Francisco Seixas da Costa
O Montenegro, onde me encontro desde ontem, é um nome algo mitológico em alguma literatura europeia, evocando o ambiente misterioso de uns Balcãs que muitas vezes, com frequência com forte razão, apareceram associados registos de mistério, intriga e violência. Há pouco, dei por mim a pensar nas personalidades montenegrinas de que me recordava, naturalmente para além dos colegas diplomatas com que fui cruzando, alguns deles ainda tributários da excelente escola de diplomacia que existia na antiga Jugoslávia e que marcou muito, embora de forma diferenciada, os diversos países resultaram da implosão do Estado criado por Tito. E cheguei, de imediato, a Nero Wolfe. Nero Wolfe foi, verdadeiramente, o primeiro montenegrino que "conheci". Na minha adolescência li muitos romances policiais de Rex Stout onde a figura do sedentário e avantajado Wolfe, nascido no Montenegro e emigrado na juventude para os "States", acolitado pelo ativo Archie Goodwin, resolvia pela inteligência os mais complexos imbróglios. |
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