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terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Discurso do embaixador Cuatemoc: a verdadeira e a falsa dívida externa

Obrigatório até ao fim

OS LIDERES EUROPEUS DEVIAM OUVIR MAIS DISTO E OS CIDADÃOS EUROPEUS DEIXAREM DE SER TONTOS

Discurso do embaixador Cuatemoc: a verdadeira e a falsa dívida externa
 
" Um discurso feito pelo embaixador Guaicaípuro Cuatemoc, de ascendência indígena, sobre o pagamento da dívida externa do seu país, o México, embasbacou os principais chefes de Estado da Comunidade Europeia.
A Conferência dos Chefes de Estado da União Europeia, Mercosul e Caribe, em Madrid, viveu um momento revelador e surpreendente: os Chefes de Estado europeus ouviram perplexos e calados um discurso irónico, cáustico e historicamente exacto.

Eis o discurso :
"Aqui estou eu, descendente dos que povoaram a América há 40 mil anos, para encontrar os que a "descobriram" há 500... O irmão europeu da alfândega pediu-me um papel escrito, um visto, para poder descobrir os que me descobriram. O irmão financeiro europeu pede ao meu país o pagamento, com juros, de uma dívida contraída por Judas, a quem nunca autorizei que me vendesse. Outro irmão europeu explica-me que toda a dívida se paga com juros, mesmo que para isso sejam vendidos seres humanos e países inteiros, sem lhes pedir consentimento. Eu também posso reclamar pagamento e juros.
 
Consta no "Arquivo da Companhia das Índias Ocidentais" que, somente entre os anos de 1503 a 1660, chegaram a São Lucas de Barrameda 185 mil quilos de ouro e 16 milhões de quilos de prata provenientes da América.

Teria aquilo sido um saque? Não acredito, porque seria pensar que os irmãos cristãos faltaram ao sétimo mandamento!

Teria sido espoliação? Guarda-me Tanatzin de me convencer que os europeus, como Caim, matam e negam o sangue do irmão.

Teria sido genocídio? Isso seria dar crédito aos caluniadores, Bartolomeu de Las Casas ou Arturo Uslar Pietri, que afirmam que a arrancada do capitalismo e a actual civilização europeia se devem à inundação dos metais preciosos tirados das Américas.

Não, esses 185 mil quilos de ouro e 16 milhões de quilos de prata foram o primeiro de tantos empréstimos amigáveis da América destinados ao desenvolvimento da Europa. O contrário disso seria presumir a existência de crimes de guerra, o que daria direito a exigir não apenas a devolução, mas uma indemnização por perdas e danos.

Prefiro pensar na hipótese menos ofensiva

Tão fabulosa exportação de capitais não foi mais do que o início de um plano "MARSHALL MONTEZUMA", para garantir a reconstrução da Europa arruinada por suas deploráveis guerras contra os muçulmanos, criadores da álgebra e de outras conquistas da civilização.
Para celebrar o quinto centenário desse empréstimo, podemos perguntar: Os irmãos europeus fizeram uso racional responsável ou pelo menos produtivo desses fundos?

Não. No aspecto estratégico, delapidaram-nos nas batalhas de Lepanto, em navios invencíveis, em terceiros reichs e várias outras formas de extermínio mútuo.
No aspecto financeiro, foram incapazes - depois de uma moratória de 500 anos - tanto de amortizar capital e juros, como de se tornarem independentes das rendas líquidas, das matérias-primas e da energia barata que lhes exporta e provê todo o Terceiro Mundo.

Este quadro corrobora a afirmação de Milton Friedman, segundo a qual uma economia subsidiada jamais pode funcionar, o que nos obriga a reclamar-lhes, para seu próprio bem, o pagamento do capital e dos juros que, tão generosamente, temos demorado todos estes séculos para cobrar. Ao dizer isto, esclarecemos que não nos rebaixaremos a cobrar de nossos irmãos europeus, as mesmas vis e sanguinárias taxas de 20% e até 30% de juros ao ano que os irmãos europeus cobram dos povos do Terceiro Mundo.

Limitar-nos-emos a exigir a devolução dos metais preciosos, acrescida de um módico juro de 10%, acumulado apenas durante os últimos 300 anos, concedendo-lhes 200 anos de bónus. Feitas as contas a partir desta base e aplicando a fórmula europeia de juros compostos, concluimos, e disso informamos os nossos descobridores, que nos devem não os 185 mil quilos de ouro e 16 milhões de quilos de prata, mas aqueles valores elevados à potência de 300, número para cuja expressão total será necessário expandir o planeta Terra.

Muito peso em ouro e prata... quanto pesariam se calculados em sangue?
Admitir que a Europa, em meio milénio, não conseguiu gerar riquezas suficientes para estes módicos juros, seria admitir o seu absoluto fracasso financeiro e a demência e irracionalidade dos conceitos capitalistas.

Tais questões metafísicas, desde já, não nos inquietam a nós, índios da América. Porém, exigimos a assinatura de uma carta de intenções que enquadre os povos devedores do Velho Continente na obrigação do pagamento da dívida, sob pena de privatização ou conversão da Europa, de forma tal, que seja possível um processo de entrega de terras, como primeira prestação de dívida histórica..."

Quando terminou seu discurso diante dos chefes de Estado da Comunidade Europeia, Guaicaípuro Guatemoc não sabia que estava expondo uma tese de Direito Internacional.
 
 

Governo quer rever suplementos até 6 de Fevereiro.

O Governo quer acabar o processo de revisão dos suplementos remuneratórios na Administração Pública até 6 de Fevereiro.
O prazo consta de um documento enviado pelo ex-secretário de Estado da Administração Pública, Hélder Rosalino, horas antes de ser substituído no cargo onde fazia um balanço das reformas feitas desde 2011.
Em Agosto, o Governo publicou em Diário da República a lei que determinava o levantamento global dos suplementos remuneratórios pagos pelo Estado. A 20 de Dezembro, a Direcção-Geral do Emprego Público (DGAEP) publicou o relatório que concluía que anualmente a Administração Pública gasta cerca de 700 milhões de euros em suplementos, o equivalente a 5% da massa salarial.
Os ministérios da Administração Interna e da Defesa são responsáveis por mais de metade da despesa com suplementos remuneratórios.
O ministério tutelado por Miguel Macedo paga 53 tipos diferentes de suplementos. Nesse relatório, o Governo considera que "a quantidade de suplementos diferentes atribuídos em cada ministério parece ser um catalisador de despesa".
No documento síntese que Hélder Rosalino enviou aos jornalistas, o ex-secretário de Estado revela que a conclusão do processo está marcada para 6 de Fevereiro. Ou seja, internamente o Executivo e o novo secretário de Estado da Administração Pública, José Leite Martins, estão a trabalhar para naquela data ter pronta a proposta de lei que irá racionalização a despesa com suplementos remuneratórios.
Governo quer rever suplementos até 6 de Fevereiro | Económico

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Violência cresce no Rio em 2013 - BBC Brasil

Vitor Abdala
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O número de baleados atendidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no estado do Rio de Janeiro cresceu 27% nos dez primeiros meses de 2013, na comparação com o mesmo período de 2012. Segundo dados do Ministério da Saúde, de janeiro a outubro de 2013, foram feitas 1.131 internações de pessoas baleadas no estado, 242 a mais do que no mesmo período de 2012 (889 internações).
Esse é o número mais alto desde 2007, primeiro ano do governo de Sérgio Cabral, quando foram feitas 1.465 internações entre janeiro e outubro. De 2008 a 2012, as internações oscilaram entre 757 (em 2008) e 933 (em 2010).
O aumento da procura por hospitais devido a ferimentos causados por armas de fogo é apenas um dos indicadores que ilustram o crescimento da violência no estado do Rio neste ano. Segundo dados do Instituto de Segurança Pública (ISP), o estado voltou a registrar aumento do número de homicídios em 2013, depois de três anos de queda nos assassinatos.
De janeiro a setembro de 2013, ocorreram 3.501 assassinatos no estado, 454 a mais do que no mesmo período de 2012, ou seja, um aumento de 15%. O crescimento de 2013 reverte a tendência, observada desde 2010, de queda nos registros de homicídios do ISP, que é o órgão estatístico oficial, subordinado à Secretaria Estadual de Segurança.
O resultado também praticamente anula os avanços obtidos nos anos de 2011 (com 3.277 homicídios registrados de janeiro a setembro) e 2012 (com 3.047 assassinatos no mesmo período), já que o Rio de Janeiro voltou a ter um nível de violência próximo ao observado em 2010, que registrou 3.580 homicídios nos nove primeiros meses do ano.
A tendência de aumento da violência nos últimos meses no Rio de Janeiro também pode ser observada nos dados mensais do ISP. Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, os homicídios estão em alta há sete meses consecutivos, portanto desde março deste ano.
Também houve aumentos expressivos, de janeiro a setembro de 2013 (na comparação com o mesmo período de 2012), de tentativas de homicídio (7%), roubos a estabelecimentos comerciais (29%), assaltos a residências (9%), roubos de carros (19%), assaltos a transeuntes (17%) e os roubos nos ônibus (21%).
O pesquisador do Laboratório de Análise da Violência da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), João Trajano, diz que foi surpreendido com o aumento da criminalidade no estado. 'Eu esperava que os indicadores continuassem a melhorar. Fico um pouco surpreso e decepcionado. Talvez o que isso esteja acenando é que os esforços do governo estadual têm sido tímidos', disse.
Trajano diz ainda que é preciso fazer levar as unidades de Polícia Pacificadora (UPP), muito concentradas nas zonas sul, norte e centro, para outras áreas violentas do estado, como a zona oeste e a Baixada Fluminense. Dos 454 casos de assassinatos extras de 2013, a Baixada responde por 287 (ou seja 63% do total). Ainda segundo ele, também é preciso fazer ajustes na política de UPPs, que tem apresentado problemas em algumas comunidades.
Em diversas favelas, como a Rocinha, na zona sul, o complexo do Fallet/Fogueteiro, na região central, e o Complexo do Alemão, na zona norte, criminosos continuam mantendo o controle territorial de determinados pontos das favelas, o que gera tiroteios entre policiais e bandidos.
'Também talvez tenhamos que reconhecer que o governo, que criou a UPP e ganhou politicamente com isso, ficou apenas nisso. Acho que é preciso fazer um balanço e dizer: 'olha, isso é pouco para colocar o estado em patamares minimamente aceitáveis de homicídios e outros crimes'. É necessário adicionar outras iniciativas, associá-las às UPPs', acrescent
Entre os crimes violentos, apenas os sequestros, roubos de cargas, agressões e estupros caíram no período. A polícia fluminense também matou menos: foram 304 casos de janeiro a setembro de 2013, ante 324 nos nove primeiros meses de 2012.
Em nota, a Secretaria de Segurança informou que espera reduzir os índices de criminalidade com medidas como a inauguração, a partir de janeiro de 2014, de dez companhias destacadas da Polícia Militar em comunidades da Baixada, de Niterói e das zonas norte e sul do Rio. Essas companhias terão 600 policiais.
Ainda de acordo com a secretaria, a Polícia Civil formou mais de mil inspetores e 135 delegados que trabalharão nas delegacias de Homicídios da Baixada Fluminense e de Niterói e em delegacias distritais. A secretaria não fez, no entanto, uma avaliação sobre os motivos do aumento da violência.
Edição: Graça Adjuto
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segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Sumários DR 1ª Série - Entidade Gestora de Reservas Estratégicas de Produtos Petrolíferos, E.P.E.

Decreto-Lei n.º 165/2013
Ministério do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia
Transpõe a Diretiva n.º 2009/119/CE do Conselho, de 14 de setembro de 2009, que obriga os Estados-Membros a manterem um nível mínimo de reservas de petróleo bruto e/ou de produtos petrolíferos, e procede à reestruturação e redenominação da Entidade Gestora de Reservas Estratégicas de Produtos Petrolíferos, E.P.E., procedendo à segunda alteração aos estatutos desta entidade, aprovados pelo Decreto-Lei n.º 339-D/2001, de 28 de dezembro


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Eleições europeias 2014: Uma democracia atípica

Eldiario.es, Madrid – O escrutínio europeu é uma eleição transnacional que se decide numa campanha centrada em temas locais e com consequências políticas em assuntos fundamentalmente locais. Este paradoxo é um dos maiores obstáculos à integração europeia. Ver mais.


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Espanha: “Alteração legislativa trava processo contra regime chinês na Audiência Nacional”

O Governo espanhol está a preparar uma reforma da lei do poder judiciário para limitar a capacidade dos tribunais espanhóis de julgarem os crimes de genocídio cometidos fora de Espanha, noticia El País.

Esta decisão tem lugar depois do mandado de prisão, emitido a 19 de novembro, contra o antigo Presidente chinês Jiang Zemin e o antigo primeiro-ministro Li Peng, após um processo por genocídio do povo tibetano apresentado à Audiência Nacional, uma das mais altas instâncias judiciais do país, por um cidadão tibetano naturalizado espanhol. A reforma legislativa prevê que só poderá ser apresentada queixa se a vítima for um cidadão espanhol no momento em que o crime tiver sido cometido e passará também a existir a possibilidade de veto do Conselho de Ministros por razões "de interesse geral", acrescenta o diário:

O Governo espanhol não está disposto a que a jurisdição universal dos tribunais espanhóis possa ameaçar as relações diplomáticas e económicas com outros países, especialmente aqueles que têm o peso da China.


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Itália: O fascismo na ponta da forquilha

Linkiesta, Milão – As manifestações dos "Forconi" [literalmente, os que manejam as forquilhas], que estão a paralisar as cidades italianas há vários dias, apanharam quase toda a gente de surpresa. Mas as suas reivindicações não-partidárias contra a austeridade e as elites escondem semelhanças perturbadoras com os primórdios do movimento que levou Mussolini ao poder. Ver mais.


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Finança: Bitcoin obtém parecer negativo dos guardiães da UE

A Autoridade Bancária Europeia (EBA) alertou os investidores para os riscos de flutuações de taxas de câmbio brutais e de segurança do ciberespaço em que incorrem as pessoas que utilizam moedas virtuais como a Bitcoin, noticia o Financial Times.

Este alerta é o segundo de teor idêntico emitido pela EBA, que tem sede em Londres, e surge num momento em que os bancos centrais se esforçam por controlar a rápida aceitação que as praticamente não regulamentadas moedas virtuais estão a ter. O valor dessas moedas pode variar enormemente. Por exemplo, na semana passada, o valor da Bitcoin oscilou entre os 340 e os 1240 dólares. E o FT prossegue:

Os investidores aderiram entusiasticamente às moedas virtuais, mas as autoridades receiam que este fenómeno esteja também a fomentar o aumento da criminalidade centrada no ataque a plataformas e contas na Internet, subornos, branqueamento de capitais ou compra de drogas ilícitas ou de armas. Os supervisores da UE afirmaram que pretendiam sublinhar os "possíveis riscos" associados à compra, posse ou negociação de moedas virtuais. Entre eles inclui-se o risco de o porta-moedas digital que os consumidores têm nos seus computadores ou smartphones ser alvo de ataque informático, declarou esta Autoridade.


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“BARÕES”

JPP

 


 

Quando vejo alguém falar em "barões" do PSD, tiro de imediato a conclusão de que não faz a mínima ideia do que é o PSD dos nossos dias, ou, de que percebe bem demais o PSD actual, e está a falar de má-fé numa perspectiva do conflito interno. Ele haveria uns "barões" odiados pelas "bases", com prestígio na opinião pública, mas sem vestir a "camisola do partido". Eles, pelo contrário, mesmo dando má fama ao partido, estão lá de "serviço" para o que der e vier.

 

O PSD, como o PS, é hoje controlado internamente de forma muito rígida por uma nomenklatura de carreira, que encontra no acesso ao poder partidário o principal mecanismo "profissional" de promoção, assim como múltiplas oportunidades de "negócio", a todos os níveis. É um sistema muito fechado, tanto mais fechado quanto a conjuntura eleitoral diminuiu as benesses e ameaça ainda mais diminui-las nas próximas eleições. Por isso é como um exército em guerra, sabedor das enormes vantagens do controlo das estruturas e dos sindicatos de voto, mas saltando com violência contra os adversários que suspeitem não lhes vão dar ou manter o que já têm. 

 

 Existe no PSD e no PS uma mentalidade de cerco, que se acentuou com a subida ao poder de políticos profissionais, sem influência e prestígio na sociedade. A sua permeabilidade com a opinião pública é escassa, porque o que conta é o que acontece dentro e os poderes de dentro. São pessoas unidas pelo seu papel nas estruturas do partido, onde se encontram todas as possibilidades e todos os riscos. Nem sequer muitas vezes existe a pulsão de "ganhar", mas essencialmente de conservar. Se por acaso um desastre eleitoral coloca em causa o pool de empregos e lugares de forma drástica, como por exemplo ocorreu em Vila Nova de Gaia – Porto, – e muitas pessoas são simultaneamente dirigentes partidários e empregados pelas autarquias do PSD, ou com elas fazendo negócios altamente rentáveis em termos de "serviços" como consultadoria jurídica, encomendas a empresas criadas para este mercado específico no âmbito da "comunicação" ou do marketing, – então soam os sinais de alarme e parte-se para a guerra civil.

 

"Encolhendo" os lugares disponíveis, vale tudo. Foi o que aconteceu com a pressa de encontrar "traidores" nas listas autárquicas que se acelerou pela necessidade de colocar fora do partido, antes de eleições internas, todos aqueles que podiam personificar uma oposição vinda de dentro aos interesses instalados. A especulação recente sobre uma hipotética candidatura de Rui Rio ajuda ao acantonamento, até porque, como António Costa no PS, Rio não tem qualquer chance no PSD dos dias de hoje, se pretendesse repetir aquilo que Passos Coelho fez contra Manuela Ferreira Leite: a constituição de uma fracção organizada, muito bem financiada (aí é que é interessante saber se há "barões"…) e usando de todos os recursos, mesmo a manipulação das eleições internas, como se veio a saber em recentes revelações de um dos obreiros dessa tomada do poder. Como se vêem ao espelho é isto que temem, por que pensam que os "outros" irão fazer como "eles". 

 

Nenhuma mudança no PSD é hoje possível de dentro, de tal maneira o aparelho partidário está controlado ferreamente, e, mesmo de fora, com o apoio de um forte movimento de opinião em que o eleitorado social-democrata tem um papel decisivo, não estou certo que tenha sucesso sem grandes convulsões. Nem Rio, nem Costa, nem ninguém de bom senso e que saiba como está a nossa democracia, quer herdar uma partidocracia que muda de fidelidades apenas em nome da partilha de lugares e de benesses de um cavalo morto, para outro mais vivo, logo com mais sucesso eleitoral. 

 

Ambos sabem que em democracia os partidos são fundamentais, mas as partidocracias são uma perversão. A chave está pois de fora, de fora para dentro, ou, quando isso se revelar impossível, seguir o caminho que Rui Moreira fez nas eleições autárquicas, onde foi eleito com nem mais nem menos do que grande parte do eleitorado do PSD no Porto. A chave está em encontrar forma de fazer emergir esse eleitorado, seja para o partido formal, seja para o partido informal". Só aí, os dois únicos homens, Rio e Costa, que acumulam o raríssimo prestígio da acção política prática, nas duas maiores câmaras do país, com o voto dos portugueses, podem lá chegar. Eles são também a última oportunidade do sistema político partidário português sobreviver. É uma grande responsabilidade.


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Exemplar

Francisco Seixas da Costa

 

Sabia (não sou ingénuo) que o último post que publiquei iria suscitar reações. Escrevi-o com essa convicção (talvez mesmo com esse objetivo, devo confessar). Fiquei tão estimulado com algumas dos comentários suscitados que deixei que eles "pingassem docemente" por quase dois dias. Foi um interessante teste para se perceber melhor algum país que hoje somos. Leiam esses comentários (houve quatro que foram eliminados, porque, apesar de tudo, há limites para a linguagem admitida). É um exercício interessantíssimo. E exemplar! Por mim, diverti-me imenso, podem crer! E as "inscrições" ainda estão abertas até ao final do dia...


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Coisas polacas

Francisco Seixas da Costa

 

Nos tempos "da outra senhora", a variedade dos produtos de consumo ao dispor dos consumidores polacos não era muito grande. Tal como em outros países do "socialismo real", alguns tipos de fruta, eram considerados um bem quase raro. Pelos Natais, todos os anos, o governo ordenava uma importação maciça de laranjas, oriundas de Cuba. Criou-se assim o hábito, no dia 23 de dezembro, de presentear as crianças polacas com uma laranja. Esse hábito transformou-se em tradição. Hoje, além de haver mais liberdade e muitas mais coisas, há ainda mais laranjas nessa data, por toda a Polónia. Uma empresa polaca, detida por capitais portugueses, importará, nos próximos dias, de Portugal e de outras origens, 10 mil toneladas de laranjas, transportadas por 550 camiões, o que equivale a uma fila de 14 quilómetros de veículos. Uma fantástica operação logística para garantir que todas essas laranjas possam ser distribuídas no dia 23 de dezembro.

 

Nunca vi referido por nenhum órgão de informação que, em 2013, essa mesma empresa terá importado e vendido na Polónia seis milhões (não me enganei, são seis milhões!) de garrafas de vinho português? E que, desta forma, o vinho português representa hoje 28% de todo o vinho importado por aquele país.


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sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Irlanda: “Noonan dá os primeiros sinais de querer diminuir imposto sobre o rendimento quando o Estado deixar de estar sob resgate”

O ministro das Finanças irlandês Michael Noonan revelou que o Governo está a considerar a possibilidade de diminuir o imposto sobre o rendimento em alguns escalões, em 2015 ou 2016, num esforço para fazer crescer a economia e impulsionar a criação de emprego, numa altura em que a Irlanda se prepara para sair do programa de resgate a 15 de dezembro.

Sublinhando os aspetos positivos da economia irlandesa, Noonan disse ao jornal The Irish Times que a criação de novos empregos é a "prioridade absoluta" do Governo, mas recusou dar pormenores sobre essa diminuição de impostos.

Criticou, igualmente, algumas figuras anónimas da troika UE-FMI-BCE pela sua falta de sensatez na gestão do resgate e queixou-se da atitude intransigente do ex-presidente do Banco Central Europeu, Jean-Claude Trichet, que tornou mais difícil o seu cargo de ministro das Finanças.


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Croácia: “Gazprom interessada na compra da INA”

Segundo o jornal Poslovni Dnevnik, o gigante do gás russo quer entrar na empresa petrolífera croata INA. O presidente da Gazprom, Alexei Miller, encontrou-se recentemente com o primeiro-ministro húngaro Viktor Orbán.

A empresa petrolífera húngara MOL, de que o Estado húngaro detém 25% do capital, é acionista de 49% da INA e a Gazprom quer comprar essa participação. Por seu lado, o Estado croata controla 19% da empresa. O diário, que lembra que Orbán ameaçou várias vezes retirar-se da INA, na sequência do mandado de prisão emitido pela Croácia contra o seu diretor, Zsolt Hernádi, suspeito de corrupção, escreve que

tornando-se acionista maioritária da INA, a Gazprom poderá utilizar essa empresa como base da sua expansão no sudeste da Europa e no Mediterrâneo.


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Eleições europeias 2014: Não haverá nenhuma vaga anti-UE

 

Le Monde, Paris – Os especialistas garantem que, ao contrário do que afirmam vários observadores, os partidos anti-europeus não registarão o progresso espectacular previsto nas eleições europeias de maio próximo. Mas isso não vem alterar a falta de interesse dos europeus por um Parlamento que sentem estar distante das suas preocupações. Ver mais.


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Cidadania europeia: O passaporte com o melhor valor de sempre

The Independent, Londres – A decisão de Malta de vender a cidadania por 650 mil euros reflete duas verdades fundamentais: que, apesar da crise financeira, o passaporte europeu continua a ser um dos mais cobiçados em todo mundo e a nova realidade de que o capital humano é agora tão valorizado como o capital financeiro. Ver mais.


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Pacífico ou Atlântico?

Francisco Seixas da Costa

 

Sempre achei muito importante saber pensar em "contra-ciclo". É o que fazem o investigador universitário português Bernardo Pires de Lima e o seu colega sueco Erik Brattberg, num blog do "The Huffington Post", ao ousarem escrever "Why the Atlantic, not the Pacific, may dominate the 21st century".

Deixo um extrato significativo:

To see why the Atlantic area will grow in relevance in coming years is not hard. While the old powers in Europe and North America might be in relative decline, they still share half of the global GDP and the world's strongest military alliance, NATO. At the same time, the Atlantic is also the home to two BRICS countries, Brazil and South Africa, and emerging actors such as Mexico, Nigeria and Angola. Their economic growth rates, global profile in oil and gas production, and military investments have already attracted the rapidly growing interest of China and India.


Leia-se o texto aqui.


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O erro do FMI e o erro de Passos Coelho

Domingos Amaral

 

Às vezes, é preciso olhar para os números para percebermos a gravidade do que se passou em Portugal.

Eis os números da austeridade, quatro anos depois.

 

Em 2010, o PIB português era de 172,8 mil milhões de euros.

Em 2013, deverá rondar os 164 mil milhões de euros.

Ou seja, a austeridade anulou-nos mais de 8 mil milhões de euros de riqueza produzida em Portugal! 

 

Em 2010, a taxa de desemprego portuguesa foi de 10,8.

Em 2013, a taxa de desemprego portugesa deverá ficar pelos 15,8, um aumento de quase 50%.

Quatro anos de austeridade criaram mais 300 mil desempregados do que havia antes.

 

Em 2010, a dívida pública portuguesa rondava os 160 mil milhões de euros, já incluindo aqui muita coisa que na altura não estava contabilizado.

Em 2013, quatro anos depois, a dívida pública portuguesa está em cerca de 230 mil milhões de euros, um aumento de 70 mil milhões de euros!

É este o resultado de quatro anos de austeridade, Portugal tem mais 70 mil milhões de dívida do que tinha!

 

Em 2010, a taxa de juro da dívida portuguesa no mercado secundário era no início do ano de 5,5%.

Em 2013, a taxa de juro da dívida pública portuguesa é no final do ano de 5,8%.

Ou seja, para curar o trágico perigo das dívidas soberanas, estivemos quatro anos em austeridade, e a taxa de juro é agora mais alta do que quando começámos!

 

A directora do FMI, a sra Lagarde, já admitiu o óbvio, que as políticas de ajustamento cometeram muitos erros, e que os resultados foram muito piores do que se esperava, especialmente em Portugal e na Grécia.

No entanto, por cá temos um primeiro-ministro que continua apaixonado pela ideia da "austeridade expansionista", e que fica muito irritado quando ouve o FMI reconhecer os erros.

Infelizmente, Passos Coelho jamais terá a humildade do FMI, e jamais reconhecerá que as suas políticas, que ele implementou e implementa com entusiasmo, não produziram bons resultados, bem pelo contrário.

Os fanáticos de uma ideia não querem saber da realidade, querem é ter razão!

 

 

 

 


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quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Ucrânia: “Kiev faz uma proposta indecente à UE”

"A Ucrânia pediu uma ajuda financeira à UE de cerca de 20 mil milhões de euros" para assinar o acordo de associação com a União, que o Presidente ucraniano Viktor Yanukovych recusou durante a cimeira de Vílnius, a 28 e 29 de novembro, noticia Die Welt. O primeiro-ministro ucraniano Mykola Azarov afirmou que "esse assunto poderá ser resolvido com a oferta de ajuda financeira".

"Yanukovych tenta tapar o sol com a peneira para não ter de admitir a sua exclusiva responsabilidade na atual situação política" do seu país, defende, segundo o jornal Die Welt, o Governo alemão. No artigo o jornal refere-se a "Yanukovych, esse espertalhão":

Desde há muito que Viktor Yanukovych tenta atenuar a miséria financeira procurando novos doadores, que serão muito tontos se se deixarem apanhar pelas suas trapaças. Se Bruxelas ajudar o país com 20 mil milhões de euros, Yanukovych acabará, eventualmente, por assinar o acordo de associação com a União Europeia, diz ele. A proposta é audaciosa. É igual à de um homem a quem se oferece um Porsche e que diz que só o aceita se também lhe comprarmos uma mansão. Se a União der os 20 mil milhões, Kiev depressa voltará a pedir mais dinheiro. Contar com Viktor Yanukovych é tão seguro como contar com uma vaga de calor em pleno inverno ucraniano.


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Sociedade: “Estes jovens já não veem o seu futuro em França”

 

"Cada vez mais [pessoas] entre os 18 e os 35 anos decidem emigrar para tentarem a sua sorte em países mais dinâmicos. Os pedidos de vistos de jovens franceses para o Canadá, Estados Unidos e China, têm aumentado muito", constata Le Figaro.

Uma tendência que se confirma também nas faixas etárias superiores: o diário sublinha que "dos 1,6 milhões de franceses inscritos [no registo mundial de franceses estabelecidos fora de França], em 30 de abril de 2013, 44% tinham entre 26 e 40 anos. Se deixaram o país foi, sobretudo, por razões profissionais".

No seu editorial, o diário escreve que

a verdade é que o nosso país já não faz sonhar a juventude. Fechado sobre si mesmo, incapaz de se reformar sem drama para se adaptar ao mundo moderno, dá a dolorosa sensação de ceder ao conservadorismo e ao imobilismo.


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