domingo, 12 de julho de 2009

Lula


Foi uma "festa da lusofonia", como alguém qualificou a jornada que, na UNESCO, consagrou no dia 7 de Julho o presidente brasileiro, Luíz Inácio Lula da Silva, como o detentor, em 2009, do Prémio Houphouet-Boigny para a paz.
O chefe de Estado brasileiro, perante uma entusiástica assembleia de líderes políticos do mundo e uma multidão de admiradores, recebeu o preito de respeito da comunidade internacional, pela sua contribuição à causa da paz, do desenvolvimento e da redução das desigualdades.
Ando há muitos anos nesta vida internacional e, como é óbvio, tenho sido testemunha de diversas cerimónias de consagração de personalidades, sendo algumas mais elegias do que outras, quase sempre encadernadas na forma de exercícios de retórica elogiosa. Mas, devo confessar, raras vezes pude testemunhar um movimento de tão espontânea e genuína adesão ao sublinhar das qualidades de uma personalidade como o presidente Lula da Silva.
Portugal teve, nesta cerimónia, dois momentos marcantes. O primeiro no depoimento do primeiro-ministro José Sócrates, num improviso emocionado, que sublinhou a contribuição do chefe de Estado brasileiro para as grandes causas da modernidade e do progresso. O segundo no testemunho de Mário Soares, presidente em exercício do prémio, que substanciou as razões da atribuição deste galardão ao chefe de Estado brasileiro.
E foi muito bom ouvir a língua portuguesa, em toda a cerimónia, reconhecida por uma plateia global. Este dia fez muito bem ao estatuto do Português à escala multilateral.

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