A fabricante alemã de carros de luxo Porsche rejeitou hoje a oferta da filial Volkswagen que prevê uma fusão entre os dois grupos.
|
Outras páginas.
terça-feira, 30 de junho de 2009
Porsche rejeita oferta de fusão da Volkswagen
Presidente do BCP demarca-se (vergonhosamente) das regalias de Jardim Gonçalves. E de Paulo Teixeira Pinto não tem nada a dizer ?
Legalmente, este Sr. Carlos Santos Ferreira, terá poderes para revogar actos mais ou menos ilícitos do passado! Que envergonham o BCP e ofendem a nação! Todos nós clientes do BCP teremos em consideração os desvarios cometidos pelos anteriores administradores, bem como o Sr. Carlos Santos Ferreira! Naturalmente que a estes Srs., não lhes importa o que pensamos deles, pois o seu bem estar económico e familiar, nesse sentido, é bem mais importante que tudo o resto.
"Não fui eleito para fazer desaparecer factos do passado. Para isso sugiro o David Copperfield". Foi desta forma de Carlos Santos Ferreira se demarcou do contrato de reforma de Jardim Gonçalves.
Euro sobe com possível abrandamento da recessão
A moeda única está em alta pela quarta sessão consecutiva, a beneficiar da especulação de que a recessão global está a abrandar, o que reduz a procura do dólar norte-americano. |
Accionistas da Kendall querem impedir venda de acções da Brisa
Os accionistas da Kendall Devlops não querem que a empresa venda os 3% que detém no capital da Brisa, querendo impedir a liquidação do veículo de investimento que controla estas acções. |
Zon brilha em Lisboa com entrada em Angola
As acções da Zon Multimédia estão a registar o melhor desempenho do PSI 20, no dia em que o Diário Económico avança que a Zon vai lançar uma oferta de 50 canais em Angola. |
Cadilhe recebeu 10 milhões de euros
Antigo presidente do BPN pode ter recebido pagamento por 6 meses de trabalho Há mais uma polémica a envolver o BPN. Miguel Cadilhe esteve apenas 6 meses na presidência do banco mas terá recebido 10 milhões de euros de pagamento. Alguns dos deputados da comissão de inquérito admitem que este dinheiro possa ter de ser devolvido.
Período negro com Angola, à vista? Angola reclama 380 milhões depositados em Portugal.
Sabendo como se passa os assuntos de dinheiro, poder, influencias em Angola, será que este é um principio de retaliações angolanas? O não cumprimento dos caprichos e dos desmandos que, os responsáveis angolanos, querem fazer, sobre os fracos de espírito - que são os governantes portugueses - que a tudo se acobardam? Só para citar um dos exemplos mais absurdas da covardia lembremo-nos da “carta de condução do Mantorras”! E que o estado Angola retaliou com multas, etc. sobre os portugueses a trabalharem em Angola!
Naturalmente que o estado português vai intervir, para não beliscar as excelentes relações diplomáticas…
Não interessa saber como esse dinheiro foi conseguido, nem obedecer a regras internacionais rígidas.
De quem são cerca de 380 milhões de dólares depositados num banco português? Do estado angolano ou de personalidades daquele país? Esta é uma das dúvidas que o Ministério Público vai ter de descortinar...
Não nos esqueçamos que o Estado Angolano tem vindo a consolidar, e só não vê quem é cego, a influencia na economia e no pensamento português, por via de compra de acções em sectores nevrálgicos, como GALP, PT e outras e depois nos grupos de informação, tais como O Sol, agora entraram na IMPRESA (Expresso, VISÃO, SIC, AutoSport, etc.)…
Henrique Granadeiro diz que PSD forçou a sua demissão em 2004
Este recado para o ex-governo PSD, não justifica a mentira sobre o não conluio com o governo! Depois deste recado será que percebemos o porque do afastamento deste Sr., em 2004? Claramente que o primeiro ministro não se esquecerá deste favorzinho, sempre tão bem vindos nesta altura eleitoral…
Salário em atraso proíbe despejos e dívidas fiscais
Parece uma lei interessante, mas incipiente, cheia de incongruências e indefinições!
Quinze dias de salário em atraso é o suficiente para evitar execuções fiscais de carros, da conta bancária e penhoras comerciais sobre bens, como móveis e electrodomésticos. Despejos por falta de pagamento das rendas das casas também não são permitidos e o Estado passa a substituir-se aos devedores para pagar aos credores e senhorios.
Os trabalhadores com salários em atraso "por período superior a 15 dias" escapam às execuções fiscais por dívidas de impostos e não podem ser alvo de uma execução de despejo por falta de pagamento da renda da casa, de acordo com a proposta de lei que aprova a regulamentação do Código do Trabalho, apresentado pelo Governo na Assembleia da República.
Também a venda de bens penhorados por dívidas, como mobílias, incluindo a casa "que constitua a residência permanente do trabalhador", ficam com a execução da sentença, decidida pelos tribunais, suspensa. Mas, neste caso - tal como sucede com as rendas em atraso -, os credores e senhorios não ficam desprotegidos, de acordo com o capítulo da lei dedicado à "protecção do trabalhador em caso de não pagamento pontual da retribuição" pelos patrões. Assim, o Governo propôs que seja o Fundo de Socorro Social, do Instituto de Gestão Financeira da Segurança Social, que assegure os respectivos pagamentos das prestações em atraso, "nos termos previstos em legislação especial".
O Estado não fica com o prejuízo. É que, por sua vez, o Estado, através da Segurança Social, substitui-se ao trabalhador para reclamar "perante o empregador" os montantes "correspondentes às prestações que tiver pago" aos credores, como os senhorios.
A lei é clara: a execução fiscal sobre salários ou contas bancárias, por falta de pagamento de impostos, "suspende-se" quando o trabalhador tenha "retribuições em mora por período superior a 15 dias". Mas para que não seja alvo de execuções fiscais - que normalmente incide sobre salários, bens móveis (como carros) e imóveis - ou de acções de despejo por parte dos senhorios, os trabalhadores com salários em atraso têm ainda de provar que a falta de pagamento de impostos ou das rendas se deve ao não recebimento das "retribuições" pela entidade empregadora. A lei não diz quais os meios de prova, o que pode dificultar o acesso aos benefícios ditados pela legislação.
Mas se os credores privados podem ser ressarcidos das prestações pela Segurança Social, a Administração Fiscal fica com menos garantias: só pode reclamar as dívidas fiscais "dois meses após a regularização das retribuições em dívida" ao trabalhador.
E se o trabalhador não receber as "prestações em mora" por parte do empregador ou se a empresa encerrar? A suspensão das execuções fiscais ou de bens penhorados, diz a lei, cessam "decorrido um ano sobre o seu início". Mas este prazo pode ser alargado indefinidamente, se "se provar que se encontra pendente acção judicial" interposta pelo trabalhador, "destinada ao pagamento dessas retribuições".
RUDOLFO REBÊLO
segunda-feira, 29 de junho de 2009
Esta noite sonhei com Mário Lino
MST jun09
Segunda-feira passada, a meio da tarde, faço a A-6, em direcção a Espanha e na companhia de uma amiga estrangeira; quarta-feira de manhã, refaço o mesmo percurso, em sentido inverso, rumo a Lisboa. Tanto para lá como para cá, é uma auto-estrada luxuosa e fantasma. Em contrapartida, numa breve incursão pela estrada nacional, entre Arraiolos e Borba, vamos encontrar um trânsito cerrado, composto esmagadoramente por camiões de mercadorias espanhóis. Vinda de um país onde as auto-estradas estão sempre cheias, ela está espantada com o que vê:
- É sempre assim, esta auto-estrada?
- Assim, como?
- Deserta, magnífica, sem trânsito?
- É, é sempre assim.
- Todos os dias?
- Todos, menos ao domingo, que sempre tem mais gente.
- Mas, se não há trânsito, porque a fizeram?
- Porque havia dinheiro para gastar dos Fundos Europeus, e porque diziam que o desenvolvimento era isto.
- E têm mais auto-estradas destas?
- Várias e ainda temos outras em construção: só de Lisboa para o Porto, vamos ficar com três. Entre S. Paulo e o Rio de Janeiro, por exemplo, não há nenhuma: só uns quilómetros à saída de S. Paulo e outros à chegada ao Rio. Nós vamos ter três entre o Porto e Lisboa: é a aposta no automóvel, na poupança de energia, nos acordos de Quioto, etc. - respondi, rindo-me.
- E, já agora, porque é que a auto-estrada está deserta e a estrada nacional está cheia de camiões?
- Porque assim não pagam portagem.
- E porque são quase todos espanhóis?
- Vêm trazer-nos comida.
- Mas vocês não têm agricultura?
- Não: a Europa paga-nos para não ter. E os nossos agricultores dizem que produzir não é rentável.
- Mas para os espanhóis é?
- Pelos vistos...
Ela ficou a pensar um pouco e voltou à carga:
- Mas porque não investem antes no comboio?
- Investimos, mas não resultou.
- Não resultou, como?
- Houve aí uns experts que gastaram uma fortuna a modernizar a linha Lisboa-Porto, com comboios pendulares e tudo, mas não resultou.
- Mas porquê?
- Olha, é assim: a maior parte do tempo, o comboio não 'pendula'; e, quando 'pendula', enjoa de morte. Não há sinal de telemóvel nem Internet, não há restaurante, há apenas um bar infecto e, de facto, o único sinal de 'modernidade' foi proibirem de fumar em qualquer espaço do comboio. Por isso, as pessoas preferem ir de carro e a companhia ferroviária do Estado perde centenas de milhões todos os anos.
- E gastaram nisso uma fortuna?
- Gastámos. E a única coisa que se conseguiu foi tirar 25 minutos às três horas e meia que demorava a viagem há cinquenta anos...
- Estás a brincar comigo!
- Não, estou a falar a sério!
- E o que fizeram a esses incompetentes?
- Nada. Ou melhor, agora vão dar-lhes uma nova oportunidade, que é encherem o país de TGV: Porto-Lisboa, Porto-Vigo, Madrid-Lisboa... e ainda há umas ameaças de fazerem outro no Algarve e outro no Centro.
- Mas que tamanho tem Portugal, de cima a baixo?
- Do ponto mais a norte ao ponto mais a sul,
Ela ficou a olhar para mim, sem saber se era para acreditar ou não.
- Mas, ao menos, o TGV vai directo de Lisboa ao Porto?
- Não, pára em várias estações: de cima para baixo e se a memória não me falha, pára em Aveiro, para os compensar por não arrancarmos já com o TGV deles para Salamanca; depois, pára em Coimbra para não ofender o prof. Vital Moreira, que é muito importante lá; a seguir, pára numa aldeia chamada Ota, para os compensar por não terem feito lá o novo aeroporto de Lisboa; depois, pára em Alcochete, a sul de Lisboa, onde ficará o futuro aeroporto; e, finalmente, pára em Lisboa, em duas estações.
- Como: então o TGV vem do Norte, ultrapassa Lisboa pelo sul, e depois volta para trás e entra em Lisboa?
- Isso mesmo.
- E como entra em Lisboa?
- Por uma nova ponte que vão fazer.
- Uma ponte ferroviária?
- E rodoviária também: vai trazer mais uns vinte ou trinta mil carros todos os dias para Lisboa.
- Mas isso é o caos, Lisboa já está congestionada de carros!
- Pois é.
- E, então?
- Então, nada. São os especialistas que decidiram assim.
Ela ficou pensativa outra vez. Manifestamente, o assunto estava a fasciná-la.
- E, desculpa lá, esse TGV para Madrid vai ter passageiros? Se a auto-estrada está deserta...
- Não, não vai ter.
- Não vai? Então, vai ser uma ruína!
- Não, é preciso distinguir: para as empresas que o vão construir e para os bancos que o vão capitalizar, vai ser um negócio fantástico! A exploração é que vai ser uma ruína - aliás, já admitida pelo Governo - porque, de facto, nem os especialistas conseguem encontrar passageiros que cheguem para o justificar.
- E quem paga os prejuízos da exploração: as empresas construtoras?
- Naaaão! Quem paga são os contribuintes! Aqui a regra é essa!
- E vocês não despedem o Governo?
- Talvez, mas não serve de muito: quem assinou os acordos para o TGV com Espanha foi a oposição, quando era governo...
- Que país o vosso! Mas qual é o argumento dos governos para fazerem um TGV que já sabem que vai perder dinheiro?
- Dizem que não podemos ficar fora da Rede Europeia de Alta Velocidade.
- O que é isso? Ir em TGV de Lisboa a Helsínquia?
- A Helsínquia, não, porque os países escandinavos não têm TGV.
- Como? Então, os países mais evoluídos da Europa não têm TGV e vocês têm de ter?
- É, dizem que assim entramos mais depressa na modernidade.
Fizemos mais uns quilómetros de deserto rodoviário de luxo, até que ela pareceu lembrar-se de qualquer coisa que tinha ficado para trás:
- E esse novo aeroporto de que falaste, é o quê?
- O novo aeroporto internacional de Lisboa, do lado de lá do rio e a uns
- Mas vocês vão fechar este aeroporto que é um luxo, quase no centro da cidade, e fazer um novo?
- É isso mesmo. Dizem que este está saturado.
- Não me pareceu nada...
- Porque não está: cada vez tem menos voos e só este ano a TAP vai cancelar cerca de 20.000. O que está a crescer são os voos das low-cost, que, aliás, estão a liquidar a TAP.
- Mas, então, porque não fazem como se faz em todo o lado, que é deixar as companhias de linha no aeroporto principal e chutar as low-cost para um pequeno aeroporto de periferia? Não têm nenhum disponível?
- Temos vários. Mas os especialistas dizem que o novo aeroporto vai ser um hub ibérico, fazendo a trasfega de todos os voos da América do Sul para a Europa: um sucesso garantido.
- E tu acreditas nisso?
- Eu acredito em tudo e não acredito
- Um lago enorme! Extraordinário!
- Não: é a barragem de Alqueva, a maior da Europa.
- Ena! Deve produzir energia para meio país!
- Praticamente zero.
- A sério? Mas, ao menos, não vos faltará água para beber!
- A água não é potável: já vem contaminada de Espanha.
- Já não sei se estás a gozar comigo ou não, mas, se não serve para beber, serve para regar - ou nem isso?
- Servir, serve, mas vai demorar vinte ou mais anos até instalarem o perímetro de rega, porque, como te disse, aqui acredita-se que a agricultura não tem futuro: antes, porque não havia água; agora, porque há água a mais.
- Estás a dizer-me que fizeram a maior barragem da Europa e não serve para nada?
- Vai servir para regar campos de golfe e urbanizações turísticas, que é o que nós fazemos mais e melhor.
Apesar do sol de frente, impiedoso, ela tirou os óculos escuros e virou-se para me olhar bem de frente:
- Desculpa lá a última pergunta: vocês são doidos ou são ricos?
- Antes, éramos só doidos e fizemos algumas coisas notáveis por esse mundo fora; depois, disseram-nos que afinal éramos ricos e desatámos a fazer todas as asneiras possíveis cá dentro; em breve, voltaremos a ser pobres e enlouqueceremos de vez.
Ela voltou a colocar os óculos de sol e a recostar-se para trás no assento. E suspirou:
- Bem, uma coisa posso dizer: há poucos países tão agradáveis para viajar como Portugal! Olha-me só para esta auto-estrada sem ninguém!
Instale o novo Internet Explorer 8 otimizado para o MSN. Download aqui
Médicos querem dispensar genéricos nos hospitai
Ordem dos Médicos vai enviar para o Governo os resultados do inquérito a dois mil clínicos, em que 90% concordam em serem eles a distribuir genéricos nos hospitais, em vez dos farmacêuticos. Bastonário diz que para isso o Ministério teria de fazer concursos públicos para cada doença ter só um genérico. E avisa que Estado e utentes podiam poupar até 40%.
O inquérito - cujos resultados irão chegar ao Governo - assim como a ideia da proposta surgiu na sequência de um debate televisivo, em Abril, entre Pedro Nunes e João Cordeiro, presidente da Associação Nacional das Farmácias (ANF). Na altura, João Cordeiro propôs que as farmácias vendessem apenas um genérico por cada molécula, o que seria possível mediante a realização de um concurso público.
"A Ordem agarrou na ideia e propôs que fossem antes os médicos a distribuir os genéricos nas unidades de saúde." Se é para haver uma só molécula, então o Estado pode comprá-la e deixar os médicos distribuí-la nos centros de saúde e hospitais", explica Pedro Nunes, acrescentando que uma medida deste tipo teria "de ter o acordo dos médicos". Por isso, a OM fez o inquérito: "Queríamos perceber se estariam dispostos a fazê-lo em qualquer remuneração."
Uma vez que só haveria um genérico para cada doença, os médicos dariam esse medicamnento aos utentes, que, dependendo da comparticipação, o pagariam nas unidades de saúde, tal como fazem na farmácia. "A única diferença é que se pouparia a margem de lucro das farmácias", diz Pedro Nunes, garantindo que, segundo contas da OM, o "Estado e utentes poderiam poupar até 40%".
A proposta é contestada pelo presidente da ANF que a considera "absurda", e sublinha que seria bom era para a indústria farmacêutica, devido "às relações que têm com os médicos" (ver entrevista ao lado).
A forte contestação das farmácias faz Pedro Nunes acreditar que o Executivo não irá aproveitar a ideia: "O Governo não teria coragem política para tomar esta medida, pois as farmácias iriam perder as suas margens de lucro."
A ideia da Ordem destina-se a todos os utentes, incluindo os pensionistas que têm reformas mais baixas do que o salário mínimo nacional e que desde dia 1 de Junho têm genéricos gratuitos nas farmácias. "Aí quem poupava era o Estado porque não tinha de pagar aos médicos o que paga aos famacêuticos", conclui Pedro Nunes.
Segundo dados da Associação Nacional de Farmácias, nos primeiros 15 dias de Junho, a quota de mercado dos genéricos já estava a aumentar em relação ao mês anterior, o que poderá ser um sinal de que há mais médicos a receitar e mais pensionistas a optar por genéricos gratuitos.
De qualquer forma, no mercado em que concorrem genéricos e medicamentos de marca, os primeiros ainda têm apenas uma quota de 23%.
Novo Internet Explorer 8: mais rápido e muito mais seguro. Baixe agora, é grátis!
sábado, 27 de junho de 2009
Mollat
Como habitualmente faço, fui ver a estante de literatura portuguesa, traduzida em francês. Alguma óbvia: Eça, Saramago, Lobo Antunes, Pessoa e Agustina. Mas também Cardoso Pires, Torga, Ferreira de Castro, Carlos de Oliveira, Graça Moura e José Luís Peixoto, para além de antologias. Nada mais, o que é escasso, embora bem melhor do que em muitas livrarias em Paris.
Má surpresa na zona da nossa literatura publicada em português. Muito pouca coisa e a fantástica revelação de que tiveram de importar os nossos livros via Brasil (!), dada a falta de resposta e a excessiva demora (além de imprecisão nas encomendas) dos seus fornecedores possíveis em Portugal. E foi-me dito que existe uma real procura, a que não conseguem dar resposta, por virtude dessas limitações. Apenas incrível! A ver vamos se é possível à Embaixada intervir.
Formação (1)
Escolas
(Jornal "Público", 25.7.09)
BCP: Jardim Gonçalves rejeita acusação e critica falsos moralismos de "infeliz oportunidade política"
Frases
Portugal continua com os defeitos de sempre. Os privados servem o Estado e o Estado serve-se dos privados. Os tiques salazaristas mantêm-se: o Estado joga Monopólio e brinca às televisões. A PT fez uma figura triste." |
Ricardo Costa, Expresso, 27-06-09 |
Alfredo José de Sousa será o novo provedor de Justiça
até que enfim! O conselheiro e ex-presidente do Tribunal de Contas Alfredo José de Sousa será o novo provedor de Justiça, por proposta conjunta do PS e PSD. O anúncio foi feito poucas horas antes do termo do prazo para a apresentação de candidaturas pelos líderes parlamentares dos dois partidos. É preciso o PS não ter vergonha nenhuma, para se arrogar da defesa dos cidadãos e ter protelado esta escolha até ao limite dos admissiveis…
Barómetro coloca PSD à frente pela primeira vez
Pela primeira vez, desde que está na oposição, o PSD assume a dianteira no Barómetro, a sondagem efectuada pela Marktest para a TSF e Diário Económico, ainda que tecnicamente esteja empatado com o PS. Mesmo assim, José Sócrates reforça o índice de popularidade, noticia a TSF.
Cavaco faz hoje declaração sobre data das eleições legislativas
O Presidente da República faz hoje às 13h00 uma declaração no Palácio de Belém sobre a marcação da data das eleições legislativas. A informação foi divulgada através da página da internet da Presidência da República.
sexta-feira, 26 de junho de 2009
700
A crise financeira fez Portugal perder 700 milionários em 2008. O número de pessoas com activos financeiros superiores a um milhão de dólares, cerca de 719 mil euros, (os chamados high net worth individuals, HNWI) caiu 6,4 por cento face ao ano anterior, segundo o World Wealth Report
Um fenómeno chamado TMZ.
É como diz hoje o espanhol “El Mundo”. Ao contrário do que se podia esperar não foi uma das referências mundiais dos media a dar a inesperada notícia da morte do rei da pop. Não foi a CNN, não foi o “New York Times”, nem foi o “Los Angeles Times” – apesar de só terem avançado quando este decidiu averiguar por si próprio que era verdade. E só foi verdade quando o “LA Times disse. Mas todo o mundo acabou por ter de citar a TMZ como primeira fonte.
Aliás, o tempo dos grandes jornais darem as notícias em primeira mão pode ter acabado. Elas agora chegam pelos media digitais. E ontem a Associated Press reconhecia o dia da morte de Michael Jackson como um marco na era dos novos media: “It was a where-were-you moment in a digital age”. Ou seja: onde é que estava no dia em que Michael Jackson morreu? Se não estava na net, no Twitter, no Facebook, esqueça, o seu tempo já passou.
É mesmo como a prestigiada “Time” reconheceu, num artigo dedicado ao site, publicado em Abril deste ano, quando o escritório da TMZ em Washington fez um ano: “TMZ is in the house”. Ou como acrescenta a “Newsweek”: inaugurou-se uma nova fase no jornalismo de celebridades.
O site de celebridades chegou ontem em primeiro mais uma vez. E desta vez foi em grande. Confirmaram que Michael Jackson tinha tido um ataque cardíaco, a hora a que a ambulância foi chamada à residência do cantor, falaram com o pai e até têm um pequeno vídeo com a corrida da ambulância que dizem ser a que transportou a estrela. Depois comunicaram que a reanimação na urgência do hospital de UCLA tinha sido falhada. Chegaram sempre primeiro. E mesmo assim, de acordo com um relato da correspondente norte-americana da cadeia de TV britânica Sky News, a TMZ ainda esperou para avançar com a informação. A hora oficial a que foi declarado o óbito foi, segundo o hospital, 14h26. A primeira notícia da TMZ foi colocada online às 17h20. O dia 25 de Junho de 20089 fica assim para a história do mundo e da cultura pop, com a morte do rei Michael Jackson, mas também para a história da TMZ. O perfil do site na Wikipedia foi logo prontamente actualizado com a frase: “A TMZ foi a primeira a dar a notícia da morte de Michael Jackson”.
A TMZ, detida pelo gigante AOL, ganhou o nome da “thirty mile zone”. Esta é a zona de cerca de 40 quilómetros que representa o coração de Hollywood, onde residem estúdios como os da Metro-Goldwyn-Mayer e onde as regras são ditadas pela indústria cinematográfica. É lá que tudo acontece.
À frente da TMZ está o homem que todos indicam ser o espírito do site: Harvey Levin, um ex-advogado de Los Angeles, que decidiu ser jornalista, e que é conhecido na cidade como o antigo apresentador do programa da CBS “Celebrity Justice”.
Dizem que as suas histórias bombásticas vivem de plantar jornalistas à porta das celebridades e dos bares mais “in” de Los Angeles toda a noite e todo o dia. “Não podem ser só entrevistas, “junkets” e tapetes vermelhos. Isso soaria a falso”, defendeu Levin num artigo da “Time”. Ontem a estratégia voltou a resultar.
Euribor registam maior queda semanal desde Janeiro
E nas taxas que os bancos portugueses cobram? Nota-se algo? Não! Pelo contrário aumenta-se. As taxas Euribor voltaram hoje a cair,acumulando já treze sessões de descidas consecutivas. Esta semana, as euribor registaram as maiores quedas em cinco meses.
|
Morte de Michael Jackson envolta em mistério
Poucas horas depois da morte inesperada do "Rei do Pop", aumenta a especulação sobre o que terá estado na origem do falecimento do cantor, apenas a algumas semanas do muito ansiado regresso aos palcos. Para quem iria fazer no espaço de um ano 50 concertos, é um pouco estranho. |
A moral na banca tem de transitar em julgado
O Ministério Público formalizou a acusação a cinco ex-administradores do BCP. A história conta-se em meia dúzia de linhas e em três capítulos... |
Angola por detrás da subida de 147% da Impresa
E a concentração de meios audiovisuais está à vista. O mistério está desfeito. Foi o grupo luso-angolano Newshold, detentor do semanário Sol, que comprou 200 mil acções da Impresa, fazendo disparar a cotação em 147% num minuto. |
Alfredo José de Sousa é o novo Provedor de Justiça
Excelente coelho tirado da cartola! A poucas horas do fim do prazo, PS e PSD chegaram a acordo sobre o nome do próximo Provedor de Justiça. Alfredo José de Sousa, antigo presidente do Tribunal de Contas e que era apontado para Provedor do Crédito, vai ocupar o cargo. |
China quer moeda "super soberana" para o mundo
A China renovou hoje o seu pedido de que o dólar dos EUA deixe de ser a divisa internacional de referência, apelando à criação de uma moeda "super soberana" para o mundo. Presumo que a China se quer referir como uma moeda que ela própria controle. Não quero defender o dólar, mas com uma ideia vinda da China, também tenho serias duvidas… |
Cofina quer o controlo da Media Capital
Cá está a manobra para aquisição e controlo…
A empresa de Paulo Fernandes mostrou-se hoje interessada em adquirir uma posição maioritária na dona da TVI, e não apenas nos 30% em que a PT estava interessada.
Portugal com penúltimo menor rendimento per capita.
Proponho um agradecimento generalizado a toda a população, por pertencermos a uma comunidade que nos indica aquilo que o Sr. Sócrates nos esconde.
Em 2008 na Zona Euro Portugal registou em 2008 o penúltimo menor rendimento por habitante da Zona Euro, apenas à frente Eslováquia.
Filosofia no metro de Londres
Turistas e residentes que a partir desta quinta-feira utilizem o metro de Londres vão ouvir frases célebres de filósofos como Jean-Paul Sartre, Mahatma Ghandi e Albert Einstein. O objectivo é «humanizar» o percurso do metro.
Regulador da África do Sul investiga Cimpor e Lafarge
A autoridade reguladora da concorrência da África do Sul iniciou uma investigação anti-monopolista às cimenteiras Cimpor e Lafarge, noticiou hoje a agência de informação financeira Bloomberg.
Sinais negativos no emprego ensombram Wall Street
As bolsas norte-americanas abriram em queda, depois de ter sido revelado que os pedidos de subsídio de desemprego no país aumentaram inesperadamente na semana passada.
|
Cavaco fala em "violação de valores éticos" a propósito do BCP
O Presidente da República considera que o caso BCP é mais um exemplo da violação de dois princípios fundamentais na banca: a transparência e os valores éticos.
|
PS não apresenta alternativa a Jorge Miranda
O PS não vai avançar com um nome alterado para o cargo de Provedor de Justiça que substitua o de Jorge Miranda e só admite resolver a questão por "consenso com o PSD".
|
Ferreira Leite diz que negócio da TVI era do conhecimento público
A presidente do PSD notou hoje que o Governo afirma que desconhece a intenção da PT de comprar 30% da Media Capital, mesmo depois deste negócio ter sido tornado público pela CMVM.
|
Cavaco quer explicações da PT sobre compra da TVI
O Presidente da República afirmou que os responsáveis da PT devem explicar aos portugueses que motivos levam a empresa a querer comprar 30% da Media Capital, por "uma questão de transparência". |
Frases
"Sócrates nunca escondeu a irritação que lhe causa a linha editorial da TVI. Deixar que se instale a ideia de querer, por esta via, dominar a estação, é suicidário". |
Paulo Martins, "Jornal de Notícias", 26-06-2009 |
Governo vai vetar o negócio da compra da TVI pela PT
As explicações de Zenal Bava não foram suficientes!
O acordo para a entrada da PT na Media Capital, que detém a TVI, estava praticamente concluído, mas não assinado, sendo que era certo que José Eduardo Moniz continuaria como director-geral da estação de televisão. Estas foram as duas principais revelações de uma reunião que teve lugar ontem entre os administradores da Media Capital e da Prisa, na qual esteve presente Manuel Polanco, que já esteve na Media Capital e agora está na empresa mãe, em Madrid, e que teve também a participação de outros homens fortes do grupo via vídeo-conferência a partir de Espanha.
Para esta decisão pesaram as declarações de José Sócrates quarta-feira no Parlamento que, numa resposta irónica a Diogo Feio, quase deu a entender que ia haver mudanças de pessoas e de linha editorial na TVI; as críticas de Ferreira Leite, que considerou que seria escandaloso se Moniz saísse na sequência de uma entrada da PT no capital da empresa; e o alerta de ontem do Presidente da República que pediu transparência e ética no negócio.
A compra à Prisa de 30 por cento da Media Capital, em que a Portugal Telecom está interessada, só poderia ser concluída se os reguladores da Concorrência e da Comunicação Social a aprovassem e o Governo não a vetasse. Se fosse concluído, o negócio teria de ser sujeito a pareceres quer da Autoridade da Concorrência (AdC), quer da Entidade Reguladora para a Comunicação Social, explicou fonte ligada ao processo. Em qualquer dos casos, um "não" será vinculativo e impedirá a realização do negócio.
Fibra óptica vai gerar receitas de 1,5 mil milhões por ano
As Redes de Nova Geração (RNG) vão gerar receitas de 1,5 mil milhões de euros por ano para as operadoras quando o projecto estiver a velocidade de cruzeiro.
|
Acusações no BCP dizem respeito a factos ocorridos entre 1999 e 2007
A Procuradoria-Geral da República revelou que as acusações contra cinco ex-administradores do BCP incidem sobre factos praticados entre 1999 e 2007.
|
Três milhões para tirar Moniz da TVI
Um contrato blindado, com cláusula de rescisão superior a três milhões de euros, uma imagem influente no mercado e o currículo de ter elevado a TVI a televisão líder de audiências são as garantias de José Eduardo Moniz, director-geral da estação de Queluz de Baixo, contra os rumores que ditam o seu afastamento da estação da Media Capital. Correio da Manhã
Brasileiras enganadas acabam a trabalhar em bares de alterne
No caso que chegou ao nosso conhecimento, são brasileiras que enganam as suas próprias conterrâneas. “O Templário” publica o relato de uma mulher brasileira que esteve dois anos em Tomar. O templário
O "Lisboa"
O vespertino lisboeta foi, durante as décadas da ditadura, uma referência diária na imprensa democrática portuguesa. Tentou sempre representar, ao lado do "República", um espaço para as vozes dissidentes, muito mais que do que o equívoco "Diário Popular" (que me desculpem os amigos que por lá tive) e bem antes de "A Capital" - um jornal que resultou da saída , em 1968, de um grupo de jornalistas do "Lisboa". Uma anedota oposicionista espalhava então que os ardinas, pelas ruas de Lisboa, anunciavam assim os quatro jornais da tarde: "Lisboa/Capital/República/Popular!".
O "Lisboa" era um jornal diferente de todos os outros. Menos "popular" que o "Popular", menos "reviralhista" que o "República", menos "à la page" que "A Capital". Para nós, os fiéis, tinha códigos de leitura muito próprios, tinha entrelinhas que nos animavam as tardes nos cafés, funcionava como um repositório de esperança democrática. E tinha gente nova, que aí escrevia, com quem nos cruzávamos, depois da saída do jornal, na "Brasileira" ou no "Monte-Carlo".
Para mim, que "aderi" ao jornal aí por 1966, marcaram-me muito os tempos de "Mosca" (um suplemento humorístico dos sábados, que fez história), do DL Juvenil (suplemento literário para jovens, por onde passou quase tudo quanto "foi gente" na cultura portuguesa imediatamente posterior) e do seu destacável cultural (creio que às 4ªs feiras, num tempo em que todos os vespertinos mantinham espaços idênticos). Comprar o "Lisboa" era um "vício": imaginem o que seria, nos dias que correm, esperar pelo jornal de ontem, a meio da tarde do dia seguinte! Pois era isso que nos acontecia, pela província onde passávamos férias, disputando com ardor os escassos exemplares vendáveis. Eram outros tempos! Melhores? Claro que não, apenas muito diferentes.
O "Lisboa" teve na redacção nomes da literatura como Sttau Monteiro, Cardoso Pires, Urbano Tavares Rodrigues, Carlos Eurico da Costa, Fernando Assis Pacheco ou José Saramago (fazia inicialmente traduções...). E jornalistas como Álvaro Salema, Norberto Lopes, Artur Portela, José Carlos de Vasconcelos, Veiga Pereira ou Manuel de Azevedo. E a pena ácida e certeira de Mário Castrim ou Pedro Alvim, entre tantos e tantos outros.
Mas hoje é tempo de saudar o saldo bem positivo do velho "Diário de Lisboa", na hora da saída de cena de Ruella Ramos, um homem de bem, uma grande figura da imprensa portuguesa, que manteve o seu jornal até onde lhe foi sustentável.
Obama
Na questão de Guantánamo, no Próximo Oriente, no Iraque, na atitude face ao mundo islâmico e quanto ao Irão, ninguém poderá dizer que o presidente Obama não está a cumprir o que prometeu. E sem arrogância, procurando perceber as razões dos outros, com uma contenção face a certas provocações que representa um registo quase inédito na política externa americana contemporânea.
Dentro dos Estados Unidos, há muitos sectores positivamente motivados com este comportamento, enquanto outros parecem, cada vez mais, aguardarem por um desastre desta estratégia internacional, havendo já quem a apelide de uma "carterização" da acção externa - sabendo-se o que isso significa aos ouvidos de quem só sentiu o seu orgulho pós-Vietnam resgatado pela agressividade reaganiana.
Porque o presidente Obama tem de manter internamente uma forte credibilidade para poder prosseguir com a sua ousada agenda reformista externa é que mais importante se torna que Estados com especiais responsabilidades à escala global - e, entre estes, em especial, a China e a Rússia - venham a perceber a importância de ajudarem a "nova América" a não se sentir tentada a subordinar-se à agenda da "velha América". É que esta última está já à espreita de algo que possa ser lido como uma humilhação de Washington ou uma qualquer crise grave que consiga imputar a uma suposta fragilização introduzida por Obama na defesa dos interesses americanos.
Frase
Jean Daniel, no "Le Nouvel Observateur" desta semana
Tiếp tục chiến dịch ủng hộ bà Aung San Suu Kyi
Carlos Candal (1938-2009)
Era uma figura que nunca recusava a polémica, nada "politicamente correcto", dotado de uma ironia sarcástica, que muitos confundiam com arrogância, que intervalava com as baforadas do seu emblemático charuto. Tinha uma voz grossa e uma gargalhada forte, de quem sempre esteve de bem consigo mesmo. A certo passo, deixou-se tentar pela aventura do Parlamento Europeu, onde nos cruzámos diversas vezes e comentámos uma Europa que sempre me pareceu ver de soslaio político. O que confirmei, num debate que tivémos em Aveiro, há mais de uma década.
No início dos anos 60, havia sido líder da luta académica, em Coimbra. Jorge Sampaio contou-me que, num dia desses tempos, foi de Lisboa a Coimbra para um diálogo entre lideranças universitárias, em período de tensão política forte. Com todos os cuidados que a segurança recomendava, dirigiu-se à "República" onde vivia Carlos Candal, que não conhecia pessoalmente. Bateu à porta e atendeu uma governanta, que disse que "já ia chamar o Dr. Candal" - em Coimbra, à época, "era-se" doutor antes do curso acabado. O ambiente era muito diferente do contexto homólogo lisboeta, com desenhos humorísticos pelas paredes, garrafões e outros artefactos pendurados do tecto, enfim, toda a parafernália simbólica da boémia coimbrã. Minutos depois, Jorge Sampaio ouviu, do alto da escada, um vozeirão: "Olá, menino! Já desço". Sampaio olhou e lá estava, ainda de roupão indiciador de grande noitada na véspera, a figura do seu interlocutor político, Carlos Candal. Nesse momento, o futuro Presidente da República terá percebido melhor a diferença eterna entre a maneira de ser das academias de Lisboa e de Coimbra. E dos políticos oriundos de ambas, claro.
Iran is not the only enemy of online freedom
This last week's events in Iran have demonstrated the potential of the Internet as a tool for freedom. As Timothy Garton Ash writes in today's Guardian:
Is there sufficient energy, somewhere between a self-mobilised, networked youth, the Mousavi camp and disaffected factions within the regime, to sustain the demand for a new election? Or will it all fizzle out, defeated by a combination of repression, censorship, exhaustion and disunity? … One thing our governments can and should do … is to maintain and enhance the 21st-century global information infrastructure which allows Iranians – whichever candidate they support – to keep in touch with each other and to find out what is really happening in their own country. Earlier this week, I spent some time in the studio of the BBC Persian TV service, watching them upload and air electrifying video footage, blog posts and messages generated by Iranians from inside Iran. Probably the single most important thing the US state department has done for Iran recently was to contact Twitter over the weekend, to urge it to delay a planned upgrade that could have taken down service to Iranians for some crucial hours of people power protest. Welcome to the new politics of the 21st century.And yet, what do we see in yesterday's Digital Britain report? Plans to order Internet Service Providers to implement the following:
28. For that reason the Government will also provide for backstop powers for Ofcom to place additional conditions on ISPs aimed at reducing or preventing online copyright infringement by the application of various technical measures. In order to provide greater certainty for the development of commercial agreements, the Government proposes to specify in the legislation what these further measures might be; namely: Blocking (Site, IP, URL), Protocol blocking, Port blocking, Bandwidth capping (capping the speed of a subscriber's Internet connection and/or capping the volume of data traffic which a subscriber can access); Bandwidth shaping (limiting the speed of a subscriber's access to selected protocols/services and/or capping the volume of data to selected protocols/services); Content identification and filtering– or a combination of these measures.Alongside demands from childrens' charities for mandatory Internet filtering, and intelligence agency demands to install thousands of wiretapping devices across the UK Internet, it seems that it is not just the Iranian government that is uncomfortable at the freedom the Internet has enabled.
José Calvário (1951-2009)
Conheci-o vagamente em Londres, nos anos 90, cidade por onde ia muito nas suas andanças profissionais. Ficou-me então a recordação de uma personalidade que projectava uma imagem de inquietude e propensão para a acção. Desaparece agora, bem cedo.
Como singela homenagem, com um nome adequado, fica agora aqui o seu "E depois do adeus".
Prime Minister’s Questions
The Prime Minister also took questions on banks, internet safety and Heathrow airport.
Follow the links below to read the PMQs transcript or listen to the broadcast again.
· Watch PMQs on Number 10 TV
· Listen to PMQs (coming soon)
· Read the transcript (new window)
Question-by-question guide
The Prime Minister answered questions on:
· Low carbon economy
· Public spending
· Devolution in Northern Ireland
· Banks
· Iraq
· Recent attacks on Romanians
· Heathrow airport
· Internet safety
· Further education colleges
· Abuse of the elderly
· Energy companies
Extra information
Prime Minister's Questions is an opportunity for MPs from all parties to question the Prime Minister on any subject, although they usually focus on the key issues of the day.
The half-hour session, which takes place at 12:00 GMT/BST on Wednesdays while Parliament is in session, starts with a routine question from an MP about the Prime Minister's engagements.
· Watch an archive of PMQs on Number 10 TV player
· More on the history of PMQs
· Parliament website (opens in new window)
Em Castelo Novo
Há mais de 30 anos escrevi:
Castelo Novo é uma das mais comovedoras lembranças do viajante. Talvez um dia volte, talvez não volte nunca, talvez até evite voltar, apenas porque há experiências que não se repetem. Como Alpedrinha, está Castelo Novo construído na falda do monte. Daí para cima, cortando a direito, chegar-se-ia ao ponto mais alto da Gardunha. O viajante não tornará a falar da hora, da luz, da atmosfera húmida. Pede apenas que nada disto seja esquecido enquanto pelas íngremes ruas sobe, entre as rústicas casas, e outras que são palácios, como este, seiscentista, com o seu alpendre, a sua varanda de canto, o arco profundo de acesso aos baixos, é difícil encontrar construção mais harmoniosa. Fiquem pois a luz e a hora, aí paradas no tempo e no céu, que o viajante vai ver Castelo Novo.
Também escrevi sobre pessoas concretas há trinta anos:
A uma velhinha que à sua porta aparece, pergunta o viajante onde fica a Lagariça. É surda a velhinha, mas percebe se lhe falarem alto e puder olhar de frente. Quando entendeu a pergunta, sorriu, e o viajante ficou deslumbrado, porque os dentes dela são postiços, e contudo o sorriso é tão verdadeiro, e tão contente de sorrir, que dá vontade de a abraçar e pedir-lhe que sorria outra vez.
De José Pereira Duarte, uma das pessoas mais bondosas que conheci na minha vida escrevi que olha o viajante como quem mira um amigo que já ali não aparecesse há muitos anos, e toda a sua pena, diz, é que a mulher esteja doente, de cama: «Senão gostava que estivesse um bocadinho em minha casa.»
Hoje estivemos com a filha e o genro de José Pereira Duarte, a velhinha já não está, mas outras pessoas amáveis apareceram em Castelo Novo e voltei a sair com o mesmo espírito de há trinta anos. Se o elefante Salomão por aqui passou, as pessoas que compunham a comitiva terão sentido o mesmo. Acolhimentos como estes não se improvisam.
EUA: Obama mantém popularidade mas políticas do executivo começam a perder apoio, revelam estudos
Dîner en blanc
quinta-feira, 25 de junho de 2009
Chile
Ao ler a notícia da morte de Hortensia Allende, não pude deixar de recordar a primeira visita que fiz, em 2000, ao Palácio de la Moneda e a profunda emoção que senti ao percorrer aqueles corredores, por onde havia passado um vento de tragédia que iria afectar, por muitos anos, a vida do Chile. E que, à época, me marcou imenso.
José Miguel Insulza, ministro chileno do Interior, que me recebeu no Palácio, disse-me então que entendia bem o sentimento da nossa "generación de los claveles" perante o golpe chileno.
Voltei a encontrar Insulza, no ano seguinte, numa livraria, em Nova Iorque, poucas semanas depois do 11 de Setembro. Lembrou-me: "nosotros también tuvimos el nuestro 11 de septiembre". De facto: 28 anos antes, em 11 de Setembro de 1973, data do golpe de Pinochet e da morte de Salvador Allende. Uma tragédia não apaga a outra, mas, por uma qualquer razão, vale sempre a pena lembrá-las juntas.
Mudança da Bitola Espanhola na Rede Ferroviária Isola-nos
CEDEAO: Objectivos mantêm-se os mesmos 34 anos depois
Festa da Música
Nada de estranhar num país em que há 2,3 vezes mais músicos amadores do que futebolistas, com 800 mil alunos a frequentarem 3 mil escolas de música e 1,4 milhões de pessoas a serem membros de coros.
Que pena não termos esta animação em Portugal!
Frases
João Paulo Guerra, "Diário Económico", 24-6-2009 |
Frases
Helena Garrido, "Jornal de Negócios", 25-6-2009 |
Galp Energia: Primeiro carregamento de petróleo do Tupi/ First oil production offloading from Tupi
www.galpenergia.com
Instale o novo Internet Explorer 8 otimizado para o MSN. Download aqui
Plano de Pormenor falha objectivos do Polis
De salientar que muitas das intervenções inicialmente preconizadas no Programa Polis foram quer objecto de alterações sucessivas, quer implementadas, sem que tenham sido devidamente esplanadas num Plano de Pormenor, sujeitas a uma Avaliação Ambiental ou sequer sido apresentadas em consulta pública.
Os objectivos preconizados no Programa Polis de Setúbal — a ligação da cidade ao seu rio; a revitalização urbana; a valorização ambiental; a potenciação das dinâmicas associadas às dimensões da cultura, do lazer, da animação e do turismo; e o respeito pela tradição portuária e industrial da cidade — não se encontram minimamente acautelados pela solução agora proposta, revelando-se esta mesmo contraditória em relação a alguns deles.
Com efeito, as intervenções do Plano demonstram um carácter excessivamente conservador e com muito poucas alterações efectivamente substanciais, em detrimento de intervenções meramente estéticas. A oportunidade de estabelecer uma continuidade entre o centro urbano e o rio perdeu-se definitivamente com a actual requalificação da Av. Luísa Todi, incapaz de encontrar uma solução verdadeiramente inovadora.
A requalificação do centro histórico fica uma vez mais adiada e não parece ser de todo incentivada por este Plano, pois que este se apresenta como uma unidade de planeamento perfeitamente isolada e autónoma, não estabelecendo qualquer ligação com o centro histórico da cidade.
Se estas condicionantes poderiam ter sido minimizadas com a intervenção na frente ribeirinha, o presente Plano de Pormenor gora quaisquer expectativas. Às zonas que mais carecem de reabilitação, e que poderiam potenciar verdadeiras soluções de ligação da cidade e dos seus habitantes ao rio, o Plano não responde com zonas de lazer de usufruto comum ou com equipamentos urbanos e sociais, mas com estratégias de loteamento que potenciam a criação de zonas mono-funcionais de habitação e comércio para uma população mais privilegiada economicamente, afastando a grande maioria da população de Setúbal da zona requalificada e do contacto com o rio. O próprio Plano reconhece o risco de afastamento de parte da população e do efeito negativo no comércio local do centro urbano.
O loteamento de parte da área do Plano de Pormenor, em particular os relativos às Zonas de Intervenção 4 e 6 traduz-se numa verdadeira ruptura em termos paisagísticos, tendo sido projectados um conjunto de edifícios de 4 e 5 pisos, com cérceas atingindo os 17 m, e que podem vir a constituir-se como uma verdadeira barreira entre a cidade e o rio, contrariando assim de forma flagrante os objectivos do Programa Polis.
As novas construções previstas no Plano de Pormenor, para além de um enorme impacte visual, implicam ainda impactes bastante negativos ao nível da impermeabilização dos solos, factor tanto mais relevante quanto a maioria da zona de intervenção se situa numa área com elevados riscos de inundação.
Relativamente à valorização ambiental, pode-se considerar que esta se cinge quase exclusivamente à requalificação do Parque Urbano de Albarquel, restringindo-se a restante intervenção a espaços ajardinados ao longo de espaços de circulação pedonal e que dificilmente se poderão denominar de estrutura verde.
De referir ainda que o Plano de Pormenor não incide efectivamente sobre toda a frente ribeirinha, uma vez que não engloba as áreas sobre gestão da APSS. Ao contrário de outros Programas Polis, este Plano não consegue integrar toda a zona ribeirinha, o que a Quercus lamenta, pois uma gestão integrada de toda a área seria com certeza uma mais-valia para a cidade de Setúbal.
Concluindo, este Plano de Pormenor acaba de transformar um programa de requalificação urbana numa mera operação de loteamento, apostando em novas construções, de densidade e implantação inadequadas à área de intervenção em causa, retirando actividades e usos tradicionais, em conflito declarado com o comércio tradicional da cidade e com o seu centro urbano, afastando uma boa parte da população de Setúbal da zona ribeirinha.
A Quercus considera que este Plano de Pormenor constitui pois uma verdadeira negação da estratégia do Programa Polis e a transformação definitiva da zona ribeirinha de Setúbal numa frente urbana que separará a cidade do seu rio.
Setúbal, 23 de Junho de 2009
A Direcção Nacional
A Direcção do Núcleo Regional de Setúbal da Quercus – Associação Nacional de Conservação da Natureza
Conheça os novos produtos Windows Live. Clique aqui!