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quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Alerta Total

Dilma se complica mais com a Petrobras, demite Mantega antes da hora e alopra o mercado com mentiras

Posted: 09 Sep 2014 07:28 AM PDT


Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net
 
A incompetente Presidenta Dilma Rousseff deu ontem mais um espetáculo de mitomania (doença de quem acredita nas próprias mentiras que conta sem parar). Dilma só faltou jurar que, nos tempos em que foi ministra das Minas e Energia, ministra da Casa Civil e presidente do Conselho de Administração da Petrobras, "não teve qualquer desconfiança em relação a malfeitos" na empresa.
 
Dilma aprimorou a velha estratégia de seu onipresente antecessor, Luiz Inácio Lula da Silva, criando uma nova forma para dizer que "não sabia de nada"... No entanto, Dilma conseguiu ser mais contraditória que sempre. Ao pregar que "não existe mais" um esquema criminoso na empresa, claramente no intuito de lá manter na presidência a insustentável amiga Maria das Graças Foster, Dilma confessou, neurolinguisticamente, que tal "esquema" existiu... Dilma é um gênio...
 
A Presidenta-candidata exagerou na dose da mistificação ao pregar que, se houve uma sangria na Petrobras, já está estancada. E aproveitou para detonar Marina Silva e Aécio Neves, seus principais adversários: "Os dois candidatos não podem esquecer seus telhados. Eu não vou ficar aqui falando do telhado de ninguém, mas eles devem olhar os seus telhados. O meu telhado tem a firme determinação da investigação, então ele é cobertinho pela Polícia Federal investigando, Ministério Público com autonomia, lei anticorrupção que aprovamos".
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As lorotas de Dilma foram ontem contrariadas pelo presidente do Global Financial Integrity – entidade de pesquisa sediada nos EUA que defende a transparência financeira. Raymond Baker ressalta que o combate aos fluxos financeiros ilícitos deve ser uma prioridade da próxima administração federal, já que a atual pouco ou nada faz: "Por muitos anos, temos observado a reticência do Brasil de se dirigir a problemas de fuga de capital e fluxos ilícitos".
 
Dilma também tentou revogar a lei da gravidade dos fatos ao ponderar que as gravíssimas denúncias de Paulo Roberto Costa, em delação premiada, não afetam seu governo...
 
Tecnicamente demitido

 
No entanto, a grande bobagem cometida ontem por Dilma foi a "demissão técnica" do Ministro da Fazenda.
 
Dilma aloprou o mercado ao avisar que Guido Mantega não continua no cargo, em um eventual segundo mandato, por decisão pessoal dele.
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A sinceridade-burra de Dilma fez despencar ainda mais as ações das "estatais" e deixou subentendido que a gestão econômico do Mantega não é a maravilha que ela vende na campanha reeleitoral.
 
Roubobras
 
Mais de US$ 30 bilhões em dinheiro sujo ligado à evasão de impostos, ao crime e à corrupção sai do Brasil todos os anos.
 
O montante é o dobro de uma década atrás, de acordo com um estudo do Global Financial Integrity (GFI).
 
O dinheiro "fugido" do Brasil é movimentado internacionalmente através da chamada "precificação comercial irregular", ao cobrarem a menos ou a mais por bens e produtos.
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Descaminho
 
A sonegação de impostos é modo principal como esse dinheiro deixa o país.
 
Tal crime responde por 92,7% dos US$ 401,6 bilhões que saíram do Brasil entre 1960 e 2012, de acordo com a pesquisa.
 
O montante fica acima da média mundial, onde a evasão de impostos representa cerca de 80% dos fluxos financeiros ilícitos.

Paulinho X Dudu

No Blog de Magno Martins, que foi amigo do falecido Eduardo Campos, surge uma interessante versão sobre sua relação conflituosa com o agora homem-bomba Paulo Roberto Costa.
 
Magno perguntou a Eduardo qual a razão de Paulo Roberto ter incluído o nome dele como testemunha na CPMI da Petrobras, e o então governador pernambucano respondeu:
 
"Esse Paulo Roberto Costa se revelou um grande bandido, membro de uma gangue chefiada pelo PT e só faz o jogo do poder. Ele pensa que vai me intimidar, mas não tenho um segundo de temor e vou jogar tudo o que posso para desvendar todos os membros dessa quadrilha".
 
Antes, Eduardo Campos tinha desabafado com o amigo:
 
"Não tenho nenhum tipo de preocupação, muito pelo contrário, porque tudo e todos devem ser investigados, sem qualquer privilégio, sendo que Suape recebeu um adiantamento e os recursos foram aplicados de maneira exemplar, inclusive cumprindo os prazos e os custos dentro do previsto, ao contrário do não cumprimento da Petrobras que está com tudo estourado de custos e prazos".

A mega quadrilha
 
 
Reveja o vídeotexto de Humberto de Luna Freire Filho analisando, magistralmente, como a megaquadrilha do crime organizado desgoverna o Brasil, na versão do distante 28 de novembro de 2011.
 
Rosetaram o Chapolim Colorado

 
Ilações do Lobão

 
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O Alerta Total tem a missão de praticar um Jornalismo Independente, analítico e provocador de novos valores humanos, pela análise política e estratégica, com conhecimento criativo, informação fidedigna e verdade objetiva. Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor. Editor-chefe do blog Alerta Total: www.alertatotal.net. Especialista em Política, Economia, Administração Pública e Assuntos Estratégicos.
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A transcrição ou copia dos textos publicados neste blog é livre. Em nome da ética democrática, solicitamos que a origem e a data original da publicação sejam identificadas. Nada custa um aviso sobre a livre publicação, para nosso simples conhecimento.

© Jorge Serrão. Edição do Blog Alerta Total de 9 de Setembro de 2014.

Caleidoscópio

Posted: 09 Sep 2014 03:25 AM PDT


Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Carlos Maurício Mantiqueira
 
Pessoas com menos de quarenta anos talvez não saibam o que é.
 
Cilindro com cacos de vidros e espelhos, provido de um visor, para uma série de imagens que se transformam conforme se gira o brinquedo.
 
Assim está o cenário político. Ontem vermelho, hoje laranja, talvez amanhã azul ou verde-amarelo.
 
Segue uma lista de provérbios e ditos populares muito úteis nestes tempos:
 
"Só grita salve-se quem puder quem já está a salvo".
 
"Não cutuque onça com vara curta".
 
"A festa de jacú, inhambú não vai".
 
"Em briga de cachorro grande, vira-lata não se mete".
 
Em suma: a crise econômica, financeira, moral e de confiança  vai se agravar.
 
E vai mexer com todas as classes: das armadas até as alarmadas.
 
Quem souber olhar no caleidoscópio pode se salvar.
 
 
Carlos Maurício Mantiqueira é livre pensador.

Cadê o chefe de toda essa roubalheira?

Posted: 09 Sep 2014 03:24 AM PDT


Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Márcio Accioly
 
Não é preciso fazer levantamento que date os primórdios de sua criação, para saber que o patrimônio da Petrobras pertenceu sempre a vivaldinos e vivarachos que sabem e souberam dominá-la em todos os seus ramos e derivações. O Brasil é um país de governantes canalhas que nunca tiveram projeto para o seu desenvolvimento e o de seu povo, dirigentes que têm sempre agido como senhores de escravos.
 
Quem tiver dúvidas a respeito que busque se informar acerca do "japonesinho" do Geisel, Shigeaki Ueki, ex-presidente da estatal e que vive hoje no Texas com os seus filhos, detentor de uma das maiores fortunas do planeta. Shigeaki carregou tudo que foi possível daquela empresa, à época em que o regime militar (1964-85) mandava ainda e desmandava, embora já observássemos os primeiros passos de sua derrocada.
 
Na gestão FHC (1995-2003), sua excelência fez David Zylbersztajn, seu genro, presidente da estatal petrolífera. Mas foi durante a administração Henri Reichstul que tentaram mudar o nome para "Petrobrax", com os meios de comunicação garantindo que ela seria privatizada, o que causou impressionante revolta nacional. À frente dos protestos esteve sempre o PT, impedindo qualquer ação nesse sentido.
 
Hoje, está se sedimentando a ideia e a certeza, através de provas incontestáveis, que o PT na realidade desejava mesmo a manutenção de todo esses órgãos no país, pois pretendia montar o maior aparelhamento estatal de que já se teve notícia, com os seus integrantes saqueando e roubando os bens públicos a céu aberto. O mensalão petista não passa de roubo de galinha diante do agora descoberto rombo da Petrobras.
 
Mas não é só isso: a única maneira de se tomar consciência do roubo praticado é com a denúncia de pessoas de dentro, como ocorre com o ex-diretor de comercialização da Petrobras, Paulo Roberto Costa, e como ocorreu com a delação efetuada pelo então presidente nacional do PTB, ex-deputado federal Roberto Jefferson (RJ). É impossível tomar conhecimento de tantos detalhes sem que haja participação direta nos crimes.
 
Mais: a denúncia do roubo da Petrobras, sem nenhuma dúvida sob a chefia do então presidente Lula da Silva (como ficou bem claro no então mensalão), só está sendo possível por conta da ação direta do então ministro Joaquim Barbosa (STF), que conseguiu a custo a condenação dos réus com a sua relatoria. Sem a presença de Joaquim Barbosa, a descoberta do roubo da Petrobras não teria sido possível!
 
No chamado mensalão, quem está pagando o pato é o "empresário" mineiro Marcos Valério, condenado a mais de quatro dezenas de anos, como se tivesse partido dele a ideia e como se tivesse agido sozinho. Foi ameaçado de morte, teve filhos e família ameaçados, recolhendo-se convenientemente a silêncio obsequioso, porque partiu do pressuposto de que ninguém no Brasil sofre qualquer punição e os peixes graúdos iriam salvá-lo no momento necessário. Apostou errado.
 
O problema é que apareceu Joaquim Barbosa que lutou batalhas gloriosas, contra Lewandowskis e simpatizantes, fechando com chave de ouro sua participação no caso e se desligando no momento certo quando o ambiente hostil começava a lhe causar terríveis males. O ministro relator sofreu agressões verbais e ataques de todos os lados, com a persistência inclusive da tentativa e desconstrução de sua imagem, mas permaneceu de pé.
 
Agora, no caso Petrobras, certamente Paulo Roberto Costa foi confrontado com o mensalão e lembrado de Marcos Valério, o único a sofrer pena rigorosa. E resolveu cantar a pedra, pois controlava quase duas mil contas, desviando bilhões e bilhões de reais para o exterior. Mas falta ainda: falta Lula da Silva contar o financiamento de portos como o de Cuba e o perdão de dívidas de países africanos. Que país de patifes!
 
 
Márcio Accioly é Jornalista.

Três caminhos

Posted: 09 Sep 2014 03:23 AM PDT


Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Paulo Roberto Gotaç
 
Num despretensioso exercício de futurologia, talvez um pouco ingênuo por partir de alguém que não é profissional do ramo, seria interessante ou, quem sabe, abstração inútil, delinear um cenário para a economia, particularmente no que diz respeito ao controle inflacionário, que advirá da vitória nas eleições presidenciais que se aproximam de cada um dos principais candidatos ao cargo.
 
No caso de escolha pelo voto da atual ocupante do Planalto, postulante à reeleição, é provável que a maré de preços e tarifas continue demagogicamente represada, na medida em que os projetos de poder do partido da situação preveem um mínimo de perturbações no esquema atual.
 
Suas ações, portanto, deverão continuar a ser dirigidas no sentido da manutenção da interferência política nas estatais com fins puramente eleitorais e do controle da atuação do Banco Central pelo executivo a fim de continuar a calibração conveniente, não a real, da flutuação de preços e dos níveis dos juros de referência para a economia.
 
Caso a vitória seja conseguida pelo grupo que faz oposição aberta ao atual governo, é provável que se presencie a uma tentativa de liberar as amarras artificiais da inflação, o que desnudará o verdadeiro estado da economia.
 
Isto obrigará os novos responsáveis a adotar medidas amargas, com alto preço político a ser pago, necessitando de muita capacidade de negociação e liderança, além de buscar restabelecer a confiança dos investidores na economia do país.
 
Não será tarefa fácil, face aos caminhos complexos do modelo de representação em vigor no sistema da política brasileira que aguarda ansiosamente por uma reforma que nem debatida ainda é.
 
A terceira candidatura, consequência de inesperado e repentino evento, por não possuir até o momento um quadro de intenções perfeitamente definido, e ainda constituir uma fonte de desconfianças por parte de importantes setores da sociedade, quanto às suas verdadeiras intenções, não exibiu elementos sobre a estratégia que usará  visando à condução dos desafios econômicos que certamente terá que enfrentar.
 
Cabe ao eleitor após sérias e desejáveis reflexões, optar por uma das alternativas.
 
Esperemos que a solução que vier a emergir seja a que melhor atenderá aos anseios do povo para o qual, afinal, os esforços e bons propósitos dos políticos deveriam idealmente ser dirigidos.
 
 
Paulo Roberto Gotaç é Capitão de Mar e Guerra, reformado.

A escolha do Presidente e o risco Marina Silva

Posted: 09 Sep 2014 03:22 AM PDT


Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Arthur Chagas Diniz
Através da Rede Bandeirantes de Televisão, tivemos a oportunidade de ver e ouvir, pela primeira vez, a apresentação conjunta dos candidatos à Presidência da República.
Desnecessário dizer que vou votar em Aécio Neves. É o candidato com as ideias mais parecidas com as minhas.
Gostaria que ele fosse mais enfático quando defende a iniciativa privada e a redução do Estado ao tamanho mínimo. Aliás, expressão não utilizada por ele.
Além de ser o mais bem preparado dos candidatos, Aécio tem um grupo de seguidores mais qualificado.
Marina, que é certamente uma mulher honesta e séria, carrega preconceitos incorporados ao longo de uma vida política onde sempre foi mais fácil culpar o privado do que cutucar o público.
Acho que a única forma que Aécio tem de ganhar as eleições é marcar politicamente sua posição como libertário. Sem concessões ao Estado.
Os aliados do Governo, especialmente os mais ligados a Dilma Rousseff, aparentemente tomaram um susto com os resultados da última pesquisa Ibope que tornam evidentes as chances que Marina Silva tem de bater a Presidente em um segundo turno.
É curioso observar o susto que tomaram os petistas, há tanto tempo inquilinos do Poder. Marina Silva é, sim, um risco, pois além de ser uma profissional do ramo, tem características físicas que agradam a boa parte do eleitorado.
Se fosse vice de Eduardo Campos, o risco seria menor, dado que é dada a rompantes. A questão a examinar é se haveria chance para um terceiro candidato como Aécio Neves, que melhor representa o perfil de presidente desejado pela classe média.
 
Arthur Chagas Dinizé Vice Presidente do Instituto Liberal.

Eleições e Ambientalismo

Posted: 09 Sep 2014 03:21 AM PDT


Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Gélio Fregapani
 
Ainda antes da ascensão da Marina já se suspeitava de provável derrota do PT, sem dúvida merecida. Com seu esquerdismo infantil o PT afastava as elites pensantes e a oligarquia financeira internacional já decidira. Ela é muito forte, e dominando a imprensa, provocou um pessimismo exagerado com o qual nada funciona. A simples suspeita que a Dilma crie coragem e varra a corrupção assustou toda a classe política e que force a baixa dos juros assustou a oligarquia financeira.
 
Ao não denunciar a portaria 169 da OIT afastou o apoio dos nacionalistas. Se não fosse o internacionalismo dos adversários teria merecido mesmo a derrota. Naturalmente, quando o navio vai afundar, os ratos se mandam. Os aliados desaparecem. Romero Jucá, mudou para o Aécio e já balança para a Marina. O Sarney anunciou a retirada da política, é claro que o Titanic está afundando. Ainda tem o que deve sair a respeito da Petrobrás e a justa indignação dos velhos combatentes de 64 precisaria ser engolida para evitar  a irresponsabilidade de uma administração da Marina.
 
Mesmo decepcionados com a Presidente, os nacionalistas desconfiavam do Aécio em função da proximidade com o FHC e das desnacionalizações dele. Se do Aécio apenas desconfiavam, quanto a Marina a convicção, ou melhor a certeza é que ela é muito pior  pois é a legitima representante da oligarquia internacional, que criará obstáculos a produção agrícola,que causará inflação e fome e que provocará uma nova revolução, a qual ninguém sabe como terminará. Talvez se venha a trocar um governo que não corresponde aos nossos desejos por um pior ainda.  Que Deus nos proteja.
 
Marina Silva é um engodo. A Rede sabe disso. Eduardo Campos também sabia. O que ela tem de valioso são os votos de quem, sem entender o que diz, prefere uma frase com pé e sem cabeça, frases sem uma coisa nem outra e fingem não ver que o rei ETA nu. Agora ela finge converter-se no que sempre combateu, certamente por orientação de seus marqueteiros. É falsa! Muito falsa.
 
A eventual consagração de Marina Silva como presidente da República significará o passo final para o caos, pois a possibilidade de governança ou governabilidade tende a desaparecer. Uma única medida anunciada por ela, a de carimbar 10% da verba orçamentária para a saúde, mostra o tamanho do despreparo da candidata. O Estado não tem que gerenciar apenas a saúde, mas também outras funções além da educação: a diplomacia,a defesa,a justiça, etc. Um presidente da República precisa governar para todos os brasileiros e não apenas para sua corriola política. Tem que ter ao menos um verniz de estadista, coisa que ela não tem. Nem sequer a aparência.
 
O Movimento Ambientalista
 
Ao contrário do que se publica, o surgimento dos movimentos ambientalista e indigenista no cenário mundial não decorreu de um processo espontâneo de conscientização de setores das sociedades do planeta sobre as necessidades de cuidados com o meio ambiente e de atenção com as comunidades indígenas.
 
Ambos foram artificialmente criados por círculos oligárquicos anglo-americanos, desde as décadas de 1950-1960, com o propósito de empregá-los como instrumentos contra o impulso de progresso que se espalhava pelos países em desenvolvimento. O Brasil entrou na alça de mira desse aparato a partir de 1980, tendo como alvos os projetos de desenvolvimento na Amazônia. Uma manobra psicológica foi a conversão do invasor Chico Mendes no campeão internacional da defesa da Floresta Amazônica. Após a morte dele transferiram para Marina o bastão de campeã da defesa da Floresta Amazônica, dos índios e dos peixes. A partir daí, como já havia ocorrido com Mendes, ela foi agraciada com vários prêmios internacionais.
 
Em 2002, com a eleição de  Lula  para a Presidência da República, o ISA(Instituto Socio-Ambiental) articulou uma carta aberta de centenas de ONGs, sugerindo a indicação de Marina Silva para o Ministério do Meio Ambiente.
 
O resto da história é conhecida, mas o ministro Aldo Rebelo não exagerava, quando se referiu às simpatias da aristocracia internacional com Marina.
 
Sem Noção
 
Não há nome que não se possa honrar. A palavra "brasileiro" começou como uma ofensa, bem como o termo "gaúcho" e o mesmo o de "farropilha", e devidamente honrados se transformaram em galardões, motivos de orgulho.
 
Chega a ser cômico; um cidadão chamado Aranha se ofender se alguém o chama de macaco. Chamar gordas de antas  e homens altos de girafa são coisas comuns e podem ofender, mas não causam comoção popular. Nem mesmo quando alguém recebe um apelido "hibrido", como entre meus irmãos de armas um ganhou o apelido de Giracaco (girafa com macaco), outro de Madogue (macaco com bulgoue) outro ainda de Jaburutango (jaburu com orangotango), nenhum deles afro descendente. Aliás, mais estranha a comoção popular se o caso ocorreu num jogo de futebol onde costumam chamar o juiz de veado e já se mandou uma senhora tomar no certo lugar e a coitada da mãe do juiz..?
 
Francamente, estamos dando muita atenção a essas suscetibilidades, como diria o analista de Bagé: Deixa de frescura, tche". 
   
Agora um assunto sério: O Supremo Tribunal  Federal, que já perdeu a confiança da população por suas atitudes partidárias, agora pretende aumentar o salário de seus ministros, que já recebem os maiores salários do País, o que, se aprovado provocará um efeito cascata.
 
Uma boa notícia
 
Foguete brasileiro com etanol foi lançado com sucesso em Alcântara. O bom desempenho do motor possibilitará a retomada de lançamento dos
nosso programa espacial
 
Saudemos o Sete de Setembro
 
Mas também façamos uma reflexão – Foi uma reação necessária, mas independentes já éramos desde 1808. Aliás, éramos a capital do Reino Unido do Brasil, Portugal e Algarves. Sim, em 1821 houve um cisma, provocado pela cegueira das Cortes de Lisboa, que sonhática, pensou poder reduzir o gigante Brasil a ser colônia de volta.
 
Hoje todo geopolítico que se preza preocupa-se com a manutenção da unidade nacional e como sempre, o motivo principal das preocupações é a cegueira do governo central. É aterrorizante o projetar o que acontecerá num governo Marina, mandando desfazer as plantações de maçã nas encostas de Santa Catarina e de café nas encostas do Espírito Santo; desmanchando as plantações de soja do Centro-Oeste para recompor a mata nativa, dando ainda mais asas às ONGs estrangeiras –WWF, Greenpeace etc, que sempre mandaram nela e passarão a mandar no Brasil. Isto seria ainda pior do que um governo do PT, coisa que parecia impossível.
 
É claro que haverão revoltas, mas  a maior preocupação ainda não foi devidamente ventilada: É o Exército se dividir. Enquanto o Exército estiver unido, o Brasil também estará, porém a última manifestação do Clube Militar de apoio à Marina acendeu a luz vermelha.
 
É bom que se saiba que o Clube Militar perdeu a posição de representante do Exército. Não será possível a conciliação. 
 
Lembremos:
 
A oligarquia financeira angloamericana,  continua implantando seu objetivo de governo mundial. Essa oligarquia até hoje tem obtido o que quer no nosso País, pressionando o governo,através do controle local da economia privada e financeira, da imprensa comprometida , corrupção  da grossa e se não consegue o que quer dá um jeito de trocar o governo seja por eleições, seja por outros meios como estímulo e apoio a golpes de estado. Na América Central e em outras partes do mundo chegaram a  intervenções militares diretas
 
Afinal, tendo conseguido tudo, o que quer mais?  Quer garantia do abastecimento das matérias primas, quer evitar o nosso desenvolvimento para evitar a concorrência e para isto procura obter a propriedade dos recursos naturais. Quando não quer utilizar imediatamente, mas evitar que outros usem ou simplesmente guardar para o futuro inventam parques nacionais, reservas ambientais, terras indígenas e o que for para mantê-las intocadas, assim como fizeram anteriormente na África. Marina significa apoio  à consolidação das áreas ditas de preservação ambiental e de indígenas, em que os índios, em gigantescas reservas,  controlados pelo CMI, igreja anglicana e centenas de ONGs.
 
Podemos estar certos que, com a eleição de Marina, choverão recursos estrangeiros sob o pretexto de preservar a floresta, mas na verdade implicando no impedir aos nossos patrícios a utilização do próprio território, inclusive com a perspectiva próxima de desmembramento do território nacional, separando essas áreas, as mais ricas em recursos naturais. Marina vai fomentar a injeção de dinheiro gringo numa única área do Brasil: a das ONGs que lutam contra o capital para preservar a Amazônia.
 
No Mundo- As dúvidas do Dólar
 
Desde a eclosão da crise da Ucrânia volta-se a falar sobre o fim do dólar. Até 2014 falar de colapso do dólar parecia ser para teóricos da conspiração, mas este ano, Estados-nações de parte do mundo estão fazendo movimentos ostensivos com este objetivo, ou ao menos se preparando para isto. Espalham que a queda do dólar não seria mais uma questão de "se ", mas de "quando" e que esse quando pode não estar longe. A Rússia, juntamente com vários aliados ensaia um movimento fatal com a certeza que muitas nações, prejudicadas pelo atual sistema, a seguiriam alegremente.
 
Pode ser que estejamos à beira de uma mudança de paradigma no sistema monetário mundial, mas e o shale gás? Há tempo não temos notícias fidedignas.
 
Caso o gás do xisto corresponda a propaganda inicial, os EUA se tornarão os maiores produtores do mundo e sua hegemonia ultrapassará o século XXI. Os americanos continuam a imprimir dinheiro e os investidores continuam a investir. Empresários nos EUA estão fazendo planos  para gastar o capital como se estivessem em uma recuperação Entretanto, a ausência de informações nos faz levantar a dúvida se eles têm dificuldade em conceituar a verdade sobre a economia ou porque eles estão atolados em dívidas sem saber como modificar o quadro.
 
 
Gelio Fregapani é escritor e Coronel da Reserva do EB, atuou na área do serviço de inteligência na região Amazônica, elaborou relatórios como o do GTAM, Grupo de Trabalho da Amazônia.

Bonner errou!

Posted: 09 Sep 2014 03:19 AM PDT


Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Wagner Vargas
 
Com todo respeito, mas William Bonner não conduziu bem a entrevista com Dilma. As perguntas excessivamente grandes formuladas pelo Editor-Chefe do JN causaram uma perda de tempo desnecessária, que fez diferença para uma entrevista cronometrada e concedida por um porta-voz calejado de Media Training. O foco de uma cobertura nunca é o jornalista.
 
Este cenário permitiu que respostas de má fé ficassem impunes, como afirmar que a alta da inflação foi cerca de 0%. É verdade, mas ela se referia ao mês e a pergunta foi referente ao ano. Ela, propositalmente, fez uma comparação equivocada. Descontextualizou um dado mensal, que é pouco relevante neste caso, já que a média em 12 meses chegou a estourar o teto da meta (6,5%).
 
O problema que é nem todos os telespectadores sabem que inflação alta é sempre pior para os mais pobres, pois, geralmente, quando o dinheiro chega à "base da pirâmide", os preços já foram reajustados. Ou seja, o dinheiro vale menos. E, se não souberem disso, fica difícil para o grande público ter uma ideia se Dilma respondeu a pergunta ou tergiversou.
 
A inflação real já é muito maior que 6,5%, por conta do governo represar os preços de Energia e da Gasolina, o que tem causado um rombo gigantesco nestes setores, que será pago por nós e a um custo muito mais alto (só em energia a conta já passa de R$ 6 bi).
O Brasil está num mato sem cachorro: juros altos (11%), baixo crescimento (cerca de 1%) e alta inflação, além de um cenário de incertezas, pois temos administradores federais desonestos, que fazem malabarismo fiscal para sustentar a má gestão e desperdício de recursos. O que o governo mais se vangloria, o pleno emprego, é falácia, já que 14 milhões de famílias que recebem o Bolsa Família, sem trabalhar, constam na estatística de empregados.
 
A coisa é tão dura que podemos já estar em recessão, mas sem estarmos em crise e, portanto, não faz o menor sentido o governo Federal justificar a própria incompetência comparando o Brasil com países que passaram ou passam por uma crise econômica (o IBC-br já apontou prévia de retração de 1.2%, dia 29 o IBGE divulga os dados do primeiro semestre). Aliás, os juros da dívida pública estão em cerca de 5%, são juros altíssimos, equivalentes aos que foram pagos pela Grécia no auge da crise europeia, como lembrou Mansueto Almeida, do Ipea, em programa na GloboNews – mesma ocasião que Márcio Holland teve que contestar o que ele próprio analisava antes de entrar no governo. É duro brigar com os fatos.
 
Enfim, em um único tema havia uma infinidade de questões a serem levantadas e questões estas que foram, sim, erros de gestão. E olha que nem falei da transferência de bilhões sem transparência, via juros subsidiados pelo BNDES, às grandes empresas amigas de Lula, que não precisam de auxílio do governo para obter capital, enquanto as pequenas e médias empresas se matam para sobreviver dentre os excessivos impostos e burocracia.
 
Um erro de cálculo simples numa entrevista pode fazer toda a diferença no todo porque deixa de informar e quem perde somos nós, cidadãos, que podemos ser governados, nos próximos quatro anos, por populistas e arrogantes que acreditam mudar a realidade com o peso de suas canetas.
 
 
Wagner Vargas é Jornalista e Colunista do Instituto Liberal – w.vargas@institutoliberal.org.br

Movimento Consulta Popular - Final

Posted: 09 Sep 2014 03:17 AM PDT


Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Carlos I. S. Azambuja
 
Paralelamente à entrevista de Cesar Queiroz Benjamim, um site da Internet, intitulado Resumen Latino-Americano (www.nodo50.ix.apc.org/resumen/) veiculou, em 11 de fevereiro de 2001, em espanhol, uma entrevista com duas lideranças do MST, fundadores da Consulta Popular: João Pedro Stédile e Jaime Amorim.
O título é sugestivo: "Queremos un Cambio Total"

Eis alguns trechos dessa entrevista:

"- Hoje, o problema que enfrentamos é que ainda se verifica um descenso na luta de massas, que não existem as chamadas condições subjetivas e 150 milhões de trabalhadores estão excluídos do modelo imperante e não têm formas organizadas para manifestar-se contundentemente contra a política oficial;

- contra nós se assanha a repressão (nunca passou uma semana sem que firam ou assassinem um companheiro) porque ao longo destes anos nunca arriamos nossas bandeiras e continuamos crescendo;

- em todas as nossas palestras de formação de quadros explicamos que quem primeiro politizou a questão da reforma agrária foram as elites;

- temos consciência de que essa encruzilhada em que o país se encontra será resolvida no dia em que o povo brasileiro construir uma unidade suficiente de objetivos entre as diversas forças políticas e sociais, dispostas a implantar um projeto popular;

 - como construir um projeto popular? Está claro que não converteremos o MST em partido político. Temos absoluta convicção de que é preciso criar uma unidade superior que junte os partidos e os movimentos sociais. Para isso, criamos a Consulta Popular, que é um espaço político para os militantes do MST, da Central de Movimentos Populares, dos partidos de esquerda, das igrejas de base... para que todos eles tenham um foro onde possam debater sobre como construir um projeto popular".

Tão logo foi constituída, em dezembro de 1997, a Consulta Popular estava integrada pelos seguintes elementos:

Ademar Mineiro - membro do Conselho Federal de Economia
Alcebíades Teixeira - ex-presidente da CUT/RJ
André Braga - presidente do DM/PT/RJ
Antonio Carlos Biscaia - Secretário Nacional de Segurança
Ari José Alberti - membro da Secretaria do Grito dos Excluídos
Arthur Messias - Dep Est PT/RJ
Bautista Vidal - Físico
Carlos Minc Baunfeld - Dep Est PT/RJ, depois Secretário Estadual de Meio Ambiente/RJ
César Queiroz Benjamim - Editor
Chico Alencar - atual Dep Fed PSOL/RJ
D. Tomás Balduino - presidente da CPT (falecido)
Eduardo Callado - membro do Conselho Regional de Economistas/RJ
Emir Simão Sader - professor e escritor
Ervino Schmith - Pastor; membro do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs
Frei Betto - Frade dominicano e escritor
Geraldo Cândido - ex-Senador PT/RJ
Ivo Polleto - membro da Caritas Nacional
Joana Fomm - atriz
João Luiz Pinaud - ex-Secretário Estadual de Justiça do Rio de Janeiro
João Pedro Stédile - membro da Coordenação Nacional do MST
José Albino de Melo - Membro da Coordenação Nacional da Central de Movimentos Populares
Justina Cima - membro da Coordenação Nacional do Movimento das Mulheres Agricultoras
Luci Choinaski - Dep Fed PT/SC
Luiz Bassegio - Assessor do Setor Social da CNBB
Luiz Bernardo Pericás - diplomata
Luiz Carlos Guedes Pinto - diretor da Associação Brasileira de Reforma Agrária e professor da UNICAMP
Luiz Eduardo Rodrigues Greenhalgh - advogado
Milton Viario - ex-presidente da Federação dos Metalúrgicos/RJ
Paulo Molós- Assessor do CIMI
Plínio de Arruda Sampaio - membro da Secretaria Agrária Nacional do PT
Reinaldo Gonçalves - professor da UFRJ e membro do Conselho Nacional Economia
Ricardo Scopel Velho - União Catarinense de Estudantes
Roberto Requião – Dep Fed/PR
Sergio Barbosa de Almeida - presidente do Sindicato dos Engenheiros/RJ
Sidnei Pascuoto - membro do Sindicato de Economistas/RJ
Tânia Bacelar - economista; professora da UFPE
Teotônio dos Santos - Professor da UFF e ex-assessor do Departamento de Relações Internacionais do Governo Estadual/RJ.
Luciana de Freitas Andrade - Secretária da Consulta Popular.

Dia 07 de novembro de 2001 foi realizada na sede da Secretaria Estadual da Consulta Popular no Rio de Janeiro, que funciona no Sindicato dos Engenheiros/RJ, uma reunião de membros dirigentes da Consulta. Estiveram presentes 15 pessoas, sendo que a reunião foi presidida pelo próprio presidente do Sindicato dos Engenheiros, Sérgio Barbosa de Almeida, integrante do núcleo dirigente da Consulta Popular.

O objetivo da reunião foi discutir onde seria realizada a vigília programada para o dia 14 de novembro de 2001, definida pela Secretaria Nacional doConsulta Popular como o Dia Nacional contra a Área de Livre Comércio das Américas (Alca) e contra o "imperialismo".

Foi definido que essa vigília seria realizada em frente ao Consulado dos EUA, no Rio. Antes disso, em 7 de outubro de 2001, foi divulgado pela Internet um texto de Marta Harnecker (escritora marxista chilena, viúva de Manuel Piñero Losada que, por cerca de 30 anos foi dirigente da Inteligência Cubana), ícone do Foro de São Paulo, sobre a Consulta Popular.

Em determinado trecho, Marta Harnecker assim definiu Consulta Popular:"Nasceu em dezembro de 1997 o movimento Consulta Popular, iniciativa que não pretende substituir os partidos de esquerda, e sim conscientizar e debater sobre um projeto para o Brasil, criando espaços de encontro e de discussão, na base, no seio dos movimentos populares, e articulando mobilizações em torno de objetivos muito precisos".

Em 4 de dezembro de 2003, durante o seminário "Um ano de Governo Lula: balanço e perspectivas", César Queiroz Benjamim proferiu uma palestra no auditório da UERJ. Nessa palestra declarou que "A verdadeira herança maldita que nós recebemos da década neoliberal é esta combinação conservadora, reacionária, medíocre e indecente, que nos diz o tempo todo que nós não podemos nada; que nos impede de construir a nossa própria agenda; e que nos expropria as dimensões do espaço, do tempo e das pessoas, que são os elementos mais importantes para a construção da Nação", e que "Nossa crise é só secundariamente uma crise econômica. É, antes de tudo, falta de projeto. Pior: a falta de vontade de ter projeto".

Com a assinatura de João Pedro Stédile, em 22 de novembro de 2001 foi difundida uma Circular à Comissão Executiva Nacional e às Secretarias Estaduais de Consulta Popular, braço político do MST. A Circular contém uma completa programação das atividades contra a ALCA, que seriam desenvolvidas no Brasil durante o ano de 2002, culminando com a realização de um Plebiscito Popular durante a Semana da Pátria.

De acordo com a Circular, a programação teve por base "recentes reuniões continentais e nacional" (reunião da "Alianza Social Continental", em Florianópolis/SC em 26/28 de outubro de 2001 e o "Encontro Hemisférico Contra a ALCA", em Havana, em 19/21 de novembro de 2001). Segundo a Circular, a fim de evitar a implantação da ALCA, "precisamos utilizar todas as formas de luta".

Outra entrevista com César Queiroz Benjamim foi publicada em 15 de novembro de 2003, em espanhol, pela agência de notícias Adital (Agência de notícias Frei Tito para a América Latina, reconhecida pela Unesco)."Menininho" repetiu basicamente o que já havia declarado na entrevista ao jornal "A Verdade", acrescentando no entanto, o trecho seguinte no original:"Hemos conseguido muchos objetivos. Nosotros trabajamos en silencio, pero trabajamos. Con muy pocos recursos, es verdad. En estos dos años, hicimos unos 25 videos sobre diferentes cuestiones brasileras, de los cuales sacamos y distribuimos alrededor de 30 mil copias, hicimos 300 mil cuadernillos, tenemos una editorial (Contraponto), que ya tiene unos 40 libros publicados, también mantenemos permanentemente algunos cientos de compañeros en cursos de formación".
Em janeiro de 2004, declarou à Folha de São Paulo: "Lula es Fernando Henrique Cardoso sin "plan real", es decir, nada".

 

A Revista dos Sem-Terra - Maio/Junho de 2005 publicou um artigo de autoria de César Queiroz Benjamim e Ricardo Gebrim intitulado "O que propõe o movimento Consulta Popular?" . Lá pelas tantas, lê-se o seguinte trecho: "O Movimento Consulta Popular surge a partir de 1997 para desestabilizar, confrontar idéias, rever práticas, chacoalhar a rotina.
Rompendo com a lógica da centralidade na luta eleitoral, gera profundos incômodos, pois sua prática cobra responsabilidades, exige esforço, criatividade, paciência e ousadia. Os militantes da Consulta Popular, na sua maioria, já tendo passado pela militância sindical e partidária, sabem que não estão preparados ainda para uma tarefa de tal envergadura, pois têm que enfrentar três crises fundamentais que se instalaram no seio da esquerda nos últimos anos: a crise de valores, de prática e de pensamento".

Em 26 de abril de 2006, César Queiroz Benjamim foi indicado pelo PSOL para disputar o cargo de vice-presidente da República. Em carta à Coordenação Nacional da Consulta Popular, dando conta de sua candidatura à vice-presidência, César Queiroz Benjamim escreveu que:"Queiramos ou não, o fato político mais importante no Brasil, neste ano, serão as eleições presidenciais. Se a disputa ficar resumida a PT versus PSDB, haverá um só projeto colocado na mesa. E o debate se limitará, fundamentalmente, a duas questões: Quem roubou mais? Quem foi mais medíocre na condução do país?".

Concluindo: o Movimento Consulta Popular, braço político do MST, é a expressão orgânica da idéia da necessidade de se resgatar um Projeto Popular para o Brasil e uma proposição de que a esquerda precisa ser refundada, partindo da avaliação de que o "ciclo PT" chegou ao fim.


Carlos I. S. Azambuja é Historiador.

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