Francisco Seixas da Costa
O jantar naquela embaixada tinha terminado há pouco. À volta da mesa já se serviam os cafés e as bebidas brancas. A embaixatriz lembrou então ao mordomo a necessidade de trazer a caixa dos charutos. Minutos depois, o homem aproximou-se da dona da casa, informando, em voz baixa, que, infelizmente, os charutos tinham acabado. A senhora estava desolada e desculpou-se junto do convidado principal, um diplomata sentado a seu lado, o qual, com imensa subtileza, logo menorizou a falta: - Não tem a menor importância, senhora embaixatriz. Aliás, é muito raro eu fumar um charuto. Quase sempre, só o faço no final de uma grande refeição... |
Sem comentários:
Enviar um comentário