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segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Alemanha: Emprego não dá felicidade

 

"A Alemanha é uma nação de stressados", titula o jornal Die Welt depois da publicação, a 30 de outubro, dos resultados de uma sondagem realizada pelo instituto Forsa segundo os quais "mais de metade dos alemães se sentem sob pressão: no trabalho, na família ou por causa de problemas financeiros". As mulheres entre os 35 e os 45 anos sofrem especialmente, por serem demasiado exigentes consigo próprias e por não conseguirem conciliar filhos e carreira.

"O trabalho tornou-se o fator de stresse número 1", explica o jornal Die Welt, enquanto o Handelsblatt saúda "o milagre do emprego". O diário económico lembra que 42,2 milhões de alemães têm atualmente um trabalho, um nível que não tinha sido atingido desde a reunificação alemã. Um estudo do instituto de estudos económicos IFO citado pelo Handelsblatt lembra que, nos últimos cinco anos, foram criados 1,5 milhões de empregos e esta tendência deverá confirmar-se.

Perante estes números, o jornal Frankfurter Allgemeine Zeitung não compreende a inquietação dos alemães:

Só os alemães são capazes disto: pela primeira vez, na Alemanha, 42 milhões de pessoas têm trabalho e, no entanto, a opinião pública não para de se queixar das condições do mercado de trabalho. Não há governo no mundo que não queira trocar estas condições com as do seu próprio país. Mas enquanto metade do mundo tenta copiar o 'milagre do trabalho alemão', os seus criadores perde tudo isso de vista.


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