Aftonbladet, Estocolmo – As revoltas que deflagraram por estes dias nos arredores de Estocolmo mostram que a integração de inúmeros imigrantes que moram naquele país nunca aconteceu. Em causa está a falta de vontade política do Governo para agir nas questões da educação e do emprego. Ver mais. |
Outras páginas.
sexta-feira, 31 de maio de 2013
A Suécia em questão (1/2): Os motins de Husby, um retumbante fracasso
Suécia: “Husby une-se contra a violência”
Enquanto os tumultos continuam presentes em Husby, um bairro popular de Estocolmo: pais e representantes de associações protestaram no dia 22 de maio contra o vandalismo dos jovens e a violência da polícia. Várias dezenas de carros e uma esquadra de polícia foram incendiados, e os tumultos estenderam-se a outros bairros da capital. O acontecimento relançou o debate sobre a integração dos imigrantes e sobre o modelo social sueco. Como explica um habitante de Husby no Svenska Dagbladet,
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Novas notas de euro: Cinco euros não dão sequer para comprar um refrigerante
"Pode tentar as vezes que quiser, mas as novas notas de €5 introduzidas no dia 2 de maio não são reconhecidas pelas máquinas de venda automática", revela La Repubblica. Os jornalistas do diário italiano tentaram utilizar a nova nota da série 'Europa'" em máquinas utilizadas para comprar bilhetes, bens de consumo e outros produtos em dez cidades italianas e descobriram que a grande maioria não conseguia distingui-las das notas falsificadas. A diferença entre as novas e as antigas notas não é apenas visual, explica La Repubblica, a nova nota é protegida por uma banda holográfica. Por consequência, mais de 100 mil máquinas italianas deverão ser atualizadas, e isso tem um custo para os proprietários que deverão pagar entre €100 a €500 por cada máquina. No entanto, vários modelos antigos tornaram-se obsoletos e deverão ser substituídos por novos, podendo custar até €6 mil.
Mas o caos é mínimo, quando comparado com o que poderia acontecer se a mudança abrangesse também as moedas, acrescenta ele:
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Irlanda: “Irlanda considerada ‘um paraíso fiscal’ numa altura em que o senado norte-americano investiga estratégias ‘offshore’ da Apple”
A reputação da Irlanda "foi manchada" numa audiência no senado norte-americano organizado a 21 de maio, adianta o jornal The Irish Times, recebendo o rótulo de "paraíso fiscal" numa investigação sobre as práticas fiscais "offshore" da empresa de tecnologia Apple. Sedeada na Califórnia, a empresa que inventou o iPhone e o iPad foi acusada de celebrar um acordo especial com as autoridades irlandesas para ocultar dezenas de milhares de milhões de dólares em "empresas fantasmas". O primeiro-ministro Enda Kenny rejeitou as alegações e negou o facto de a Irlanda ser um paraíso fiscal, afirmando que "a Irlanda não realiza acordos especiais em matéria de taxas fiscais com empresas". |
Alemanha: “Merkel: Participação e respeito acima da integração”
Na sessão de abertura da 6ª Cimeira da Integração, realizada no dia 28 de maio, em Berlim, Angela Merkel declarou que o termo integração "está hoje desatualizado", porque é necessário "respeitar e fazer participar" os imigrantes na vida cívica. A chanceler alemã criticou a persistência de certos preconceitos e de uma "discriminação estrutural", em particular em relação aos imigrantes empreendedores que, muitas vezes, sentem dificuldades na obtenção de crédito, refere Die Welt. A chanceler propôs o reforço da mobilidade no mercado de trabalho e a equivalência de diplomas estrangeiros. Die Welt recorda que 52% dos desempregados na Alemanha que não completaram o ensino secundário são estrangeiros. |
Crise da zona euro: “FMI diz que Portugal está a caminho da reestruturação da dívida”
Num novo relatório divulgado a 23 de maio, o Fundo Monetário Internacional diz que a reestruturação da dívida soberana na Grécia falhou porque foi "muito pequena e muito tardia". O FMI conclui que o atraso e a falta de uma resposta efetiva à crise levou à insustentabilidade da dívida e não conseguiu garantir um retorno sustentável aos mercados. As conclusões do relatório, que também critica o papel desempenhado pelas instituições da UE, "reforça a ideia de que Portugal está num caminho inevitável para a reestruturação", acrescenta o diário. |
Comércio internacional: Pequim gera confusão entre os europeus
Le Monde, Paris – Uma vez mais, a Europa está dividida. Uma vez mais, Berlim quer que uma voz alternativa à do coro europeu seja ouvida. E uma vez mais, é a China que vai ganhar. Ver mais. |
Imigração: A Alemanha acusa a Itália de empurrar clandestinos para o Norte
"A Itália paga aos imigrantes para irem para a Alemanha", titula o Linkiesta citando uma acusação feita pelo serviço de imigração de Hamburgo. As autoridades da cidade afirmam terem detido cerca de 300 africanos imigrantes detentores de autorizações temporárias revogadas emitidas na Itália e pedem que sejam reconduzidos para o país. Confessaram que lhes foi explicitamente dito por funcionários italianos para se dirigirem à Alemanha, o destino predileto da maioria dos imigrantes que chegam à UE através daquele país mediterrânico, sendo-lhes dados €500 caso aceitem. Segundo o sítio de informação, as autoridades italianas admitiram implicitamente serem responsáveis pela situação e mostraram-se dispostas a acolher novamente os imigrantes. A maioria foi recebida com estatuto de refugiado por fugir de uma guerra civil na Líbia em 2011 e à posterior onda de ataques xenófobos, que veio na sequência do assassínio de Muammar Kadhafi. O problema é que são cidadãos provenientes de "países considerados democráticos, como o Gana, o Togo e a Nigéria", escreve La Repubblica, o que significa que qualquer pedido de asilo na Alemanha seria recusado, apesar das circunstâncias em questão. O problema, que veio alegadamente da necessidade de encerrar temporariamente centros de detenção na Itália, foi descoberto meses antes e abrange um número bem maior de imigrantes na Alemanha, escreve La Repubblica, acrescentando:
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Desemprego juvenil: Ainda está tudo por fazer
El País, Madrid – Seis mil milhões de euros para seis milhões de jovens europeus sem emprego: o plano apresentado pela Alemanha e pela França responde a uma enorme urgência. Mas para que dê trabalho e esperança a uma geração inteira, tem de ser apoiado por uma vontade coletiva. Ver mais. |
Embora lá fazer de conta que a crise não existe?
Domingos Amaral
De há uns tempos para cá, um mês, talvez dois, parece-me que os portugueses se andam a esforçar para pensar que a crise já não existe, ou que o pior já passou. Com aquela habilidade tipicamente "tuga", tenta-se fazer de conta, pensar positivo, acreditar no futuro, para nos convencermos que isto não é tão mau como pintam a coisa. É um processo psicológico típico: como pensar muito sempre na mesma coisa nos causa angústia, é melhor não pensarmos mais, que talvez a má sensação se vá embora. O que não falta neste país são pessoas que passam por optimistas, quando na verdade são apenas inconscientes. Há quem acredite que basta a dose certa de pensamento positivo para vencermos este obstáculo. Normalmente, quando ouço esse tipo de pessoas a falar, sei pelo menos uma coisa sobre elas. Estão empregadas, e portanto podem dar-se ao luxo de ser "positivas". Agora, com o desemprego a subir da forma que tem subido, como acreditar que estamos no bom caminho? É uma das coisas que me causam perplexidade neste Governo. Sendo um Governo de centro-direita, eu pensava que era um Governo que queria diminuir o número de pessoas a depender da ajuda do Estado para viver. É isso que os liberais normalmente defendem. Porém, com as políticas que este Governo tem promovido, há hoje muito mais portugueses a viverem à custa do Estado do que havia antes dele chegar. São às centenas de milhares a receberem subsídios de desemprego! E as receitas do Estado, como se esperava já, continuam a descer a pique. É de facto um feito glorioso de Gaspar e Passos. E tudo isto é feito em nome do "regresso aos mercados" e da "credibilidade financeira do país"! É um país maravilhoso, o que este Governo deseja. Um país pobrezinho mas honrado! Onde é que eu já ouvi isto? Mas, hoje está um dia de sol e bem bonito, o melhor mesmo é amanhã ir à praia e...pensar positivo! |
Zona euro: Merkollande assume o comando
Angela Merkel e François Hollande reconciliaram-se. O "contributo franco-alemão", anunciado em 30 de maio, assinala a adesão da chanceler alemã às propostas do Presidente francês sobre a governação da zona euro. Para o diário económico Les Echos, No seu editorial, o jornal Le Monde especifica as medidas contidas no texto: Na Alemanha, as reações da imprensa são pouco entusiastas. A Spiegel Online refere que o Presidente francês optou pela "via da brandura" relativamente à chanceler alemã. O site deste semanário mostra-se no entanto cético quanto à tangibilidade de tal "viragem", apesar de Hollande "se esforçar por estabelecer um entendimento franco-alemão". Para o Handelsblatt, o desejo de Angela Merkel e de François Hollande de criar o cargo de presidente a tempo inteiro e de pôr em prática um orçamento independente para a zona euro dá a impressão de "uma secessão secreta da zona euro em relação à UE": Por seu turno, o Frankfurter Allgemeine Zeitung considera que François Hollande se tornou, desde há muito tempo, um "mestre em duplicidade": |
Quem é Eça?
Francisco Seixas da Costa
Foi no "Diário de Notícias" de ontem. Uma senhora que dá pelo nome de Joana Emídio Marques termina assim uma notável peça sobre a descoberta do texto para uma opereta que Eça de Queiroz terá escrito "a meias" - na incisiva expressão da escriba - com Jaime Batalha Reis: "Eça de Queiroz (1845-1900) é um grande romancista da literatura portuguesa, autor, entre outros, de Os Maias, O Crime do Padre Amaro; este último é considerado por muitos o melhor romance realista português do século XIX. O escritor foi ainda jornalista, polemista, diplomata e membro do movimento literário Geração de 70". Note-se a elegância da escrita, o rigor da pontuação e o estilo didático e de cultura de almanaque de quem podia estar a fazer uma nota necrológica sobre um poeta romântico da Transnístria. Confesso que desconhecia esta vocação do "Diário de Notícias" de nos servir textos dignos das páginas da Wikipedia. Até o Palma Cavalão, na "Corneta do Diabo", tinha uma pena bem "mais catita". Já agora, talvez alguém devesse explicar, lá no jornal, à ilustre plumitiva, que esse tal de Eça de Queiroz escreveu, precisamente na folha que hoje tão generosamente a acolhe no seu seio (como diria A.B. Kotter, personalidade cuja biografia a senhora não conhecerá, pela certa), também "a meias" com Ramalho Ortigão, um folhetim intitulado "O Mistério da Estrada de Sintra" - que, no estilo da "notícia", deveria ser qualificado como um concelho situado a Oeste da Amadora, a qual também já se chamou Porcalhota. |
Suécia: Como a minha cidade foi ao fundo
Politiken, Copenhaga – Filho de uma sueca e de um dinamarquês, o jornalista Viggo Cavling cresceu num dos bairros afetados pela recente onda de violência. Conta como os edifícios que foram o sonho de uma sociedade progressista se tornaram guetos sem esperança. Ver mais. |
Alemanha: “UE instaura processo contra a construção do aeroporto de Berlim”
"Nova querela sobre o futuro aeroporto da capital", escreve Die Welt: no seguimento de uma iniciativa de cidadãos, "a UE abre um processo de rutura de contrato contra a Alemanha", porque os novos corredores aéreos do aeroporto Willy Brand de Berlim-Brandemburgo, diferentes dos que foram aprovados por Bruxelas, podem contrariar as regras europeias em matéria de ambiente. De facto, aquando da aterragem e descolagem os aviões poderão pôr em causa o habitat natural de várias espécies de pássaros (grous e corujas, bem como cegonhas e perdizes). O jornal lembra que já antes, a abertura do aeroporto, a obra mais cara do momento na Alemanha, tinha sido adiada "por causa da insuficiente proteção contra incêndios", lembra o diário. |
União Europeia: “Imposto da UE sobre transações em ritmo lento”
"O projeto de um imposto sobre transações financeiras pode ser adiado e atirado para as calendas por falta de acordo entre os onze Estados-membros que se comprometeram a introduzi-lo, escreve o Wall Street Journal. Depois do fracasso das negociações, em outubro, em torno da introdução de uma taxa sobre transações financeiras em toda a UE, os onze países decidiram avançar com a proposta da Comissão Europeia. No entanto, o receio de que esse imposto possa prejudicar o preço das ações e aumentar os custos do capital parece ter provocado uma mudança de atitude. Segundo fontes não identificadas, próximas das negociações, a alteração de planos sugere que, inicialmente, o imposto deverá afetar apenas as transações de participações, e não obrigações e derivativos, como inicialmente previsto. |
MENSAGEM ENVIADA AO ENCONTRO DA AULA MAGNA
JPP |
Segredo bancário: Suíça propõe trégua fiscal aos EUA
"Mais um prego no caixão do sigilo fiscal", é o título do editorial do Financial Times, depois de, em 29 de maio, o Governo suíço ter proposto a apresentação de um projeto de lei que permitirá que os bancos colaborem com os EUA no combate à evasão fiscal. O projeto pretende pôr termo a uma longa batalha entre as autoridades fiscais dos EUA e a Suíça, que já levou ao encerramento do mais antigo banco suíço, o Wegelin, depois de este ter admitido que ajudara cidadãos norte-americanos a fugir aos impostos.
No entanto, este diário económico sublinha que
Antes de passar a ter força de lei, o projeto terá de ser aprovado pelo parlamento suíço. E, ali, a "Lex USA", como foi batizada na Suíça, "enfrenta uma forte resistência", refere o Neue Züricher Zeitung, que veicula, na primeira página, o seu receio de que o "tax-deal com os Estados Unidos esteja ameaçado de fracasso".
Em Genebra, o jornal Le Temps lamenta, por seu turno, que a falta de transparência que rodeia o acordo de paz e a sua imprecisão quanto às consequências do facto de os estabelecimentos bancários terem liberdade para decidir se aderem ou não ao programa norte-americano, destinado a ultrapassar o passado, não contribuem de modo algum para a segurança jurídica e económica que todos esperam. |
Três bons livros sobre a mega-crise que vivemos
Domingos Amaral
Nestes tempos difíceis, é sempre bom ler livros escritos por pessoas que sabem muito do que falam e que nos ajudam a compreender melhor o que se passa. Aqui deixo três boas sugestões. "Desta vez é diferente. Oito séculos de Loucura Financeira". Escrito pelos professores de economia Carmen Reinhart e Kenneth Rogoff, e editado pela Actual, é um dos melhores livros sobre as crises financeiras jamais escrito. Passa em revista vários séculos, em centenas de países, e é muito fácil de compreender. Reinhart e Rogoff estiveram recentemente envolvidos na famosa polémica do "erro do Excel", mas que se refere a outro trabalho deles, e não a este livro. O que espanta na edição portuguesa é o prefácio ser de Vítor Gaspar, pois as conclusões do livro são as opostas às políticas que Gaspar tem levado à prática como ministro das Finanças. Rogoff e Reinhart explicam que a auteridade provoca recessões prolongadas, que complicam ainda mais o problema da dívida dos países, além de reforçarem a ideia de que é um mito que as exportações salvem um país de uma crise grave. Por fim, defendem que só com uma reestruturação profunda das dívidas, que passou quase sempre por um perdão substancial, é que as crises se resolveram e as economias voltaram a crescer. Esperemos que Gaspar tenha lido com atenção. "Euro Forte, Euro fraco. Duas culturas, uma moeda: um convívio impossível?" Escrito por Vítor Bento, e editado pela bnomics, é uma excelente explicação sobre as duas Europas que estão juntas no euro. De uma lado a Alemanha, e os países que gravitam à sua volta; do outro, a Europa do Sul, ou periférica, onde se inclui Portugal. Vítor Bento enuncia as principais diferenças entre estas duas Europas, o que leva a que ambas dêem valor a questões diferentes, e por isso que façam escolhas políticas e económicas diferentes. Por exemplo na questão da inflação, isso é evidente, pois os alemães não toleram inflação, enquanto os outros países se habituaram a décadas dela. Como fazer funcionar um euro onde as culturas económicas são tão diferentes? Qual a Europa que se sobrepõe e porquê? E há possibilidade desta história acabar bem? O livro é muito bom na análise, mas muito cauteloso e até receoso de propôr soluções. Dá a sensação que Vítor Bento não quis ir demasiado longe nas críticas a ninguém, nem a nacionais nem a internacionais, pois nunca se sabe o que o futuro nos traz... "Porque devemos sair do Euro" Escrito pelo economista João Ferreira do Amaral, e editado pela Lua de Papel, é a defesa corajosa e inteligente de uma saída controlada de Portugal do euro. Há muitos anos que Ferreira do Amaral é um céptico desta moeda única, das suas regras e realidades. E há muitos anos que defende que Portugal nunca devia ter entrado no euro, e que a nossa participação na União Monetária é a principal causa dos graves desequilíbrios que se geraram em Portugal, e que agravaram os que já existiam antes. Muito lúcido sobre os terríveis efeitos do euro, Ferreira do Amaral não se alonga muito no processo de saída do euro. Diz que ele devia ser "controlado", mas não vai muito longe nos detalhes. Ora, é precisamente isso que falta, um guião detalhado de uma saída controlada do euro, para que se possa perceber os perigos e os benefícios. Talvez num próximo livro... |
Wolfe
Francisco Seixas da Costa
O Montenegro, onde me encontro desde ontem, é um nome algo mitológico em alguma literatura europeia, evocando o ambiente misterioso de uns Balcãs que muitas vezes, com frequência com forte razão, apareceram associados registos de mistério, intriga e violência. Há pouco, dei por mim a pensar nas personalidades montenegrinas de que me recordava, naturalmente para além dos colegas diplomatas com que fui cruzando, alguns deles ainda tributários da excelente escola de diplomacia que existia na antiga Jugoslávia e que marcou muito, embora de forma diferenciada, os diversos países resultaram da implosão do Estado criado por Tito. E cheguei, de imediato, a Nero Wolfe. Nero Wolfe foi, verdadeiramente, o primeiro montenegrino que "conheci". Na minha adolescência li muitos romances policiais de Rex Stout onde a figura do sedentário e avantajado Wolfe, nascido no Montenegro e emigrado na juventude para os "States", acolitado pelo ativo Archie Goodwin, resolvia pela inteligência os mais complexos imbróglios. |
Relvas já reformado !...
Há gente que nunca perde o pé !
Dado o “valioso contributo para a nação” o sistema corrupto concedeu a mais este verme uma choruda pensão !
Para quando este governo (forte com os fracos e fraco com os fortes) decide acabar com as pensões vitalícias aos políticos ?!?
Mais uma vergonha nacional
Era a este caso que P.Coelho se referia a reformas que nunca tiveram o devido desconto?
terça-feira, 28 de maio de 2013
Espanha: “Bruxelas pede à Espanha que acelere as reformas nos impostos e nas pensões”
A Comissão Europeia decidiu colocar a Espanha "sob um forte dispositivo de supervisão, cansada das reformas incompletas e dos prazos não cumpridos", realça o diário. Esta deverá apresentar as suas recomendações no 29 de maio, em Bruxelas. As autoridades europeias não darão início ao procedimento relativo aos défices excessivos (PDE) contra a Espanha, mas em troca o comissário para os Assuntos Económicos Olli Rehn exigirá reformas adicionais nas pensões, no mercado de trabalho e nas políticas de emprego. As recomendações da Comissão também abrangem a reforma orçamental, a modernização da administração pública, a aceleração da reforma do setor energético e a liberalização dos serviços. |
Offshore Leaks: Liechtenstein e Portugal envolvidos no escândalo
"Offshore Leaks: Liechtenstein aparentemente implicado em assuntos duvidosos", é o título do Volksblatt, segundo o qual "pelo menos 120 pessoas e empresas domiciliadas no Principado podem estar envolvidas em paraísos fiscais". O Liechtenstein julgava ter escapado à "onda de choque" do escândalo internacional causado pela publicação da investigação jornalística internacional sobre paraísos fiscais, mas, a crer no diário de Vaduz, foi apanhado. No dia 27 de maio, este jornal retoma igualmente as informações divulgadas na véspera pelos jornais suíços Sonntagszeitung e Le Matin Dimanche:
O SonntagsZeitung estima em 30 mil milhões de francos suíços (€24 mil milhões) os valores não declarados que repousam nos cofres do Principado. Adrian Hasler, chefe do Governo do Liechtenstein, não quis comentar este número.
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Economia: “Bélgica vai contestar multa europeia”
Se, a 29 de maio, a Comissão Europeia decidir aplicar uma multa à Bélgica por, durante três anos consecutivos, ter ultrapassado o limite do défice orçamental fixado pela União Europeia em 3% do PIB no quadro do pacto de estabilidade e crescimento, o país iniciará um processo jurídico. O ministro belga das Finanças, Koen Geens (CD&V, democrata-cristão) afirma que, por causa da recessão, a multa seria injustificada e que o seu caráter retroativo é ilegal. De Morgen escreve que a multa poderá atingir 0,2% do PIB, o que representaria €765 milhões. |
Espanha: “BCE exige de Espanha uma lei contra despejos mais ambiciosa”
Num relatório dirigido ao primeiro-ministro espanhol Mariano Rajoy, o presidente do BCE, Mario Draghi, pede aos bancos espanhóis que recorram apenas em "último recurso" aos despejos das famílias que deixam de poder pagar os seus empréstimos para compra de casa. Este relatório tinha sido pedido ao BCE pelo ministro da Economia espanhol, para se ficar a conhecer a opinião da instituição sobre a nova lei hipotecária, que impede os despejos em alguns casos de vulnerabilidade social. Para o jornal El País, "é claro que, para o BCE, as medidas postas em marcha pelo executivo espanhol são insuficientes". |
segunda-feira, 27 de maio de 2013
Casamento homossexual: “França cortada ao meio”
Segundo a polícia, eram 150 mil, segundo os organizadores, um milhão: a 26 de maio, Paris foi de novo palco de uma manifestação contra o casamento para todos, numa altura em que a lei que institui o casamento homossexual foi adotada a 23 de abril e a primeira união está prevista para 29 de maio. Apesar do sucesso desta mobilização, os organizadores "não conseguiram esconder as suas dissensões", escreve Le Parisien, como acontece dentro do UMP (direita, oposição), onde duas correntes se opõem sobre a questão do casamento homossexual. "Se, ontem, o Governo queria sobretudo sublinhar essas divisões e esperava poder, finalmente, virar a página, também compreendeu que uma parte da população não está preparada para aceitar essas reformas", afirma Le Parisien. |
Roménia: “Com a câmara escondida entre os traficantes de cidadania”
Segundo uma reportagem do Jurnalul National, os moldavos que pedem a nacionalidade romena têm de pagar €100 aos intermediários que os ajudam a preparar o dossiê de candidatura. Estas revelações são publicadas numa altura em que os deputados romenos examinam uma reforma dos processos de naturalização de moldavos que poderá acentuar o papel desses intermediários, ao aumentar o número de balcões, na Roménia, que tratam destes pedidos. A obtenção da cidadania romena permite aos moldavos acederem ao mercado de trabalho na Europa. Entre 1991 e 2012 foram atribuídos mais de 320 mil passaportes e há 120 mil pedidos em espera. Em 2012, a justiça romena prendeu 40 funcionários públicos e intermediários que se dedicavam ao tráfico de passaportes romenos. |
APELO DO EPHEMERA
JPP
Numa altura em que várias campanhas estão em curso, foram já publicadas no EPHEMERA cerca de 50 pastas relativas às eleições autárquicas de 2013, uma infíma parte dos milhares de candidaturas de partidos e independentes, a centenas de concelhos e milhares de freguesias. Nas eleições de 2009, o EPHEMERA publicou materiais de mais de dois terços dos concelhos e um número significativo de freguesias, a maior cobertura jamais feita na Rede e fora dela de umas eleições deste tipo, muito difícil dada a dispersão geográfica e a diversidade de candidatos, partidos e campanhas independentes. Foi um esforço colectivo em que participaram cerca de 100 amigos do EPHEMERA de todo o país, assim como muitos candidatos e responsáveis de campanhas. Esse trabalho foi complementado por várias viagens para recolha de material numa fase mais avançada das campanhas. Muitos materiais de 2009 estão ainda por publicar, assim como muitos outros de campanhas anteriores existentes em arquivo. Vou tentar garantir a publicação de maior número desses materiais anteriores, mas RENOVO DESDE JÁ O APELO A TODOS OS AMIGOS E COLABORADORES PARA SE COMEÇAR A RECOLHA DAS ELEIÇÕES DE 2013. NOTA: dada a natureza do ARQUIVO / BIBLIOTECA o objectivo principal é a recolha física dos materiais de campanha (panfletos, cartazes, objectos de campanha, T-shirts, autocolantes, etc.), e não apenas a reprodução dos materiais online disponíveis na Rede. É óbvio que a existência de digitalizações facilita a colocação dos materiais no EPHEMERA poupando trabalho, mas a recolha física é fundamental para permitir a exposição ou investigação a partir da integralidade do espécime. Existe um projecto de uma grande exposição de muitos destes materiais cobrindo a actividade política em Portugal desde o 25 de Abril, em conjunto com uma universidade, e várias cedências de materiais tem sido feitas para pequenas exposições ou para reprodução em livro. Por isso a materialidade física é importante e nesse sentido não só é possível fazer entregas pessoais, programadas para qualquer parte do país, quer envios pelo correio para José Pacheco Pereira / EPHEMERA, Rua Brito Camacho, 1, 2040-158 Vila da Marmeleira, Rio Maior. Obrigado. |
Citação
Francisco Seixas da Costa
Durante anos, uma expressão de um dirigente vimaranense constitui-se como uma graçola que ficou histórica: "o que é verdade hoje pode não ser verdade amanhã". Todos gozámos com a frase, muitos a citámos. E, no entanto, os dias que ai andam deram plena razão ao respetivo autor. Quem havia de dizer que, mês após mês, os números das previsões macro-económicas do país, ao não coincidirem (nem de perto, nem de longe!) com aquilo que havia sido anunciado, iriam transformar um tal Pimenta Machado num grande "clássico" português? |
O CONSELHO DE ESTADO IRREAL
JPP
Basta ler com atenção o bizarro "comunicado" que foi publicitado depois da reunião para perceber que ela não correu nada bem nem para o Presidente, nem para o governo. A decisão de convocar o Conselho de Estado com uma agenda fechada, remetida para um futuro "pós troika" cujas características estão longe de poderem ser conhecidas é tão evidentemente escapista que, no actual contexto político, o que aconteceu não pode ser aquilo que o comunicado descreve. Esta forma de convocar a reunião é o corolário do desejo presidencial de que nada mude no quadro governativo no próximo ano, de que não haja eleições antecipadas nem agora, nem no fim do "programa". Trata-se de um puro desejo, que assume ares de irrealismo, visto que não passou uma semana desde que o Presidente veio de uma crise política muito séria e está a assistir a um agravamento da desagregação da coligação e do governo com episódios cada vez mais próximos no tempo. Suspira de alívio num dia, para logo se sobressaltar no dia seguinte. A situação do governo é parecida com aqueles vulcões que antecedem a erupção com tremores de terra cada vez mais frequentes e sucessivos até explodirem de todo. O Presidente, embora avisado pelos vulcanologistas que o Pico de Dante está para explodir, não quer que evacuemos a cidadezinha para não assustra os turistas. Sabe-se como é nos filmes catástrofes. O COMUNICADO EM "PASSOS COELHÊS" O comunicado do Conselho é um ecrã, que tapará a realidade da reunião até muita gente que lá esteve começar a conta-la. É provável que à data em que lerem este artigo já se saiba quase tudo. Mas fica uma perplexidade e uma preocupação. Veja-se o título da ordem de trabalhos: "Perspectivas da economia portuguesa no pós-troika, no quadro de uma União Económica e Monetária efectiva e aprofundada". Veja-se o comunicado a informar-nos que o "Conselho debruçou-se sobre os desafios que se colocam ao processo de ajustamento português no contexto das reformas em curso na União Europeia e tendo em vista o período pós-troika". E mais se "debruçou", interessante escolha de verbo, como numa varanda, sobre "a perspectiva do reforço da coordenação das políticas económicas e da criação de um instrumento financeiro de solidariedade destinado a apoiar as reformas estruturais dos Estados-Membros, visando o aumento da competitividade e o crescimento sustentável". E por fim este truísmo que é, ao mesmo tempo, tudo e nada: "o Conselho de Estado entende que o programa de aprofundamento da União Económica e Monetária deve criar condições para que a União Europeia e os Estados-Membros enfrentem, com êxito, o flagelo do desemprego que os atinge e reconquistem a confiança dos cidadãos, devendo ser assegurado um adequado equilíbrio entre disciplina financeira, solidariedade e estímulo à actividade económica". Porque é que isto me preocupa? É que isto é "passos coelhês", a linguagem enrolada e pesada, obscura e tecnocrática, habitual no Primeiro-ministro quando não quer dizer nada ou quando as palavras saem entarameladas ou por incompetência ou por dolo. Por favor, se não se quer dizer o que aconteceu, faça-se um comunicado de duas linhas: o Conselho discutiu vários temas da actualidade nacional e europeia, tendo os conselheiros exprimido a sua opinião ao Presidente da República." Chegava e era escrito em português comum. E era mais verdadeiro. |
sábado, 25 de maio de 2013
Banif processa ex-diretores no Brasil
A notícia aparece, a reboque do escândalo. As autoridades, ministros, etc., o que andam a fazer? Se não tivesse sido publicada a noticia do escândalo daquela Sr.ª., receber quase um milhão, o BANIF deixava passar, pois outros mais receberam ou receberiam. Os portugueses pagam, ai pagam, pagam…
Há uma semana:
O Banif está de saída do mercado brasileiro, onde tem uma operação muito pequena. Isto não impediu a atribuição de um prémio de gestão de 533,7 mil euros à administradora do Banif Banco de Investimento Brasil, a que se junta um salário de ¤448,6 mil. Conceição Leal recebeu o triplo do que ganhou o presidente do banco Jorge Tomé, e foi o gestor bancário mais bem pago em Portugal. Em 2012, o Estado passou a deter 99,2% do banco. Ler mais: http://expresso.sapo.pt/banif-paga-premio-milionario-a-gestora=f807678#ixzz2UIYiiGIb
“Banco Internacional do Funchal moveu uma ação judicial contra os ex-diretores da sua subsidiária Banif Brasil por haver "indícios de irregularidades" no "desaparecimento" de 171 milhões de euros.
O Banco Internacional do Funchal (Banif) abriu uma ação de responsabilidade civil contra os ex-diretores da sua subsidiária Banif Brasil, depois de ter registado imparidades de 171 milhões de euros resultantes de "indícios de irregularidades", revelou hoje o banco.
"A administração do Grupo Banif ao iniciar funções em março de 2012 diagnosticou, no Banco Comercial Brasil [a sua subsidiária brasileira], uma situação económica financeira frágil e indícios de irregularidades", lê-se no comunicado enviado hoje à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
Conforme relata o banco liderado por Jorge Tomé, na altura, foi nomeada "uma nova diretoria executiva, que estabilizou a situação do banco, regularizou operações, procedeu ao levantamento detalhado das anteriores práticas de gestão, condições e registo das operações passadas, tendo também determinado a concomitante realização de auditorias e providências interruptivas da prescrição de responsabilidades".
Na sequência destas regularizações e auditorias, "foi necessário proceder ao registo de 92 milhões de euros de imparidades nas contas consolidadas do grupo em 2012 e, já no primeiro trimestre de 2013, de mais 79 milhões de euros", informou o Banif.
"Uma vez concretizada a estabilização da instituição financeira, a assembleia geral deliberou, nesta data, sob proposta do conselho de administração, a instauração de ações civis contra os ex-diretores, que terá lugar a par da participação dos factos às autoridades e de outras medidas de defesa dos interesses do Banif", realçou a instituição.”
Ler mais: http://expresso.sapo.pt/banif-processa-ex-diretores-no-brasil=f809499#ixzz2UIY6Tw17
sexta-feira, 24 de maio de 2013
Protesto anti troika no Parlamento Europeu.
Como podem ver, deputados europeus manifestam-se com a palavra de ordem Tirem as patas de cima de Chipre, Portugal, Grécia, Espanha , Irlanda.
Mas por cá, se não for a internet, nada sabemos!
Cordiais saudações
Vasco Lourenço
A revolta contra a austeridade já chegou ao Parlamento Europeu!
Esta foto está a correr a Europa toda, mas alguém a viu na imprensa portuguesa ?
Quem é Eça?
Francisco Seixas da Costa
Foi no "Diário de Notícias" de ontem. Uma senhora que dá pelo nome de Joana Emídio Marques termina assim uma notável peça sobre a descoberta do texto para uma opereta que Eça de Queiroz terá escrito "a meias" - na elegante expressão da escriba - com Jaime Batalha Reis: "Eça de Queiroz (1845-1900) é um grande romancista da literatura portuguesa, autor, entre outros, de Os Maias, O Crime do Padre Amaro; este último é considerado por muitos o melhor romance realista português do século XIX. O escritor foi ainda jornalista, polemista, diplomata e membro do movimento literário Geração de 70". Note-se a elegância da escrita, o rigor da pontuação e o estilo didático e de cultura de almanaque de quem podia estar a fazer uma nota necrológica sobre um poeta romântico da Transnístria. Confesso que desconhecia esta vocação do "Diário de Notícias" de nos servir textos dignos das páginas da Wikipedia. Até o Palma Cavalão, na "Corneta do Diabo", tinha uma pena bem "mais catita". Já agora, talvez alguém devesse explicar, lá no jornal, à ilustre plumitiva, que esse tal de Eça de Queiroz escreveu, precisamente na folha que hoje tão generosamente a acolhe no seu seio (como diria A.B. Kotter, personalidade cuja biografia a senhora não conhecerá, pela certa), também "a meias" com Ramalho Ortigão, um folhetim intitulado "O Mistério da Estrada de Sintra" - que, no estilo da "notícia", deveria ser qualificado como um concelho situado a Oeste da Amadora, que também já se chamou Porcalhota. |
Croácia: “‘Façam voltar a educação sexual à escola’”
O Conselho nacional da educação opõem-se ao Tribunal Constitucional, que decidiu, a 22 de maio, suspender as aulas de educação sexual nas escolas primárias e secundárias por causa de um "vício de forma". Segundo o Tribunal, o Governo tinha de consultar as associações de pais antes de introduzir essa cadeira no programa escolar. O Conselho defende que não cabe aos pais decidirem o conteúdo dos programas escolares e que o Estado deve defender os valores e ir para além dos interesses particulares. O jornal Jutarnji List escreve que o Tribunal apreciou o recurso das associações de pais próximas da Igreja Católica com uma rapidez invulgar. O diário explica esse facto com a "onda conservadora" apoiada pela Igreja. As associações próximas da Igreja Católica estão atualmente a exigir um referendo para que seja inscrita na Constituição a definição de casamento como a união exclusiva entre um homem e uma mulher. Já reuniram cerca de 400 mil assinaturas. |
Holanda: “Clínicas para o fim da vida terão cobertura nacional”
A Levenseindekliniek, a "clínica para o fim da vida", que desde o final de março de 2012 acolhe as pessoas a quem os médicos assistentes recusam dar seguimento ao pedido de eutanásia ou de suicídio assistido, vai duplicar a sua capacidade. A partir do mês de junho, 30 equipas, empregando um total de 60 médicos, poderão ajudar as pessoas que estão em sofrimento insuportável e sem esperança, como está inscrito na lei de 2001 sobre a eutanásia. A lista de espera que existe atualmente na clínica (com um tempo de demora entre um e seis meses) e em que figuram 180 holandeses, será assim reduzida para uma espera máxima de quatro semanas. |
Reino Unido: “Serviços secretos conheciam suspeitos do assassinato de soldado”
Há oito anos, os serviços secretos internos do Reino Unido, MI5, fizeram uma avaliação preliminar dos dois homens que esfaquearam até à morte um soldado no exterior de um quartel do exército de Londres, mas classificaram-nos como "figuras periféricas" e não realizaram uma investigação completa, escreve o jornal The Guardian. A polícia identificou a vítima como Lee Rigby, um homem de 25 anos e pai de uma criança que, em 2009, esteve no Afeganistão durante seis meses, ao serviço do exército. Os investigadores revelaram que um dos suspeitos é Michael Olumide Adebolajo e fizeram buscas e duas propriedades de Londres, prendendo um homem de 29 anos e uma mulher, por participação em assassinato, "sugerindo que pode ter havido uma ampla participação de pessoas na realização do ataque", acrescenta o diário. |
Adeus, Moustaki
Francisco Seixas da Costa
Morreu hoje Georges Moustaki. Dou-me conta que não vale a pena escrever nada sobre ele. Quem o conhece, sabe quanto lhe deve e o grande vazio de memória que o seu desaparecimento acarreta para uma certa geração. Quem o não conhece, pronto!, não o conhece e isso já diz tudo. |
República Checa: “O misterioso labirinto de Praga”
Pela primeira vez, desde há 22 anos, o Partido Cívico Democrata (ODS, direita) perde o controlo de Praga. A 23 de maio, o conselho municipal demitiu o presidente da Câmara, Bohuslav Svobod, e dois outros eleitos do seu partido. Dois outros pediram a demissão. Svobod, conhecido pela sua vontade de lutar contra a corrupção no município, foi derrubado pelo partido TOP 09 (centro-direita), com quem estava coligado. É "uma traição" por parte do TOP, que liquidou, com a ajuda dos sociais-democratas e dos comunistas, uma coligação que funcionava ou é consequência dos conflitos no seio do ODS?, pergunta o Lidové noviny. O jornal acrescenta que "o caso também se reflete dentro do Governo de coligação de centro-direita". O primeiro-ministro Petr Nečas acusa o seu parceiro, o vice-presidente do TOP 09, e o ministro das Finanças, Miroslav Kalousek, de serem os responsáveis por este caso. |
Islândia: “Novo Governo instala-se”
O executivo saído das eleições de 27 de abril entrou em funções a 23 de maio. Apoiado por uma coligação entre o Partido do Progresso, do primeiro-ministro Sigmundur Davíð Gunnlaugsson, 38 anos, e do Partido da Independência, de Bjarni Benediktsson, o Governo é composto por nove pessoas que nunca tinham sido ministros. Numa entrevista ao Morgunblaðið, Benediktsson, nomeado para a importante pasta das Finanças e da Economia, afirmou querer começar por baixar os impostos já este verão, "para relançar a economia". Na véspera da sua entrada em funções, Benediktsson tinha anunciado que "o processo de adesão da Islândia à União Europeia seria imediatamente interrompido". |