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sábado, 30 de abril de 2011

Um breve pano de fundo sobre a política europeia por trás do resgate português.

 por Eurointelligence

As eleições finlandesas provocaram uma mudança tectónica não inteiramente inesperada, mas provavelmente não chega a ser uma revolução europeia. Suporíamos que o pior cenário a partir destas eleições seria um pedido para uma renegociação parcial dos termos de envolvimento da Finlândia com o Fundo Europeu de Estabilidade Financeira ( European Financial Stability Facility EFSF). Os conservadores finlandeses podem não tentar uma coligação com os Verdadeiros Finlandeses, mas sim com os social-democratas e um par de pequenos partidos. Juri Katainen disse que procurava uma coligação de partidos que partilhassem um consenso mínimo. Quer os Verdadeiros Finlandeses entrem ou não no parlamento, não veremos um Não finlandês.
Dito isto, o resgate português é no entanto problemático. Ministros das Finanças estavam absolutamente furiosos com o tardio pedido português e alguns, como Anders Borg da Suécia ou Jan Kees de Jager da Holanda não esconderam a sua intensa frustração no recente Ecofin informal na Hungria. Esperamos que tensão persista por um certo número de semanas. Isto parece como se a liquidez do país esteja para esgotar-se antes de qualquer [ajuda] oficial do FMI/UE possa ser vertida. E não há actualmente qualquer desejo de conceder um empréstimo a curto prazo. As duas declarações são certamente contraditórias, a menos que se aceite o princípio de um incumprimento (default), de modo que assumiríamos que haverá algum financiamento a muito curto prazo. Mas isto está longe de garantido.
O ponto crítico será no princípio de Junho. A Comissão Europeia calculou que a primeira fatia do pacote do EFSF em torno de €9 mil milhões teria de chegar a Lisboa por volta de 15 de Junho. Isto não é um problema técnico. A missão do FMI/UE começou hoje as conversações com Lisboa e os ministros das Finanças esperam alcançar um acordo final em meados de Maio. O EFSF e o EFSM precisarão cerca de duas semanas para colocar as suas próprias emissões de títulos no mercado.
A questão principal é: quem é que vai assinar o acordo no lado português? O Ecofin decidiu que qualquer acordo exige um consenso entre partidos. Todos os partidos importantes da oposição deveriam assiná-lo. O perturbante é apenas que vai ser muito difícil para os partidos portugueses assinarem um documento conjunto em meio a uma campanha eleitoral extraordinariamente amarga.
O acordo além disso estipula que o dinheiro só pode ser pago depois de um novo governo ter tomado posse. Mas o que acontece se não houver governo até 15 de Junho? Os inquéritos de opinião mais recentes não prevêem uma maioria clara para Passos Coelho, o líder da oposição social-democrata, pois a popularidade do primeiro-ministro José Sócrates está a aumentar outra vez. Podia haver então um outro governo minoritário, ou uma coligação governamental que poderia levar tempo a construir.
Então como vamos sair deste impasse? Alguns ministros sugerem que o EFSF podia pagar uma primeira fatia sem quaisquer condições para permitir ao novo governo renegociar partes do acordo. Pensamos que seria altamente improvável que o Bundestag, e muito menos os parlamentos holandês ou finlandês, aceitassem um tal absurdo. O próprio Wolfgang Schäuble é bastante pragmático. Se houver uma emergência, disse ele, a UE encontrará um caminho. Mas dada a forte base legal do EFSF; é difícil ver como alguém pode contornar as condições claras de um voto unânime e de um programa plenamente acabado e completo com pacote de austeridade. Ministros das Finanças cépticos dizem não acreditar que o FMI esteja em vias de ser mais generoso do que a UE neste assunto.
E acerca do EFSM? Esta é provavelmente a última opção disponível. Ela exigiria apenas uma maioria qualificada de votos no Ecofin. Mas isto deixaria uma sensação azeda: Barroso ajudaria Portugal através de um crédito. Imaginem-se os títulos das notícias em países como a Alemanha e a Finlândia. O preço político por tal opção será alto e a confiança na estabilidade financeira pode ser minada mais uma vez.
Escreveremos uma nota separada acerca do debate sobre um pacote de reestruturação grego. Isto, também, já está incrivelmente confuso. Supunha-se que o acordo de Março da Grande Negociação trouxesse alguma calma ao debate, mas está a acontecer o oposto. Cada etapa do processo de resolução da crise é acompanhada por negações políticas incrivelmente complexas e potencialmente auto-derrotantes. resistir.info

Desemprego já atinge 696,9 mil portugueses e apenas 350,8 mil recebem subsídio.

RESUMO DESTE ESTUDO
O INE acabou de publicar os dados do desemprego relativos ao 3º Trimestre de 2009. E esses dados mostram que a situação é pior do que aquela que o governo e os seus defensores pretendem fazer crer, e que as medidas tomadas pelo governo são claramente insuficientes,
No 3º Trimestre de 2009, o desemprego oficial atingia 547,7 mil portugueses. Mas o desemprego oficial não inclui a totalidade dos desempregados. No número oficial de desemprego, não estão incluídos aqueles, que embora na situação de desemprego, não procuraram emprego no mês em que foi feito o inquérito, por estarem, por ex., desencorajados. E também não estão considerados no número oficial de desempregados, todos os desempregados que, para sobreviveram, fizeram um pequeno "biscate", por exemplo de uma hora. Se somarmos ao desemprego oficial os desempregado que não são considerados no cálculo do número oficial de desempregados, obtemos para o 3º Trimestre de 2009, 696,9 mil desempregados e uma taxa efectiva de desemprego de 12,3% (a taxa oficial é apenas 9,8%, embora na região Norte a taxa oficial seja 11,6%, em Lisboa e Algarve 10,3%, no Alentejo 10,2%), portanto os valores do desemprego efectivo são bastante superiores aos números oficiais de desemprego que são divulgados pelos media. No fim do 3º Trimestre de 2009, o número de desempregados a receber o subsídio de desemprego era apenas de 350,8 mil, o que correspondia somente a 64,1% do numero oficial de desempregados, e somente a 50,3% do numero efectivo de desempregados. Isto significa que entre 196,9 mil e 346,1 mil desempregados não recebiam subsídio de desemprego. E daqueles 350,8 mil que estavam a receber o subsídio de desemprego, 112 mil recebiam o subsídio social de desemprego, cujo valor é inferior ao limiar de pobreza (354€ por mês – 14 meses). A medida anunciada pelo 1º ministro na Assembleia da República de redução do prazo de garantia vai apenas permitir a mais 10.000 desempregados receberem subsídio de desemprego. É uma medida claramente insuficiente face à gravidade e à dimensão da situação. É urgente adaptar a lei do subsídio de desemprego à actual situação, o que o governo se tem recusado a fazer.
Outros aspectos graves também ligados ao mercado de trabalho, são a crescente destruição líquida de emprego e a precariedade em que se encontra uma parte numerosa da população empregada. Entre o 3º Trimestre de 2008 e o 3º trimestre de 2009, o emprego total passou de 5.191,8 mil para 5.017,5 mil, o que significa que neste período se verificou uma destruição liquida de emprego calculada em 178,3 mil postos de trabalho, sendo 58,5 mil só no 3º Trimestre de 2009. Por outro lado, a precariedade está a aumentar pois, entre 2005 e 2009, passou de 26,5% para 29% da população empregada, encontrando-se com emprego precário, no 3º Trimestre de 2009, pelo menos 1.452.600 portugueses.
A destruição liquida de emprego tem atingido mais fortemente determinadas profissões. De acordo com os dados divulgados pelo INE, entre o 3º Trimestre de 2008 e o 3º Trimestre de 2009, a destruição liquida de emprego atingiu 178,3 mil postos de trabalho, mas 104,5 mil foram postos de trabalho de "operários, artífices e trabalhos similares", e 79,1 mil de "trabalhadores não qualificados". São fundamentalmente estes dois grupos profissionais que estão a ser mais atingidos pela destruição de emprego. No entanto, interessa já referir, que no 3º Trimestre de 2009 começou a verificar-se destruição líquida de emprego em profissões de escolaridade e qualificação mais elevada. Entre o 2º Trimestre e o 3º Trimestre de 2009, o número de postos de trabalho de "quadros superiores do sector privado e da administração pública" diminuiu em 31,8 mil; o de "especialistas de profissões intelectuais e científicas" reduziu-se em 23,2 mil; e o de "Técnicos profissionais de nível intermédio" a redução atingiu 27,8 mil. Só nestas três profissões, que são de qualificação mais elevada, a destruição líquida de emprego no 3º Trimestre de 2009 atingiu 82,8 mil postos de trabalho. O emprego mais qualificado começou também a ser destruído, pondo-se assim em causa o desenvolvimento do País.

Eugénio Rosa - Resistir

Levar José Sócrates e seus ministros a um tribunal internacional para os julgar pelos crimes económicos e sociais contra o povo português.

Terá que ser um internacional, pois já sabemos como funcionam os portugueses. Segundo a Corte Penal Internacional, crime contra a humanidade é “qualquer ato desumano que cause graves sofrimentos ou atente contra a saúde mental ou física de quem o sofre, cometido como parte de um ataque generalizado ou sistemático contra uma população civil”. Desde a Segunda Guerra Mundial estamos familiarizados com este conceito e com a ideia de que, não importa qual tenha sido sua magnitude, é possível e necessário investigar estes crimes e punir os culpados. Quando estes governos levaram Portugal ao estado em que se encontra e o que vai sofrer, por exclusiva responsabilidade do PS, é do mais elementar dever leva-los a tribunal. É inadmissível que esta gente continue impune, tal como já referi varias vezes, e milhares de outros mais atentos aos problemas do país. Os direitos que os portugueses perderam, a corrupção galopante, a miséria a alastrar, etc., são motivos mais do que suficientes, para julgar estes políticos. Muitos outros, além dos salientados, artigos podem aqui ser lidos. Por tudo isto, tenho que apoiar a tese de Eduardo Catroga, que ontem, ao semanário “Expresso”, o negociador do PSD para as condições exigidas pela missão internacional em troca de ajuda financeira, para pagar as prestações que vencem em Junho, dizia que "as gerações mais jovens deviam pôr o governo em tribunal" e que "o fartar vilanagem de Sócrates foi uma tragédia nacional".

José Manuel Coelho quer “varrer deputados corruptos” da AR.

Força José Manuel Coelho!

“O vice-presidente do Partido Trabalhista Português, José Manuel Coelho, afirmou hoje no Porto que o PTP quer eleger um grupo parlamentar nas “legislativas” de 5 de Junho e “varrer os deputados corruptos do sistema”.PUBLICO.

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Trinta adjudicações por ajuste directo a empresas que não existiam.

Cruzando dados oficiais da criação de empresas e dos ajustes directos (sem concurso público), o site Despesa Pública (www.despesapublica.com), anunciado hoje, mas cuja conta foi entretanto suspensa, junta contratos e adjudicações feitos por entidades da administração central, regional ou local a empresas ainda inexistentes ou criadas pouco dias antes.
Segundo as estatísticas do site, os 30 casos referem-se apenas à data de publicação da adjudicação, mas há mais algumas dezenas de contratos assinados antes de as empresas terem sido constituídas e publicados só depois. A maior parte dos casos de adjudicações a empresas ainda não formalmente constituídas refere-se a contratos feitos com revisores oficiais de contas (ROC).
Das empresas criadas em 2011, 15 já beneficiaram de 17 contratos com entidades públicas por ajuste directo, no valor global de 870 mil euros.
A equipa do site Despesa Pública, que lançou o portal a 25 de Abril, reconhece que, “por vezes”, a informação recolhida “não está 100 por cento correcta”, pelo que apela à colaboração de todos na sua validação.
Para testar o novo serviço, a Lusa fez algumas pesquisas directamente nos sites do Governo que servem de fonte ao Despesa Pública (www.base.gov.pt e http://publicacoes.mj.pt) e verificou que são iguais, pelo que, a haver engano, será de alguma das bases de dados oficiais. PUBLICO.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Dignidade nacional.

JOÃO CÉSAR DAS NEVES

DN2011-04-11

Nas próximas eleições existe um elemento fundamental em jogo: dignidade nacional. Se, como várias vozes alvitram, o partido de José Sócrates tiver um resultado digno, a nossa democracia sofrerá um rude golpe. Portugal será a chacota mundial.

Não se trata de uma questão de votos, mas de elementar racionalidade. Aqueles dirigentes que presidiram seis anos, quatro dos quais em maioria, aos destinos nacionais, não podem ser poupados. Depois de longos tempos a negar a realidade, a manipular a imagem, a pintar quadros ilusórios em que cidadãos e mercados não acreditam, só ficarão impunes com descrédito para o sistema político.

Nos últimos 32 meses, ou o Governo ignorava a realidade ou sabotou deliberadamente a situação nacional. Não há outra explicação. Se a charada da vitimização tiver êxito eleitoral, isso mostra não a qualidade do Governo mas a tolice dos eleitores. Com a chantagem da instabilidade, ficção da política de sucesso, desplante de negar o óbvio, Sócrates andou anos a dançar na borda do vulcão. Agora que o País caiu lá dentro, o PS não pode ser poupado. Como na Grécia e na Irlanda, Portugal precisa de que ele perca forte a 5 de Junho.

Antigamente, algo evitava estas circunstâncias. Chamava-se vergonha. O responsável pela condução nacional ao colapso, mesmo considerando-se tecnicamente inocente, assumia politicamente a situação e afastava-se para dar lugar a outros. Mas esse pudor político anda muito arredado das praias nacionais, como andou no auge do Liberalismo oitocentista e na ruína da Primeira República. Mais que a incompetência e corrupção, era o descaramento dos responsáveis que então destruía a vida nacional. Foi essa a nossa experiência democrática até meados do século XX.

Por isso, após 1974 tanto se temia o regresso da liberdade, que nunca rodara bem nestas paragens. Surpreendentemente, o regime funcionou. Funcionou mesmo muito satisfatoriamente. Nas três primeiras décadas após Abril, apesar de inevitáveis tropelias e abusos, presentes em todos os regimes, existiu honra, dignidade, elevação, acompanhada por alternância e desportivismo. É isso que tem resvalado ultimamente. As próximas eleições mostrarão se regressámos à antiga podridão ou se foram lapsos passageiros.

Mas não há situações em que, após o desastre, a administração permanece? Sim, nos casos de Mugabe, Gbagbo e, até há pouco, Mubarak ou Kadhafi. É essa semelhança que nos condena.

Quer isto dizer que o Partido Socialista tem de ser punido? Este PS sim! Aliás, o partido é uma das grandes vítimas da situação. A reeleição estrelar de José Sócrates, consagrada no XVII Congresso deste fim-de-semana, com votações à Mugabe, apenas manifesta isso de forma pungente. Quando acabar o delírio, será preciso salvar o partido deste longo pesadelo que se arrisca a afectá-lo gravemente. Além de arruinar o País, o consulado Sócrates, na única maioria absoluta socialista, danificará seriamente a sua área ideológica. Na ânsia de se salvar política e pessoalmente, o primeiro-ministro enterra aquilo mesmo que diz defender.

Uma das declarações originantes na nossa democracia deu-se a 26 de Novembro de 1975. O vitorioso major Ernesto Melo Antunes disse na televisão, relativamente aos vencidos: "A participação do PCP na construção do socialismo é indispensável." Agora é bom lembrar que o Partido Socialista é também indispensável à democracia. Estes meses são dos piores da sua ilustre história. Mas o longo delírio socrático, que termina nesta louca corrida para o abismo num autismo aterrador, não pode servir para desequilibrar duradouramente a estrutura partidária nacional. Há que salvar o PS de si mesmo.

No dia 5 de Junho, os portugueses votarão. Costuma louvar-se a sabedoria do povo. É fundamental que os eleitores, entre alternativas mornas e demagogia dura, compreendam a situação. A escolha hoje não é de políticas. Após 32 meses de negação, ilusões e derrapagem, quem for eleito terá grande parte da sua tarefa definida pelos nossos credores. O que está em causa é mesmo a dignidade nacional.

quarta-feira, 27 de abril de 2011

PREÇO COMBUSTÍVEIS - Cartaaberta de Capitão da Marinha Mercante

 

                      CARTA ABERTA
 
Prezado Dr. Carlos Barbosa


Presidente da Direcção do Automóvel Club de Portugal

Lisboa, 9 Março 2011
 
 
ASSUNTO: O DESCARADO AUMENTO DOS COMBUSTÍVEIS
TRÊS PERGUNTAS A FAZER ÀS GASOLINEIRAS
 
O elevado custo a que os combustíveis chegaram é um doloroso espinho na nossa economia.

Torna-se urgente removê-lo ou pelo menos evitar que se enterre mais, se a quisermos salvar de "morte certa".

O preço dos combustíveis assenta em quatro custos básicos:

1 - A matéria prima (ramas de petróleo)
2 - O transporte marítimo (frete)
3 - A refinação (transformação do crude nos produtos de consumo)
4 - A distribuição (armazenagem e colocação nas bombas)

Mas as nossas gasolineiras (Galp/BP/Repsol/Shell,etc.) parece só conhecer o primeiro ou escondem os restantes.

HÁ TRÊS PERGUNTAS URGENTES A FAZER :
 
A primeira grande situação escandalosa do custo dos combustíveis, que abastecemos nas bombas, advêm do facto das gasolineiras, quando trocaram a compra da matéria prima proveniente dos portos do Golfo Pérsico, cerca der 15 dias de viagem, pela dos portos do Norte e do Oeste de África, cerca de 3 a 6 dias de viagem, nem um só cêntimo alguma vez baixaram seus preços ! (Alguém soube de tal ?)

Por exemplo se os fretes estiverem a 1 dolar/tonelada/dia de viagem (para usar nºs simples pois o valor é superior) teremos que, no caso dum petroleiro de 100 mil toneladas, com aquela troca de origem resultaria:

De     100.000x1x15 = 1.500.000 dólares
Para  100.000x1x3ou6 =  300.000 ou 600.000 dólares

Uma redução fabulosa !

A pergunta que o ACP deve fazer:

QUEM BENEFICIOU COM ESTA REDUÇÃO DE FRETES ?
 
A segunda grande situação escandalosa advêm do facto (pelo menos no momento actual) da escalada do custo das matérias primas  se ter iniciado há menos de um mês e as gasolineiras já fizeram três aumentos.

O primeiro escândalo, nesta situação, é o facto de que todo o produto refinado, entregue na distribuição naquele período de tempo, foi primeiro adquirido nos mercados estrangeiros em "spot" a longo termo (talvez seis meses ou mais) com custos muito inferiores aos actuais), depois feito o afretamento dos navios petroleiros estrangeiros (que os não há portugueses) nos "brokers" internacionais, nem sempre de pronto disponíveis.

Depois realizam-se as viagens das origens daquela matéria, para os terminais de Sines e Leixões.

Seguiu-se o processo de tratamento e refinação, tanquagem e distribuição. Tudo levando largas semanas senão meses até ao consumidor.

A pergunta a fazer é:

A QUE PREÇO PAGARAM AS GASOLINEIRAS AS RAMAS QUE SINES E LEIXÕES RECEBERAM NAS ÚLTIMAS SEMANAS ?
 
A terceira situação escandalosa advêm do facto do petróleo bruto ali recebido, primeiro não ser todo proveniente do mesmo terminal de origem, fretes diferentes, depois não possuir as mesmas características (mais ou menos "light" ou mais ou menos betuminoso, etc.) de que resulta produtos refinados de diferente qualidade.

A pergunta a fazer é:

COMO É QUE TODAS AS GASOLINEIRAS CONSEGUEM, COM TAIS PARÂMETROS, FAZER O MESMO PREÇO DE VENDA E NO MESMO DIA ?
 
A minha solicitação a meu prezado Presidente do ACP para que se coloquem estas questões às gasolineiras é porque a mim a elas não me respondem.

Faço parte daqueles que "elas" consideram de "tansos pagantes", apesar de ter andado algumas dezenas de anos no transporte de hidrocarbonetos e viajado mais de um milhão de milhas em navios petroleiros por esse mundo fora do petróleo.

Como seria bom ler o que nos vão (se) responder...

E talvez com as respostas dadas o Sr. Ministro responsável pelos transportes saísse da meditação em que se encontra e nos ajudasse a resolver o assunto.


E com um muito saudar vos solicito minhas escusas.
 
Joaquim Ferreira da Silva - Sócio nº 3147
Capitão da Marinha Mercante (Reformado)
Membro da Secção de Transportes da Sociedade de Geografia de Lisboa.

 

 

 

Sandro Bala: “Na Margem Sul mando eu”.

Que andou a policia a fazer estes anos todos?

Entradas e saídas do Tribunal do Seixal fechadas, toda a gente foi revistada ontem de manhã no início do mega julgamento da ‘Máfia brasileira’ – o grupo chefiado pelo instrutor de jiu-jitsu Sandro Bala e responsável por 109 crimes violentos, entre homicídios, ofensas corporais agravadas, extorsão, prática de segurança ilegal em bares e discotecas. E a Polícia não deu tréguas. Durante mais de uma hora, o Corpo de Intervenção da Unidade Especial de Polícia varreu a sala de audiências à procura de bombas – contra atentados a magistrados, advogados e arguidos. CM

New York Times: "Portugal não precisava de ajuda"

Portugal foi vítima da "pressão injusta e arbitrária" dos mercados financeiros internacionais, que ameaça
Espanha, Itália e Bélgica e outras democracias em todo o mundo, defende o sociólogo norte-americano Robert Fishman.

Expresso online, Quarta feira, 13 de abril de 2011

O artigo no "New York Times" de hoje, intitulado "O Resgate Desnecessário de Portugal", Fishman diz que o pedido de ajuda português, depois do irlandês e do grego, "deve ser um aviso a democracias em todo o lado", porque "não é realmente sobre dívida".
"Portugal teve um forte desempenho económico nos anos 1990 e estava a gerir a sua recuperação da recessão global melhor que vários outros países na Europa, mas foi sujeito a uma pressão injusta e arbitrária dos negociadores de obrigações, especuladores e agencias de 'rating'", afirma o professor de sociologia da
Universidade de Notre-Dame.
Estes agentes dos mercados financeiros conseguiram, por "razões míopes ou ideológicas" levar à demissão de um governo democraticamente eleito e potencialmente "atar as mãos do que se lhe segue", adianta Fishman, autor de um livro sobre o euro.
"Se forem deixadas desreguladas, estas forças de mercado ameaçam eclipsar a capacidade dos governos
democráticos - talvez mesmo dos Estados Unidos - para fazer as suas próprias escolhas sobre impostos e gastos", sublinha Fishman.
Portugal não apresentava "crise genuína"
O sociólogo estabelece semelhanças entre Portugal e a Grécia e Irlanda, mas ressalva que enquanto estes dois países apresentavam "problemas económicos claros e identificáveis", Portugal "não tinha subjacente uma crise genuína" e foi sim "sujeito a ondas sucessivas de ataques por negociadores de obrigações".
O contágio no mercado e os 'downgrades' de 'ratings' tornaram-se numa "profecia que se realiza a ela mesma", uma vez que as agências "forçaram o país a pedir ajuda elevando os seus custos de financiamento para níveis insustentáveis".
"Distorcendo as perceções de mercado da estabilidade de Portugal, as agências de 'rating' - cujo papel de favorecimento da crise do 'subprime' nos Estados Unidos foi amplamente documentado - minaram quer a sua recuperação económica, quer a liberdade política".
Agora, Portugal enfrenta políticas de austeridade impopulares, que vão afetar empréstimos a estudantes, pensões de reforma, alívio da pobreza e salários da função pública.
"Ceticismo" em relação ao modelo económico
Fishman sugere que as descidas de 'rating' e pressão sobre a economia resultaram ou de "ceticismo ideológico em relação ao modelo de economia mista em Portugal", ou de "falta de perspetiva histórica" relativamente a um país onde o nível de vida subiu rapidamente nos últimos 25 anos, tal como a produtividade, enquanto o desemprego desceu.
Embora o otimismo dos anos 1990 tenha resultado em "desequilíbrios económicos resultado de gastos excessivos", Fishman defende o desempenho recente do país pós, e mesmo que a queda do governo é "política normal" e "não incompetência, como alguns críticos de Portugal têm retratado".
O sociólogo levanta também a questão de o BCE não ter comprado obrigações portuguesas de forma
"agressiva" para afastar a última onda de "pânico" nos mercados, e a necessidade de regular as agências de
'rating' na Europa e Estados Unidos.
"A revolução portuguesa de 1974 inaugurou uma onda de democratização que varreu o globo. É bem possível que 2011 marque o início duma onda de usurpação da democracia por mercados desregulados, com a Itália, Espanha e Bélgica como próximas vítimas potenciais", afirma.

MITO DE OSÍRIS E ISIS – Mitologia Egípcia

Egipto Antigo

Osíris e Ísis foram induzidos a descer sobre a terra, a fim de espalhar dádivas e bênçãos sobre os seus habitantes.  Ísis ensinou-lhes, primeiro, o uso do trigo e da cevada, e Osíris fez os instrumentos de agricultura e ensinou aos homens como usá-los, assim como atrelar o boi ao arado. Depois, deu leis aos homens, a instituição do casamento, uma organização civil, e explicou-lhes como deviam adorar os deuses. Tendo, assim, feito do vale do Nilo uma região feliz, reuniu uma hoste, com a qual foi distribuir suas bênçãos ao resto do mundo. Conquistou nações por toda a parte, mas não com armas, apenas com música e eloquência. Seu irmão, Tifão, viu aquilo, e encheu-se de inveja e malícia, procurando, durante sua ausência, usurpar-lhe o trono. Ísis, porém, que mantinha as rédeas do governo em suas mãos, frustrou-lhe os planos. Ainda mais amargurado ele resolveu matar o irmão, o que fez da seguinte maneira: Tendo organizado uma conspiração de setenta e dois membros, foi com eles à festa que estava sendo celebrada para comemorar a volta do rei. Fez com que uma caixa, ou cofre, fosse trazido para ali — e ele o tinha mandado fazer exactamente do tamanho de Osíris, — declarando que daria aquele cofre de madeira preciosa, fosse a quem fosse, que coubesse perfeitamente nele. Todos os presentes tentaram em vão, mas assim que Osíris entrou no cofre, Tifão e seus companheiros fecharam-lhe a tampa e atiraram-no ao Nilo. Quando Ísis soube do assassinato cruel chorou e lamentou-se, e, com os cabelos cortados, vestida de preto e batendo no próprio peito, procurou diligentemente o corpo do marido. Naquela procura foi materialmente assistida por Anúbis, o filho de Osíris e Neftis. Durante algum tempo procuraram sem sucesso, porque quando o cofre, levado pelas vagas para as margens de Biblos, ficou encravado nos caniços que cresciam à beira da água, o divino poder que resistia no corpo de Osíris comunicou tal força à moita, que ela cresceu como árvore poderosa, encerrando em seu tronco o ataúde do deus. Aquela árvore, com seu sagrado depósito, foi logo depois cortada e levantada, como coluna, no palácio do Rei da Fenícia. Com auxílio de Anúbis e das aves sagradas, Ísis teve, por fim, conhecimento daqueles fatos, e foi para a cidade real. Ali, ofereceu-se no palácio, como serva. Sendo admitida, libertou-se de seu disfarce e apareceu como deusa, cercada de trovões e relâmpagos. Batendo na coluna com a mão, fendeu-a pelo meio, e encontrou o ataúde sagrado. Apoderou-se dele, e voltou, escondendo-o na profundeza de uma floresta. Tifão, porém, descobriu o fato, e, cortando o corpo em catorze pedaços, espalhou-os para todos os lados. Depois de exaustiva busca, Ísis encontrou treze desses pedaços, pois os peixes do Nilo haviam comido o décimo quarto. Aquele pedaço ela o substituiu por uma imitação, feita de madeira de sicômoro, e enterrou o corpo em Filoe, que daí por diante tornou-se o grande local de enterramentos da nação, e o ponto de peregrinações, que vêm de todos os recantos do país. Um templo de inimitável beleza foi ali erguido em honra do deus, e em cada um dos lugares onde seus membros tinham sido encontrados, templos menores levantaram-se, para comemorar o acontecimento. Osíris tornou-se, depois disso, a deidade tutelar dos egípcios. Dizem que sua alma foi habitar o corpo do touro Ápis, transferindo-se, por ocasião da morte do animal, para o corpo daquele que o sucedesse. Ápis, o touro de Mênfis, era adorado com a maior reverência pelos egípcios. O exemplar, que deveria ser Ápis, fazia-se reconhecível através de certos sinais. Precisava ser bem preto, com um quadrado branco na fronte, e outro, em forma de águia, nas costas. Sob a língua devia mostrar uma excrescência carnosa, na forma de um escaravelho. Assim que um touro dessa forma assinalado era obtido pelos que o procuravam, colocavam-no em edifício especial, de frente para o oriente, e alimentavam-no com leite durante quatro meses. Quando esse prazo expirava, os sacerdotes dirigiam-se, no dia da lua nova, para a habitação dele, com grande pompa, e saudavam-no como Ápis. Era, então, colocado num navio magnificamente ornamentado e levado pelo Nilo abaixo, para Mênfis, onde um templo, com duas capelas e um pátio para exercício, a ele era dedicado. Faziam sacrifícios em sua honra, e, uma vez por ano, mais ou menos na época em que o Nilo começava a subir, uma taça de ouro era atirada ao rio, e grande festival organizado, para comemorar o aniversário do animal sagrado. O povo acreditava que durante aquele festival, os crocodilos esqueciam sua natural ferocidade e tornavam-se inofensivos. Havia um único inconveniente na vida feliz do boi Ápis: não. lhe era permitido viver além de um certo período, e, se ao atingir a idade de vinte e cinco anos ele ainda estava vivo, os sacerdotes afogavam-no numa cisterna sagrada, e depois enterravam-no no templo de Serápis. Por ocasião da morte daquele boi, se ela ocorresse de forma pouco natural ou violenta, o país inteiro ficava cheio de tristeza e lamentações, que duravam até que seu sucessor fosse encontrado.

Fonte: Maravilhas do conto mitológico. Adaptação de Nair Lacerda.

Serviços mínimos bancários vão ser alargados a todos os cidadãos que os solicitem.

O acesso a serviços mínimos bancários, a custo reduzido, vai ser alargado a todos os cidadãos que o solicitarem e não apenas aos que não tenham qualquer conta bancária, como acontece actualmente, o que tem limitado o sucesso da medida.

“Criado em 2000, para combater a exclusão financeira de cidadãos com menores rendimentos, o mecanismo de serviços mínimos bancários tem tido uma adesão reduzida, em boa parte porque o diploma que instituiu o mecanismo apresenta algumas limitações e sua divulgação tem sido reduzida. Para ultrapassar essas falhas, quatro partidos com assento na Assembleia da República apresentaram projectos de alteração, que acabaram por ser fundidos num único diploma, que melhora substancialmente o mecanismo ainda em vigor. O diploma, que foi aprovado na última sessão da Assembleia da República e seguiu para promulgação do Presidente da República, entrará em vigor um dia após a sua publicação em Diário da República. Ao Banco de Portugal competirá a elaboração das normas e regulamentos necessários à operacionalidade do diploma, e um dos aspectos a melhorar prende-se com as questões relativas à informação e divulgação do mecanismo junto do público alvo. O conceito de serviço mínimo bancário não sofre grandes alterações, incluindo a constituição, manutenção, gestão e titularidade de conta de depósito à ordem, e a titularidade de cartão de débito. É assegurado ainda o acesso à movimentação de conta através de caixas automáticas, serviço de homebanking e balcões da instituição de crédito. Nas operações autorizadas estão os depósitos, levantamentos, pagamentos de bens e serviços, débitos directos e transferências interbancárias nacionais.
Recusas proibidas
O aspecto mais importante do novo diploma prende-se com o alargamento dos servições mínimos bancários a todos os cidadãos. No diploma anterior, uma das condições para ter acesso a esses serviços, a custos reduzidos, mas ainda não totalmente gratuitos, era a de o cidadão não ter qualquer conta bancária. Face a esta condição, algumas instituições recusavam a conversão ou encerramento de contas existente e a criação de numa nova conta ao abrigo do mecanismo.
Aquela limitação não só desaparece, como é consagrada a obrigatoriedade de conversão de contas existentes sempre que o cliente o solicite, e sem custos. Esta era uma alteração defendida pelo próprio Banco de Portugal, consultado pela Comissão de Orçamento e Finanças, no âmbito da elaboração do projecto conjunto.
Outra das alterações prende-se com a denúncia dos contratos (encerramento das contas por iniciativa dos bancos), que anteriormente poderia ser feita sempre que o saldo médio anula dos últimos seis meses fosse inferior a sete por cento de um salário mínimo (33,25 euros, em 2010), o que levantava problemas no caso de clientes que levantavam a totalidade do valor das pensões de reforma ou outras prestações sociais. Esse limite de saldo desceu para cinco por cento e foi introduzida outra condição, a de não terem sido realizadas quaisquer operações bancárias nos últimos seis meses, o que salvaguarda os clientes que efectivamente precisam desse tipo de contas e as movimentam. O custo dos serviços mínimos manteve-se nos níveis anteriores, apesar da pretensão do Bloco de Esquerda para que fossem gratuitos, generalizando a prática já seguida por algumas instituições. Os bancos que aderirem voluntariamente ao sistema não podem cobrar custos, taxas, encargos ou despesas que, anualmente e em conjunto representem um valor superior ao equivalente a um por cento da do salário mínimo nacional (4,75 euros, em 2010). Esta limitação de custos pretende responder à prática bancária de penalizar as contas com saldos mais reduzidos e redução e mesmo isenção de custos no caso de clientes com saldos médios mais elevados ou contas-ordenado.”PUBLICO.

Frase do dia

 

Ponham os socialistas a governar o Sahara e, passados seis meses, estão a precisar de importar areia...

terça-feira, 26 de abril de 2011

Adrian Rogers, 1931

Um professor de economia na universidade Texas Tech disse que nunca reprovou um só aluno antes, mas tinha, uma vez, reprovado uma turma inteira. 
Esta classe em particular tinha insistido que o socialismo realmente funcionava: ninguém seria pobre e ninguém seria rico, tudo seria igualitário e 'justo. ' 
O professor então disse, "Ok, vamos fazer um experiência socialista nesta turma. Ao invés de dinheiro, usaremos as suas notas nas provas."
Todas as notas seriam concedidas com base na média da classe, e portanto seriam 'justas. ' Isso quis dizer que todos receberiam as mesmas notas, o que significou que ninguém seria reprovado. Isso também quis dizer, claro, que ninguém receberia um "A"... 
Depois que a média das primeiras provas foram tiradas, todos receberam "B".
Quem estudou com dedicação ficou indignado, mas os alunos que não se esforçaram ficaram muito felizes com o resultado.
Quando a segunda prova foi aplicada, os preguiçosos estudaram ainda menos - eles esperavam tirar notas boas de qualquer forma. Aqueles que tinham estudado bastante no início resolveram que eles também se aproveitariam do trem da alegria das notas. Portanto, agindo contra suas tendências, eles copiaram os hábitos dos preguiçosos.
Como um resultado, a segunda média das provas foi "D".
Ninguém gostou.
Depois da terceira prova, a média geral foi um "F".
As notas não voltaram a patamares mais altos mas as desavenças entre os alunos, buscas por culpados e palavrões passaram a fazer parte da atmosfera das aulas daquela turma. A busca por 'justiça' dos alunos tinha sido a principal causa das reclamações, inimizades e senso de injustiça que passaram a fazer parte daquela turma. No final das contas, ninguém queria mais estudar para beneficiar o resto da sala.
Portanto, todos os alunos repetiram o ano... Para sua total surpresa.
O professor explicou que a experiência socialista tinha falhado porque ela foi baseada no menor esforço possível da parte de seus participantes.
Preguiça e mágoas foi o seu resultado.
Sempre haveria fracasso na situação a partir da qual a experiência tinha começado.
"Quando a recompensa é grande", disse ele, "o esforço pelo sucesso é grande, pelo menos para alguns de nós.
Mas quando o governo elimina todas as recompensas ao tirar coisas dos outros sem o seu consentimento para dar a outros que não batalharam por elas, então o fracasso é inevitável."  
"É  impossível levar o pobre à prosperidade através  de legislações que punem os ricos pela prosperidade. Por cada pessoa que recebe sem trabalhar, outra pessoa deve trabalhar sem receber.
O governo não pode dar a alguém aquilo que não tira de outro alguém.
Quando metade da população entende a ideia de que não precisa trabalhar, pois a outra metade da população irá sustentá-la, e  quando esta outra metade entende que não vale mais a pena trabalhar para sustentar a primeira metade, então chegamos ao começo do fim de uma nação. 
É impossível multiplicar riqueza dividindo-a. "
Adrian Rogers, 1931

Adrian Rogers, 1931

Um professor de economia na universidade Texas Tech disse que nunca reprovou um só aluno antes, mas tinha, uma vez, reprovado uma turma inteira. 
Esta classe em particular tinha insistido que o socialismo realmente funcionava: ninguém seria pobre e ninguém seria rico, tudo seria igualitário e 'justo. ' 
O professor então disse, "Ok, vamos fazer um experiência socialista nesta turma. Ao invés de dinheiro, usaremos as suas notas nas provas."
Todas as notas seriam concedidas com base na média da classe, e portanto seriam 'justas. ' Isso quis dizer que todos receberiam as mesmas notas, o que significou que ninguém seria reprovado. Isso também quis dizer, claro, que ninguém receberia um "A"... 
Depois que a média das primeiras provas foram tiradas, todos receberam "B".
Quem estudou com dedicação ficou indignado, mas os alunos que não se esforçaram ficaram muito felizes com o resultado.
Quando a segunda prova foi aplicada, os preguiçosos estudaram ainda menos - eles esperavam tirar notas boas de qualquer forma. Aqueles que tinham estudado bastante no início resolveram que eles também se aproveitariam do trem da alegria das notas. Portanto, agindo contra suas tendências, eles copiaram os hábitos dos preguiçosos.
Como um resultado, a segunda média das provas foi "D".
Ninguém gostou.
Depois da terceira prova, a média geral foi um "F".
As notas não voltaram a patamares mais altos mas as desavenças entre os alunos, buscas por culpados e palavrões passaram a fazer parte da atmosfera das aulas daquela turma. A busca por 'justiça' dos alunos tinha sido a principal causa das reclamações, inimizades e senso de injustiça que passaram a fazer parte daquela turma. No final das contas, ninguém queria mais estudar para beneficiar o resto da sala.
Portanto, todos os alunos repetiram o ano... Para sua total surpresa.
O professor explicou que a experiência socialista tinha falhado porque ela foi baseada no menor esforço possível da parte de seus participantes.
Preguiça e mágoas foi o seu resultado.
Sempre haveria fracasso na situação a partir da qual a experiência tinha começado.
"Quando a recompensa é grande", disse ele, "o esforço pelo sucesso é grande, pelo menos para alguns de nós.
Mas quando o governo elimina todas as recompensas ao tirar coisas dos outros sem o seu consentimento para dar a outros que não batalharam por elas, então o fracasso é inevitável."  
"É  impossível levar o pobre à prosperidade através  de legislações que punem os ricos pela prosperidade. Por cada pessoa que recebe sem trabalhar, outra pessoa deve trabalhar sem receber.
O governo não pode dar a alguém aquilo que não tira de outro alguém.
Quando metade da população entende a ideia de que não precisa trabalhar, pois a outra metade da população irá sustentá-la, e  quando esta outra metade entende que não vale mais a pena trabalhar para sustentar a primeira metade, então chegamos ao começo do fim de uma nação. 
É impossível multiplicar riqueza dividindo-a. "
Adrian Rogers, 1931

Máfia brasileira ‘fecha’ tribunal.

Ao que este país chegou!

Há uma semana que a PSP vigia a sala de audiências, fechada a outros julgamentos. Sandro ‘Bala’, o líder da rede de extorsão na noite, estará ausente. CM

O GUARDADOR DE REBANHOS


I
Eu nunca guardei rebanhos,
Mas é como se os guardasse.
Minha alma é como um pastor,
Conhece o vento e o sol
E anda pela mão das Estações
A seguir e a olhar.
Toda a paz da Natureza sem gente
Vem sentar-se a meu lado.
Mas eu fico triste como um pôr-do-sol
Para a nossa imaginação,
Quando esfria no fundo da planície
E se sente a noite entrada
Como uma borboleta pela janela.

Mas a minha tristeza é sossego
Porque é natural e justa
E é o que deve estar na alma
Quando já pensa que existe
E as mãos colhem flores sem ela dar por isso.

Como um ruído de chocalhos
Para além da curva da estrada,
Os meus pensamentos são contentes.
Só tenho pena de saber que eles são contentes,
Porque, se o não soubesse,
Em vez de serem contentes e tristes,
Seriam alegres e contentes.

Pensar incomoda como andar à chuva
Quando o vento cresce e parece que chove mais.

Não tenho ambições nem desejos.
Ser poeta não é uma ambição minha,
É a minha maneira de estar sozinho.

E se desejo às vezes,
Por imaginar, ser cordeirinho
(Ou ser o rebanho todo
Para andar espalhado por toda a encosta
A ser muita coisa feliz ao mesmo tempo),
É só porque sinto o que escrevo ao pôr-do-sol,
Ou quando uma nuvem passa a mão por cima da luz
E corre um silêncio pela erva fora.

Quando me sento a escrever versos
Ou passeando pelos caminhos ou pelos atalhos,
Escrevo versos num papel que está no meu pensamento,
Sinto um cajado nas mãos
E vejo um recorte de mim
No cimo dum outeiro,
Olhando para o meu rebanho e vendo as minhas ideias,
Ou olhando para as minhas ideias e vendo o meu rebanho,
E sorrindo vagamente como quem não compreende o que se diz
E quer fingir que compreende.

Saúdo todos os que me lerem,
Tirando-lhes o chapéu largo
Quando me vêem à minha porta
Mal a diligência levanta no cimo do outeiro.
Saúdo-os e desejo-lhes sol,
E chuva, quando a chuva é precisa,
E que as suas casas tenham
Ao pé duma janela aberta
Uma cadeira predilecta
Onde se sentem, lendo os meus versos.
E ao lerem os meus versos pensem
Que sou qualquer coisa natural –
Por exemplo, a árvore antiga
À sombra da qual quando crianças
Se sentavam com um baque, cansados de brincar,
E limpavam o suor da testa quente
Com a manga do bibe riscado. 

sábado, 23 de abril de 2011

Finlândia: ranking de empresas, na listagem da Forbes.

161 Nokia  (ver aqui…)
412 Fortum (ver aqui…)
439 Sampo (ver aqui…)
600 Stora Enso  (ver aqui…)
620 UPM-Kymmene  (ver aqui…)
928 Kone  (ver aqui…)
1261 Neste Oil  (ver aqui…)
1542 Kesko  (ver aqui…)
1184 Metso  (ver aqui…)
1258 Wärtsilä  (ver aqui…)
1772 Kemira (ver aqui…)
1382 Pohjola Bank (ver aqui…)

Brasil: Os amigos da onça!

A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta terça-feira (30/03/2011), em Coimbra, que o Brasil poderá ajudar economicamente Portugal, mas condicionou a possível compra de títulos da dívida portuguesa à apresentação de garantias de pagamento. Segundo Dilma, a legislação brasileira sobre o uso das reservas do governo limitam a possibilidade da compra dos títulos da dívida portuguesa ao exigir que eles tenham classificação AAA pelas agências de risco, considerada a mais segura. Segundo a presidente, o governo brasileiro "fará tudo o que for possível para ajudar Portugal, mas dentro da nossa legislação".

Como as agências não dão essa classificação a Portugal, nesta conjuntura, o apoio do  Brasil é remeter-nos mais brasileiros (para jogadores de futebol, etc.), e brasileiras (para casas de alterne, etc.). Portugal, ainda assim, continua a dar aos brasileiros, passaportes portugueses, para que se sintam confortáveis a imigrarem para os países europeus, fazendo de Portugal uma plataforma logística, empregos em empresas portuguesas, deixando-os abrir comércio de restauração e outros, clínicas dentárias, etc.. Registamos a amizade!

World's Biggest Companies

Segundo a Forbes.

Em Portugal: 326 –EDP-Energias de Portugal; 583 –Galp; 628 –Portugal Tlecom; 914 –BCP Banco Comercial Português; 1024 –Jerónimo Martina; 1340 – Banco BPI; 1630 – SONAE SGPS; 1990 - Banif SGPS.

Duarte Pio diz que Cavaco Silva tem tido “papel positivo” na crise.

O pretendente ao trono de Portugal, Duarte Pio, considera que o Presidente da República tem tido um “papel positivo” na crise e condena o pouco investimento numa “economia produtiva”.

Ofereço um sinto nesta Páscoa, aos meus amigos.

Aos meus amigos ofereço-lhes, nesta Páscoa, um sinto, pois sinto muito mas nada lhes posso dar!

Boa Páscoa a todos.

«O Acidente»: O amor não se conta

 Texto: Alexandre Vermelho

Ismail Kadaré anda há algum tempo nas cogitações para um Nobel. O controverso albanês brinda-nos agora com «O Acidente», editado pela Quetzal. Uma viagem ao eterno mundo do amor, às suas vicissitudes, à sua inenarrabilidade, à sua...pessoalidade. Os tempos são de convulsão na península balcânica. Velhos regimes caem, novos se erguem, o Ocidente estica os seus tentáculos à antiga Jugoslávia. Numa Albânia em que tudo anda demasiado depressa, um acidente rodoviário, a princípio trivial, suscita o interesse de altas autoridades. Investigam. A complexidade do acidente aumenta, passo após passo, até se tornar incomportável para um investigador obstinado que, à escassez de provas, vale-se da sua imaginação e leva-nos a visitar uma história de amor. A de Bessford Y. e Rovena St. O amor entre Bessford Y. e Rovena St. foi um amor como todos os outros amores deste mundo. Deles e de mais ninguém. Uma experiência pessoal e única, moldada pelos tumultos exteriores e interiores. Um amor de perdição, uma guerra diária pelo poder, que ambos travaram embevecidos, mas com honra. Como uma guerra. Uma guerra em que vale tudo e em que os golpes mais baixos estão na gaveta de cima, prontos a arremessar. «Durante toda a noite deu voltas à cabeça, tentando perceber de onde lhe vinha aquele ressentimento todo contra ele. De ela ter acabado com o noivo e ele continuar a não lhe prometer nada? Devia ser isso, pensou (...) Por vezes conseguia acalmar-se: aquele assunto podia ser resolvido serenamente. Devia tentar amá-lo menos, eis tudo.» Kadaré consegue harmonizar brilhantemente as pulsões exteriores de um mundo em ebulição, com os tiroteios inerentes a um amor cego entre duas pessoas. Cola elegantemente Rovena St. à Albânia fragmentada, em emancipação desenfreada, cega pela liberdade. E Bessford é o tirano, que a reprime e subverte a sua sexualidade. «Após a queda do comunismo na Albânia, tendia-se a glorificar tudo: o dinheiro, o luxo, as associações de lésbicas. Todos se atropelavam para recuperar o tempo perdido (...) Naquela época, pensou, também nada era como dantes. Nem por isso, contudo, se havia posto a gritá-lo aos quatro ventos, como ele. Na verdade, nunca nada é como dantes, disse de si para si.» A história é intensa e apaixonante, mas o texto é descontraído. «O Acidente» faz-nos pensar. Faz-nos questionar o amor, a sua veracidade e o seu prazo. Toda a gente que já amou vai ler este livro e rever-se aqui e ali, página após página. Se é desta que Kadaré ganhará um Nobel, apenas o tempo o dirá, mas uma coisa é certa, a parada está alta. D.D.

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Tolerância de ponto, hoje?!?!?!

Um criminoso é sempre alguém perigoso! coloca em causa uma sociedade, em que os cumpridores tem meios para se afastarem, de gente dessa espécie. O populismo e a demagogia custam 20 milhões de euros. Laxismo, sob a capa de “tradição” ???

Greve da CP, na Páscoa: utentes podem contar com supressões e atrasos.

Quando a CP, no momento da venda do passe, aos utentes faz um contrato em que se obriga a prestar um serviço durante o prazo estipulado, naquele passe e se de facto, não o está cumprir, os utentes devem pedir uma indemnização.

O direito à greve é constitucional! Os direitos dos utentes que pagam, não o são? Então por que motivo os Srs. funcionários da CP estão acima da Lei? Porque será que entendem prejudicar os seus concidadãos, com exigências de uma empresa que está mais que falida?!

“Os passageiros dos comboios da CP podem contar com novas supressões e atrasos a partir da noite desta quinta-feira e até dia 26 de Abril (terça-feira) de manhã, devido à greve convocada pelo Sindicato dos Maquinistas para o período da Páscoa.” C M

José Manuel Silva: Contra médicos estrangeiros.

É inacreditável a mentalidade deste Sr..! Que fez para que houvesse médicos portugueses para locupletar as carências, de médicos de família, nos postos onde há falta dos mesmos? Será que não existe nenhum governo que acabe com estas autenticas corporações de cariz fascista, que em nada beneficiam o país, mas apenas os seus interesses monetários e pessoais?

“O bastonário da Ordem dos Médicos critica a contratação de estrangeiros para suprir falhas e sugere alternativas, como subir salários dos jovens clínicos do SNS.” C M

quarta-feira, 20 de abril de 2011

JAPÃO - LIÇÃO DE VIDA PARA O OCIDENTE.

JAPÃO: LIÇÃO DE VIDA PARA O OCIDENTE

DEZ COISAS A SEREM APRENDIDAS COM O JAPÃO
 
1 – A CALMA
Nenhuma imagem de gente se lamentando, gritando e reclamando que "havia perdido tudo". A tristeza por si só já bastava.
 
2 – A DIGNIDADE
Filas disciplinadas para água e comida. Nenhuma palavra dura e nenhum gesto de desagravo.
 
3 – A HABILIDADE
Arquitetos fantásticos, por exemplo. Os prédios balançaram, mas não caíram.
 
4 – A SOLIDARIEDADE
As pessoas compravam somente o que realmente necessitavam no momento. Assim todos poderiam comprar alguma coisa.
 
5 – A ORDEM
Nenhum saque a lojas. Sem buzinaço e tráfego pesado nas estradas. Apenas compreensão.
 
6 – O SACRIFÍCIO
Cinquenta trabalhadores ficaram para bombear água do mar para os reatores da usina de Fukushima. Como poderão ser recompensados?
 
7 – A TERNURA
Os restaurantes cortaram pela metade seus preços. Caixas eletrônicos deixados sem qualquer tipo de vigilância. Os fortes cuidavam dos fracos.
 
8 – O TREINAMENTO
Velhos e jovens, todos sabiam o que fazer e fizeram exatamente o que lhes foi ensinado.
 
9 – A IMPRENSA
Mostraram enorme discrição nos boletins de notícias. Nada de reportagens sensacionalistas com repórteres imbecis. Apenas calmas reportagens dos fatos.
 
10 – A CONSCIÊNCIA
Quando a energia acabava em uma loja, as pessoas recolocavam as mercadorias nas prateleiras e saiam calmamente.

NENHUM ARRASTÃO, CONTRA O POVO ou
PARA ROUBAR O COMÉRCIO
"A passagem do tempo deve ser uma conquista e não uma perda."

"Viver é a única coisa que não dá para deixar para depois."

TC chumba auditorias internas nas empresas públicas.

Naturalmente que não fazem adequadamente, pois se o fizessem iriam criar problemas ao PS/governo!

“As conclusões apontam para falhas na fiscalização e prevenção do risco, considerando que não é dada a devida importância a estas funções. O organismo detectou ausência de objectivos, desvios às normas internacionais e casos de falta de transparência…O organismo afirma ainda que "nem tão-pouco existe prioridade no uso da auditoria interna para a melhoria dos processos de gestão, limitando-a a simples fiscalizador do controlo interno e não cumprindo grande parte das melhores práticas internacionais"… Além disso, dos 199 auditores internos existentes nessas 16 empresas, apenas 8,5 por cento "estavam devidamente certificados pelo IIA". E o principal problema é que 15 por cento "tinham exercido anteriormente cargos de chefia". Uma situação que, de acordo com o TC, "potencia risco para a independência das operações das unidades de auditoria interna". Estes casos verificaram-se em seis empresas que apresentaram prejuízos em 2008, como a Refer e a TAP…Nesse ano, estas 20 empresas públicas gastaram 15,9 milhões de euros com auditorias internas. O custo médio anual rondou 933,1 mil euros e a despesa com cada auditor fixou-se em 797 mil euros, o que equivale a 5,7 mil euros por mês. PUBLICO.

terça-feira, 19 de abril de 2011

Operadoras aéreas de Moçambique proibidas de voar na Europa.

Todas as transportadoras aéreas certificadas em Moçambique estão proibidas de realizar voos para a União Europeia, anunciou hoje, em Bruxelas, a Comissão Europeia que recebeu o apoio unânime do Comité da Segurança Aérea europeu para tomar esta decisão. Bruxelas explica a inclusão das transportadoras aéreas na «lista negra» da UE «dadas as graves deficiências detectadas na área da segurança», e acrescenta que a situação «obriga a adoptar medidas decisivas». D D

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Notícia no Pravda, sobre Portugal

Jornal russo "Pravda" escreve 4 páginas sobre Portugal

Estão mais informados que 95 % dos portugueses que continuam a votar sempre nos mesmos!


Thursday, 17 March 2011

Foram tomadas medidas draconianas esta semana em Portugal pelo governo liberal de José Sócrates, um caso de um outro governo de centro-direita pedindo ao povo português para fazer sacrifícios, um apelo repetido vezes sem fim a esta nação trabalhadora, sofredora, deslizando historicamente cada vez mais no atoleiro da miséria.
E não é porque eles serem portugueses.
Vá ao Luxemburgo, que lidera todos os indicadores socioeconómicos e você vai descobrir que doze por cento da população é portuguesa, o povo que construiu um império que se estendia por quatro continentes e que controlava o litoral desde Ceuta, na costa atlântica, tendo passado a costa africana até ao Cabo da Boa Esperança, a costa oriental da África, no Oceano Índico, o Mar Arábico, o Golfo da Pérsia, a costa ocidental da Índia e Sri Lanka. E foi o primeiro povo europeu a chegar ao Japão... e Austrália.
Esta semana, o Primeiro-Ministro José Sócrates lançou uma nova onda dos seus pacotes de austeridade, corte de salários e aumento do IVA, mais medidas cosméticas tomadas num clima de política de laboratório por académicos arrogantes e altivos desprovidos de qualquer contacto com o mundo real, um esteio na classe política elitista portuguesa no Partido Social Democrata e Partido Socialista, gangorras de má gestão política que têm assolado o país desde anos 80.
O objectivo? Para reduzir o défice. Por quê? Porque a União Europeia assim o diz. Mas é só a UE? Não, não é. O maravilhoso sistema em que a União Europeia deixou-se sugar é aquele em que a agências de Ratings, Fitch, Moody's e Standard and Poor's, com sede nos Estados Unidos da América (onde haveria de ser?) controlam virtualmente as políticas fiscais, económicas e sociais dos Estados-Membros da União Europeia, através da atribuição das notações de crédito.
Com amigos como estes organismos e ainda Bruxelas, quem precisa de inimigos? Sejamos honestos. A União Europeia é o resultado de um pacto forjado por uma França tremente e com medo, apavorada com a Alemanha depois das suas tropas terem invadido o seu território três vezes em setenta anos, tomando Paris com facilidade, não só uma, mas duas vezes, e por uma astuta Alemanha ansiosa para se reinventar, após os anos de pesadelo de Hitler. França tem a agricultura, a Alemanha ficou com os mercados para sua indústria.
E Portugal? Olhem para as marcas de automóveis novos, conduzidos por motoristas particulares, para transportar exércitos de "assessores" (estes parecem ser imunes a cortes de gastos) e adivinhem de qual país eles vêm? Não, eles não são Peugeot, Citroen ou Renault. Eles são Mercedes e BMWs. Topos-de-gama, é claro.
Os sucessivos governos formados pelos dois principais partidos, PSD (Partido Social Democrata, direita) e PS (Socialista, de centro), têm atirado sistematicamente os interesses de Portugal e dos portugueses pelo esgoto abaixo, destruindo sua agricultura (agricultores portugueses são pagos para não produzir), a sua indústria (desapareceu) e a sua pesca (arrastões espanhóis em águas lusas), a troco de quê? O que é que as contrapartidas renderam, a não ser a aniquilação total de qualquer possibilidade de criar emprego e riqueza em uma base sustentável?
Aníbal Cavaco da Silva, agora presidente, mas primeiro-ministro durante uma década, entre 1985 e 1995, anos em que estavam despejando bilhões através das suas mãos a partir dos fundos estruturais e do desenvolvimento da UE, é um excelente exemplo de um dos melhores políticos de Portugal. Eleito fundamentalmente porque ele é considerado "sério" e "honesto" (em terra de cegos, quem vê é rei), como se isso fosse um motivo para eleger um líder (que só o é em Portugal), e porque a maioria dos restantes políticos (PSD/PS) são um bando de sanguessugas e parasitas inúteis (que o são), ele é o pai do défice público em Portugal e o campeão de gastos públicos.
A sua "política de betão" foi bem concebida, mas como sempre, mal planeada, o resultado de uma inepta, descoordenada e, às vezes, inexistente localização no modelo governativo do departamento do Ordenamento do Território, vergado como habitualmente a interesses investidos que sugam o país e o seu povo.
Uma grande parte dos fundos da UE foram canalizadas para a construção de pontes e auto-estradas para abrir o país a Lisboa, facilitando o transporte interno e fomentando a construção de parques industriais nas cidades do interior para atrair a grande parte da população que assentava no litoral.
O resultado concreto foi que as pessoas agora têm os meios para fugirem do interior e chegar ao litoral ainda mais rápido. Os parques industriais nunca ficaram repletos e as indústrias que foram criadas, em muitos casos já fecharam.
Uma grande percentagem do dinheiro dos contribuintes da UE vaporizou em empresas e esquemas fantasmas. Foram comprados Ferraris. Foram encomendados Lamborghini. Maserati. Foram organizadas caçadas de javali em Espanha. Foram remodeladas casas particulares. O governo de Aníbal Cavaco Silva ficou a observar, no seu primeiro mandato, enquanto o dinheiro foi desperdiçado. No seu segundo mandato, ficou a observar os membros do seu governo a perderem o controle e a participarem. Então, ele tentou desesperadamente distanciar-se do seu próprio partido político. E ele é um dos melhores.
Depois de Aníbal Cavaco da Silva, veio o bem-intencionado e humanitário, António Guterres (PS), um excelente Alto Comissário para os Refugiados e um candidato perfeito para Secretário-Geral da ONU, mas um buraco negro em termos de (má) gestão financeira. Ele foi seguido pelo diplomata excelente, mas abominável primeiro-ministro José Durão Barroso (PSD) (agora Presidente da Comissão da EU, "Eu vou ser primeiro-ministro, só que não sei quando") que criou mais problemas com seu discurso do que resolveu, passou a batata quente para Pedro Santana Lopes (PSD), que não tinha qualquer hipótese ou capacidade para governar e não viu a armadilha.
Resultando em dois mandatos de José Sócrates; um Ministro do Ambiente competente, que até formou um bom governo de maioria e tentou corajosamente corrigir erros anteriores. Mas foi rapidamente asfixiado por interesses instalados.
Agora, as medidas de austeridade apresentadas por este primeiro-ministro, são o resultado da sua própria inépcia para enfrentar esses interesses, no período que antecedeu a última crise mundial do capitalismo (aquela em que os líderes financeiros do mundo foram buscar três triliões de dólares de um dia para o outro para salvar uma mão cheia de banqueiros irresponsáveis, enquanto nada foi produzido para pagar pensões dignas, programas de saúde ou projectos de educação).
E, assim como seus antecessores, José Sócrates, agora com minoria, demonstra falta de inteligência emocional, permitindo que os seus ministros pratiquem e implementem políticas de laboratório, que obviamente serão contra-producentes. O Pravda entrevistou 100 funcionários, cujos salários vão ser reduzidos. Aqui estão os resultados: "Eles vão cortar o meu salário em 5%, por isso vou trabalhar menos" (94%). "Eles vão cortar o meu salário em 5%, por isso vou fazer o meu melhor para me aposentar cedo, mudar de emprego ou abandonar o país" (5%) "Concordo com o sacrifício" (1%).
Quanto ao aumento dos impostos, a reacção imediata será que a economia encolhe ainda mais enquanto as pessoas começam a fazer reduções simbólicas, que multiplicado pela população de Portugal, 10 milhões, afectará a criação de postos de trabalho, implicando a obrigatoriedade do Estado de intervir e evidentemente enviará a economia para uma segunda (e no caso de Portugal, contínua) recessão. Não é preciso ser cientista de física quântica para perceber isso. O idiota e avançado mental que sonhou com esses esquemas, tem resultados num pedaço de papel, onde eles vão ficar. É verdade, as medidas são um sinal claro para as agências de ratings que o Governo de Portugal está disposto a tomar medidas fortes, mas à custa, como sempre, do povo português. Quanto ao futuro, as pesquisas de opinião providenciam uma previsão de um retorno para o PSD, enquanto os partidos de esquerda (Bloco de Esquerda e Partido Comunista Português) não conseguem convencer o eleitorado de suas ideias e propostas.
Só em Portugal, a classe elitista dos políticos PSD/PS seria capaz de punir o povo por se atrever a ser independente. Essa classe enviou os interesses de Portugal para o ralo, pediu sacrifícios ao longo de décadas, não produziu nada e continuou a massacrar o povo com mais castigos. Esses traidores estão levando cada vez mais portugueses a questionarem se deveriam ter sido assimilados há séculos, pela Espanha. Que convidativo, o ditado português "Quem não está bem, que se mude". Certos, bem longe de Portugal, todos os que podem, o estão fazendo. Bons estudantes a jorrarem pelas fronteiras fora. Que comentário lamentável para um país maravilhoso, um povo fantástico, e uma classe política abominável.

Timothy Bancroft-Hinc

BCE pode suspender 'rating' mínimo nas garantias.

O governador do Banco Central de Malta e membro do conselho do Banco Central Europeu afirmou hoje que o supervisor pode suspender as exigências de 'rating' aplicáveis à dívida portuguesa usada como garantia nas operações de refinanciamento dos bancos. DN

Quatro fundações receberam 220 milhões em cinco anos.

Fundação para as Comunicações Móveis, CCB, Serralves e Berardo consumiram 90% dos 250 milhões transferidos para 31 fundações. O DN seguiu o rasto de três fontes de financiamento público e, mesmo excluindo benefícios fiscais, cerca de 250 milhões de euros foram transferidos de forma directa para 31 fundações entre 2005 e o primeiro semestre de 2010 - período em que existem dados disponíveis. Os números que são públicos são uma gota no oceano. Especialistas defendem mudança na lei que imponha mais transparência. DN

sábado, 16 de abril de 2011

Execução orçamental revela “farsa” da gestão de informação do Governo, diz João Duque.

A divulgação antecipada dos números da execução orçamental por parte do Governo é para o presidente do ISEG “uma farsa” ao sabor da forma como “um político mais desonesto pode divulgar a informação”. PUBLICO.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Belmiro de Azevedo.

“A maioria das pessoas competentes não têm currículo partidário”, defendeu Belmiro de Azevedo em entrevista na RTP. O patrão da Sonae criticou os partidos de fazerem “jogos florais”.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Pressão “injusta” dos mercados obrigou Portugal a pedir ajuda de que não precisava.

Portugal não necessitaria de um resgate se não tivesse ficado sob uma pressão “injusta a arbitrária” dos mercados, afirma o sociólogo Robert M. Fishman, da Universidade de Notre Dame, nos EUA.PUBLICO.

Quase 800 queixas de corrupção apresentadas à PGR em quatro meses.

E as centenas ou milhares que ficam por fazer, devido ao medo de represálias, ou que a justiça não proteja devidamente os denunciantes?

Até ao passado dia 11, foram apresentadas 794 denúncias de corrupção à linha de Denúncias Anónimas da Procuradoria-Geral da República. A maioria dessas queixas (320) é relativa ao sector público. Relacionadas com o sector privado, foram apresentadas 266; com o sector desportivo, quatro; 11 com o comércio internacional; e 65 relativas a outras áreas. Segundo dados do Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP), nesta linha criada em Novembro de 2010 há actualmente 351 queixas pendentes. Foram arquivadas 349 e eliminadas 94. As mesmas informações referem ainda que foi ordenada a abertura de 60 averiguações preventivas e que “foi remetido expediente” para abertura de dois inquérito ao Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) de Lisboa e um ao DIAP do Porto. Em 160 dos casos participados, foi reencaminhada informação para outras entidades.PUBLICO.

Otelo: Se soubesse como o país ia ficar, não fazia a Revolução.

Otelo Saraiva de Carvalho ouve todos os dias populares dizerem-lhe que o que faz falta é uma nova revolução, mas, 37 anos depois, garante que, se soubesse como o país ia ficar, não teria realizado o 25 de Abril. PUBLICO.

Demissão de editora da Lusa por causa de declaração de Sócrates provoca queixa na ERC.

A demissão de Sofia Branco do cargo de editora da noite da agência Lusa, por se ter recusado a editar uma notícia sobre a reacção de José Sócrates a críticas do presidente do grupo Jerónimo Martins, em Fevereiro passado, fez com que o Conselho de Redacção da agência decidisse avançar com uma queixa na Entidade Reguladora da Comunicação. PUBLICO

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Passos pede a Sócrates “todas as análises” realizadas pela “troika”.

É bom que se saiba, os desvarios do governo mais incompetente, jamais eleito em Portugal.

“O líder do PSD entregou hoje uma carta formal a José Sócrates a solicitar o acesso a “todas as análises intermédias ao longo do processo” de negociação entre o Governo e a missão que está em Portugal a decidir o programa de assistência financeira.” PUBLICO.

terça-feira, 12 de abril de 2011

Duarte Lima adquiriu offshore usada por Oliveira Costa.

Quando se resolve este caso? Não passou já tempo demais?

“Uma testemunha revelou hoje em tribunal que a offshore EMKA, alegadamente utilizada pelo então presidente do BPN Oliveira Costa para obter liquidez para um aumento de capital da Sociedade Lusa de Negócios (SLN) em finais de 2000, foi adquirida meses depois pelo ex-líder parlamentar do PSD Domingos Duarte Lima.” DN

Teimosia de Sócrates custou 387 milhões.

Anda-se a poupar nas reformas das pessoas simples, dos desprotegidos, pois basta ver o que vem hoje, sobre aposentações de magistrados (ver Lei n.º 9/2011 aqui), do Ministério Público, para entender o que escrevo! Quem vai pagar estes milhões seremos todos nós, e não o 1- ministro e seus acólitos.

“A insistência do primeiro-ministro em retardar o pedido de ajuda financeira externa, apesar da crescente pressão dos mercados financeiros internacionais, vai sair caro aos cofres públicos e a todos os portugueses: em apenas um ano, entre Março de 2010 e Abril de 2011, o aumento da taxa de juro das emissões de dívida pública traduziu-se numa subida dos custos com juros de quase 387 milhões de euros. Cerca de 38 por cento daquela dívida tem de ser paga em 2011 e 2012. A partir da comparação das emissões de Bilhetes do Tesouro (BT) e de Obrigações do Tesouro (OT), realizadas pelo Instituto de Gestão da Tesouraria e do Crédito Público naquele período, constata-se uma grande disparidade entre o preço do dinheiro cobrado a Portugal nas Primavera de 2010 e de 2011. Por exemplo, nos BT com maturidade a um ano a taxa de juro passou de 1,026 por cento, em Março de 2010, para 5,902 por cento em Abril deste ano. E o mesmo aconteceu com as OT: entre Abril de 2010 e o mês homólogo deste ano, a taxa de juro aumentou de 1,715% para 5,793%. Com base nesta realidade, a República portuguesa vai pagar só em juros dos BT, já emitidos em 2011, mais cerca de 150 milhões de euros do que pagaria se se tivessem mantido as taxa de juros cobradas há um ano. Já os juros das OT já emitidas este ano vão custar cerca de 237 milhões de euros. Os maiores encargos adicionais ocorreram com a emissão de OT nos últimos dois meses deste ano, quando as taxas de juro dispararam para valores que ultrapassaram os 10 por cento nos empréstimos com maturidades a cinco anos. Entretanto, os responsáveis europeus querem que Portugal apresse a entrega dos cortes que se propõe fazer na despesa pública já este ano. A equipa de Comissão/FMI e Banco Central Europeu chegará esta semana a Portugal, e as negociações terão de decorrer de modo a que o pacote de ajuda seja formalmente aprovado na reunião dos ministros das Finanças da Zona Euro que se realizará a 16 e 17 de Maio. Depois de formalmente aprovada a ajuda, o dinheiro chegará no prazo de 10 dias. "Tudo depende de Portugal", disse o ministro das Finanças alemão, Walter Schauble, que, mais uma vez, exigiu um consenso por parte das forças políticas portuguesas. "São necessárias mais medidas de ajustamento", disse. C da M.