terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Tintin na China




As aventuras de Tintin vão passar a ser publicadas na China, depois de largas décadas de proibição. Com a óbvia excepção do "Tintin no país dos sovietes", porque há demónios que não convém, por ora, chamar à vida. E estou curioso com a edição do "Tintin no Tibete".

No que nos toca, os chineses terão agora oportunidade de apreciar as astúcias mercantis de Oliveira da Figueira, a sabedoria académica do professor coimbrão Pedro João dos Santos e as movimentações africanas do jornalista sem nome do "Diário de Lisboa" - as três únicas personagens portuguesas criadas por Hergé, com o primeiro apenas com alguma relevância.

Pergunto-me também de que forma as imprecações do capitão Haddock vão ser vistas pela China e nem posso a imaginar o que pensarão do já clássico insulto "bachi-bouzouk". Contudo, com o seu volume demográfico, talvez os impressionem menos os "mille milliards de mille sabords de tonnerre de Brest"..

Quanto a eventuais censuras nos álbuns, a ocorrerem, elas estariam longe de ser as primeiras: até por cá, tivemos intervenções "à Estaline", no tempo do saudoso "Cavaleiro Andante" e da nada saudosa ditadura, como em tempos lembrei aqui.

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