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terça-feira, 29 de julho de 2014

“Bilderberg: As minhas perguntas a Balsemão e a sua resposta”

Por Marisa Moura

“Ontem enviei perguntas, por e-mail, aFrancisco Pinto Balsemão, presidente do grupo Impresa (canais televisivos SIC, semanário Expresso, revistas Visão, Exame, Caras, etc.), fundador do Partido PPD – Popular Democrático (actual PSD – Partido Social Democrata), ex primeiro-ministro dePortugal, e um membro da comissão de direcção das reuniões Bilderberg, encabeçada pelo presidente do grupo financeiro dos seguros Axa e cujo chairman é o quase centenário David Rockefeller.

Copio abaixo o e-mail que enviei a Balsemão e a nota sobre a resposta que recebi:

Dr.  Balsemão,

Sou freelancer desde que saí do Grupo Impresa em 2010 e é nessa qualidade que lhe dirijo as questões que seguem abaixo, sobre a crise política do momento, o grupo Impresa e o clube de Bilderberg, às quais agradeço que responda logo que lhe seja possível, nas próximas semanas.

Antes, ainda uma obrigatória palavra sobre a minha saída do grupo Impresa. Demiti-me por razões que creio serem do seu conhecimento. Lamento ter saído por tais razões, lamento a forma como tive de sair e lamento ter-me visto obrigada a tornar pública a situação, bem como lamento a forma pela qual a tornei pública. Pauto-me exclusivamente pelos mais nobres valores de cidadania e ética profissional, pelo que a esses, e apenas esses, jurei lealdade. É sob esse mesmo compromisso que, por mais insólito que pareça, lhe dirijo hoje estas questões. Espero que compreenda e reaja em conformidade com essa compreensão enviando de volta respostas.

Com os meus sinceros cumprimentos e agradecimentos, aqui seguem então.

As questões:

1 – Duas semanas após a reunião do clube de Bilderberg de Junho, em que o Dr. Balsemão levouPaulo Portas (CDS-PP, no governo) e António José Seguro (PS), a revista Exame entrevistou Paulo Portas, que é a capa neste momento em banca. Duas semanas após a entrevista Paulo Portas demite-se do governo e desencadeia eleições antecipadas nas quais Portas e Seguro são precisamente os melhor posicionados para ganhar. Quando Durão Barroso esteve consigo na reunião de 2003 o governo, por outras razões, também mudou. A revista Exame não costuma fazer capa com políticos, mas recentemente já fez duas. Compreende-se que seja a nova linha editorial resultante da nova direcção, mas ambas as capas são com membros centristas do governo (Assunção Cristas, primeiro, Portas agora). Destes factos se infere que neste momento arevista Exame (grupo Impresa) está a fazer campanha por Paulo Portas para as legislativas.

A pergunta é: Que garantias dá aos leitores da Exame, e audiências dos demais órgãos do grupo Impresa, de que esta inferência estará incorrecta? Que garantias dá aos cidadãos portugueses de que os conteúdos que consomem, veiculados pelas revistas Exame e Visão, pelo jornal Expresso e pelos canais da SIC, cumprem estritamente os deveres constitucionais de Informar desta Democracia?

2 – Por que razão inscreve a sua “filiação” no clube de Bilderberg no seu curriculum quando grande parte dos membros nega integrá-lo? Recordo-me, por exemplo, que optou por inscrever essa filiação na pequena bio que o descrevia como orador numa das conferências anuais Portugal em Exame…

3 – Tal como a Maçonaria, o clube de Bilderberg é conotado com secretas conspirações maliciosas ao bem-estar das sociedades, ou no mínimo, poderosas redes de nepotismo. No caso da Maçonaria, em Portugal, têm surgido maçons, como António Arnaut e João Cravinho, a defenderem a transparência relativamente aos seus membros, nomeadamente aos que exerçam cargos públicos. Defende semelhante linha de transparência para o clube de Bilderberg?

4 – Que motivações o levaram a juntar-se ao clube de Bilderberg? Do contributo do Clube para a consolidação da Democracia em Portugal que decisão/decisões destacaria? Porquê?

Mais uma vez agradeço a atenção e compreensão.

Sinceros cumprimentos,

Marisa

http://ergoressunt.wordpress.com/2013/07/04/bilderberg-as-minhas-perguntas-a-balsemao-e-a-sua-resposta/

Miguel Sousa Tavares "Atacar Ricardo Salgado é uma espécie de desporto nacional"

Lamenta-se que só agora assuma, depois de toda agente saber, pelos outros, e não pelo próprio. Não tem necessariamente que o dizer,mas assim evidencia a sua parcialidade em temas que “não lhe dão jeito” ora a credibilidade constroi-se e assim só a destroi. Foi preciso MRS e JMT, referirem o assunto pela TV e pelos jornais, para que MST viesse a publico referir o assunto. Eu próprio já o tinha referido.

“Assumindo a relação que tem com a família Espírito Santo, ao ser casado com uma prima de Ricardo Salgado, Miguel Sousa Tavares salientou, no seu comentário semanal à antena da SIC, que a história construída em torno do ex-presidente do BES “tem duas versões” e que “até agora só vimos uma”.

“Não entendo como é que, no dia seguinte à detenção, todos os jornais coincidiram com as acusações. Dá ideia de que o sigilo só se aplica à parte que é acusada e não se aplica ao outro lado”, disse o escritor.

Optando por uma atitude de prudência e pouco crítica em relação ao banqueiro, o ex-jornalista lamentou: “atacar Ricardo Salgado é uma espécie de desporto nacional. Há mesmo disputas para ver quem o atacou mais cedo”.

FMI culpa Banco de Portugal por falta de supervisão ao BES.

Como se alguém tivesse duvidas, da incapacidade e/ou outra coisa qualquer…

“Em três anos de análise às contas do país, em momento algum, a troika fez referência aos problemas do Banco Espírito Santo (BES). Confrontados com a situação, FMI e Comissão Europeia passam 'a batata quente' da responsabildade para o Banco de Portugal, destaca hoje o Jornal de Negócios.

O Jornal de Negócios questionou o FMI e a Comissão Europeia sobre a sua responsabilidade na situação vivida pelo Grupo Espírito Santo (GES). Os credores internacionais, que estiveram em Portugal nos últimos três anos, defendem-se dizendo que não tinham mandato nem poderes nessa matéria e que a responsabilidade é do regulador, o Banco de Portugal.

“O Banco de Portugal é responsável pela supervisão prudencial dos bancos que fazem parte da jurisdição. A troika não tinha o mandato nem a capacidade para levar a cabo essa atividade durante o programa e não era responsável pela supervisão dos bancos”, respondeu.

Por seu lado, o Banco de Portugal refere que “as entidades do ramo não financeiro do Grupo Espírito Santo não se encontram sujeitas” à sua supervisão.

Mas o facto de em três anos de troika esta nunca ter feito qualquer referência a problemas no Banco Espírito Santo tem suscitado comentários de várias personalidades. O professsor Marcelo Rebelo de Sousa e Guntram Wolff, diretor da Bruegel, também consideram estranho que o problema não tenha sido detetado.”

http://www.noticiasaominuto.com/economia/255957/fmi-culpa-banco-de-portugal-por-falta-de-supervisao-ao-bes?utm_source=vision&utm_medium=email&utm_campaign=daily

segunda-feira, 28 de julho de 2014

El Gobierno elevará a 180.000 euros el mínimo exento de tributar en la indemnización por despido

  • 'Así eliminaremos debate innecesarios', asegura el ministro Cristóbal Montoro

El ministro de Hacienda y Administraciones Públicas, Cristóbal Montoro, ha señalado que el proyecto de ley de reforma fiscal elevará el mínimo exento en la tributación de indemnizaciones por despido hasta los 180.000 euros, siguiendo el modelo foral navarro.

El Ejecutivo aprobará los distintos proyectos que constituyen la reforma fiscal en el Consejo de Ministros del próximo viernes, el último antes de las vacaciones estivales, reforma que ha centrado parte del discurso ofrecido por Montoro durante la presentación del consorcio de la Zona Franca de Sevilla.

En el anteproyecto de ley el Gobierno estableció un mínimo exento de 2.000 euros por año trabajado, medida que ha sido muy criticada tanto por los agentes sociales como por la práctica totalidad del arco parlamentario, por lo que Hacienda ha decidido finalmente elevar dicho mínimo.

"Integraremos esa propuesta en lo que será el contenido de la propuesta de la ley y así eliminaremos debate innecesarios y nos dedicaremos a resolver lo que realmente importa a los ciudadanos", ha precisado.

Impuesto de Sociedades

Respecto al Impuesto de Sociedades, Montoro avanzó cambios para "mejorarlo" a través de dos figuras. Por una parte "se baja el tipo de gravamen" de forma que "se gana capacidad de competir y la completamos con la reserva de capitalización".

Montoro ha comentado también que se crea para las pymes la reserva de capitalización, una figura -ha añadido- que viene a reforzarlas para que cuenten con la capacidad y los recursos propios.

De la reforma fiscal en su conjunto, ha sostenido que supondrá la rebaja de impuestos a más de 20 millones de contribuyentes, bajada -ha concretado- que ya se está aplicando a los autónomos con las nuevas retenciones aprobadas recientemente por el Consejo de Ministros.

"En el ámbito del impuesto del IRPF se refiere a un tratamiento fiscal más favorable a aquellas personas que conforman las familias numerosas y con personas a su cargo con discapacidad", ha precisado el ministro.

Elevar los mínimos exentos o los impuestos negativos sobre la renta serán otras medidas que contemple la reforma, cuyo texto inicial prevé una rebaja media en el IRPF del 12,5 % a partir de enero de 2015.

Por otra parte, el tipo general del impuesto de sociedades se situará el 1 de enero de 2015 en el 28% y será del 2 % a partir de 2016, con lo que se igualará el gravamen para todas las empresas, sean grandes o pymes.

elmundo

http://www.elmundo.es/economia/2014/07/28/53d64d93e2704e9b158b458f.html

Alerta Total

Petralhas temem que escândalo de lavagem de dinheiro no Banco Espírito Santo chegue ao "Pai e ao Filho"

Posted: 25 Jul 2014 06:26 AM PDT


Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

Petralhas acompanham, com uma lupa banhada a ouro, as consequências da Operação Monte Branco, iniciada pelo Departamento Central de Investigação e Acção Penal de Portugal, para apurar transferências ilegais entre gestores de fortuna, em um dos maiores escândalos globais de lavagem de dinheiro. Ontem, alguns ricos políticos brasileiros ficaram "apertadinhos" com a detenção provisória do banqueiro Ricardo Salgado, diretor executivo do Grupo Espírito Santo e patriarca da família que empresta o nome à instituição financeira com a qual membros da cúpula petista costumavam fazer negócios e investimentos. Pavor maior: o escândalo português pode ter ligações com a Operação Lava Jato no Brasil...

Ricardo Salgado pagou fiança de € 3 milhões e voltou para casa, no Estoril. Mas o que ele falou em sete horas de depoimentos aos promotores lusitanos pode ter complicado a vida de alguns brasileiros, principalmente políticos "novorricos" que tinham negócios bilionários com o Grupo Espírito Santo, e muito dinheiro depositado no BES. Um dos alvos da investigação do Ministério Público português são as triangulações entre Portugal, Brasil e países africanos (principalmente Angola e Moçambique). Suspeita-se que muito dinheiro seja lavado em jogadas de compra e venda de diamantes e em operações nas bolsas de valores, em súbitas trocas de ações de grandes empresas.

Os "investidores" brasileiros andam apavorados porque o Grupo Espírito Santo vive um inferno político-econômico. O governo e o Banco Central de Portugal têm dito que o BES tem capital suficiente para enfrentar os riscos decorrentes de dívidas da família. No entanto, a Espírito Santo International (ESI), holding controlada pelo Grupo Espírito Santo (GES), já entrou com "pedido de proteção contra os credores" na Justiça da Luxemburgo. Como a medida tem o mesmo efeito da recuperação judicial no Brasil, a conjuntura fica obscura.

As incertezas são grandes. A holding Rio Forte, que integra o Grupo Espírito Santo, falhou em pagar mais de US$ 1 bilhão em dívida à Portugal Telecom (cuja sigla, por ironia, é PT). O grupo de telecomunicações foi obrigado a aceitar um corte em sua parte na empresa resultante da fusão com a brasileira Oi – na qual membros da cúpula petista e aliados teriam grande volume de ações ordinárias e preferenciais. Investidores minoritários da PT vão entrar com ações contra os dirigentes da empresa, por não terem avaliado, de forma correta e transparente, os riscos da dívida das empresas envolvidas na fusão.

Em nome de quem?

Comentário nada religioso de quem pressente problemas com as denúncias de lavagem de dinheiro contra uma das maiores instituições financeiras portuguesas – onde alguns novos ricos brasileiros têm investimentos:

"A coisa já está esquisita para o Espírito Santo, em Portugal. Breve, pode ficar feia para o Pai e o Filho, no Brasil..."

Ou seja, o perigo é que seja revelado em nome de quem, aqui no Brasil, tem dinheiro supostamente levado-lavado lá na terrinha...

Rejeitada



Vai tomar no TCU?

O advogado de Nestor Cerveró, Edson Ribeiro, apela ao estatuto da Petrobras para justificar que Dilma Rousseff é inteiramente responsável pela decisão de compra da refinaria Pasadena, nos EUA.

Ribeiro considera equivocada a decisão do TCU de inocentar Dilma e demais membros do Conselho de Administração da Petrobras, jogando a culpa de eventuais erros apenas nos membros da diretoria executiva, que estão com seus bens bloqueados:

"O ministro relator foi induzido ao erro. Ele partiu de um pressuposto falso, que inúmeras vezes repetido, passou como se fosse verdadeiro. É falsa a declaração de Dilma de que o resumo executivo das condições de compra de Pasadena era técnica e juridicamente falho. Essa argumentação acabou responsabilizando quem não deveria ser responsabilizado, os diretores".

Não podia, mas pode...

Por meio de petição apresentada ontem, o advogado Edson Ribeiro tentará invalidar a decisão do TCU de responsabilizar apenas os diretores.

Ribeiro também questiona que o ministro José Jorge não poderia ocupar a posição de relator do caso, por já ter sido membro do Conselho da Petrobras:

"Ele foi presidente do conselho de administração da Petrobras em 2001 e 2002, tem interesses em sua decisão. Não basta o julgador ser um homem honesto e íntegro. Ele precisa parecer. Para isso, não deveria ser julgador".


Hora da mudança



Ex-helicóptero do Garotinho

Desejando fazer dinheiro para a caríssima campanha deste ano, o deputado Antony Garotinho vendeu seu helicóptero de quatro lugares, avaliado em R$ 4,5 milhões.

Um empresário carioca pagou ontem a primeira parcela de R$ 1 milhão - grana sacada do Banco Safra.

O restante ficou dividido em quatro vezes, e a grana deve ajudar a campanha de Garotinho a decolar ao governo do Estado do Rio de Janeiro.

Tem culpa eu, Paulinho?


Dane-se o aeroporto?



A petralhada inunda a internet de charges para tentar enrolar Aécio Neves no rolo do aeroporto particular do tio dele, na cidade mineira de Claudio...




Guerra a Israel?



Dilma Rousseff articula com os demais sócios do Mercosul a emissão de uma declaração de condenação do uso desproporcional da força por Israel contra a Faixa de Gaza.

O texto deverá ser aprovado durante a reunião de cúpula do bloco, segunda e terça-feira, em Caracas.

Petistas, petralhas e os diplomatas do Itamaraty ficaram PTs da vida com a declaração do porta-voz da chancelaria de Israel, Yigal Palmor, de que o Brasil é um "anão diplomático" e "parceiro diplomático irrelevante".

Anãozada



Top, top e top...



Moscas do poder



Não tem remédio, não...



Espetáculo de dança



Um megashow dos bailarinos e bailarinas da Georgia

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O Alerta Total tem a missão de praticar um Jornalismo Independente, analítico e provocador de novos valores humanos, pela análise política e estratégica, com conhecimento criativo, informação fidedigna e verdade objetiva. Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor. Editor-chefe do blog Alerta Total: www.alertatotal.net. Especialista em Política, Economia, Administração Pública e Assuntos Estratégicos.
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© Jorge Serrão. Edição do Blog Alerta Total de 25 de Julho de 2014.

A Matemática numa linguagem simples

Posted: 25 Jul 2014 05:57 AM PDT

 
Dica do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão
 
Grande parte dos economistas reconhecia que a pessoa que mais claramente sabia explicar o que acontecia na área econômica era o "não economista" Joelmir Beting. Sua ida para o plano eterno foi uma perda inestimável para o nosso PIB (Produto Inteligente Brasileiro).
 
De fato, Joelmir era inigualável. Ele conseguia traduzir em uma linguagem simples, recheada de analogias, os mais complexos acontecimentos econômicos. E, com um humor refinado, facilitava o entendimento dos fenômenos econômicos pelos seres humanos "normais".
 
O exemplo de Joelmir nos remete a um questionamento da maior importância: Seria possível, dizendo e explicando as coisas de maneira mais simples, facilitar o entendimento da matemática – matéria que inferniza a vida dos estudantes e é a maior responsável pela evasão escolar?
 
Uma tentativa que merece ser conferida é a apresentada pelo dedicado colaborador do Alerta Total, o engenheiro João Vinhosa. Para demonstrar que a Matemática é mais fácil que parece, Vinhosa usa o vídeo "Cálculo: Funções, Limites e Derivadas (Uma Abordagem Simplificada)" cujo endereço se segue
 

Vídeo recomendado para a Petralhada estudar um pouco e parar de jurar que 1 + 3 = 13...

O elo fraco da corrente

Posted: 25 Jul 2014 05:53 AM PDT


Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Carlos Maurício Mantiqueira
 
Toda corrente tem a força de seu elo mais fraco.
 
Se um elo for de barbante e os demais de aço, a corrente terá a resistência do barbante.
 
Da mesma forma, os governos tem a qualidade de seu membro mais fraco.
 
Um jornal publicou que o (des)governo atrasa o pagamento de seus fornecedores para manter o caixa.
 
Com essa atitude dá o mau exemplo e interrompe a cadeia de pagamentos.
 
Os prejudicados devem chorar para o bispo. O pseudo poder judiciário levará anos, senão décadas, para apreciar eventuais ações contra esse abuso de poder. Vencidas as causas,  os precatórios  decorrentes também sofrerão o calote eterno.
 
Não é por acaso que o país já tenha sido chamado de anão diplomático.
 
A governanta escapou, por enquanto, do TCU.

E, agora, não adianta tentar jogar a culpa no mordomo.
 
Não escapará do escárnio interno e externo.
 
 
Carlos Maurício Mantiqueira é um livre pensador.

O que é a Esquerda, depois da queda (final)

Posted: 25 Jul 2014 05:52 AM PDT


Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Carlos I. S. Azambuja

A Revolução Bolchevique, na Rússia atrasada e medieval, contrariou - repetimos - as previsões de Marx que havia vaticinado que o advento do socialismo supunha o anterior desenvolvimento econômico e social do capitalismo, que seria superado pela apropriação coletiva, por todos os trabalhadores, dos frutos da produção da sociedade.

Na Rússia, sob o nome de socialismo, os bolcheviques implantaram um sistema econômico improvisado na arruinada casca rural do antigo império czarista. Lenin, posteriormente, tentou justificar esse equívoco de Marx, ao definir a Rússia czarista como "o elo mais fraco da cadeia imperialista".

Recorde-se que a Revolução Bolchevique não derrubou o regime czarista, caído em fevereiro de 1917, antes do final da I Guerra Mundial, mas sim o que o sucedeu, o chamado Governo Provisório, chefiado por Kerensky.

Stalin, que em 1924 tornou-se o sucessor de Lenin, privilegiou a igualdade em detrimento da liberdade e da fraternidade, socializando militarmente a agricultura, causando a morte de milhões de camponeses, impondo um regime brutal ao país e a seu próprio partido e constituindo um Estado ditatorial.

Logo a esquerda mundial, já dividida, colocou-se entre os que apoiavam as medidas de Stalin e os que se colocavam contra o caminho assumido pelo dirigente do partido da classe operária soviética. Os caminhos escolhidos pelo stalinismo expropriaram a burguesia - é verdade - mas colocaram no Poder, não os trabalhadores, mas uma burocracia que mais tarde viria a ser conhecida como a Nomenklatura, ou uma Nova Classe, segundo a expressão do dissidente iugoslavo Milovan Djilas.
Todavia, a Revolução Bolchevique, apesar de tudo isso, não deixou de ser um ponto de referência para a esquerda de todo o mundo, um marco para as lutas políticas internacionais.

Ao final da II Guerra Mundial foram definidas, pelo chamado Tratado de Yalta, as áreas de influência entre as duas maiores potências emergentes - a União Soviética e os EUA -, ficando a URSS com espaço livre para expandir sua influência ao Leste da Europa. Com isso, a Checoslováquia, Bulgária, Albânia, Polônia, Hungria, Iugoslávia, Alemanha Oriental e, mais tarde, a China, a Coréia do Norte e o Vietnã do Norte, se agregariam ao chamado campo socialista, constituindo regimes à imagem do modelo soviético: planejamento econômico centralizado, partido único, sistema político fechado, ausência de liberdade e forte presença da própria União Soviética dentro desses Estados.
Na Ásia, a China, a Coréia do Norte e o Vietnã instalaram regimes à semelhança do soviético em países ainda mais atrasados do que a Rússia de 1917, contrariando, mais uma vez, as previsões de Marx.

Tudo isso criou uma bipolaridade no mundo entre as áreas de influência dos EUA e da URSS, estreitando as alternativas para os demais países. Em Cuba, em 1959, com a vitória da guerrilha castrista, foi implantado no país um regime de partido único que impediu, e impede até hoje, a pluralidade política, a autonomia sindical e tolhe a liberdade. Um regime que hipotecou a liberdade das pessoas a um suposto bem-estar social. Esse regime, que também se intitula socialista, vige até hoje, embora já descaracterizado face à forçada opção pela economia de mercado, antagônica aos preceitos marxistas.

Em 1968, no auge da revolução cubana, com a chamada Revolução Cultural chinesa, com a resistência vietnamita ao poderio norte-americano, com as lutas pacifistas e por igualdade racial nos EUA, com os distúrbios que ficaram conhecidos como o Maio de 1968, no Quartier Latin, em Paris, e com o surgimento de movimentos guerrilheiros em toda a América Latina, o mundo parecia à beira de uma virada à esquerda, embora essas ações não contassem com a anuência da maioria, senão da totalidade dos partidos comunistas de linha ortodoxa, que pregavam métodos legais e institucionais de luta, com receio que os acontecimentos fugissem do seu controle.
A utopia de então baseava-se em lemas tais como "é proibido proibir", "seja realista, peça o impossível", e outros semelhantes.

A morte de Che Guevara, em outubro de 1967, na Bolívia, a derrota dos trotskistas e anarquistas do "maio francês", a tomada do poder por regimes militares em diversos países da América Latina - Brasil, Uruguai, Argentina, Peru e Bolívia -, a derrota dos movimentos guerrilheiros em alguns países da região, a ruptura – ou pseudo-ruptura - entre a China e a União Soviética, prenunciaram o advento de tempos duros para a esquerda. Poucos anos depois, em setembro de 1973, era deposto no Chile o regime marxista de Salvador Allende, ficando Cuba e a Europa como única opção de refúgio aos grupos guerrilheiros latino-americanos e seus aliados.

Finalmente, ao final de década de 80, o desmoronamento do socialismo real nos países subjugados do Leste-Europeu, e o desaparecimento da própria União Soviética em dezembro de 1991, iriam marcar o fim de uma época histórica iniciada em 1917 com a Revolução Bolchevique. Tudo isso, no entanto, deixou uma montanha de mortos e uma monumental fatura, ainda impossível de calcular por inteiro, como estamos assistindo, com as dores do parto de umaNova Ordem Mundial e o advento do terrorismo como forma de luta, o nacionalismo extremado, o fundamentalismo, a imigração, os conflitos tribais, o contrabando de material nuclear e o crime organizado.

Segundo a análise do sociólogo e escritor marxista Emir Simão Sader, em seu livro "O Anjo Torto", o comunismo já produziu no Brasil três gerações diferentes de movimentos de esquerda: os comunistas, os anarquistas e os socialistas do início do século representaram a primeira geração; a segunda foi a das organizações guerrilheiras de luta armada, nos anos 60 e 70, que elevaram o seqüestro de pessoas e de aviões, os assaltos a bancos e a estabelecimentos comerciais, à condição de tática militar; e a terceira é aquela que a partir da Anistia de 1979 se consolidou e representa a atualidade, embora ainda não refeita do choque que representou o desmonte do socialismo real e hoje submersa num mar de lama, sob o olhar passivo das "autoridades", quase todas também submersas nesse mar de lama.

A tática utilizada pelas organizações guerrilheiras dos anos 60 e início dos 70, exportada por Cuba para toda a América Latina e alguns países da África, consistia em utilizar um pequeno grupo de revolucionários dispostos ao sacrifício: obtêm armas, montam um bom sistema de abastecimento, propaganda, sabotagem e recrutamento nas cidades, e transforma-se em um foco militar e político que catalisaria todas as rebeldias e iria crescendo de forma inexorável até transformar-se em um exército, ganhando a população, derrotando o inimigo e apoderando-se do Poder. Essa tática revelou-se uma utopia, onde quer que tenha sido posta em prática.

O esquema soviético de tomada do poder, por sua vez - que ainda persiste em algumas cabeças, apesar do fim do socialismo real -, sempre consistiu em ter um partido minoritário, porém seleto, ligado à classe operária e valendo-se de um jornal, greves, atividades parlamentares, declarações, comícios, manifestações, panfletagens, etc., ir ganhando, através de um paciente e tenaz trabalho de doutrinamento e infiltração, primeiro a classe operária e depois a maioria da população.

Num dado momento, reunidas as chamadas condições objetivas e subjetivas, a direção do partido, através de manifestações e palavras-de-ordem, greve geral e atividades clandestinas de destacamentos armados, daria o golpe final no regime, que cairia facilmente porque, necessariamente, se encontraria em seu mais alto grau de decomposição. Segundo uma famosa definição de Lenin, "seria o mesmo que dar um soco num aleijado". Em nenhum lugar do mundo jamais essa tática obteve êxito.

A tática chinesa, de cerco das cidades pelos campos, através da instalação de uma guerrilha rural, tentada no Brasil através da chamada guerrilha do Araguaia, também se revelou inócua.
 
Mas, o que é a esquerda, hoje?

Denominações de partidos comunistas foram abandonadas. Antigos ídolos e referências, como Lênin, Stalin, Mao-Tsetung, os símbolos da foice e martelo, e conceitos considerados imutáveis, como a "inevitabilidade do socialismo" - que passou a ser encarado como "uma possibilidade" -, a tomada revolucionária do Estado e seu posterior fortalecimento como via de transição ao socialismo, a ditadura do proletariado, o partido único, a economia centralmente planificada, etc., foram relegados às calendas, em todo o mundo, pela quase totalidade daesquerda. Tudo isso agravado pelo esgotamento histórico e a crescente divisão da classe operária, em nome da qual o Poder seria tomado.

Apesar dos esforços daquela parte da esquerda onde há sinais de vida inteligente que busca uma nova utopia, uma "utopia viável" (expressão de Fernando Henrique Cardoso, no Estado de São Paulo de 27 de agosto de 1995), ainda não foram encontradas respostas para as questões deixadas pelo fim do socialismo. Alguns insistem na tese de que o que caiu não foi "o socialismo", mas sim "o socialismo real", uma deformação do "socialismo", e defendem um retorno a Marx, ou seja, um retorno ao século XIX.

Aliás, não é a primeira vez que a esquerda se volta para Marx. Na década de 50, quando os crimes de Stalin e "as realidades inaceitáveis da União Soviética" foram expostos por Kruschev, a volta a Marx "representou um esforço de auto-retificação da esquerda, bem como de reinserção na linha de frente da aventura intelectual" (Roberto Schwarz, autor de "Um Seminário de Marx", Folha de São Paulo de 08 Out 95).

Todavia, pelo que se conhece dos escritos de Marx, Engels, Lenin e seus epígonos, não pode haver uma esquerda que defenda o livre mercado ou, como escreveu o deputado Roberto Freire,"um livre mercado com elementos públicos e privados", sem deixar de ser esquerda. Ou pode?

Restará à esquerda defender o fim das desigualdades sociais. Mas isso é pouco, pois não há quem seja contra o fim das desigualdades sociais. Nem mesmo Hitler, na década de 30, com seu nacional-socialismo, quando assumiu o Poder, deixou de prometer isso.

A esse respeito, são muitas as semelhanças. O comunismo iria criar o homem-novo, e o nazismo, uma super-raça. Ambos com a pretensão de dominar o mundo. A Rússia transformou-se num grande soviete, uma República Socialista Soviética, enquanto o nacional-socialismo objetivava a criação de uma única, indivisível e total Volksgemeinschaft (Comunidade Popular). Ambos eram antiliberais e realizaram programas sociais para as massas.

Todavia, é cedo ainda para analisar tudo o que realmente aconteceu no mundo do marxismo, desde quando, em 1848, foi publicado o Manifesto Comunista, e muito menos o que virá a acontecer agora após o seu desmoronamento. Em 1989, quando das festividades de comemoração dos 200 anos da Revolução Francesa, um filósofo chinês, em Paris, perguntado sobre como encarava aquela revolução, respondeu ser prematura qualquer análise, pois não havia ainda uma perspectiva histórica.

Dados Bibliográficos:
- "Direita e Esquerda; Razões e Significados de uma Distinção Política", Norberto Bobbio, EDUNESP, 1995;

- "Política: Pra Que? Atuação Partidária no Brasil Contemporâneo", Marcelo Ridenti editora Atual, 1993;
 
Carlos I. S. Azambuja é Historiador.

Messi vai a tribunal por presumível fraude fiscal.

Se os juízes portugueses entendessem o conceito explanado pelo juíz espanhol, a sociedade portuguesa seria muito melhor…

“Alegadas irregularidades levam Justiça espanhola à decisão.

O astro argentino Lionel Messi, bem como o seu pai, Jorge, vão mesmo a tribunal sob a acusação de fraude fiscal num valor superior a quatro milhões de euros. Segundo noticia o diário "El Mundo", as alegadas irregularidades envolvem verbas relativas aos direitos de imagem do jogador entre 2007 e 2009, apesar de Messi já ter entregue cinco milhões de euros ao Fisco espanhol.

Para manter a acção em tribunal, de acordo com a notícia do diário da Madrid, a Justiça alega que o jogador do Barcelona assinou todos os contratos através dos quais terão sido cometidas as infracções com base em empresas fictícias.

Além disso, também a cedência dos direitos de imagem do jogador, por um valor irrisório e durante 10 anos, à sociedade Sports Consultants constitui base da argumentação do juiz, pois esta acção é vista como "princípio da trama societária fictícia com o fim de iludir o Fisco".

Ao mesmo tempo, o juiz relembra que "não é necessário ter conhecimento de todas as operações contabilísticas ou de carácter societário, nem a quantia exacta do delito fiscal" para ser considerado imputável em termos judiciais nestes casos.”

http://economico.sapo.pt/noticias/messi-vai-a-tribunal-por-presumivel-fraude-fiscal_198569.html

La secreta familia millonaria de los supermercados Aldi

  • Karl Albrecht fue un empresario de éxito en Alemania hasta su muerte, este miércoles

  • Fundó la cadena de supermercados Aldi junto a su hermano Theo

  • Los supermercados generan más de 50.000 millones de euros en el mundo

  • Muertos los hermanos, la herencia puede ser para Peter Max Hesiter, hijo de Theo

Karl Albrecht podría ser un cualquiera. Casi nadie acertaría a decir quién es en una pregunta de Trivial, pocos lo reconocerían por la calle en Alemania y apenas dos periodistas y un fotógrafo pueden afirmar que compartieron algunas palabras con él. Sin embargo, millones de personas conocen la cadena de supermercados Aldi. Pues bien, el hombre desconocido ha sido uno de los propietarios de parte del negocio -se encargaba de la división sur y su hermano Theo, de la norte- hasta hace pocos días, cuando falleció a sus 94 años. Tras de sí deja una fortuna de 25 billones de dólares -aparece en el número 23 de la lista 'Forbes'-, una empresa que genera más de 50.000 millones de euros al año y tiene repartidos por el mundo cerca de 5.000 establecimientos, 1.300 de ellos en Estados Unidos. Ahora, su legado lo tendrán que gestionar sus familiares y el Consejo de Administración de la empresa, aunque todo apunta a que el heredero de Karl será su sobrino: Peter Max Heister, de 36 años.

El hombre más rico de Alemania se despidió en el anonimato.Falleció el miércoles 16 de junio, pero no se hizo pública su muerte hasta el pasado domingo. Sus hijos quisieron celebrar un funeral íntimo, en el que sólo estuvieran presentes sus amigos más cercanos. La carrera de Karl terminó envuelta en un halo de misterio, como lo había sido la vida privada de su familia desde siempre. Él nunca quiso ser un personaje público; huyó de los focos, renegó de las cámaras y evitó fotografiarse al lado de políticos. Tan sólo dio una entrevista, pocas semanas antes de morir, al 'Frankfurter Allgemeine' -su periódico de cabecera-, en la que se prestó a hablar del desarrollo de Aldi, pero no de su esposa o sus hijos.

Los padres de Karl y Theo fundaron la primera tienda antes de la Primera Guerra Mundial

El día que se anunció su fallecimiento, los diarios sólo mostraron instantáneas carcomidas por el tiempo, en sepia y en blanco y negro. Sus escasas apariciones en actos públicos generaron inmensidad de rumores en torno a su figura. Pero ninguno de ellos fundamentado. Su familia vivía en una espaciosa villa en el distrito de Bredeney, en la ciudad de Essen. Y Karl jamás presumía de nada. Nunca tuvo un yate ni fue en jet privado. Sus únicos vicios eran jugar al golf en el campo de Donaueschingen -todos los martes por la mañana-, pasar las

vacaciones en Tenerife, ir a la piscina diariamente y, por supuesto, comer -no mucho- pero casi siempre productos de Aldi -actualmente ofrece cerca de 2.000 marcas, muchas de ellas blancas-. Preguntar del resto estaba prohibido. Incluido el nombre de su mujer -fallecida a los 67 años- de la que es imposible encontrar referencias.

El único que es igual de 'famoso' que Karl en la familia es su hermanoTheo, junto al que levantó el negocio heredado de sus progenitores.Su padre, minero de profesión, tuvo que dejar el trabajo por un enfisema pulmonar; y su madre decidió abrir una tienda de comida para sobrevivir en Essen, ciudad sobre la que cayeron más de 200 bombas durante la Segunda Guerra Mundial. Y ellos, tanto Karl como Theo, fueron reclutados para luchar en la contienda. El primero fue capturado por los rusos y el segundo, miembro de los África Korps, por los americanos. Sin embargo, ambos fueron liberados y volvieron sanos y salvos para ayudar a su madre y levantar el negocio familiar.

Theo Albrecht fue secuestrado en 1971 y rescatado por siete millones de marcos

En 1940, los hermanos empezaron a abrir tiendas alrededor de Essen con una estrategia clara: vender productos básicos muy baratos. La idea funcionó en una población castigada, con mucha hambre y que buscaba alimentarse por unas cuantas monedas. Así, en 1960, ya habían inaugurado más de 300 establecimientos. Posteriormente, decidieron dividir la compañía durante una de las muchas discusiones que tenían los domingos, justo después de ir a misa, cuando se reunían para hablar del negocio. El debate en torno a la venta de tabaco acabó con Karl tomando el control de Aldi sur y Theo de Aldi norte.

elmundo

http://www.elmundo.es/loc/2014/07/28/53d26ea7268e3ef4648b4587.html

sexta-feira, 25 de julho de 2014

Alerta Total

 

TCU livra Dilma agora, mas pode responsabilizá-la, no futuro, por prejuízos contra a Petrobras

Posted: 24 Jul 2014 05:28 AM PDT


Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

Para que serve, realmente, o bem remunerado Conselho de Administração de uma empresa estatal de economia mista no Brasil? A pergunta ganha força com a estranha decisão do "Tribunal" de Contas da União – que nem é um tribunal no sentido judiciário do termo -, ao isentar, por unanimidade, pelo menos neste momento pré-reeleitoral, Dilma Rousseff e demais conselheiros da Petrobras de qualquer responsabilidade pelos prejuízos causados pela compra da refinaria Pasadena, no Texas, EUA.

Como órgão auxiliar do Poder Legislativo, claramente, o TCU tomou uma decisão política bem conveniente para o governo, poupando Dilma Rousseff, que presidia o Conselhão da Petrobras quando a operação Pasadena foi fechada. Prova disto é que o ministro-relator do caso, José Jorge, admitiu que, no futuro, Dilma e demais conselheiros poderão ser responsabilizados. Jorge ponderou que, agora, o TCU promoveu, apenas, uma "tomada de contas especial" que preferiu restringir a responsabilidade do caso à diretoria da Era Lula, presidida por José Sérgio Gabrielli.

Foi Dilma quem presidiu, em 2006, a reunião do Conselho de Administração que autorizou o negócio. De forma conveniente, o TCU preferiu ignorar o que está claramente escrito na Lei 6.404, das Sociedades Anônimas, segundo a qual o Conselho de Administração tem a competência de eleger e fiscalizar a atuação de diretores. Só o malabarismo petista, respaldado pela unanimidade do TCU, aceita a tese de que o Conselho não tem responsabilidade civil pelos atos da diretoria – que, diretamente, respaldou. Os conselheiros se salvam, mas todos os diretores ficam com seus bens indisponíveis, até que o TCU decida se será necessária a devolução de US$ 792,3 milhões aos cofres da Petrobras pelos prejuízos em Pasadena.

Embora tenha livrado a cabeça de Dilma e dos conselheiros, a decisão do TCU inferniza José Sérgio Gabrielli, super aliado de Lula. Joga no fogo um nome que sempre consegue escapar de reclamações de investidores, o do diretor financeiro da Petrobras, Almir Guilherme Barbassa. Complica a vida da dupla Nestor Cerveró e Paulo Roberto Costa (este último, réu e preso na Operação Lava Jato). Sobrou para os ex-diretores Guilherme Estrela, Renato de Souza Duque e Ildo Sauer (um dos maiores críticos públicos do caos energético promovido pelas gestões petistas). Também entram na roda Luís Carlos Moreira (então gerente da área internacional), Carlos César Borromeu de Andrade (ex-gerente jurídico internacional), e os ex-dirigentes da Petrobras América, Gustavo Tardin Barbosa e Renato Tadeu Bertani.

Ao todo, a Petrobras torrou US$ 1,25 bilhão. Em 2005, a belga Astra Oil comprou Pasadena por US$ 42,5 milhões. Em 2006, a Petrobras adquiriu a primeira metade da refinaria. Após uma disputa na Justiça dos Estados Unidos, na qual sofreu seguidas derrotas, divergindo sobre valores de investimentos para modernizar velha planta industrial, a Petrobras fez um acordo para adquirir os 50% restantes.

A intenção imediata do PT foi cumprida: tirar Dilma, ao menos temporariamente, da confusão de Pasadena, que contaminaria ainda mais a campanha reeleitoral em que ele se desgasta com o má situação da economia.

Pasadena é "peixe pequeno" perto de outros casos. Lula, Dilma e os petistas têm muito a explicar na Petrobras. Gemini, Abreu e Lima, Comperj, PFICO, BB Millenium... Mas o que mais apavora o PT é a BR Distribuidora...

Derrota prevista

Muito respeitada no mercado financeiro, a MCM Consultores calcula como sendo de 60% a possibilidade de derrota de Dilma Rousseff na eleição presidencial em outubro.

Segundo a MCM, as últimas pesquisas Datafolha e Ibope representaram um ponto de virada ("turning point") para o novo cenário, agora desfavorável à reeleição:

"Ambas mostraram continuidade na tendência de encurtamento da vantagem de Dilma frente a Aécio Neves e Eduardo Campos no segundo turno e aumento da diferença entre a rejeição à presidente e aos candidatos de oposição".

Viva a Confraria do Garoto



Esta é a bandeira da Confraria do Garoto – guardiã da alegria carioca – que tem o 13 como número da sorte.

Nelson Couto, o Xerife, a desfralda para comemorar os 40 anos desta sociedade lúdico, etílica e carnavalesca que preza pela ética, os bons costumes e muito bom humor.

Saudemos o nosso Xerife com o grito de praxe: "Ave, Adão"...

Porque, da Eva, ele já tomou conta há muito tempo, e segue vivendo a vida no Paraíso...

Projeto Presidencial?



Vanderlei Luxemburgo volta a sonhar com a Presidência do Clube de Regatas do Flamengo?

Por enquanto, novamente, como em 2012, ele volta a ser técnico do rubro-negro, que ocupa a primeira colocação do Campeonato Brasileiro, se a tabela for vista de baixo para cima.

Ex-lateral esquerdo do Flamengo, irreconhecível na foto acima, Vanderlei garante que agora vem para ficar e não mais sair...

Autoretrato do Brasil



Laboratório



Não contavam com a minha astúcia?



Sonho de Brasileiro



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O Alerta Total tem a missão de praticar um Jornalismo Independente, analítico e provocador de novos valores humanos, pela análise política e estratégica, com conhecimento criativo, informação fidedigna e verdade objetiva. Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor. Editor-chefe do blog Alerta Total: www.alertatotal.net. Especialista em Política, Economia, Administração Pública e Assuntos Estratégicos.
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© Jorge Serrão. Edição do Blog Alerta Total de 24 de Julho de 2014.

O que mudou no Brasil desde março de 64 para cá?

Posted: 24 Jul 2014 05:21 AM PDT


Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Paulo Chagas

O objetivo do movimento comunista é fazer a mudança da natureza do homem, tirando-lhe a iniciativa e a ambição (motores da evolução da humanidade), transformando-o em um ser amorfo, acomodado e submisso - a sociedade sem classes. O que é uma balela, porque, no final das contas, a sociedade comunista não as elimina, mas as resume a duas: o partido e o proletariado.

Para isto empenham-se para promover o rompimento com os valores judaico-cristãos que orientam, organizam e disciplinam a nossa sociedade – família, respeito à tradição, temor a Deus, respeito ao mestre, aos mais velhos e às instituições, valorização do mérito.

Essa desconstrução de princípios é fundamental para nivelar os homens por baixo, daí a quantidade de invejosos, iludidos, ingênuos, desajustados, incapazes, incompetentes e espíritos de porco que assumem as bandeiras e se identificam (ou pensam que se identificam) com o ideário comunista.

Em 64 vivíamos o ápice da sua segunda tentativa de tomada do poder e, consequentemente, da desconstrução dos valores culturais conservadores (morais, éticos e religiosos), chegando ao cúmulo da ousadia de subverter a disciplina militar para, logicamente, enfraquecer estas instituições e sua possível reação ao golpe.

O "basta", representado pelas Marchas da Família com Deus pela Liberdade, foi a centelha para a reação e para a recuperação dos valores que estruturalmente suportam a sociedade brasileira. Ou seja, o movimento cívico militar reafirmou e recuperou estes valores, não permitindo que outros os substituíssem.

Na área econômica, basta dizer que o Brasil, em 64, era quase a 50ª economia do planeta, com uma inflação de 80% ao mês, sem indústrias e sem estruturas para evoluir e, ao final do período militar, após as duas crises do petróleo que mudaram a configuração econômica do mundo, o Brasil ocupava a 8ª posição neste ranking.

A atuação na área política foi o ponto fraco do regime militar, pois desprezou suas práticas ao invés de corrigi-las e não soube formar novas lideranças, capazes de dar continuidade ao trabalho dos técnicos, especialistas e militares que alicerçaram as bases para a evolução e deram o novo rumo ao Brasil. Hoje estamos nas mãos de uma classe política de politiqueiros, despreparados, mal-intencionados ou comprometidos com a ideologia da escravidão e da mediocridade!

Após o fim do Regime Militar houve no Brasil uma intensa preocupação em proteger o cidadão comum de uma possível ação "opressora" do poder do Estado. Foram criados instrumentos legais que restringem, condicionam e tolhem a agilidade da atividade de segurança pública e do processo judicial.

Neste cenário, houve incremento do crime organizado. Os novos instrumentos, ao dificultarem o exercício do poder coercitivo pelo Estado, facultaram aos criminosos maior liberdade de ação, banalizando o crime e difundindo no País um destrutivo clima de impunidade. Os legisladores, tentando proteger o cidadão "de bem" de uma possível ação repressora ou ditatorial, acabaram por proteger os criminosos.

Na mesma linha de oportunismo encontram-se movimentos de pressão social, como o MST (Movimento dos Trabalhadores Sem Terra), o MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) e outros, que, apropriados por lideranças radicais e ideologicamente revolucionárias e escudados na legitimidade das questões sociais que representam, praticam a desobediência civil de forma crescente e planejada, podendo, a qualquer momento, ultrapassar a capacidade do poder de polícia dos governos estaduais, passando a ameaçar o próprio poder central da União.
Integrantes do MST já assumem publicamente a possibilidade de optar pela luta armada!

Hoje, em função desta permissividade, estamos outra vez no limiar do rompimento das estruturas conservadoras que, respeitando e valorizando as diferenças individuais, sempre foram as molas mestras da evolução da humanidade, não apenas do Brasil.
O rompimento com estas estruturas é o responsável último pelo caos que se aproxima, pois, "o socialismo dura enquanto durar o dinheiro dos outros"!

A situação atual do Brasil e a de todos os demais signatários do Foro de São Paulo demonstra que, neste rumo, irão todos acabar como Cuba, exportando mão de obra escrava, pois não lhes restará outra riqueza.
 
Paulo Chagas é General de Brigada na reserva.

Enfim, uma tênue luz de Esperança

Posted: 24 Jul 2014 05:03 AM PDT


Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Valmir Fonseca
Uma de nossas impressões era de que em caso de conquista da Copa a reeleição do poste sem luz praticamente estaria decretada.
O domínio do desgoverno sobre a mídia em geral é tão gritante que a possível vitória seria cantada em prosa e verso como mais uma brilhante atuação do desgoverno, assim como estão divulgando sobre o que foi o fantástico retorno econômico advindo da gastança dos turistas que inundaram o País.
Contudo, apesar de sediar a apoteótica reunião dos BRICs, conjuminar o encontro com os presidentes parceiros da UNASUL, na verdade um rascunho mal feito do extinto Pacto de Varsóvia na América do Sul, tudo ilustrado com a presença do Putin, indiciado como responsável pelo abate da aeronave da Malásia na Ucrânia, os dividendos eleitoreiros para o neurônio solitário foram negativos.
A hospedagem do Presidente de Cuba na Granja do Torto destacou a subserviência do desgoverno ao Fidel, fato já conhecido pelas cifras espantosas destinadas àquele país a troco de banana para a construção de portos e aeroportos. Sem contar com o abominável programa cubano o "Mais médicos".
Por outro lado verifica - se por parte dos futuros oponentes e candidatos às eleições presidenciais algumas posturas positivas, na medida em que eles vislumbram que a inútil tem acumulado um índice de rejeição insuportável.
Vaiada em algumas oportunidades, antipática sem nenhum esforço, defendida de forma equivocada pelo seu mentor, a dama de tortas e incompreensíveis frases tem construído entre o populacho, a imagem da bruxa malvada.
De fato, após um governicho pleno de fracassos, seja na área econômica, seja pela ausência de qualquer obra de porte para a nossa claudicante infraestrutura, a malversação dos recursos do Tesouro Nacional em nababos empréstimos através do BNDES para grandes empresas, vistas como promotoras dos futuros gastos astronômicos para a reeleição da divina porcaria.
Assim, apesar da mídia cooptada que sempre busca minimizar a debacle da diminuição das preferências eleitorais da candidata do desgoverno, alguns resultados negativos são avassaladores e o avanço dos oponentes impossível de esconder.
Atualmente, o descaramento da falta de segurança pública e o recrudescimento das greves, que pela gerência da pelegada assolam a população, atingiu limites incontroláveis e insuportáveis.
O desgoverno na sua conivência com os detonadores das greves, criminosos que usufruem de vantagens inconcebíveis, como o fato das suas entidades não sofrerem nenhum controle do Tribunal de Contas da União, conforme determinação do ex - presidente e Doutor Honoris Causa em qualquer patifaria.
Diversos fatores depreciativos têm surgido contra a atual governanta, e parece que surge na mente quase sempre anuviada da turba, uma tênue luz capaz de iluminar o quanto estamos à matroca.
Nem abordamos o fabuloso Decreto 8.243, que se não obstado, conforme anunciado pela oposição, será o fim da democracia e o prosseguimento do massacre institucional da estratégia bolivariana aplicada com êxito na Venezuela, no Equador e outras nações sul - americanas.
Oxalá, a breve luz se expanda e fulgure, e os canalhas que sugam o sangue da nação, como vampiros, sejam extintos pela luminância do brilho da democracia.
 
Valmir Fonseca Azevedo Pereira é General de Brigada Reformado.

O que é a Esquerda? Hoje e depois da queda (1)

Posted: 24 Jul 2014 05:02 AM PDT


Na história do pensamento socialista sempre imperou uma visão salvacionista e quase religiosa, como se ela pudesse curar todas as doenças da sociedade, resolver todos os problemas e criar um homem-novo.
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Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Carlos I. S. Azambuja
 
Diz-se que o socialismo é parte da luta pelo aprofundamento e extensão da democracia a todas as áreas da vida; que seu avanço não está inscrito em nenhum processo histórico pré-ordenado, mas é o resultado de uma pressão constante, desde baixo, pela expansão da democracia; e que essa pressão baseia-se no fato de que a grande maioria, localizada no ponto mais baixo da pirâmide social, necessita desses direitos para resistir e limitar o poder ao qual está sujeita.

Isso, no entanto, não é verdade. Ou melhor, não é toda a verdade. O socialismo não procura apenas a limitação do poder, mas a eliminação do poder; a erradicação do capitalismo como princípio organizador da vida social.

Apenas 30 ou 40 anos após a chegada de Lenin à estação Finlândia, em Petrogrado, um terço da humanidade já vivia sob regimes diretamente derivados dos "dez dias que abalaram o mundo".

No entanto, a prática dos regimes onde o socialismo foi implantado - em todos os lugares sempre pela força das armas - foi não a afirmação, mas a negação do seu significado. Nos regimes ditos socialistas, os meios de atividade econômica - denominados meios de produção - foram colocados sob a propriedade de um Estado todo-poderoso dirigido por um partido-único e, sem democracia, tudo não passou de um coletivismo autoritário, eliminando qualquer noção de igualdade. As diversas esquerdas e a mídia, em todo o mundo, durante 70 anos, classificaram esses regimes de socialistas.

É bem verdade que o domínio da minoria, com o poder firmemente concentrado em um relativamente pequeno número de pessoas, sempre foi uma característica inevitável da condição humana em todos os tempos. Essa asserção sobre a inevitabilidade do domínio das minorias repousa em algumas proposições. Uma delas é que em qualquer sociedade existe uma divisão natural entre uma minoria, destinada pela virtude de seus atributos a dirigir a maioria ou a torná-la subordinada.

Esses atributos podem variar com os tempos: o poder físico, a coragem, a habilidade mental, o conhecimento especializado, a riqueza, a astúcia, o roubo e a trapaça – como faz no Brasil o Partido dos Trabalhadores - ou uma combinação de todos. Essa minoria poderá ser derrubada mas, historicamente, o resultado será sempre a substituição de uma minoria por outra. A questão verdadeira é saber se o Estado dispõe de meios legítimos de controle sobre as pessoas a quem está atribuído o Poder.

Na história do pensamento socialista sempre imperou uma visão salvacionista e quase religiosa, como se ele pudesse curar todas as doenças da sociedade, resolver todos os problemas, acabar com os conflitos e, finalmente, criar um homem-novo. Mas, para isso, a condição primeira seria varrer do mapa a velha ordem, ou seja, o capitalismo, única base material possível para o surgimento do socialismo. Afinal, segundo Marx, "Nenhuma ordem social é jamais destruída antes que todas as forças produtivas sejam plenamente desenvolvidas".

Ora, o socialismo, onde quer que tenha sido imposto, não seguiu essa premissa básica, a começar pela Rússia czarista de 1917, "uma sociedade atrasada e medieval; uma Rússia primitiva e amorfa", segundo Gramsci. As condições para a transformação do regime político não existiam na Rússia de 1917, um país camponês que era sinônimo de pobreza, ignorância e atraso, e onde o proletariado industrial, o predestinado coveiro do capitalismo, era apenas uma minúscula minoria.

Hoje, parece que a absoluta maioria dos socialistas de todos os matizes deixou de acreditar na viabilidade de uma não-economia de mercado e na possibilidade e conveniência de uma economia estatal de planejamento centralizado do tipo da desenvolvida na União Soviética. O fato é que alguns nunca acreditaram nela mas, mesmo os que acreditaram, hoje perderam a fé. Os socialistas, no passado, a começar por Marx, sonharam com uma sociedade comunista sem mercado e talvez até sem moeda. Essa utopia, hoje, não pode mais ser sustentada, nem o é.

O debate entre liberais e socialistas, hoje, ao que tudo indica, não é sobre o mercado sem controle versus o Estado que tudo controla; não é sobre ser a favor ou contra o planejamento econômico - sem o qual nenhuma grande corporação poderia funcionar -; não é sobre ser a favor ou contra a empresa pública ou privada. O debate entre liberais e socialistas não mais diz respeito ao socialismo e sim aos limites do capitalismo, do liberalismo e do mercado sem o controle da ação pública.

O debate atual é sobre se uma sociedade, onde não haja lugar específico para a ética, para a justiça social e para a moralidade poderá sobreviver. Segundo Eric Hobsbawn, considerado o maior intelectual marxista vivo, "Se essa ação pública e de planejamento não for iniciada por pessoas que acreditam nos valores da liberdade, razão e civilização, será iniciada por pessoas que não acreditam nesses valores. O certo é que terá que ser iniciada por alguém".

Recorde-se que logo após a queda da Bastilha, em 1789, na França, foi instalada uma Assembléia Nacional Constituinte, onde os partidários do antigo regime sentavam-se à direita do plenário e os defensores da nova ordem à esquerda.

A partir daí, a direita passou a ser identificada com as teses conservadoras da sociedade, com a manutenção dos sistemas vigentes. A esquerda, por seu turno, sempre se caracterizou por integrar os que almejam a derrubada (ou, como se diz atualmente de uma forma light, a"superação") da ordem vigente.

Tanto isso é correto, que na União Soviética sob a direção de Gorbachev (1986-1991), a Nomenklatura que dirigia o aparato do partido e do Estado foi tachada "de direita", por recusar as reformas simbolizadas pela "perestroika" e pela"glasnost", que acabaram por levar à derrocada do edifício arquitetado em 1917.

Tudo isso ocorreu pela própria ambigüidade do lema adotado pela esquerda surgida da Revolução Francesa: liberdade, igualdade e fraternidade. Diz-se que a liberdade econômica, baseada na propriedade privada, provocaria uma desigualdade econômica, social e política, tornando, assim, antagônicos, os termos liberdade e igualdade.
Foi nessa direção que avançou a formação da esquerda, pelo menos até 1848, quando Marx e Engels publicaram o Manifesto Comunista.

O Manifesto fez uma radiografia da história da humanidade até chegar ao capitalismo, concluindo que as contradições entre exploradores e explorados, dominadores e dominados, caracterizam a história dos homens. Nesse sentido, os proletários teriam uma função histórica especial, considerando que sua localização estratégica no capitalismo lhes possibilitaria destruí-lo e sedimentar as bases de uma sociedade sem exploração.

A proliferação dos movimentos constituídos por proletários, em diversos países, ainda no século passado, levou a que fosse construída uma coordenação, que recebeu a denominação deAssociação Internacional dos Trabalhadores, também conhecida como I Internacional, que buscou organizar internacionalmente os trabalhadores para a derrubada do capitalismo.

A I Internacional obedecia a uma máxima, de autoria de MARX, que buscava integrar todos os grupos: "A emancipação dos trabalhadores será obra dos próprios trabalhadores". Mas o que se viu, todavia, foi o partido dito da classe operária passar a falar e a agir em nome dos trabalhadores, o Comitê Central falar em nome do partido e o Secretário-Geral falar em nome de todos.

Cronologicamente, chegou-se então à Comuna de Paris, quando o exército francês deixou a cidade fugindo das tropas alemãs chefiadas por Bismarck. Aproveitando-se do vazio deixado, os proletários de então iniciaram a criação de um novo Poder. A primeira medida da Comuna de Paris foi a substituição do Exército profissional por milícias populares, e a substituição da Polícia pelo autocontrole da própria sociedade.

Para demonstrar o seu internacionalismo, um operário alemão - originário justamente do país com o qual a França estava em guerra - foi designado Ministro do Trabalho da Comuna. Não demorou para que essa primeira experiência de socialismo fosse derrubada por uma ação conjunta dos exércitos francês e alemão.

A partir daí, uma discussão, até os dias de hoje, tomou conta da esquerda: reforma ou revolução? Transformação gradual do capitalismo em socialismo ou ruptura violenta com o Estado capitalista? Os dois métodos são considerados marxistas. O primeiro descrito no Manifesto Comunista, e o segundo, 20 anos depois, em O Capital. O método gradual e intervencionista teve em Antonio Gramsci o seu mais brilhante defensor.

Quando da I Guerra Mundial, essas diferenças entre transformação gradual e ruptura violenta se concretizaram numa divisão formal dentro da esquerda, e a II Internacional, ou Internacional Socialista - que havia sucedido a I Internacional devido ao aprofundamento das divergências entre comunistas e anarquistas - dividiu-se entre os que passaram a ser chamados de social-democratas, e os comunistas, que após a tomada do poder na Rússia, fundaram a III Internacional.

Consolidava-se, assim, a cisão entre os revolucionários da III Internacional e os reformistas da II Internacional, divisão que persiste nos dias atuais.
 

Carlos I. S. Azambuja é Historiador.

Nova Zelândia e Brasil: Breves lições do país menos corrupto do mundo

Posted: 24 Jul 2014 04:59 AM PDT


Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Eduardo Marques
 
Em abril de 2014, resultado de estudo divulgado pelo Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação mostra que, entre 30 países, o Brasil é o que menos retorna serviços públicos ao contribuinte em relação aos impostos recolhidos. Igualmente preocupante foi o relatório de 2013 da Transparency International - Organização Não-Governamental com sede em Berlim, na Alemanha, que tem como foco o combate à corrupção – que apontou o Brasil na 72° posição, dentro de 177 países, no índice de percepção de corrupção pela população. De acordo com os métodos de avaliação da organização, ficaram empatados na posição de "país menos corrupto do mundo" Dinamarca e Nova Zelândia.
 
Mesmo com um modelo assistencialista e um Estado de grande alcance, países nórdicos tradicionalmente mostram altos níveis de transparência no setor público e, consequentemente, baixa corrupção. O que torna curioso o resultado do levantamento é o fato de um país relativamente desconhecido como a Nova Zelândia, sempre à sombra de seu vizinho – a também ex-colônia britânica, Austrália –, trazer índices tão surpreendentes. Talvez nem tão curioso assim, afinal, os neozelandeses também ocupam a 4° posição no índice de liberdade econômica da Heritage Foundation em 2013.
 
Quanto à sua estrutura estatal, sobressaem-se da trajetória da Administração Pública neozelandesa as inúmeras reformas administrativas implementadas, até a consolidação do modelo atual: mesmo com 29 ministérios, há uma administração pública gerencial, de estrutura enxuta, altamente transparente, mecanismos burocráticos otimizados, foco na eficiência dos serviços públicos assumidos e, o mais importante de tudo, impessoalidade, traduzida em uma clara separação entre Administração e Política – característica fortalecida em governos liberais. Outro fator importante é a rigorosa observância ao que conhecemos como princípio da economicidade - tratam-se os recursos públicos como absolutamente escassos, visando o máximo aproveitamento dos mesmos, considerando o serviço público como seu produto final e o contribuinte como cliente do mais alto padrão de exigência.
 
É inegável que os fatores mais significativos para o atual padrão administrativo da Nova Zelândia sejam de índole histórica, política, sociológica e geográfica. Contudo, certos elementos nada mais são que boas fórmulas e escolhas acertadas em termos de institutos jurídicos e organização do Estado. Exemplo disso é uma das implementações da States Service Act of 1912 – uma das maiores referências do país em termos de reforma administrativa – a States Service Comission (SSC): entre outras funções, este ministério centenário é responsável pela uniformização da política pública de pessoal estatal – ou seja, a determinação de diretrizes para todo o funcionalismo público.
 
Com foco neste âmbito, a SSC evita abismos salariais entre carreiras (sempre considerando também a realidade da iniciativa privada), além de priorizar e padronizar sistemas meritocráticos para ascensão funcional dos servidores. Isso reflete de forma muito positiva na produtividade dos servidores públicos, evitando a atuação sindical abusiva e, de outro lado, impedindo que o ente estatal favoreça determinadas carreiras a despeito de outras por razões políticas.
 
A States Service Comission é uma amostra do que deu certo e pode nos servir de modelo, claro, sem ignorar nossa realidade e com as devidas adaptações. Além de preencher posições tão preocupantes em rankings relacionados à eficiência dos serviços públicos e transparência, em pleno século XXI o Brasil ainda demonstra fortes resquícios do período colonial na condução da máquina pública, como nepotismo, paternalismo e patrimonialismo. Diante disso, exemplos atuais e pragmáticos de "como fazer melhor" são tão importantes, afinal, já é de conhecimento geral que a Administração Pública brasileira é extremamente resistente em termos de reformas que melhorem a atuação do Estado, em especial quando a otimização redunde em sua necessária diminuição.
 
Para saber mais: http://www.ssc.govt.nz/public-service-centenary
 
 
Eduardo Marques é Advogado, especialista em Direito do Estado, funcionário público, especialista do Instituto Liberal e conselheiro-executivo do Instituto Pela Justiça.

A falácia da falta de investimentos na educação

Posted: 24 Jul 2014 04:58 AM PDT


Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Heitor Machado
Nas mais variadas discussões sobre educação no Brasil, ouvimos a máxima da educação não ser mercadoria. De fato, não é, é um serviço. Porém, sua precificação funciona exatamente da mesma forma de qualquer outro insumo. Existe a concorrência entre os agentes que promovem a educação e assim a demanda, desejo das pessoas de terem determinado produto, e a oferta tratam de dar o preço justo àquele serviço.
Começando pela concorrência e suposto sucateamento do ensino público no Brasil, precisamos fazer algumas análises necessárias. E quando leio ou vejo o seguinte: "Ensino Público Gratuito para a população", sinto frio na espinha, perco minha esperança em todo o restante da tese. Parece-me que aqueles que se colocam a gerir o ensino ignoram algumas leis básicas da economia. "Não existe almoço grátis" e os custeios das escolas e faculdades estatais são bancados pelos impostos que pagamos diariamente.
Recentemente, foi aprovado então que os royalties da exploração do Pré-sal seriam destinados exclusivamente para saúde e educação. Demanda essa vinda das ruas, e talvez uma das primeiras respostas dadas à população, por conta das Jornadas de Junho. Mas será mesmo que o problema é falta de dinheiro? A Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) fez um comparativo dos investimentos em educação em relação ao seu PIB no ano de 2012. Nesse rankeamento, podemos ver a Islândia com 7,8% de seu Produto Interno Bruto injetados na educação, e causa-me espanto saber que a população brasileira pede nada menos que 10%, quase o dobro dos atuais 5,7% e a frente de países como EUA (5,5%), Alemanha (5,1%), Canadá (5,1%) e Reino Unido (5,6%).
Além disso, existem algumas impossibilidades no Sistema de Educação Pública que não permitem que a gestão se compare com a educação privada. Podemos citar o Estatuto do Servidor Público (No âmbito Federal, lei 8.112/90) que na prática, garante a estabilidade do servidor, independente de sua qualidade, produtividade ou mesmo assiduidade. Mas não podemos nos orgulhar que seja um problema exclusivamente tupiniquim. Nos Estados Unidos, o sindicato dos professores da rede pública também não deixa fácil para quem quer excluir do quadro de funcionários, alguém que não esteja rendendo conforme o esperado.
Ao final do ano escolar (que acaba em junho, vide o verão do Hemisfério), os diretores da área escolar fazem o que chamam de "dança dos limões". Um limão é um professor muito ruim que geralmente falta muito ou que não consegue dar resultado nas turmas que leciona, e então um diretor troca os seus limões com outros diretores e assim dividem o prejuízo já que é impraticável que se demita esse profissional ácido. Essa prática pode ser vista num documentário chamado "Waiting for superman" que diz muito sobre como a educação americana declinou nas últimas décadas e existem versões legendadas em português.
No âmbito privado, existem muitos produtos diferentes para clientes diferentes. O próprio pré-vestibular e pré-militar, área em que atuei, é diversificado para atender às características particulares daquele concurso que o aluno se prepara. Não faz sentido colocar um aluno que prestará concurso para a Escola Especialista da Aeronáutica (EEAR), a mesma carga horária ou nível de professor (e consequente remuneração), do aluno que prestará concurso para o IME (Instituto Militar de Engenharia).
Os concursos têm natureza diferente e graus de dificuldade distintos, logo precisam de professores que atendam diferentes públicos. Para fazer uma comparação, quando você vai para o aniversário da sua tia, coloca a mesma roupa que quando vai para uma festa? São objetivos diferentes, logo pedem medidas diferenciadas. Você e eu sabemos disso, mas a educação pública não sabe. O produto ofertado ao aluno da rede federal, estadual ou municipal, é sempre exatamente o mesmo. Por conta dessa personalização, perde-se muito já que o nivelamento é por baixo, a conhecida Mediocracia.
É importante também, revelar a respeito de políticos e suas iniciativas. Mais especificamente aqui no Rio de Janeiro, certos candidatos da nossa esquerda mais radical, alguns que são professores da rede pública, tem como uma de suas propostas o fim da meritocracia na educação (!!!). Ou seja, já não bastasse todo o exposto acima, os políticos da nossa esquerda querem fazer com que melhores não sejam tratados como tal. Querem a igualdade, que é muito bonita para o incompetente, mas péssimo para o que realmente se esforça. Ou seja, no final das contas vai haver evasão desses melhores, buscando locais que premiam conforme o sacrifício.
Precisamos ter em mente que a educação é um serviço, que obedece a leis de mercado e para que haja melhora na qualidade necessita de concorrência e boa gestão. Mais dinheiro, aliados à gestão atual, significa ralo de dinheiro e vamos continuar amargando péssimos resultados nos comparativos com os países que decolam economicamente e dão mais conforto ao seu povo.
Mais produtividade e mais competência rumo à melhoria da educação no Brasil, a iniciativa privada tem essa fórmula e o governo poderia ceder a liberdade de escolha a todos, concedendo vouchers como propõe Milton Friedman, onde a pessoa ganha um cheque que será gasto exclusivamente com gastos escolares. Apesar de não ser ideal, é uma medida ainda melhor que a administração engessada do estado que cobra muito e a todos e acaba que entrega pouco.
 
Heitor Machado é Empreendedor e Especialista do Instituto Liberal.