Outras páginas.

sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Tenho um deputado em casa!

                                                                                    

Estava eu a pensar... O meu cão dorme em média 18 horas por dia. Tem toda a comida preparada, e pode comer qualquer coisa sempre que lhe apeteça. A comida é-lhe fornecida sem qualquer custo. Tem cuidados médicos uma vez ao ano, ou quando necessário, e não paga nada por isso. Mora numa zona central, com boa vizinhança e numa casa que é muito maior do que ele necessita, mas não necessita de limpar nada. Se fizer porcaria, alguém limpa. Escolhe os melhores lugares da casa para fazer a sua soneca e recebe essas acomodações completamente grátis. Vive que nem um rei e sem que isso lhe acarrete qualquer despesa extra. Todos os seus custos são pagos por outras pessoas que tem de sair de casa para ganhar a vida todos os dias.
 
 Eu estive a pensar sobre isto e, de repente, concluí... raios me partam!!!... O meu cão é deputado!!!..."

 

Portal do IEFP divulga anúncio de emprego demasiado específico

A seriedade!!!
O anúncio está a circular no Facebook e a provocar os mais variados comentários. Entretanto, os responsáveis do portal já corrigiram a gaffe, tirando o nome da pessoa, mas os outros portais que reproduzem o Netemprego não foram tão rápidos, como se pode ver aqui.

Mineiros sul-africanos vão ser acusados de homicídio.

É o delírio, nestes países!!! Não é possível, mas como seria no tempo do apartheid?
A BBC cita um porta-voz do Ministério Público sul-africano que anunciou a acusação por homicídio de 270 mineiros pela morte de 34 dos seus colegas, trabalhadores que foram, na realidade, mortos a tiro pela polícia.

José Eduardo dos Santos: “o autocrata africano menos conhecido”

"Ele tem um traço autoritário com uma milha de largura, dizem os seus inimigos, e governa o seu país há mais tempo do que Robert Mugabe. No entanto, José Eduardo dos Santos talvez seja o autocrata africano que o mundo menos conhece", sublinha o jornal britânico.
 

Administração da RTP contra plano de Relvas

O Conselho de Administração da RTP divulgou aos funcionários da empresa uma nota, a que a Lusa teve acesso, em que afirma que manifestou em "tempo oportuno" junto do governo a sua discordância perante o cenário de uma concessão a um privado da empresa, anunciado na semana passada pelo conselheiro do governo António Borges.

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Vencimentos na RTP…

Director de Informação da RTP ganha mais de 14 mil euros. Fátima Campos Ferreira, José Rodrgues dos Santos, etc…CM

Angola: Sexto português assassinado desde o início do ano!

Esperavam o quê? “Viagem marcada de regresso a Portugal, Rui da Câmara e Sousa, 59 anos, ia reunir-se esta semana com a família em Lisboa. Mas anteontem foi assassinado na sua vivenda, no Lobito, Angola – a empregada encontrou o empresário português deitado na cama com a cabeça esmagada. O empresário é o sexto português a ser morto em Angola desde o início do ano.” CM

Eleições em Angola…

Eleições idênticas às da Rússia e países de matriz comum…

RTP, o ridículo da “navegação à vista”

E ao sexto dia, Passos Coelho falou: "Não há razão para nenhuma histeria nem para nenhuma mobilização excepcional." Assim sendo, devemos ignorar o consultor do Governo para as privatizações que além de ter anunciado o fim da RTP 2 - "é um serviço que custa extraordinariamente caro [...] para uma audiência muito minoritária" - também não teve nenhuma dificuldade em falar em despedimentos? Se o que António Borges disse não merece consideração especial, por que razão continua ao serviço do Governo? Para, como revelou Marcelo Rebelo de Sousa, dizer o que Miguel Relvas "quis que fosse conhecido"? Borges é, afinal, tão-somente o lançador de balões de ensaio que o Governo usa para poder medir e avaliar as reações do País. Em suma, ruído. Mas há silêncios. Miguel Relvas não falou. Paulo Portas dificilmente falará. Cavaco Silva aguarda... em silêncio. E há bizarrias. O líder socialista promete, sem concretizar, que "quando o PS for Governo voltará a existir um serviço público de televisão", outros acenam com a "inconstitucionalidade", e que há mesmo quem garanta que o PS "resgatará a concessão e renacionalizará (?) a RTP". Na maioria é clara a divisão. O CDS recusa o fim da RTP 2. E não tem parado de criticar a pessoa "sem mandato político" que anda a fazer coisas "no mínimo estranhas" e "perfeitamente desnecessárias". Já o PSD, enquanto durou o silêncio de Passos, tentou manter a versão de António Borges. Até ontem. O primeiro-ministro admite que, sem tabus, vai estudar as "soluções finais" para a RTP. Concessionar? Vender um dos canais e administrar o outro? Fechar um deles e gerir o outro? Um problema "técnico" que está nas mãos de um conjunto de consultores recrutados para o processo de "alienação". Enfim, demasiado entretenimento para um país que está à beira de não cumprir o défice prometido à troika.

terça-feira, 28 de agosto de 2012

O Bordel Português.

 

        A vida é filha da puta, 
    A puta é filha da vida...
    Nunca vi tanto filho da puta, 
    Na puta da minha vida!

 
 
   

Oferta de emprego, pelo IEFP, com candidato pré-escolhido???

Um anúncio colocado na página do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) para um lugar de educador de infância apresentava uma característica peculiar: além dos requisitos necessários para o exercício da função, esta já tinha destinatário pré-definido. A oferta de emprego n.º 587847025 na página do IEFP tinha um destinatário exclusivo como se pode ler no campo "Outros Conhecimentos": "Só a admitir Vera Pereira", tudo em maiúsculas e com um "a" a mais. O anúncio, em que foi entretanto apagada a referência à pessoa em questão, destinava-se ao preenchimento de uma vaga de educador/a de infância para a zona de Tavira e exigia como condições básicas "conhecimentos inerentes à profissão de Educadora de infância", tinha termo certo de seis meses, horário diurno e completo. A remuneração situava-se na casa dos 800 euros. O/A(s) candidato/a(s) deviam estar inscrito há pelo menos seis meses no centro de emprego local para puderem concorrer. O anúncio, aqui reproduzido na versão original, circulava esta manhã nas redes sociais, suscitando inúmeros comentários, uns críticos e outros, naturalmente, sarcásticos. O DN está a tentar contactar o IEFP para obter uma explicação do sucedido. DN

Deputados, governantes, professores e polícias, ganham mais euros do que em 2011!

Os políticos estão a receber mais por mês do que em 2011, apesar dos cortes de subsídios e de salários que foram aplicados no decorrer deste ano. A subida média nos salários de governantes e deputados foi de 81 euros – e estende-se a outras profissões. De acordo com os dados da Direcção-Geral da Administração e Emprego Público, a remuneração média dos representantes do poder legislativo (Parlamento) e executivo (Governo) passou de 5.605,5 euros em Outubro de 2011 para 5.686,6 euros em Abril deste ano, noticia hoje o “Correio da Manhã”. Uma variação de 1,5% que, de acordo com o Ministério das Finanças, “poderá resultar” de factores “variáveis” como “a atribuição, nos termos da lei, de subsídios de deslocação”. O diário escreve que, no final do ano, este acréscimo salarial vai equivaler a quase mil euros. Mas não são só os políticos que registam uma subida das médias salariais: os professores do ensino superior politécnico (2,4%) e os polícias (2%) até registam uma variação superior face a 2011. Os oficiais de Justiça (1,8%) e os professores do ensino universitário (1%) também viram o seu salário mensal médio crescer cerca de 30 euros este ano. Em sentido inverso, os diplomatas sofreram um corte de 6% na remuneração média, passando a receber menos 520 euros que em 2011. O pessoal de inspecção sofreu um corte de 3,2% no salário, ao passo que a diminuição na remuneração dos assistentes operacionais/auxiliares foi de 2,5%. Os sindicatos explicaram ao “CM” que pediram esclarecimentos ao Governo mas que não conseguiram obtê-los. JN

57 carros de luxo na frota da RTP.

São 57 os automóveis, adquiridos em regime de aluguer operacional de veículos, que constituem a frota da RTP destinada a administradores, directores, subdirectores e alguns chefes de serviço. Só o Mercedes Classe E de Guilherme Costa, presidente da estação, custou 11 674 euros em 2011. Mas a lista a que o CM teve acesso contempla outros automóveis de alta cilindrada, entre eles um Lexus IS200, um BMW 520 D e um Audi A6 TDI. Entre 2010 e 2013, a RTP deverá gastar cerca de 1,1 milhões de euros com as rendas dos contratos de renting da sua frota de automóveis, que tem de ser trocada no prazo máximo de 54 meses. O valor diminui todos os anos, mas só em 2010, as prestações totais rondaram os 840 mil euros. Segundo o Relatório e Contas de 2011, os carros da administração, na altura constituída por cinco elementos, custaram perto de 50 mil euros. A estes valores é preciso ainda somar os gastos em combustíveis (no mesmo ano ultrapassou os 16 mil euros) e portagens. A RTP informou recentemente a redução de 33 para 27 as viaturas de reportagem, uma medida que foi alvo de críticas por parte da Comissão de Trabalhadores e que afecta, sobretudo, os repórteres de imagem, que utilizam os automóveis para transportar o equipamento. Entretanto, também terá sido anunciado que os subdirectores perdem o direito a viatura da empresa, uma medida interna que a RTP não comenta.

PORSCHE DE DIRECTOR FINANCEIRO CUSTA 3 MIL EUROS/ANO À EMPRESA

Augusto Teixeira Bastos, director financeiro da RTP, conduz um Porsche 911 Carrera de 2006, comprado pelo próprio em segunda mão, e que abastece de gasolina com o cartão Galp Frota da estação. Em 2009, a despesa aproximou-se dos três mil euros anuais (250 euros por mês), apurou o CM. As regalias dos quadros superiores da RTP são viatura de serviço, com seguro, cartão de gasolina com plafond limite e telemóvel. Teixeira Bastos, que recebe cerca de 7500 euros brutos mensais, optou por não ficar com um veículo de serviço, que seria um Audi, tendo preferido adquirir um veículo próprio e pagar o respectivo seguro. Por este motivo, recebe um subsídio que corresponde à prestação de um carro da empresa. CM

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Para a S&P, resgate completo não teria efeito no 'rating' espanhol.

Se já está a um nível inferior a lixo, como pode baixar mais?

“A Standard & Poor's (S&P) disse hoje que o 'rating' atribuído a Espanha não será revisto se o País pedir um resgate internacional.

Esta declaração surge numa altura em que o país vive tempos de incerteza em relação ao seu futuro nos mercados de capitais, depois dos juros dos títulos a 10 anos terem já a barreira dos 7% no mercado secundário, considerada pela generalidade dos analistas como o limite para pedir um resgate.
"Se Espanha decidir por um pedido de resgate total, isto pode, na nossa opinião, constituir o reconhecimento oficial de que o Governo está a enfrentar riscos no seu financiamento nos mercados de capital a taxas sustentáveis", considera a agência.
"Contudo, pensamos que as potenciais condições mais vantajosas que Espanha pode receber no âmbito de um programa de ajuda podem aumentar as hipóteses de sucesso do país na ambiciosa e politicamente desafiante agenda de reformas orçamentais e económicas", acrescenta.
A S&P classifica actualmente a dívida espanhola com o ‘rating' BBB-, uma nota já abaixo da classificação considerada ‘lixo', com o outlook (perspectivas de evolução) negativo.” Economico

Espanha limita em 500 mil euros salário fixo em bancos intervencionados.

Incompetentes e bem pagos…

“O Governo espanhol vai impor um limite ao salário dos gestores dos bancos que vão receber ajuda estatal. A remuneração fixa anual destes banqueiros vai ter assim um limite de 500 mil euros.
O Ministério liderado por Luís de Guindos quer reduzir assim em 100 mil euros o tecto máximo que tinha imposto a estes executivos há apenas seis meses, quando o governo liderado por Mariano Rajoy iniciou a reforma do sistema financeiro espanhol.
Esta limitação vai aplicar-se assim a todas as entidades que necessitam de apoio financeiro público, o que pode significar a maioria dos bancos. Os especialistas acreditam que apenas os maiores bancos como o Santander, BBVA e La Caixa, não vão precisar de recorrer à ajuda estatal. As certezas chegarão com a divulgação das auditorias que estão a ser elaboradas pelas consultoras Ernst & Young, Deloitte, KPMG e PWC.
Este decreto-lei, que deve ser aprovado amanhã em Conselho de Ministros, também introduz a possibilidade de sancionar a má gestão. "Os administradores devem ser responsabilizados pelos eventuais danos na proporção da sua participação e gravidade ", lê-se no documento a que o Expansion teve acesso. Até agora, nenhum banqueiro foi chamado para explicar a má gestão de nenhum dos bancos espanhóis

Portugal também impõe limitações

Em Portugal o Governo já aprovou uma portaria onde define que os administradores que pedirem dinheiro ao Estado vão sofrer um corte na remuneração.
Entre as instituições financeiras visadas estão o Banco BPI, o BCP e o Banif, que já anunciaram publicamente que pretendem recorrer à ajuda do Estado para reforçar a sua estrutura de capital.
De acordo com a portaria que regula a entrada do Tesouro no capital dos bancos, já publicada em Diário da República, "as instituições de crédito beneficiárias devem fixar para o conjunto dos membros dos órgãos de administração e fiscalização uma remuneração que, no cômputo da sua componente fixa e variável, não seja superior a 50% da respectiva remuneração média dos dois anos anteriores, salvo se esse valor for inferior à remuneração em vigor em instituições de crédito cujo capital seja detido na totalidade, directa ou indirectamente, pelo Estado, caso em que pode ser este o valor da remuneração a fixar."
Nesse sentido, os administradores do Banco BPI e do BCP, que nos últimos dois anos auferiram, em média, por ano, 554 mil e 456 mil euros, respectivamente, sofrerão um corte salarial de 50% sobre esse montante. Na prática, significa que a equipa de Fernando Ulrich e de Nuno Amado passarão a receber, em média, menos 252,45 mil face aos valores de 2011.” Economico

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

A democracia na Russia. Sentença das cantoras 'punk' Pussy Riot é hoje conhecida.

O conceito de democracia, na Russia, é diferente do que é praticado nas democracias ocidentais!

“O tribunal de Moscovo que está a julgar as três jovens do grupo 'punk' russo Pussy Riot, acusadas de crimes de vandalismo motivado por ódio religioso, vai hoje divulgar a sentença do processo.” CM

Polícia, sul-africana, massacra mineiros em greve!

O massacre foi encomendado e por quem? A democracia ainda não diz nada a muita gente!

Notar que a empresa Lonmin ainda ontem meteu um anuncio, a pedir pessoal, para esta mina!

“No momento do tiroteio, mais de uma centena de polícias, acompanhados por viaturas blindadas, colocavam barreiras para impedir o avanço de milhares de mineiros em greve na mina de platina de Marikana, a maior da empresa Lonmin na África do Sul. Mas um grupo terá aparentemente surpreendido os agentes, avançando por um flanco desprotegido. Supostamente em pânico, os polícias dispararam várias rajadas de metralhadora, causando um massacre que traz à memória os tempos do apartheid. Quando cessou o tiroteio, jornalistas presentes no local fotografaram lanças e paus junto dos cadáveres dos grevistas, mas nenhuma arma de fogo. O forte dispositivo policial foi enviado para a mina após uma semana de violentos confrontos entre grupos rivais de sindicalistas, que causaram a morte de oito mineiros e dois polícias. O conflito, que opõe a Associação de Mineiros e Trabalhadores da Construção (AMCU) ao Sindicato Nacional de Mineiros, ligado ao ANC, do presidente Jacob Zuma, dura há oito meses e praticamente paralisou a extracção nas minas do país, que tem 80 por cento das reservas mundiais de platina.” CM

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Queixa contra americano que instigou à prática de crimes.

As cidadãs portuguesas Diana Andringa e Joana Lopes apresentaram esta sexta-feira uma queixa-crime contra o norte-americano Jonathan Winer, por instigação pública à prática de crimes como o rapto, o homicídio e a coação contra órgãos constitucionais portugueses.
Diana Andringa é jornalista e ex-presidente do Sindicato dos Jornalistas e Joana Lopes é a autora do blog "Entre As Brumas da Memória".

Novas oportunidades.

A Agência Nacional para a Qualificação e o Ensino Profissional (ANQ) emitiu hoje um comunicado no qual afirma que os Centros de Novas Oportunidades poderão prosseguir a atividade até ao final do ano.

Segurança Social: esconde informação sobre recibos verdes e lesa desempregados.


Quando o próprio Estado, por via dos seus governantes, está de má-fé, que mais se pode dizer...
"Pessoas sem emprego podem acumular subsídio com os recibos verdes desde 2010, mas menos de duas mil pessoas o fazem por falta de esclarecimento
O Decreto-Lei 72/2010 criou a possibilidade de o desempregado desenvolver “atividades por conta própria sem perder o apoio do subsídio parcial, assegurando-se, desta forma, a transição para a vida ativa”. Mas este é um segredo bem guardado. Os centros de emprego não alertam os beneficiários para esta possibilidade que permite poupar dinheiro ao Estado e ajudar a economia. Sistema de informação do IEFP só regista 1947 desempregados que recebem subsídio e desenvolvem uma atividade independente." DN

Não foi por falta de aviso...

Sem comentários!
OS POLÍTICOS NÃO GOSTAM DE OUVIR FALAR NELE... PORQUE SERÁ?


segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Mourinho, sobre sus títulos


'Más que 'Special One' deberían llamarme 'Only One'
"Después de ganarlo prácticamente todo eres menos egoísta y egocéntrico", asegura el técnico portugués.

Fenprof: “Governo prepara maior despedimento coletivo de sempre”

A Federação Nacional dos Professores (Fenprof), em comunicado divulgado nesta quinta feira, diz que se inicia hoje, 9 de agosto, "uma nova fase do problema que o MEC criou ao, deliberadamente, tomar medidas destinadas a eliminar 25.000 postos de trabalho nas escolas", com "a reabertura, às escolas, da plataforma informática em que foram inscritos cerca de 15.000 docentes com "horário-zero".

O canto e as gorjas


As caras não nos eram estranhas, mas não sabíamos de onde conhecíamos aquele casal, sentado, com uma filha, na cálida noite de ontem, na esplanada do Café de Flore, no boulevard Saint Germain. Seria aqui de Paris? Não! Tinham um inconfundível ar de turistas. E, quase de certeza, eram portugueses. Conheciamo-los, embora só de vista. Seria de Lisboa?

Em frente a nós e a eles, um guitarrista, com som e aparelhagem elétrica, tocava e cantava (e bem) algumas canções americanas. Interpretou quatro ou cinco, não mais. E, de imediato, começou, pelas mesas, a recolher umas moedas. Demos conta de que os nossos "conhecidos" estavam furiosos com a parcimónia do espetáculo. Com alguma razão: pouco mais de dez minutos de cantorias e o artista já se dedicava a cobrar o show.

Foi então que ouvimos o cavalheiro, de forma bem clara, comentar, alto e bom som: "Ai! não "tocáides" mais? Atão, não "lebáides" nada de gorjas!". Estava desfeito o mistério: eram de Vila Real!

Feira popular

Há dias, passei junto a uma "fête foraine" que, todos os anos, por alguns meses, se instala no jardim das Touileries, no centro de Paris. Não tem nada de especial, para além dos "carrinhos", "cadeirinhas", carrocéis e coisas assim, a culminar numa roda gigante, tudo apoiado em alguns comes-e-bebes e gelados. Mas anda por lá um mar de gente.

Há uma semana, em Lisboa, do táxi que me levava ao aeroporto, olhei o espetáculo desolador da antiga Feira Popular, um espaço onde o nada está agora murado por cartazes, tendo no topo o triste esqueleto do velho (e histórico, por muitas razões) teatro Vasco Santana. Já perdi de vista o folhetim do destino daquele terreno, feito de algumas megalomanias, de negócios cruzados e falhados (?), dos inevitáveis e eternos processos jurídicos que parece serem a nossa sina e, claro, de muita incompetência, como sempre entre nós, nunca punida.
 
A Feira Popular de Lisboa estava longe de ser um lugar requintado, com o é o Tivoli de Copenhague, mas era um espaço verdadeiramente popular, onde uma certa Lisboa e arredores parava nos fins de semana de alguns meses do ano. Por lá havia, para além das simples amenidades habituais deste tipo de locais, alguns restaurantes baratuchos com sardinhas, febras, cervejolas e vinho a jarro, para terminar a sazonal experiência do ó-freguês-vai-um-tirinho? ou do "comboio fantasma". Admito que não tivesse um grande futuro económico à sua frente, mas o seu encerramento o que é que trouxe à cidade, em troca? Apenas o "poço da morte", um espaço vazio. Os responsáveis por essa "obra" estarão contentes? Ninguém diz nada? Será que Portugal entrou mesmo numa irrecuperável letargia?

Os jogos olímpicos e a mercantilização do desporto

Quem ligar a televisão nestes dias para ver o telejornal terá de assistir a um desfilar de notícias sobre a participação portuguesa nos jogos olímpicos, acompanhada de lamentações pelas medalhas não ganhas. O discurso nacionalista alia-se ao individualismo para criar um ambiente de competição feroz, acompanhado de apelos ao consumo. Qualquer semelhança entre isto e o desporto é pura coincidência.

Testemunho

Ontem, no final da estafeta de 4 x 100 da Olimpíadas, um burocrata "bife" impediu o jamaicano Bolt, que tinha "apenas" acabado de bater o record do mundo (num grupo que conseguiu uma média superior a 40 km por hora, se já fizeram as contas), de ficar, como recordação, com o testemunho utilizado na estafeta, aquele tubo amarelo que se vê na imagem.

Confesso que não percebi por que razão Bolt lhe entregou o objeto. Acaso o funcionário iria atrás dele?

Havia de ser comigo! Ou pior: se fosse comigo, o homem era capaz de me apanhar...

Moniz Pereira

No final da maratona olímpica que hoje se concluiu em Londres, e por uma qualquer razão bem concreta, lembrei-me da figura de Mário Moniz Pereira.

Nos idos de 70, quando proliferaram em Portugal as "associações de amizade" entre Portugal e alguns países (normalmente do "socialismo real", como era o caso da Portugal-Polónia, de que fui membro), Moniz Pereira tomou a iniciativa (que já não recordo se polémica) de criar uma "associação de amizade Portugal-Portugal", sublinhando a necessidade de cuidarmos das nossas relações conosco mesmos. Nos dias que correm, pergunto-me se não valeria a pena recuperar essa instituição.

Conselheira da UE para as privatizações na Grécia implicada em corrupção

A eslovaca Anna Bubeníková era uma das conselheiras da agência de privatização grega nomeada pela Comissão Europeia para dar assessoria ao governo de Atenas no processo de privatizações que pode chegar aos 19 mil milhões de euros até 2015. Fora nomeada para o cargo em julho de 2011, e tinha o seu salário pago não pela Comissão Europeia, mas pelo governo grego.

América, América

Os Estados Unidos são um país que não para de surpreender.

Depois da relativa desilusão que havia sido a sua prestação nos jogos olímpicos de Pequim, a América desportiva renasce, mais forte do que nunca, nas jornadas londrinas que ontem se encerraram, com a Europa num lugar secundário.

Mas há surpresas de outra natureza que também surgem do outro lado do Atlântico. Quando todos presumiam que o candidato presidencial republicano, Mitt Romney, ia "compensar" a sua imagem de conservadorismo com um companheiro de "ticket" que pudesse abrir caminho ao voto do centro, eis que surge nesse lugar uma figura de uma direita que está próxima do Tea Party, o que pode ser uma inesperada boa notícia para a recandidatura de Barack Obama. Será que o efeito de um candidato de um modelo ideológico tipo Sarah Palin vai beneficiar o atual presidente? Ou será que, em caso de vitória de Romney, poderemos ter uma reedição de uma "escola" de vice-presidentes como Spiro Agnew ou Dan Quayle? Ou será que somos nós, para quem o desfecho do que se passar em Washington não é nada indiferente, quem está a ler a realidade americana à maneira europeia?

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

PGR analisa história de Zita Seabra sobre espionagem, pelo PCP.

Zita Seabra saberá do que fala, pois com um passado de dezenas de anos no PCP.

“Ex-dirigente expulsa pelo PCP contou que o partido teria usado a FNAC, empresa de ar condicionado do também comunista Alexandre Alves. Microfone seriam colocados nos ares condicionados instalados em ministérios e outros órgãos de poder, sobretudo militares. Este é um dos principais assuntos de hoje na edição imprensa ou no e-paper do DN.”

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Ser Amado.

Às vezes, é preciso conseguirmos o que não se consegue: parar de amar por um momento, para se ser amado por quem se ama.
Seria bom podermos parar para nos sentirmos amados sem ser de volta, na confusão de duas pessoas a amarem-se. Se não amássemos quem amássemos, talvez pudéssemos receber o amor dela e saber como era. 
Mas não é provável. Se não a amássemos, não quereríamos saber. Ser amado seria um pedido, uma intromissão, um desconforto à espera de uma resposta nossa, de uma desilusão, de uma insensibilidade àquele amor que não queremos para nada, que nos apanhou e embaraça. Se calhar, na vida e na morte de quem ama e quem se ama, só se sente o não ser amado e o já não ser amado e, quando muito, o já ter sido amado. A ausência e a tristeza, por muito grandes que sejam, não são tão grandes como a presença, a alegria e a angústia do amor vivo, que ocupa os corpos todos e as almas todas. 
É pena que enquanto se é amado por alguém nunca pareça que se é. Amado, de certeza, incondicionalmente, como é amado - também sem saber - quem amamos. 
A maior sorte é pensar que a pessoa amada, à força de ser tão amada, quase por uma questão de empatia e reciprocidade, começa a enganar-se que nos ama também. É a que me cabe, graças à Maria João e ao amor com que a amo. 
Ela ama-me também. Sem ser por arrasto - e com atraso. É isto que ela me diz. Eu não acredito. Mas cada vez tenho menos razões para não acreditar. É muito. É muito mais. Obrigado, meu amor. 

Miguel Esteves Cardoso, in 'Jornal Público' (26 Julho 2012)

Alguém esclarece?

Desde há uns tempos, ando com uma dúvida. Ficaria grato - com sinceridade - se alguém ajudasse a esclarecê-la.

No final dos anos 90, recordo-me de uma "batalha" política empreendida pelo governo de então (do qual, aliás, eu fazia parte) no sentido de acabar com a "poluição" visual que representava a proliferação de "outdoors" pelas estradas do país, julgo que com especial incidência junto das autoestradas, aparentemente com vista a atenuar os riscos de distração dos condutores. A questão, recordo-me, foi polémica mas teve, na realidade um efeito prático, com a desaparição de centenas desses imensos cartazes. Tenho mesmo a ideia de que foi necessário pagar a algumas entidades, que tinham direitos adquiridos que deveriam ser tidos em conta.

Passaram uns tempos e eu nem mais pensei na questão, até porque não tenho "strong feelings" sobre ela. Hoje, porém, ao atravessar Portugal de norte para sul, verifiquei a existência de centenas de outdoors gigantes por todo o lado. Pergunto: essa legislação foi revogada ou ninguém a está a cumprir?

Alguém me ajuda a perceber o que se passa?

Os pontos nos iis

É por demais evidente que, em democracia, os responsáveis políticos são eleitos pela população de acordo com programas e devem, por isso mesmo, ser responsabilizados pelos cidadãos pelas políticas que desenvolvem e pelos atos de gestão que promovem.

Brasil: o 'mensalão' chega à Justiça

Para a oposição e os meios hegemónicos de comunicação (que no Brasil são dois nomes para a mesma coisa), trata-se do julgamento do século. Para o PT e muito especialmente para algumas das suas estrelas mais luminosas, trata-se de uma espécie de pesadelo. Para o Supremo Tribunal Federal, o máximo tribunal brasileiro, é um enorme desafio: são 50 mil páginas como os autos do processo, que não tem prazo para terminar, e seguramente vai-se estender pelo menos até meados de setembro.

Idosos perdem mobilidade e ficam mais isolados

Mais de 40 mil idosos da Grande Lisboa deixaram de comprar o passe terceira idade no primeiro semestre deste ano, segundo dados enviados à Agência Lusa pela Carris.
Nesse período, houve uma redução de mais de 17 por cento na compra do passe Navegante Urbano 3ª idade (Carris, Metro e CP na zona urbana). No primeiro semestre deste ano, acordo com a empresa, no primeiro semestre do ano passado, 200.876 pessoas compraram esse passe, contra 242.717 no mesmo período do ano passado.

Seca nos EUA anuncia alta generalizada dos preços dos alimentos no mundo

Uma intensa seca alastra rapidamente através do centro dos Estados Unidos, danificando ainda mais os produtos agrícolas básicos e aumentando o risco de uma crise alimentar global.
O Médio Oeste, onde por volta de um terço das variedades de cereais são produzidas, sofre a mais profunda seca do último meio século.

Almanaques


Na casa da minha avó paterna, em Viana do Castelo, um belo edifício frente à doca onde hoje se acolhe uma fundação musical, havia um escritório que, por quase uma dezena e meia de Agostos, se transformava no meu quarto. Recordo-me que, ao redor da cama, para além de uma escrivaninha, havia três armários envidraçados, dentro dos quais reluziam belas encadernações de livros, pertencentes a um membro da família que morrera ainda antes de eu nascer, o tio Túlio. A sua figura severa olhava-nos da parede, de uma fotografia em que aparecia com uma farda cinzenta de tenente da Cruz vermelha. Ao lado, num outro caixilho, que tilintava quando se lhe tocava, jaziam as suas condecorações. Os livros estiveram, por muito tempo, inacessíveis à ala mais jovem da família, fechados à chave. Estava por lá tudo o que era literariamente óbvio na pátria - Eça, Camilo, Júlio Dinis, Herculano, etc. - e uma imensa diversidade de obras estrangeiras, que assentava muito no realismo francês do fim do século XIX e, na área do ensaio, tinha coisas muito ecléticas e até cientificamente bizarras. Por razões que a memória da família não acolhe, recordo ainda existirem textos vários, em português e francês, sobre espiritismo. Só lá para os meus 13 ou 14 anos é que tive direito às chaves dos armários talvez porque, verdade seja dita, apenas nessa idade comecei a ter curiosidade em explorar alguma daquela livralhada. De início foi Jules Verne e os muitos Sandokan. Depois, aconselhado em segredo por primos mais velhos, aventurei-me, pelas razões naturais da idade, por literatura com páginas tidas por mais excitantes, num outro mundo de aventuras...

Mas todo este preâmbulo serviu apenas para dizer que, num dos armários, o tio Túlio tinha uma magnífica (e julgo que, à época, muita completa) coleção dos Almanaque Bertrand, umas dezenas de preciosos volumes de que eu bem gostaria hoje de ser proprietário (que será feito deles?). Embora a "cultura de almanaque" de alguns nossos conhecidos fosse sempre objeto de ácidas graças no seio da nossa família, a verdade é que esses belos anuários, que aliavam o caráter de repositório de memórias com anedotas, curiosidades, jogos, curtos textos literários, de humor e de divulgação, foram muito importantes para algumas gerações, num tempo sem televisão e com a rádio apenas a nascer, em que muita imagem era substituída por imaginação.

Nesta ensoleirada tarde de domingo, com a Bertrand do Chiado aberta (viva a crise!), adquiri, por uma muito módica quantia, o Almanaque Bertrand nº 72, relativo a 2012/2013. E, por mais de uma hora, na esplanada da Brasileira, em frente ao "Paris em Lisboa", na qualidade de quase único representante português na maré de estrangeiros que se fotografam com o metálico Pessoa, diverti-me imenso com essa encadernada variedade de informação e divertimento. E recordei, com alguma saudade e gratidão, o tal tio Túlio que nunca vi.

Do Almanaque deste ano, deixo esta divertida definição (muito injusta, reconheça-se) do "Folar de Chaves": "grossas almofadas confecionadas a partir de restos de croissant e recheadas com bacon, linguíça, salpicão e espanhóis"...

Alemanha ganha mais de 70.000 milhões com crise da dívida

O diário alemão "Bild" reconheceu, na passada quarta feira (1 de agosto de 2012), que a "Alemanha ganha dinheiro graças à crise do euro". Noticia a revista francesa "L' Expansion", que de acordo com aquele jornal a Alemanha está a ganhar com a baixa das taxas de juro da sua dívida soberana, mas também com a baixa da cotação do euro, que favorece as suas exportações para fora da União Europeia.

Empresas pagam cada vez menos IRC

O jornal "Público", desta segunda feira, destaca que o IRC (Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas) pago pelas empresas em 2010 foi o mais baixo dos últimos 20 anos e que a percentagem recolhida pelo Estado é cada vez menor, desde 1990.

57 famílias por dia deixaram de pagar a prestação da casa, no primeiro semestre

Segundo o "Diário Económico" desta terça-feira e de acordo com os últimos dados divulgados pelo Banco de Portugal, no primeiro semestre de 2012, 10.454 famílias deixaram de pagar o crédito à habitação. Ou seja, em média 57 famílias por dia deixaram de pagar a prestação da sua casa nos primeiros seis meses do ano.

7,2 milhões para projecto falido, no Alqueva.

Onde está o dinheiro que o PS lhe deu? Sociedade de José Roquette em processo de insolvência.

O negócio, para o Estado, para os lojistas, PT, etc., das campanhas de solidariedade!

Sendo o Estado responsável por todos nós cidadãos, que somos o próprio Estado, compete então ao mesmo resolver as situações dos cidadãos mais carenciados, pois para isso é que pagamos impostos, além de outras situações.

No recente Programa de luta contra a fome.
Nada é o que parece.
Ora veja:

Decorreu este fim de semana mais uma ação, louvável, do programa da luta contra a fome mas....façam o vosso juízo!
A recolha em hipermercados, segundo os telejornais, foi cerca de 2.644 toneladas! Ou seja 2.644.000 Kilos.
Se cada pessoa adquiriu no hipermercado 1 produto para doar e se esse produto custou, digamos, 0.50 € (cinquenta cêntimos), repare que:
2.644.000 kg x 0,50 € dá 1.322.000,00 € (1 milhão, trezentos e vinte e dois mil euros), total pago nas caixas dos hipermercados.
Quanto ganharam???:
- o Estado: 304.000,00 € (23% iva)
- o Hipermercado: 396.600,00 € (margem de lucro de cerca de 30%).
Nunca tinha reparado, tal como eu, quem mais engorda com estas campanhas...
Devo dizer que não deixo de louvar a ação da recolha e o meu respeito pelos milhares de voluntários.
MAIS....
É triste, mas é bom saber...
- Porque é que os madeirenses receberam 2 milhões de euros da solidariedade nacional, quando o que foi doado eram 2 milhões e 880 mil?
Querem saber para onde foi esta "pequena" parcela de 880.000,00 €
A campanha a favor das vítimas do temporal na Madeira através de chamadas telefónicas é um insulto à boa-fé da gente generosa e um assalto à mão-armada.
Pelas televisões a promoção reza assim: Preço da chamada 0,60 € + IVA. São 0,72 € no total.
O que por má-fé não se diz é que o donativo que deverá chegar (?) ao beneficiário madeirense é de apenas 0,50 €.
Assim oferecemos 0,50 € a quem carece, mas cobram-nos 0,72 €, mais 0,22 € ou seja 30%.
Quem ficou com esta diferença?
1º - a PT com 0,10 € (17%) isto é a diferença dos 0.50€ para os 0.60€.
2º - o Estado com 0,12 € (20%) referente ao IVA sobre 0,60 €.
Numa campanha de solidariedade, a aplicação de uma margem de lucro pela PT e da incidência do IVA pelo Estado são o retrato da baixa moral a que tudo isto chegou.
A RTP anunciou com imensa satisfação que o montante doado atingiu os 2.000.000,00 €.
Esqueceu-se de dizer que os generosos pagaram mais 44%, ou seja, mais 880.000,00 € divididos entre a PT (400.000,00 € para a ajuda dos salários dos administradores) e o Estado (480.000,00 € para auxílio do reequilíbrio das contas públicas e aos trafulhas que por lá andam).
A PT cobra comissão de quase 20% num acto de solidariedade!!!
O Estado faz incidir IVA sobre um produto da mais pura generosidade!!!
ISTO É UMA TOTAL FALTA DE VERGONHA, SOB A CAPA DA SOLIDARIEDADE. É BOM QUE O POVO SAIBA QUE ATÉ NA CONFIANÇA SOMOS ROUBADOS.
ISTO É UM TRISTE ESBULHO À BOLSA E AO ESPÍRITO DE SOLIDARIEDADE DO POVO PORTUGUÊS!!!

Enviado por um leitor, com correções minhas.
Fiz os cálculos e estão certos.

Pelo menos. DENUNCIE!

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Draghi: compra de dívida de Itália e Espanha condicionada a programa de ajustamento

Na semana passada, o presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, anunciava que o BCE iria "fazer tudo" para controlar a crise financeira. Estas afirmações levantaram enormes expectativas, já que deixavam antever que esta entidade iria adquirir obrigações de países como Espanha e Itália, cujos juros da dívida ascendem a níveis considerados insustentáveis.

A ameaça nazi que surge dos escombros da crise grega

A Grécia, primeiro país a experimentar a austeridade imposta pela Troika (Banco Central Europeu, União Europeia e Fundo Monetário Internacional), vive ao extremo essa realidade. De um lado a Coligação de Esquerda Radical (Syriza) experimentou um crescimento vertiginoso no seu resultado eleitoral, saltando de 4% em 2009 para 27% nas últimas eleições de junho de 2012, quando por apenas 2% não ganhou ao partido de direita Nova Democracia, que conseguiu eleger Antonis Samarás como primeiro-ministro.

Dinheiro em Caixa?

Durante quase três décadas, o meu pai foi gerente, em Vila Real, de uma das filiais distritais da Caixa Geral de Depósitos, instituição em que trabalhou, com imenso orgulho e insuperável dedicação, 47 anos da sua vida. A Caixa era também a sua família e ainda recordo a alegria que lhe dei quando, em 1971, sem o avisar, fiz concurso e fui admitido como funcionário da Caixa - aquele que foi o meu primeiro emprego.

Durante muitas décadas, a Caixa foi o banco popular de Portugal. Era à Caixa, porque a Caixa era do Estado, que as pessoas mais simples confiavam os seus haveres. A Caixa tinha "cadernetas" escritas à mão, onde era inscritos os juros e registados os saldos. Os depositantes compraziam-se em passar pelo balcão da Caixa, para fazer esse acrescento regular, que lhes assegurava "quanto tinham na Caixa".

O meu pai recordava, às vezes, uma pequena história.

Um dia, um funcionário veio avisá-lo de que um cliente, depois de ter pedido para "atualizar a caderneta", informou que queria levantar todo o dinheiro que tinha na sua conta, em espécie. Tratava-se de um montante bastante elevado e, até por razões de segurança, era um pouco estranho que o cliente quisesse transportar o dinheiro dessa forma. Estaria o homem insatisfeito com o serviço prestado pela Caixa?

O meu pai mandou entrar o cliente para o seu gabinete. Era um homem muito simples, residente numa aldeia próxima de Vila Real, idêntico a uma imensidão de outros clientes oriundos das áreas rurais, que constituiam uma grande massa dos depositantes na Caixa. Perante a estranheza manifestada, pela inusitada (e até arriscada) operação que ele pretendia executar, o homem respondeu: "O dinheiro é ou não é meu? Posso ou não posso fazer com ele o que me apetecer? Quero levantá-lo todo e já!". Perante esta inabalável determinação, o meu pai mandou preparar grandes envelopes com as notas, que foram entregues ao cliente. Após receber o dinheiro, o homem perdeu largos minutos a contar todas as notas. No final, disse: "Agora, quero depositar isto tudo outra vez. Foi só para saber se o dinheiro ainda era meu!". E era, claro.

Lembrei-me disto, na tarde de hoje, também na Caixa, também em Vila Real, quando assisti ao drama de uma pobre senhora de aldeia, a dona Celeste, confrontada com a impossibilidade de resgate do montante de um "produto" em que, há alguns anos, tinha sido convencida a empregar alguns largos milhares de euros e que, agora, se via impossibilitada de levantar, sem perder uma importante fatia do próprio capital. Fui testemunha por largos e pungentes minutos do embaraço delicado dos funcionários, dos lamentos lancinantes da senhora, seguidos do seu desmaio, com hipótese de convocação do 112. Um espetáculo triste, penoso e indigno, que incomodou quem a ele assistiu. Que não sei mesmo como acabou, porque, logo que pude, saí, indignado.

Quem terá sido o funcionário espertalhote que vendeu à dona Celeste o "produto", em cujo "small print" estavam (espero eu!) as condicionantes limitativas das possibilidades de resgate? Aquele que o fez impingiu àquela pobre senhora, que tinha uma evidente limitação cultural para entender as peculiaridades da evolução financeira dos mercados, um "produto" em que enterrou muitos dos seus haveres. E, goste-se ou não da palavra, essa pessoa incorreu, na prática, numa verdadeira fraude. Ela e, com ela, a Caixa Geral de Depósitos, instituição onde também eu tenho as minhas economias e que, por ser propriedade do Estado, sempre tive por um banco diferente, onde tinha a certeza que os clientes nunca seriam tratados assim. Enganei-me, pelos vistos.

Se fosse vivo, e se tivesse assistido a esta lamentável cena, o meu pai teria hoje sentido uma imensa tristeza, idêntica à que eu próprio experimentei. Mas ele já morreu, como também já parece ter desaparecido aquela Caixa Geral de Depósitos que foi o seu orgulho, em que as pessoas mais simples deste país, por muitos anos, se habituaram a confiar.

Londres olímpica


Visto aqui de Paris, que continua a ser o maior centro urbano de atração turística à escala global, percebe-se muito bem o fantástico aproveitamento, em termos de promoção como destino de visitantes, que Londres está a fazer com estes Jogos olímpicos. A espantosa qualidade das imagens televisivas cobre diversos cenários do Reino Unido, os quais, sem a menor dúvida, vão atrair, no futuro, muita gente de todo o mundo - não obstante a insegurança do clima.

Tudo indica que estamos perante uma operação bem conseguida, para uma economia britânica que bem dela estava necessitada. E alguma coisa também me diz que os ingleses não vão cometer os mesmos erros da Grécia, em 2004, quando, numa iniciativa algo megalómana, se envolveram numa insensata aventura olímpica, sem um retorno suficiente, o que terá contribuído para agravar a sua já então periclitante situação financeira.

Doidos


Os critérios de arquivamento, quando o há, são diferentes, mas, em todas as embaixadas, existe o que, na linguagem vulgar da "carreira", se chama a pasta das "cartas dos doidos". É uma correspondência muito variada, quase sempre não dirigida nominalmente ao embaixador, muitas vezes escrita à mão, outras à máquina (antiga), ainda raramente (mas começa a aumentar) por via informática. Quase sempre assinadas, diferenciando-se, por aí, das regulares cartas anónimas (neste caso, umas prenhes de cobardia, outras temerosas de consequências), as "cartas dos doidos" tanto podem alertar para teorias conspirativas e catastróficas (os malefícios dos "poderes ocultos" são muito vulgares) como carrear ideias ou propostas bizarríssimas, geralmente "geniais" (algumas que, alegadamente, não progridem por via das tenebrosas conspirações que contra elas se convocaram), as quais, no entender dos subscritores, as embaixadas e os países que elas representam teriam toda a óbvia vantagem em "aproveitar". Algumas dessas cartas, chegado o fim da sua leitura, não se percebem de todo. Resta dizer que, normalmente, quem as assina não é português. Nos serviços que de mim dependeram, e salvo casos limite, houve sempre instruções para ser elaborada uma resposta amável, embora dissuasória de correspondência futura.
Depois de décadas desta vida, devo dizer que tenho pena de não ter colecionado alguns espécimens deste tipo de correspondência, em particular para tentar perceber melhor o que de apelativo se encontra numa representação diplomática para a tornar alvo preferencial deste género de iniciativas.
Ontem, recebi uma dessas cartas. Não divulgo o seu conteúdo porque, por menor que seja o crédito que ela nos mereça, temos de preservar respeito por quem a endereçou, com cuja eventual perturbação psicológica não temos o direito de brincar.

Ahh, se tivéssemos mar...

"Os dados mais recentes do Instituto Nacional de Estatística (INE)
demonstram que o Pingo Doce (da Jerónimo Martins) e o Modelo Continente (do
grupo Sonae) estão entre os maiores importadores portugueses."
Porque é que estes dados não me causam admiração? Talvez porque, esta
semana, tive a oportunidade de verificar que a zona de frescos dos
supermercados parece uns jogos sem fronteiras de pescado e marisco. Uma ONU
do ultra-congelado. Eu explico.
Por alto, vi: camarão do Equador, burrié da Irlanda, perca egípcia,
sapateira de Madagáscar, polvo marroquino, berbigão das Fidji, abrótea do
Haiti? Uma pessoa chega a sentir vergonha por haver marisco mais viajado que
nós. Eu não tenho vontade de comer uma abrótea que veio do Haiti ou um
berbigão que veio das exóticas Fidji. Para mim, tudo o que fica a mais de
2.000 quilómetrosde casa é exótico. Eu sou curioso, tenho vontade de falar
com o berbigão, tenho curiosidade de saber como é que é o país dele, se a
água é quente, se tem irmãs, etc.
Vamos lá ver. Uma pessoa vai ao supermercado comprar duas cabeças de
pescada, não tem de sentir que não conhece o mundo. Não é saudável ter
inveja de uma gamba. Uma dona de casa vai fazer compras e fica a chorar
junto do linguado de Cuba, porque se lembra que foi tão feliz na lua-de-mel
em Havana e agora já nem a Badajoz vai. Não se faz. E é desagradável
constatar que o tamboril (da Escócia) fez mais quilómetros para ali chegar
que os que vamos fazer durante todo o ano. Há quem acabe por levar
peixe-espada do Quénia só para ter alguém interessante e viajado lá em casa.
Eu vi perca egípcia em Telheiras? fica estranho. Perca egípcia soa a Hercule
Poirot e Morte no Nilo. A minha mãe olha para uma perca egípcia e esquece
que está num supermercado e imagina-se no Museu do Cairo e esquece-se das
compras. Fica ali a sonhar, no gelo, capaz de se constipar.
Deixei para o fim o polvo marroquino. É complicado pedir polvo
marroquino, assim às claras. Eu não consigo perguntar: "tem polvo
marroquino?", sem olhar à volta a ver se vem lá polícia. "Queria um quilo de
polvo marroquino" - tem de ser dito em voz mais baixa e rouca.
Acabei por optar por meio quilito de bacalhau da Noruega, assim como assim,
já estamos habituados. Eu, às vezes penso: o que poupávamos se Portugal
tivesse mar.

terça-feira, 7 de agosto de 2012

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Relvas teve equivalência a 90% do curso, mas Lusófona recomendava limite de 40%

A revista "Visão", num artigo com o título "Uma licenciatura 'absolutamente excecional'" publicado nesta quinta feira, divulga novos dados sobre a licenciatura de Miguel Relvas.

Espanha condenada no Tribunal Europeu dos Direitos Humanos

A mulher nigeriana, nascida em 1977 e com residência legal no Reino de Espanha desde 2003, foi detida quando exercia a prostituição. Assegura que recebeu golpes durante a estadia na esquadra policial e que os agentes lhe chamaram 'puta preta' e proferiram frases como 'vai-te daqui'. O tribunal europeu considera que houve neste caso uma violação do artigo 14 da Convenção Europeia de Direitos Humanos, que proíbe a discriminação.

Refer fecha mais 65 quilómetros de linhas

Assim se privilegia mais uma vez o transporte automóvel, em detrimento do ferroviário, que é mais barato, menos poluente e melhor para a economia nacional!

“A CP vai comunicar nesta sexta-feira aos municípios de Marvão, Castelo de Vide e Crato que deixará de fazer serviço na linha férrea que atravessa estes concelhos a partir de 15 de Agosto devido ao seu encerramento por parte da Refer. Uma comunicação que é meramente simbólica pois a transportadora ferroviária há mais de um ano que desistiu do serviço regional naquela zona do país, limitando-se a nela fazer passar todas as noites, nos dois sentidos, o comboio-hotel Lusitânia Expresso entre Lisboa e Madrid.” Publico

Casa da Moeda. O local onde se fazia e guardava dinheiro. Os gestores pagaram contas pessoais com cartão de crédito da CMoeda.

Penso haver alguma mesquinhez, nesta informação. Sabemos que os governos de José Sócrates primavam por gastar dinheiro, esbanja-lo mesmo, pois assim a economia funcionava. As fundações dos “Magalhães” e tudo o mais das PPP, como SCUTS, Hospitais, auto-estradas, etc. portanto que dois administradores e seis diretores de empresa da Casa da Moeda utilizassem os cartões de crédito para pagarem umas despesas pessoais, tipo jantares a amigos, tipo convívios com namoradas, tipo prendas às mesmas e não esquecer de levar algumas para casa, gasolina nos carros dos filhos e mulher, reparações e manutenção automóvel, telemoveis, etc num valor totalmente ridículo de 27.888,33 euros, entre 2009 e 2011, segundo o Tribunal de Contas, parece-me despropositado. Até porque, se dividir-mos por oito, dá a cada um 1.743,02€ por ano!

O campeão olímpico, das administrações. Cargos em 73 empresas: Miguel Pais do Amaral.

A capacidade olímpica de gestão, o orgulho nacional, que andava desfeito com a participação dos atletas que foram a Londres, desvaneceu-se agora com o surgimento do nosso Michael Phelps da gestão. A saber-se que num honroso segundo e terceiros lugares aparecem a curta distancia, uns Srs. De acordo com contas avançadas pelo Jornal de Negócios, Gonçalo Andrade Moura Martins (administrador no grupo Mota-Engil) e Manuel Teixeira Duarte (Teixeira Duarte) são também dos que mais cargos acumulam. No final de 2011, o primeiro estava em 51 empresas e o segundo em 45!!! Não nos podemos esquecer ainda de outro grande atleta olímpico, como é por exemplo António Nogueira Leite, está representados em empresas de diferentes ramos de atividade. De acordo com o mesmo jornal, o gestor estava em 25 cargos de gestão no final de 2011, em empresas como a Brisa, EDP Renováveis e Reditus. Na Reditus tem como parceiro de administração Miguel Pais do Amaral, administrador e o maior acionista da Reditus, empresa ligada às novas tecnologias, é também presidente não executivo da Media Capital (grupo da TVI, no qual detém 10%),  e detém um grande leque de interesses financeiros através da Quifel Holdings, segundo o jornal Publico. Nos últimos lugares aparecem, conforme o relatório da CMVM que no final de 2010, 17 pessoas acumulavam funções de administrador em 30 ou mais empresas, enquanto outros 55 administradores se limitavam a uma só empresa.

Fundações amigas, o governo está sempre convosco.

Não seria mais interessante analisar as contas das fundações e ver o destino do dinheiro que lá entra? Pois se das 401 fundações analisadas no relatório encomendado pelo Governo, a Fundação para as Comunicações Móveis (FCM), que geria o programa de atribuição dos portáteis Magalhães, foi a que recebeu mais apoios públicos de 2008 a 2010: 454,4 milhões de euros, quase metade dos apoios totais concedidos a fundações naquele período, então que dizer das restantes, em que algumas não se sabe para que servem?

Jogos Olímpicos na TV portuguesa e a RTP, SIC e TVI desistem dos jogos da I Liga.

Para ver os jogos olímpicos, temos de ter solução por cabo, e ver na eurosport, pois o Sr. Joaquim Oliveira não quis gastar dinheiro com os jogos olímpicos e entretém com programas que ninguém vê. Vamos aturando o Sr. JO até um dia… ver os JO que a RTP disponibiliza no canal 2, é tão pouco, que se torna confrangedor!

Quem quiser ver os jogos de futebol português, na próxima época, tem de os ver no estádio ou pagar ao Sr. Joaquim Oliveira, na sportv. Palpita-me que foi um tiro no pé que este Sr. deu, bem como os gestores dos canais publico e privados, a operar em Portugal. Está aqui montado um esquema de explorar ainda mais o povo que quer ver desporto! Se pudéssemos contar com uma justiça séria em Portugal, seria analisado o porquê deste facto. Sabemos bem que o negócio do Sr. Joaquim Oliveira é muito forte e dá dinheiro a ganhar a muita gente, mas o interesse geral deveria prevalecer.

Pessoalmente o campeonato de futebol português não me interessa, mas assino para ver alguns jogos internacionais. Quando deixar o Sr. Joaquim Oliveira de nos canais sport tv de dar os tipos de jogos que quero, faço como muitos já fizeram e outros farão a curto prazo. Desligo o “taxímetro”, que é bem caro para o que nos vende!

Núcleo Museológico do Castelo de São Jorge

Aberto todo o ano

Que Lisboa sempre foi uma cidade muito cosmopolita não restam dúvidas. Desde o século VI a.C. que fenícios, gregos, cartaginenses, romanos e muçulmanos por aqui andaram e deixaram vestígios. É na zona do Castelo de São Jorge que se concentram a maioria destes indícios da sua presença.
As escavações que têm sido feitas desde 1996 trouxeram à luz do dia muitas destas peças. O resultado, reunido em acervo, vai poder ser visto por todos os lisboetas e visitantes a partir de agora no recém-criado Núcleo Museológico do Castelo. Esta abertura corresponde à conclusão da primeira fase do projecto de “Musealização da Praça Nova e Núcleo Museológico”, um projecto co-financiado a 62 por cento pelo Feder/ Plano Operacional de Cultura.
Esta colecção que agora se expõe pretende ser um contributo para o estudo de Lisboa e para compreender a importância das gentes e vivências que, ao longo dos séculos, construíram o substrato da cidade de hoje, um espaço intercultural por excelência, testemunho vivo da riqueza e diversidade culturais da história da cidade.
No primeiro núcleo expositivo, a Alcáçova Islâmica de Lisboa ganha particular destaque, justificado pela incontornável presença do mundo islâmico em Lisboa, sobretudo os testemunhos dos séculos XI-XII, época da construção do castelo e da definição da Alcáçova enquanto espaço político-militar de relevo na cidade. O segundo núcleo expositivo, genericamente designado por Outras Vivências, convida a uma viagem pelos testemunhos das diversas presenças que marcaram a alcáçova e que ilustram aspectos diversos do quotidiano durante cerca de 25 séculos de ocupação do topo da colina do Castelo, começando pelos vestígios da primeira ocupação na Idade do Ferro, no século VII a.C. Como subnúcleo, incluiu-se ainda um espaço dedicado ao tema da Cerâmica de Revestimento entre os séculos XV a XVIII.
Catarina Mendonça Ferreira

Barão da droga colombiano preso na Caparica

Estes são os imigrantes que pululam por aí, tal como os bandos dos assaltantes, que são de países de leste e américa do sul, e não só, mas que por razões que desconheço não os prendem. Não se entenda esta mensagem como xenófoba, pois felizmente, para todos, a maioria dos imigrantes que cá estão são sérios, trabalhadores e trouxeram uma mais valia, com a sua cultura e conhecimento. Refiro-me, neste postal, é aos bandos de marginais que, ao tomarem conhecimento da pacatez do nosso povo, imigraram para cá, e assim toda a população os conhece dos desacatos provocados, dos carros roubados, dos assaltos a residências, dos roubos na via publica, das falsificações, dos assaltos aos multibancos, etc e que parece que só a polícia não sabe quem são e portanto deixa-os andar por aí na sua actividade, bem como os juízes que não condenam aqueles que são capturados e devolvidos à origem. PJ capturou colombiano procurado pela Interpol.

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Morreu Eurico de Melo

Foi uma figura muito popular, no país. Antigo vice-primeiro-ministro pelo PSD, nos governos de Cavaco Silva, morreu esta madrugada, aos 86 anos, no Porto.

Morreu o escritor norte-americano Gore Vidal.

O escritor norte-americano Gore Vidal, autor de obras como "Lincoln", "Império" e "Myra Breckenridge", morreu na terça-feira aos 86 anos na sua casa em Hollywood, vítima de uma pneumonia, informou o sobrinho. Não li o Lincoln, mas li os outros além do Washington D.C., que são exelentes livros!!!

Dormir na Régua


"T'ás maluco? Vais dormir à Régua? 'Ninguém' dorme na Régua!". Foi esta a reação quase insomníca, de ontem à tarde, assumida por um vilarealense empedernido, quando lhe anunciei que, por uns dias, ia ficar num hotel da Régua, para acompanhar uma missão da UNESCO que vai avaliar da compatibilidade da construção de uma barragem na foz do Tua com o estatuto de "património mundial" do Alto Douro Vinhateiro.

Por natureza identitária, um vilarealense que se preze não gosta da Régua, melhor, "ignora" a Régua, da mesma forma que se "irrita" com essa "irrelevância" regional que é Chaves. Para um cidadão de Vila Real, a sua cidade é um fenómeno isolado, porque entende que Trás-os-Montes (e o Alto Douro) apenas pode, e deve, ser representado pela sua ímpar urbe. E isto não se discute, por mais modesto que um vilarealense possa e queira ser. Há Vila Real e, depois, só há, para lá do Marão, o Porto. E é tudo! É claro que, um pouco mais "lá para cima", há, mas já bem depois, uma "coisa" a que se chama Bragança (e, de caminho, Mirandela e Macedo, além de umas adjacências onde "não se vai", a não ser a caminho de Espanha). Mas tudo isso já é muito "diferente".

A Régua esteve situada a 29 km de Vila Real (hoje já é bem menos), pela "estrada velha", que passava por Santa Marta e cujas curvas nos causavam enjoos infantis. Em alternativa, fazia-se quase uma hora de viagem, pela velha linha férrea do Corgo, para ir aí apanhar, até aos anos 60 (quando a camionagem do Cabanelas nos passou a fazer enjoar pelo Marão), o comboio para o Porto. Mais tarde, a Régua ficou um pouco mais próxima, quando se ia pela encosta contrária, por Nogueira. Mas vamos ser justos: por que diabo um vilarealense ia à Régua? Para nada, a menos que fosse para passar para Viseu, ou para ir a à Senhora dos Remédios a Lamego, num assomo de romaria. Ou, como experiência etnológica, se decidisse passar por lá para comprar rebuçados, às mulheres aventaladas à porta da estação e fotografar a mais pequena barbearia do mundo (que deixo a imagem, ontem registada). Às vezes, em fins de semana invernosos, também se passava pela Régua para "ver" as cheias, quando o Douro, antes das barragens (já estou a fazer política "unescal", como notaram), alagava a marginal.

Nós, em Vila Real, o que é que conhecíamos da Régua? Praticamente, só as "pequenas". Por um excedente de produção de qualidade que nunca ninguém soube explicar, a Régua enviava para Vila Real, para estudar, algumas das mais bonitas garotas que o liceu Camilo Castelo Branco alguma vez teve (e que olhos, senhores!). Os irmãos ou os primos desse "pequename", assumindo uma espécie de "template" automobilístico, vinham sempre à "Bila" de NSU, que traziam aos ralis, às gincanas ou apenas, como dizíamos, para "armar aos cágados", à porta da Gomes, em dias de circuito, a aquecer ruidosamente os escapes. Por essas e por outras é que eu, durante anos, quase que me convenci que, na Régua, não era "gente" quem não andasse de NSU, como se por aí estivesse estabelecido o principal consumo mundial dessas viaturas. "For the record", convém dizer que essas simpáticas colegas vinham cuidadosamente "policiadas" por uma austera (mas muito competente) professora de matemática reguense, a Dona Raquel. Ah! e por falar em policiamento, é também muito importante recordar aqui os "polícias da Régua", tidos como dos mais rigorosos da região, sempre de farta bigodaça e pança proeminente, os quais, dizia-se, eram ferozes a derimir questiúnculas pesadas na zona do Peso (a Régua chamava-se, ou chama-se ainda, nunca percebi bem onde o debate toponímico ficou, Peso da Régua), onde, dizia-se, os ciganos imperavam. "É pior que um polícia da Régua!" era uma frase que, por décadas, se ouvia em Vila Real, para designar alguém com mau feitio. E da Régua chegava, pela voz melodiosa de Carlos Ruela, a "Rádio Alto Douro", para despeito vilarealense, onde imperava um deserto radiofónico.

Muito mais tarde, fomos "descobrindo" que a Régua também tinha, além do vinho do Porto (ninguém, nessa altura, bebia vinho do Porto, confessemos!, salvo no Natal, casamentos e batizados), o Douro e a sua beleza natural, a qual, lamento ter de dizê-lo, nunca contribuiu muito para melhorar a imagem da (agora) cidade, que é um eterno objeto arquitetónico sem grande interesse, com pontes e viadutos a mais. Da Régua vamos ouvindo ainda, SIClicamente, nas televisões, os protestos às 13 ou às 20 horas (horas oficiais dos protestos, no Portugal contemporâneo) dos produtores de vinho da região, sempre cuidadosamente filmados em frente ao "estadonovense" edifício da Casa do Douro, com lavradores querendo mais "benefício" (o conceito demoraria algum tempo a explicar aqui) e, claro, apoios do Estado.

Mas, atenção!, na Régua, ou perto dela, comeu-se quase sempre bastante bem (e este bloguista não é indiferente ao tema, como é sabido). Mais recentemente, ia-se ao "Douro In", agora vai-se ao "Castas e Pratos" (fui lá ontem e foi um jantar soberbo!), sito nos velhos armazéns da estação ferroviária. Mais longe, lá para a Folgosa, o Rui Paula continua a dar cartas no "DOC" (depois de as ter dado no "Cepa Torta", em Alijó, e mesmo mantendo o "DOP", junto à Bolsa do Porto). Para uma experiência um pouco mais "radical", porque terá de se defrontar inevitavelmente com o mau feitio do dono da casa, e sempre avisando com antecedência, vá-se pelo cabrito à "Repentina", já fora de portas. E, para melhor discutir a barragem que por aqui nos traz, poder-se-ia acabar a tarde no "Calça Curta", bem junto à velha estação do Tua.

Eu sou um vilarealense atípico: sempre achei alguma graça à Régua. E hoje vou cá dormir, pensando (sem nostalgias, garanto!) no que será feito das belas reguenses do meu tempo. Boa noite!

Trabalhadores do Metro de Lisboa fazem greve às horas extra

A greve dos trabalhadores do Metro de Lisboa às horas extraordinárias, deve-se às alterações que a empresa pretende fazer unilateralmente, nomeadamente no pagamento das horas extraordinárias.
Não se sabe as implicações que a greve às horas extra pode ter no funcionamento do Metro de Lisboa e a empresa não respondeu à agência Lusa que queria saber o impacto que a administração prevê e quais as indicações que a empresa pretende dar aos utentes.