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terça-feira, 20 de agosto de 2013

Livre circulação: “Alerta laranja” para os trabalhadores da Europa central e oriental

Numa carta aberta publicada por De Volkskrant e The Independent, o ministro holandês dos Negócios Estrangeiros e do Emprego Lodewijk Asscher e o diretor do think-tank britânico Demos David Goodhart alertam a União Europeia contra as "consequências negativas" da chegada dos trabalhadores da Europa central e oriental. Mencionam um "alerta laranja", um termo utilizado na Holanda quando a água dos rios atinge um nível inquietante. As últimas restrições à livre circulação dos trabalhadores romenos e búlgaros serão levantadas na Alemanha, na Holanda e no Reino Unido, no dia 1 de janeiro de 2014.

Asscher e Goodhart estimam sobretudo que poderá provocar um "dumping salarial" por parte dos trabalhadores da Europa central e oriental, em detrimento dos seus homólogos com menos formação académica no local – por outro lado, os mais educados poderão tirar partido da livre circulação. Propõem portanto sanções contra as empresas que exploram esses trabalhadores ao aplicarem as regras salariais dos seus países de origem. Para o Volkskrant, esta situação abre o debate sobre a necessidade de existir acordos salariais a nível europeu.

Na sua crónica publicada no diário de Amesterdão, o escritor holandês Arnon Grunberg, critica a falta de "propostas concretas" e de provas sobre "a nocividade da imigração do trabalho" na carta de Asscher e Goodhart. Para Grunberg,

a imigração, por motivos económicos, é sempre acompanhada de abusos, alguns trabalhadores imigrantes recebem por exemplo menos do que o salário mínimo. Mas o facto de andarmos nos transportes públicos sem pagar não é motivo para os suprimir. A maioria dos economistas sabem que o salário mínimo não tem praticamente nenhum efeito positivo.


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