma autocrítica, nem um reconhecimento claro dos equívocos. Foi a tática da vitimização e, ao mesmo tempo, a busca de um bode expiatório. A culpa é da "mídia conservadora e hegemônica". Trata-se, desesperadamente, de construir uma narrativa que sirva para desviar a atenção dos problemas concretos. Da economia que range. Da inflação que se percebe em cada nova compra. Da falta de saúde que grita nos corredores dos hospitais públicos. Da péssima educação que gera frustração enfurecida nos jovens. Da corrupção que se torna patente em cada novo capítulo da novela da Petrobras.

Lula manifesta crescente irritação com o trabalho da imprensa independente. Seus sucessivos e reiterados ataques à mídia, balanceados com declarações formais de adesão à democracia, não conseguem mais esconder a verdadeira face dos que, mesmo legitimados pela força do processo eleitoral, querem tudo, menos democracia.

Para Lula, um político que deve muito à liberdade de imprensa e de expressão, imprensa boa é a que fala bem. Jornalismo que apura e opina com isenção incomoda e deve ser extirpado. Preocupa, e muito, o entusiasmo de Lula, da presidente Dilma e de seu partido com modelos políticos capitaneados por caudilhos. Cuba e Venezuela, ditaduras cruéis e antediluvianas, são o modelo concreto da utopia petista.

A fórmula Lulinha e Dilminha paz e amor acabou. Agora, com o Estado aparelhado, o Congresso ameaçado pelo decreto de Dilma que inaugura a governança via conselhos, obviamente controlados pelo governo, e a imprensa fustigada, o lulismo mostra sua verdadeira cara: o rosto do caudilhismo.

O jornalismo não deve cair na armadilha da radicalização, mas fomentar a discussão das políticas públicas. Vamos romper a embalagem do marketing político e da propaganda avassaladora. Vamos contrastar o discurso oficial com a realidade concreta.

Os protestos crescentes, alguns francamente impróprios e deselegantes, enviam recados muito claros: o povo flagra a mentira no emagrecimento do seu poder de compra, nas filas do SUS, na frustração de uma educação que não forma gente preparada para a vida. A sociedade está perfilando a verdadeira e correta agenda eleitoral.

Carlos Alberto Di Franco, Jornalista, é diretor do Departamento de Comunicação do Instituto Internacional de Ciências Sociais. Originalmente publicado em O Globo em 7 de Julho de 2014.

Bolsa Família 2.0

Posted: 08 Jul 2014 06:20 AM PDT

Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Antonio Gois

Mesmo que sem o protagonismo de outros anos, é bem provável que o Bolsa Família volte a gerar acalorados debates na campanha eleitoral, iniciada ontem. Diante do sucesso do programa, nenhum candidato ousará propor seu fim, mas é essencial debater o futuro daquela que se tornou a mais visível política social dos governos petistas.

Poucas políticas públicas no país foram tão avaliadas quanto o Bolsa Família. Olhando para o conjunto de estudos sobre o programa, é possível concluir que ele foi eficiente no alívio imediato da extrema pobreza, ajudou a reduzir a desigualdade e contribuiu para diminuir a desnutrição e a mortalidade infantil. Isso sem gerar o temido "efeito preguiça" ou incentivar a natalidade entre os mais pobres, visto que não há diferença significativa nas taxas de ocupação ou de fecundidade entre beneficiários e não beneficiários com o mesmo perfil.

As contribuições do programa para a melhoria da qualidade do ensino, no entanto, são menos claras. Se, por um lado, há estudos que mostram que ele ajudou a reduzir a evasão escolar, por outro, não há evidência clara de que tenha impacto positivo no desempenho dos alunos, medido em testes de português e matemática.

Essa crítica, é bom registrar, não é feita apenas ao programa brasileiro. Já em 2006, num estudo publicado pela Unesco, os pesquisadores Fernando Reimers, Carol DeShano da Silva e Ernesto Trevino, ao analisar dados de nove países, criticavam as políticas de transferência de renda condicionada por não estarem melhorando o aprendizado dos alunos.

Programas como o Bolsa Família não podem ser responsabilizados pela má qualidade do ensino. Mas, como são políticas que se propõem a atacar a pobreza entre gerações, tal dimensão não pode ser deixada de lado.

Alguns governos, como os de Minas e do Rio, tentaram avançar nessa questão dando bolsas para que os jovens não apenas permaneçam, mas para que sejam aprovados e concluam o ensino médio. Porém, essas políticas ainda carecem de uma avaliação mais robusta sobre seus resultados. Além disso, são mais do mesmo, no sentido que apostam em incentivos financeiros para melhorar a qualidade do ensino sem investir na escola.

Num estudo publicado neste ano no relatório "Por que pobreza", editado pelo Ipea e pelo Canal Futura, o sociólogo Daniel de Aquino Ximenes revela que as escolas que mais atendem os alunos com Bolsa Família são também aquelas com pior infraestrutura do país. Elas têm menor acesso a esgoto, água, internet, computadores, laboratórios e outros 19 equipamentos avaliados no estudo. O diagnóstico de que as escolas onde estudam os mais pobres apresentam piores condições de oferta parece óbvio, mas o problema é justamente este: tratarmos como natural algo que, num país com índices ainda tão altos de desigualdade, deveria ser inaceitável.

Sem menosprezar os avanços, pode-se dizer que o que fizemos até agora, ao menos no que diz respeito à educação, foi a parte menos difícil: identificar as famílias mais pobres e dar a elas incentivos para que mantenham seus filhos estudando. Se quisermos mais do que isso, não há outra saída a não ser olhar para o que acontece dentro das escolas e reconhecer que há muito a melhorar para que elas deem conta do imenso desafio colocado sob seus ombros.


Antonio Gois, Jornalista, é colunista de Educação de O Globo, onde o texto foi originalmente publicado em 7 de Junho de 2014.

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