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sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Núcleo Museológico do Castelo de São Jorge

Aberto todo o ano

Que Lisboa sempre foi uma cidade muito cosmopolita não restam dúvidas. Desde o século VI a.C. que fenícios, gregos, cartaginenses, romanos e muçulmanos por aqui andaram e deixaram vestígios. É na zona do Castelo de São Jorge que se concentram a maioria destes indícios da sua presença.
As escavações que têm sido feitas desde 1996 trouxeram à luz do dia muitas destas peças. O resultado, reunido em acervo, vai poder ser visto por todos os lisboetas e visitantes a partir de agora no recém-criado Núcleo Museológico do Castelo. Esta abertura corresponde à conclusão da primeira fase do projecto de “Musealização da Praça Nova e Núcleo Museológico”, um projecto co-financiado a 62 por cento pelo Feder/ Plano Operacional de Cultura.
Esta colecção que agora se expõe pretende ser um contributo para o estudo de Lisboa e para compreender a importância das gentes e vivências que, ao longo dos séculos, construíram o substrato da cidade de hoje, um espaço intercultural por excelência, testemunho vivo da riqueza e diversidade culturais da história da cidade.
No primeiro núcleo expositivo, a Alcáçova Islâmica de Lisboa ganha particular destaque, justificado pela incontornável presença do mundo islâmico em Lisboa, sobretudo os testemunhos dos séculos XI-XII, época da construção do castelo e da definição da Alcáçova enquanto espaço político-militar de relevo na cidade. O segundo núcleo expositivo, genericamente designado por Outras Vivências, convida a uma viagem pelos testemunhos das diversas presenças que marcaram a alcáçova e que ilustram aspectos diversos do quotidiano durante cerca de 25 séculos de ocupação do topo da colina do Castelo, começando pelos vestígios da primeira ocupação na Idade do Ferro, no século VII a.C. Como subnúcleo, incluiu-se ainda um espaço dedicado ao tema da Cerâmica de Revestimento entre os séculos XV a XVIII.
Catarina Mendonça Ferreira

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