O líder da confederação de sindicatos europeus admite corte de salários em troca de formação ou subsídio de desemprego. A redução temporária de salário e da jornada laboral, completada com subsídio de desemprego ou até formação profissional, foi uma forma encontrada por alguns países europeus, como a Alemanha, Áustria e Holanda para manter o nível de emprego e qualificar os seus trabalhadores no período de crise. Tudo feito com o apoio e empenho dos sindicatos. A poucos dias da greve geral convocada em Portugal, John Monks, o secretário-geral da confederação de sindicatos europeus (ETUC), defende esta solução como "boa alternativa ao desemprego" e forma de acomodar o impacto da austeridade. "Fizemos um apelo aos sindicatos de todos os países, mas poucos o aceitaram. Uns não quiseram, outros não viam recursos suficientes para esses programas, outros receavam abusos dos empregadores", explica em entrevista ao Diário Económico. Monks, que vê o sindicalismo como "um movimento, não um monumento", não vê problemas em defender estes esquemas de cortes de salário? "A questão central é que as pessoas mantêm o emprego, é certo que vêm as suas bases salariais reduzidas - reconhece Monks -, mas quando a economia retoma voltam ao trabalho a tempo inteiro, e agora com mais competências por causa da formação".Económico.
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