segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Guimarães

 
Participei, no passado sábado, na (minha) primeira reunião do Conselho geral da Fundação cidade de Guimarães, que prepara Guimarães 2012 - capital europeia da Cultura. Foi, para mim, um momento importante, porque me permitiu perceber o trabalho sério que, desde há muito, está a ser feito naquela cidade para pôr de pé um programa, não apenas de eventos culturais, mas igualmente de valorização e reabilitação de equipamentos públicos. Pena é que, por ora, o país tenha tido uma imagem do evento baseada em caricaturas distorsoras, feitas de "fait-divers".

Não creio estar a cometer uma indiscrição se disser aqui que, na intervenção que fiz, alertei para o facto desta iniciativa, ao ir ter lugar ao longo do difícil ano que 2012 vai ser para Portugal, se colocar como que em "contra-ciclo" com um certo ambiente que então se vai viver. E como a tudo isso, num país como o nosso, se somam sempre más-vontades, invejas e sectarismos, agora adubados num caldo de miserabilismo populista, de que alguns media se fazem zelosos polícias, devemos estar preparados para um tempo que exigirá, da parte da organização, grande rigor e um sentido de medida excecional.

Guimarães 2012 é um projeto magnífico, servido por gente dedicada e competente, que prolonga uma vontade que tem na Câmara municipal da cidade um sólido apoio. Não se trata apenas um projeto local, paroquial ou de capelinha. É uma iniciativa de dimensão nacional, da qual pode e deve resultar um prestígio acrescido para Portugal no exterior. Porque não tenho receio de brincar com as palavras, direi que Guimarães deve conseguir provar ao mundo, com orgulho, que, em 2012, há mais vida em Portugal para além da "troika".

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