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quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Espanha limita em 500 mil euros salário fixo em bancos intervencionados.

Incompetentes e bem pagos…

“O Governo espanhol vai impor um limite ao salário dos gestores dos bancos que vão receber ajuda estatal. A remuneração fixa anual destes banqueiros vai ter assim um limite de 500 mil euros.
O Ministério liderado por Luís de Guindos quer reduzir assim em 100 mil euros o tecto máximo que tinha imposto a estes executivos há apenas seis meses, quando o governo liderado por Mariano Rajoy iniciou a reforma do sistema financeiro espanhol.
Esta limitação vai aplicar-se assim a todas as entidades que necessitam de apoio financeiro público, o que pode significar a maioria dos bancos. Os especialistas acreditam que apenas os maiores bancos como o Santander, BBVA e La Caixa, não vão precisar de recorrer à ajuda estatal. As certezas chegarão com a divulgação das auditorias que estão a ser elaboradas pelas consultoras Ernst & Young, Deloitte, KPMG e PWC.
Este decreto-lei, que deve ser aprovado amanhã em Conselho de Ministros, também introduz a possibilidade de sancionar a má gestão. "Os administradores devem ser responsabilizados pelos eventuais danos na proporção da sua participação e gravidade ", lê-se no documento a que o Expansion teve acesso. Até agora, nenhum banqueiro foi chamado para explicar a má gestão de nenhum dos bancos espanhóis

Portugal também impõe limitações

Em Portugal o Governo já aprovou uma portaria onde define que os administradores que pedirem dinheiro ao Estado vão sofrer um corte na remuneração.
Entre as instituições financeiras visadas estão o Banco BPI, o BCP e o Banif, que já anunciaram publicamente que pretendem recorrer à ajuda do Estado para reforçar a sua estrutura de capital.
De acordo com a portaria que regula a entrada do Tesouro no capital dos bancos, já publicada em Diário da República, "as instituições de crédito beneficiárias devem fixar para o conjunto dos membros dos órgãos de administração e fiscalização uma remuneração que, no cômputo da sua componente fixa e variável, não seja superior a 50% da respectiva remuneração média dos dois anos anteriores, salvo se esse valor for inferior à remuneração em vigor em instituições de crédito cujo capital seja detido na totalidade, directa ou indirectamente, pelo Estado, caso em que pode ser este o valor da remuneração a fixar."
Nesse sentido, os administradores do Banco BPI e do BCP, que nos últimos dois anos auferiram, em média, por ano, 554 mil e 456 mil euros, respectivamente, sofrerão um corte salarial de 50% sobre esse montante. Na prática, significa que a equipa de Fernando Ulrich e de Nuno Amado passarão a receber, em média, menos 252,45 mil face aos valores de 2011.” Economico

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