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quarta-feira, 9 de abril de 2014

Alerta Total

 
 

Lula e Dilma não sabem como conter conspiração contra o governo – que envolve espionagem externa

Posted: 07 Apr 2014 05:17 AM PDT


Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net
 
Não existem ações concretas de partidos políticos de oposição para derrubar o governo – e muito menos risco imediato de golpismo fardado. O que há, de verdade, é um violento ataque de contrainformação contra um governo sem credibilidade, promovido por grandes empresas internacionais preocupadas com o muito de dinheiro que têm investido aqui no Brasil. O risco de perdas bilionárias leva a Oligarquia Financeira Transnacional a colaborar com a divulgação sistemática e cuidadosamente combinada de escândalos capazes de desgastar ou até derrubar o governo, atingindo seus principais integrantes e operadores.
 
Tudo é monitorado por empresas privadas de espionagem. Não são meras coincidências policiais as Operações Lava Jato, Hulk, Oversea, Porto Seguro, junto com a detonação de todos os problemas na Petrobras – Pasadena, Comperj, Abreu e Lima, plataformas superfaturadas, terceirizações e quarteirizações, além de outras broncas menos votadas como as caixas pretas da BR Distribuidora, Gemini, BB Millenium, PFICO (Petrobras International Finance Co), e Petrobras Global Finance B. V. (sediada em Rotterdam, na Holanda, que capta euros e dólares para a estatal).
 
Os problemas, denunciados por investidores, são acompanhados por investigações oficiais do Ministério Público Federal, Polícia Federal, Receita Federal, Tribunal de Contas da União. Várias delas podem redundar em processos judiciais. Em uma CPI, como a que o governo tenta abafar sobre a Petrobras, várias bombas atômicas podem explodir e implodir o desgoverno. Lula, Dilma e parceiros de negócios, nas alas política, sindical e de fundos de pensão, sabem que a conspiração rola abertamente. O sonho de poder virou pesadelo.
 
No momento, em meio à guerra assimétrica promovida por megainvestidores, o alto risco da delação premiada é o que mais apavora o governo no decorrer das quase certas ações na Justiça brasileira e na de Nova York, para apurar os prejuízos milionários na Petrobras. A petralhada tem um temor concreto de que Paulo Roberto Costa e Nestor Cerveró (principalmente este último) resolvam abrir o bico e soltar o verbo para relatar tudo que sabem sobre o real comando da organização criminosa que, no mínimo, praticou crime de estelionato (auferir vantagem ilícita a custa de terceiros, através de ardil) contra a Petrobras.
 
O elo mais frágil da corrente que se rompe é Paulo Roberto Costa. O ex-diretor de abastecimento da Petrobras, ex-conselheiro da BR Distribuidora e da Brasken (joint entre Petrobras e Odebrecht), está enrolado na Operação "Lava Jato" (operação da PF que investiga uma quadrilha suspeita de lavar R$ 10 bilhões em dinheiro ilegal, desviado do setor público). Ele está muito bem cuidado em Curitiba – onde a Justiça Federal é blindada de influências petralhas.
 
 
Parceiros de Costa, como o doleiro Alberto Youssef e o deputado federal André Vargas (vice-presidente da Câmara), são cabras marcados para detonação. Outro na corda bamba é Nestor Cerveró, ex-diretor internacional, indicado para o cargo pelo reeducando José Dirceu e responsável pela compra questionável de Pasadena. Junto com ele, Alberto Feilhaber (que foi empregado da Petrobrás durante 20 anos e que agora é vice-presidente da Astra Oil - segundo ficha dele no Linkedin). Também deve sobrar para todos os conselheiros e diretores da Petrobras na gestão Lula-Dilma.  
 
O pavor real é que se revele que parte do dinheiro desviado nos negócios na Petrobras e subsidiárias tenha servido para formar uma super-organização. O político que a comanda tem várias consultorias que gerenciam empreendimentos comerciais na África, hotéis em Cuba e na Venezuela, pelo menos três hotéis em Brasília, vários terrenos na capital federal e em São Paulo (registrados em nome de empresas no Panamá), além de fazendas produtoras de gado no Brasil, participações acionárias inferiores a 4% em várias empresas, e uma mini-frota de três jatinhos (em nome de laranjas, amigas empreiteiras).
 
Diante do alto risco de implosão, o desgoverno petralha pretende investir na "ditadura branca", em táticas como o Marco Civil da Internet, para restringir a livre circulação de informação – que pode lhe ser fatal. O PT teme o grau de bronca jurídica que pode recair sobre seus membros, caso não vençam a reeleição. O mais apavorado com o risco de futuro chama-se Luiz Inácio Lula da Silva. O presidentro teme ser alvo fácil da Justiça no futuro. Agora, embora não tem imunidade parlamentar, não é incomodado tão intensamente pelos inimigos e adversários porque ainda tem um escudo forte: o poder federal. Sem isto, Lula sabe que será fisgado facilmente pela Justiça.
 
A "Batalha da Maré" (emprego da estratégia da Garantia da Lei e da Ordem contra narcoguerrilheiros urbanos) pode produzir, em futuro próximo, o mesmo efeito político da Guerra do Paraguai (após 1860): unir os militares em torno da ideia de que eles, unidos, como uma oligarquia civilista, podem mudar a realidade do Brasil. Tal visão pode realimentar, na caserna, a vontade de colaborar para promover uma nova intervenção civil-militar (parecida com 1964), caso a conjuntura política, econômica e institucional se agrave – como parece a tendência atual.
 
O agravamento dos ataques ideológicos às forças armadas - relacionando-as sempre, de forma mentirosa, a "ditaduras", "torturas" e violações ao Estado democrático de Direito – tende a gerar o efeito contrário: em vez de desgaste de imagem, um reforço do espírito de corpo institucional das "Legiões". A previsão sobre o risco de uma intervenção militar-civil é de um poderoso político da base aliada que mais joga contra que a favor do governo Dilma Rousseff – em franca queda livre de popularidade. Generais na reserva se manifestam abertamente contra o governo. Os da ativa aguardam a hora certa.
 
A bagunça e os problemas gerados pela Copa do Mundo da FIFA vão sacramentar a derrota do regime petralha. A imagem é tétrica. A Presidenta Dilma Rousseff está na proa do PTitanic, barco que está afundando e com ratos já fugindo dos porões, prontinha para ser empurrada do poder pelos grandes investidores internacionais contrariados e prejudicados, no bolso, pela arrogância, desgovernança, incompetência e corrupção de governo.
 
A previsão é que Dilma será jogada aos tubarões sem direito à boia de salvação reeleitoral. Seu Presidentro Lula, que sabe não navegar rumo a um Porto Seguro, tende a ser arremessado logo em seguida. O PMDB deve abandonar o PTitanic, assim que as candidaturas de Aécio Neves ou Eduardo Campos se consolidarem como oposição. O PT, que traiu o Brasil, será traído pelos aliados.
 
 
O Alerta Total se penitencia
 
Em sua edição de ontem (6 de abril), o Alerta Total – em primeiríssima mão – deu aos seus leitores os links das íntegras de dois documentos capazes de tornar o Governo ainda muito mais preocupado com a possível CPI da Petrobras.
 
Ambos os documentos (Representação do acionista minoritário Romano Allegro ao Procurador Geral da República Rodrigo Janot, e justificativa de voto da AEPET – Associação dos Engenheiros da PETROBRAS) foram protocolados na Assembleia da Petrobras realizada no dia 2 de abril de 2014, e tratam da refinaria de Pasadena, logo podem ser carreados para a citada CPI, com sérias conseqüências para Dilma Rousseff e Guido Mantega, o atual e a ex- presidente do Conselho de Administração da empresa.   
 
O Alerta se penitencia pelo fato de não ter ficado suficientemente claro para diversos leitores a indicação de citados links, que estão nos arquivos do site www.maracutaiasnapetrobras.com . Os links são os seguintes:
 
 
 
Bronquinha da Petralhada com os hermanos
 
A turma do João Santana e do Franklin Martins está PT da vida com dois marketeiros argentinos – que já trabalharam para o partido, mas agora jogam no time oposicionista de Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB).
 
A bronca é com Diego Brandy, de 51 anos, que assessora o neto de Miguel Arraes com pesquisas e dicas de comportamento, e Guillermo Raffo, de 49 anos, que promete emprestar criatividade ao neto de Tancredo Neves.
 
A raiva maior dos petistas é que os dois hermanos foram "importados" para o Brasil pelos publicitários baianos Duda Mendonça e João Santana – contra quem vão lugar na reeleição de 2014.
 
A implicância maior dos petistas é que ambos são acusados, nos bastidores, de usarem técnicas de guerrilha informativa, produzindo contrainformação contra Dilma na mídia...
 
A estupidez da cópia criminosa e mentirosa
 
Circula um e-mail, totalmente falso, sobre um artigo cuja autoria é atribuída ao General de Exército Pedro Luis de Araújo Braga, com o título "A Estupidez da Provocação".
 
Na versão falsa pela internet, o suposto texto escrito pelo ex-integrante do Alto Comando faz críticas duras aos atuais comandantes militares na sua relação com o governo Dilma, acompanhado de uma lista imensa de 20 Generais de Exército, 20 de Divisão, 38 de Brigada, 338 coronéis e por aí vai...
 
O teor do artigo, que é até real, foi publicado no Alerta Total em 8 de março de 2014: A Estupidez da Provocação

O probleminha é que seu autor se chama Geraldo Almendra, um economista de Niterói, e não o General Braga.

Data "Venha"...

Aliás, o pessoal deveria parar de cometer o crime de contrafação (vulgo plágio), copiando, colando e difundindo textos pela internet, sem dar o devido crédito ao autor e, pior ainda, atribuindo a autoria original a outra pessoa...

Trata-se de crime de violação ao Direito Autoral.

Além de ser uma burrice sem tamanho, roubar texto dos outros, não divulgar a data e nem a fonte original da publicação...

O Alerta Total já está ficando de saco cheio de ser vítima de tais crimes, e nossos advogados vão tomar as providências legais...
 
Revisionismo Histórico
 
O Deputado Federal Renato Simões (PT-SP) entrou com projeto de lei para mudar o nome da Escola Preparatória de Cadetes do Exército, em Campinas.
 
O parlamentar deseja tirar de lá o nome do Marechal Castelo Branco e colocar o do Cônego Milton Santana.
 
Simões também já tinha entrado com o PL 7218, para substituir o nome da Ponte Rio-Niterói, passando de General Arthur da Costa e Silva para Ponte Rubens Paiva...
 
Quem não acredita que veja o vídeo oficial do parlamentar no Youtube:
 
 
Roda Viva sobre Venezuela
 
A deputada cassada pelo regime de Nicolas Maduro, Maria Corina Machado, é a atração desta segunda-feira á noite do programa Roda Viva, da TV cultura, a partir das 22 horas.
 
A entrevista com Corina foi gravada sexta-feira passada pelo jornalista Augusto Nunes, Fabiano Maisonnave (repórter da Folha), Nathalia Watkins (repórter da seção internacional de VEJA), Fernando Tibúrcio Peña (advogado especializado em Direitos Humanos), Rogério Simões (editor-executivo da revista Época) e Rodrigo Cavalheiro (subeditor do caderno internacional do Estadão).
 
Augusto Nunes garante que, hoje à noite, vamos ver o que é uma "oposicionista de verdade".
 
SOS Venezuela
 
 
A pianista Gabriela Montero mostra, em seu vídeo, de forma até lírica, a dramática violência política na Venezuela sob comando da ditadura bolivariana do Foro de São Paulo. Lá, de algum modo o povo reage. Aqui no Brasil, onde corremos sério risco de involuir do atual Estado autoritário de direito para um estágio efetivamente de Estado totalitário regulamentado, a reação ainda é tênue...
 
No campo da ficção, atriz e modelo venezuelana Norkys Batista responde, na CNN, ao presidente Nicolas Maduro, que resolveu ser crítico da violência da personagem da lindíssima figura na novela "De todas Maneras"...
 
 
Detalhe: Na matriarcal Venezuela, as mulheres são grandes protagonistas da defesa democrática contra os abusos de Maduro e da turma totalitária do Foro de São Paulo.
 
Maburro
 
 
Os humoristas venezuelanos produzem o personagem "Maburro" – parodiando todas as suas "cagadas" – conforme mostra o vídeo.
 
José Wilker e a Política
 
Aqui na República Sindicalista do Brasil, um depoimento político do grande ator José Wilker que faleceu, sábado passado, vítima de infarto fulminante, aos 69 anos.
 
 
Mão em tudo

 
Cabeleira de Brigadeiro

 
Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus.
 
O Alerta Total tem a missão de praticar um Jornalismo Independente, analítico e provocador de novos valores humanos, pela análise política e estratégica, com conhecimento criativo, informação fidedigna e verdade objetiva. Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor. Editor-chefe do blog Alerta Total: www.alertatotal.net. Especialista em Política, Economia, Administração Pública e Assuntos Estratégicos.
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A transcrição ou copia dos textos publicados neste blog é livre. Em nome da ética democrática, solicitamos que a origem e a data original da publicação sejam identificadas. Nada custa um aviso sobre a livre publicação, para nosso simples conhecimento.

© Jorge Serrão. Edição do Blog Alerta Total de 7 de Abril de 2014.

Um grito no permanente vazio

Posted: 07 Apr 2014 05:07 AM PDT


Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Márcio Accioly
 
Quando o gatuno André Vargas (PT-PR) afrontou o presidente do STF, Joaquim Barbosa, numa solenidade na Câmara dos Deputados, poucos sabiam a respeito dessa figura burlesca que seria desmascarada, meses depois, em procedimentos altamente danosos aos cofres públicos nacionais. O problema é que sua excelência é primeiro vice-presidente da Câmara, a agir como porteiro de lupanar, enodoando de forma deliberada um dos poderes basilares de nossa desmoralizada República.
 
André Vargas já havia sido alvo de sérias denúncias na revista Veja, em março de 2013, quando se descobriu que um seu funcionário (André Guimarães) exibia expertise na criação de perfis e blogs falsos, utilizados para atacar oponentes do parlamentar e do PT. A denúncia ficou pendurada no vácuo e não deu em nada. O Guimarães oferecia seus serviços a prefeituras que se dispusessem pagar valores que variavam entre R$ 2 mil a R$ 30 mil mensais.
 
O Brasil é assim: as instituições não funcionam! Vivemos de surtos, entre autoritarismo e instantes de arremedo de democracia. No momento, atravessamos cruel fase de suposta democracia, em pulsar delicado no qual já existem milhões implorando a volta dos militares. Nada funciona. Na nossa democracia, rouba-se o disponível, aprontam-se ilegalidades e não se cobram responsabilidades. No regime militar, também!, porque sabichões enchem os bolsos à sombra das baionetas.
 
Na democracia nacional, figuras espúrias, tais como Renan Calheiros e José Sarney alcançam a Presidência do Congresso Nacional. Mas no modelo castrense, eles nunca deixam de se dar bem. Nossa chamada democracia é o momento de purgação em que se afloram emoções baratas com denúncias de torturas, mutilações e assassinatos. Na purificação pós-64 foi apontada até mesmo a existência de fornos crematórios utilizados pelo Exército (livro do ex-delegado Cláudio Guerra, Memórias de uma Guerra Suja), mas as denúncias, provas e alegações caem numa silenciosa conveniência.
 
O cansaço vai dominando a todos. Os jornais diários explodem com manchetes inacreditáveis, que se tornam rotina em sua repetição, e deixam de escandalizar pelo volume da insistência. Num país em que o analfabetismo é movimento majoritário, os alienados dependem de emissoras de televisão que se especializaram em difundir pornografia e oferecer baixo nível, banalizando cultura de baixo calão que a tudo nivela no viés da sordidez.
 
Temos, agora, na Presidência da República, pessoa que não consegue ligar "a" com "o", especializada em mentir, ao tempo em que busca estender qualificação profissional que absolutamente não existe. Enquanto isso, o maior responsável pelo descalabro que se presencia transmite a impressão de atravessar incólume a situação de imensurável risco, dando braçadas num oceano de lama que a cada momento amplia seu nível. O país vai soçobrar nesse caminho.
 
Cidades desarrumadas, pessoas estressadas a se desesperarem no vazio, vagando sem rumo numa desordem sem fim! Risco de apagão e falta de água potável (São Paulo já mergulhou em situação de alto risco), mas nossos homens públicos não têm proposta ou sugestão capaz de apontar rumo ou destino. É só roubo e descaso, incúria e pouca vergonha, desrespeito e embromação. As lideranças políticas do Brasil há muito se encontram ensandecidas. Não têm consciência da gravidade do caos que se aproxima.
 
O país terá de piorar, muito mais, para que se perceba ser indispensável uma guinada brusca. O problema é que poderemos atingir ponto em que os fatos deverão se tornar irreversíveis. E, aí, não vai adiantar se cobrir de lamento no choro de horizonte perdido. Porque teremos chegado a limite de horrores e desperdício.
 
 
Márcio Accioly é Jornalista.

Sem mistificações

Posted: 07 Apr 2014 05:04 AM PDT

 
SOS Brasil - Senadores Mário Couto (PSDB-PA) e Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) detonaram o desgoverno Dilma, na sessão do Congresso no último dia 2 de abril, exigindo lisura na instalação da CPI ou CPMI da Petrobras.
 
Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Fernando Henrique Cardoso
 
Quando me empenhei em fazer algumas reformas e modernizar a estrutura produtiva do Brasil, tanto das empresas privadas quanto das estatais, não o fiz movido por caprichos ou por subordinação ideológica. Tratava-se pura e simplesmente de adequar a produção brasileira e o desempenho do governo aos novos tempos (sem discutir se bons ou maus, melhores ou piores do que experiências de tempos passados).
 
Eram, como ainda são, tempos de globalização, impulsionados por novas tecnologias de comunicação e informação, como a internet, e por avanços nos sistemas de transporte, como os contêineres, que permitiram maximizar os fatores produtivos à escala mundial. Daí por diante a produção se espalhou pelo mundo, independentemente do local de origem do capital. Os mecanismos financeiros, por sua vez, englobaram todos os mercados, interligados por computadores.
 
Nas novas condições mundiais, ou o Brasil se integrava competitiva e, quanto possível, autonomamente aos fluxos produtivos do mercado, ou pereceria no isolamento e em desvantagem competitiva, pelo atraso tecnológico e pela ineficiência da máquina pública. As privatizações foram apenas parte do processo modernizador. Tão importante quanto foi a transformação do setor produtivo estatal. O objetivo era transformar as empresas estatais em companhias públicas, submetidas a regras de governança, fora do controle dos interesses político-partidários, capazes de competir e de se beneficiar das dinâmicas do mercado.
 
A zoeira das oposições, Lula e PT à frente, foi enorme. Acusavam o governo de seguir políticas "neoliberais" e de ser submisso ao "consenso de Washington". A cada leilão para exploração de um campo de petróleo (especialmente daquele onde se veio a descobrir óleo no pré-sal) choviam protestos e mobilizações de "organizações populares", bem como ações na Justiça para paralisar as decisões.
 
Com igual ou maior vigor, as oposições e os setores da sociedade que ainda não se haviam dado conta das transformações pelas quais passava a economia global protestavam contra as concessões de serviço público, como no caso da telefonia, e iam ao desespero quando se tratava de privatizar uma companhia como a Vale do Rio Doce, ou as siderúrgicas (que, aliás, foram privatizadas nos governos Sarney e Itamar).
 
Alegava-se que as empresas eram vendidas na bacia das almas, por preços irrisórios. Na verdade, no caso da telefonia, venderam-se 20% de suas ações, as que garantiam seu controle, por 22 bilhões de reais, preço que superou em mais de 60% o valor mínimo estabelecido. Além disso, a privatização permitiu um grande volume de investimentos nos anos seguintes, sem falar do salto tecnológico e do aumento de produção que as privatizações renderam ao país. Passamos, por exemplo, de dois milhões de celulares nos anos 1990, a 260 milhões, hoje em dia.
 
Dizia-se que as privatizações reduziriam os empregos, quando houve uma expansão extraordinária deles. Que a Vale estava sendo trocada por nada, quando foi difícil encontrar contendores no leilão porque seu valor, na época, parecia elevado e, se hoje vale bilhões, foi porque houve investimento e ação empresarial competente (diga-se, de passagem, em impostos, hoje, a Vale paga muito mais ao governo, por ano, do que pagava em dividendo quando era uma estatal).
 
A Embraer, de quase falida, passou a ser uma das maiores empresas do mundo.
 
Isso tudo foi paralisado a partir do governo Lula, no afã de manter a pecha sobre o governo anterior de "vendedor do patrimônio nacional" e de neoliberal. Nada de concessões, privatizações nem modernização que cheirasse a globalização. Enquanto os ventos do mundo favoreceram a valorização das commodities agrominerais, graças à China, e houve abundância de dólares, a máquina econômica rodou a todo vapor e deu a ilusão de bastaria expandir o crédito, baixar os juros, e incentivar o consumo para o PIB crescer e o bem-estar se generalizar.
 
A crise financeira global de 2007/9 ensejou ao governo Lula a oportunidade, bem aproveitada, de fazer políticas anticíclicas, com resultados positivos. Terminados os efeitos mais dramáticos da crise, os governos de Lula e Dilma fizeram uma leitura equivocada. Estava dada a licença para enterrar o passado recente dos anos 1990 e aderir sem rebuços ao populismo econômico: mais estado, mais impostos, menos juros, mais salários, mais consumo e às favas com as concessões e modernizações, às favas com o papel regulador do estado — pelas agências —, em relação ao mercado.
 
Deu no que deu. O governo Dilma, premido pelas dificuldades de fazer a máquina pública andar e pela sociedade, que exige melhor qualidade dos serviços, redescobriu as concessões (ah! mas não são privatizações, dizem, como se outra coisa tivesse sido feito com as telefônicas...). E as faz mal feitas: pouco dinheiro privado e muito crédito público.
 
Dá-se conta agora de que a retomada das empresas estatais pelos partidos, como se vê na Petrobras e na Caixa, bem como o uso abusivo do BNDES, deu mau resultados. E ainda houve uma perda bilionária de recursos, criaram-se novos "esqueletos" (dívidas não reconhecidas publicamente) e contabilidades criativas impostas para esconder as transferências de recursos não declaradas no orçamento.
 
Como deve estar arrependida a presidente Dilma, no caso da Petrobras, de não se haver desembaraçado do ônus político legado por seu antecessor, que permitiu ao interesse privado e político penetrar a fundo nas empresas estatais...
 
Apesar de tudo, PT e governo já estão se preparando para enganar o povo na próxima campanha eleitoral fazendo-se de defensores do interesse popular, como se esse se confundisse com estatização e hegemonia partidária, e estigmatizando os adversários como representantes das elites e fiadores dos interesses internacionais.
 
Cabe às oposições desmistificar tanto engodo, tomando à unha o pião dos escândalos da Petrobras, rechaçando a pecha ideológica de "neoliberal", e reafirmando a urgência de mudar os critérios de governança das estatais.
 

Fernando Henrique Cardoso, Sociólogo, foi Presidente da República. Originalmente publicado em Globo e Estadão em 6 de abril de 2014.

Este mal que nos aflige

Posted: 07 Apr 2014 05:03 AM PDT


Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Percival Puggina
 
A presidente Dilma convocou o camarada Franklin Martins novamente para a guerrilha da comunicação social. Ele vai comandar a campanha petista na imprensa e nas redes. Franklin havia dirigido a comunicação nos  governos petistas e é possível que tenha sido responsável por todas as perguntas não feitas - eu disse não feitas -  a Lula pelos jornalistas brasileiros nos últimos 12 anos. Coube-lhe, por bom tempo, lidar com a distribuição de verbas publicitárias federais à mídia nacional. Tal prática sempre se revelou excelente para estimular a auto-censura nos meios de comunicação. Coincidência ou não, as últimas semanas foram marcadas por demissões de conhecidos jornalistas que vinham merecendo destaque nacional e cujos comentários alcançam elevados índices de reprodução nos arquivos do YouTube.
 
Enquanto o PT viaja com a serenidade de uma pedra de curling, batedores à frente, preparando o terreno, a oposição fala em microfones de plenário que quase ninguém escuta. Digam o que disserem os parlamentares nas duas casas do Congresso, ninguém na mídia nacional, dá bola para essas tribunas. E não é de hoje. Há bom tempo a oposição fala para paredes surdas e ouvidos moucos. Nada tem a oferecer. Não tem cargos, nem verbas, nem maioria. Em quase nada influi.
 
É muito provável que você, leitor, se surpreenda com a apatia oposicionista. Pois isso que constata é consequência do que acabei de descrever. A oposição parlamentar, política, partidária, raramente incomoda o PT. O partido quer calar é a oposição que se ouve e se vê. Ela está nas redes sociais, nessa miríade de mensagens, imagens e textos que circulam e recirculam, alcançando um universo ilimitado de pessoas. Ela está, também, na voz, na imagem e na palavra escrita de um número crescente de formadores de opinião, acadêmicos, escritores, intelectuais que chegam até você por diversas maneiras. É essa oposição não partidária, que é política mas não é alinhada, que incomoda o PT. É contra ela que se dirigem as tentativas de regular, regulamentar e, em palavras mais objetivas, controlar o que circula junto à opinião pública.
 
Para realizar tal tarefa surge no cenário o personagem mais macabro da comunicação social brasileira, o redator do tétrico manifesto divulgado durante o sequestro do embaixador Burke Elbrick, onde escreveu: "Este ato (...) se soma aos inúmeros atos revolucionários já levados a cabo: assaltos a bancos, nos quais se arrecadam fundos para a revolução, tomando de volta o que os banqueiros tomam do povo e de seus empregados; ocupação de quartéis e delegacias, onde se conseguem armas e munições para a luta pela derrubada da ditadura; invasões de presídios, quando se libertam revolucionários, para devolvê-los à luta do povo; explosões de prédios que simbolizam a opressão; e o justiçamento de carrascos e torturadores. Na verdade, o rapto do embaixador é apenas mais um ato da guerra revolucionária, que avança a cada dia e que ainda este ano iniciará sua etapa de guerrilha rural."  
 
Pois é esse mesmo personagem que, agora, transformado em próspero profissional da comunicação social, passa a trabalhar para a candidata Dilma Rousseff, com enorme influência nas verbas publicitárias do governo. Certamente não é por acaso que jornalistas não cabresteados pelo Planalto começam a bater pé nas calçadas em busca de novos locais de trabalho.
 
 
Percival Puggina é arquiteto, empresário, escritor, titular do site www.puggina.org, colunista de Zero Hora e de dezenas de jornais e sites no país, autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia e Pombas e Gaviões, membro do grupo Pensar+

Do Lobisomem à Lenda Urbana da Gerentona

Posted: 07 Apr 2014 05:02 AM PDT


Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Rolf Kuntz
 
Lobisomens, vampiros, assombrações e mulas sem cabeça podem ter apavorado muita gente durante séculos, mas a nenhuma dessas figuras foi atribuído um desastre econômico. Nem mesmo a personagem histórica de Vlad III, príncipe da Valáquia, também conhecido como conde Drácula, o Empalador, foi associada ao descalabro fiscal, à estagnação produtiva, a um surto inflacionário ou à demolição de alguma empresa estatal.
Ao contrário: era respeitado pela devoção à sua terra, pela coragem e pela severidade na punição dos crimes cometidos por seus, digamos, companheiros. Muito natural, portanto, ver o mundo mais uma vez curvar-se diante do Brasil, primeira economia, e das grandes, submetida a demolição por uma personagem lendária, a administradora Dilma Rousseff, às vezes descrita como gerentona.
O criador dessa lenda pode ter sido um gozador, mas a piada foi levada a sério por uma porção de incautos e até espalhada como verdade por muitos meios de comunicação. Os fatos claramente negaram o mito nos últimos três anos e três meses. Ainda continuam negando, a cada nova revelação sobre as consequências da política econômica - as perdas da Eletrobrás e da Petrobrás, por exemplo, e os estragos no Tesouro. O espetáculo poderia até ser engraçado, mas tem custado bilhões e ninguém sabe quanto ainda poderá custar.
A persistência da inflação, uma das derrotas mais notáveis da política econômica, virou assunto de um complexo estudo comparativo divulgado nesta semana pelo Fundo Monetário Internacional (FMI). O trabalho inclui a análise de números de 26 países com regime de metas. O tema é especialmente importante, informa-se logo na apresentação, porque a persistência eleva o custo, em termos de produto, do esforço para levar a inflação até a meta.
Em outros países, incluídos vários emergentes, a alta de preços arrefeceu e os repiques se tornaram menos fortes depois de implantado o regime. O Brasil tem sido uma exceção e o trabalho é encerrado com a indicação de algumas explicações possíveis. Uma delas é a permanência de uma forte indexação. Outra hipótese aponta para uma baixa confiança dos participantes do mercado na eficácia da política monetária - ou na disposição das autoridades monetárias responder adequadamente aos choques de preços. Uma resposta forte é indispensável para conter os efeitos de segundo round desses choques e limitar, portanto, seus desdobramentos.
O presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, chamou a atenção precisamente para essa função da política, ao mencionar, em depoimento no Senado há poucos dias, o choque dos preços agrícolas e a necessidade de restringir seus efeitos ao curto prazo. O aumento de juros anunciado na quarta-feira, depois da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), deve ser parte desse esforço. Mas esse foi o nono aumento a partir de abril de 2013 e, até agora, o remédio parece ter sido insuficiente - mesmo levando em conta o efeito retardado da política de juros. De toda forma, o longo período de afrouxamento da política monetária, entre o fim de agosto de 2011 e abril do ano passado facilitou o recrudescimento da inflação. Mas a presidente Dilma Rousseff encontrou nessa política uma chance para se vangloriar de haver derrubado os juros no Brasil. Foi mais um numa longa série de erros.
O relaxamento dos juros foi apenas um dos equívocos da política anti-inflacionária. Os demais foram cometidos sem a participação do BC. O novo prejuízo da Eletrobrás, R$ 6,3 bilhões em 2o13, é mais uma consequência da administração tsunâmica implantada pela presidente Dilma Rousseff no governo federal. A contenção de tarifas imposta às empresas de eletricidade custou e continua custando um dinheirão ao Tesouro e às empresas do setor.
Os R$ 8 bilhões previstos no Orçamento da União para compensar as empresas serão insuficientes e será necessário levantar dinheiro de outras fontes. Além disso, será preciso elevar os preços para os consumidores nos próximos dois anos, porque o represamento das tarifas serviu somente para maquiar a inflação e apenas multiplicou os problemas. O aumento das contas em 2015 deverá ficar entre 8% e 9%, segundo noticiou o Estado.
 
Não está clara, no entanto, a arrumação necessária para compensar o estrago acumulado. Falta levar em conta, entre outros, um detalhe publicado na sexta-feira pelo Valor. Segundo cálculo apresentado por dois minoritários do Conselho de Administração da Eletrobrás, a empresa deixou de arrecadar R$ 19 bilhões em 2013. A perda resultou do esquema imposto pelo governo em dezembro de 2012, quando foram definidas as normas para renovação das concessões.
 
No caso da Petrobrás, ainda falta uma boa estimativa dos danos acumulados na gestão petista. A lista dos erros é enorme e inclui a compra das instalações de Pasadena, a construção da refinaria Abreu e Lima e as perdas causadas pelo controle de preços, mas esta lista é provavelmente muito incompleta. Uma boa CPI poderia ajudar no esclarecimento das perdas e de como ocorreram, mas o governo tem feito - e deverá fazer - um enorme esforço para impedir a elucidação de uma das histórias mais escandalosas da política brasileira.
 
Incompetência é apenas parte da explicação do desastre das estatais, do estrago nas contas públicas, da persistência da inflação, da estagnação econômica e dos erros cometidos na política industrial. A gestão de baixa qualidade reflete igualmente uma certa forma de ocupação da máquina governamental.
 
O PT ocupou, loteou e usou o governo, em seus vários níveis, como se, por direito de conquista, se houvesse apropriado legitimamente desse aparelho. Se nada mais puderem fazer, os cidadãos inconformados talvez possam ainda recorrer a um expediente: perguntar se a tão falada função social da propriedade vale também para a máquina transformada em patrimônio privado pelo grupo instalado no poder.
 
 
Rolf Kuntz é Jornalista. Originalmente publicado no Estadão em 5 de abril de 2014.

Concursos públicos honestos

Posted: 07 Apr 2014 05:01 AM PDT


Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net 
Por João Baptista Herkenhoff
 
A atual Constituição Federal estabelece que a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei. (Artigo 37, inciso II).
A norma imperativa do concurso público não é um preceito acidental ou fortuito, dentro da Constituição, mas expressa valores éticos e jurídicos que a república deve consagrar.
 
Se a Constituição preceitua o concurso público, para a entrada no serviço público, refere-se obviamente a concurso honesto. Concurso desonesto não é concurso, mas falsidade, engano, mentira, ludibrio, zombaria…
 
O ingresso no serviço público pela porta do concurso honesto é extremamente benéfico para o conjunto da sociedade, como tentaremos provar neste artigo.
 
Em primeiro lugar, os concursos sérios podem selecionar os candidatos mais bem preparados. A escolha dos melhores pretendentes para as vagas em disputa permite que a administração recrute pessoas competentes que vão realizar seu trabalho com discernimento e capacidade, o que não acontece quando o critério do mérito é substituído pelo critério do favoritismo.
 
Em segundo lugar, aqueles que são aprovados em concursos honestos não ficam devendo favor a ninguém. O preço desses favores, em muitas situações, é justamente descumprir os deveres inerentes ao cargo, servindo a interesses particulares escusos.
 
A terceira vantagem do concurso impoluto é o valor ético desta forma de recrutamento, já que traduz idéias fundamentais de justiça como igualdade de todos, sentido de cidadania, valor do estudo e do esforço, serviço público de qualidade como direito social.
 
A quarta vantagem dos concursos limpos é a contribuição que proporcionam para o avanço educacional do povo. Quem está convencido de que presta um concurso realizado dentro de padrões de seriedade estudará muito para esse concurso. O ato de prestar um concurso é sempre oportunidade de crescimento intelectual, aprimoramento espiritual, aprendizagem. Nenhum jovem perde seu tempo fazendo concursos quando estes estão isentos de burla.
 
A quinta vantagem dos concursos sem falcatruas é a lição que tais concursos ministram aos jovens, pois que instilam, na alma deles, a crença na retidão e desestimulam a opção pelo caminho da fraude como forma de vencer na vida.
 
A sexta vantagem dos concursos sem traficância é de natureza psicológica. Faz bem ao espírito buscar oportunidades pela rota do bem, e não pelos tranvios das maracutaias.
 
Concursos sujos, com cartas marcadas, para proteger afilhados e parentes é deslavada forma de corrupção. Entretanto, com freqüencia, tem-se a falsa idéia de que isto é somente uma irregularidade porque corrupção é apenas tirar dinheiro dos cofres públicos, receber favores ou valores para trair deveres de ofício etc.
 
Eu diria que concursos ardilosos, infames, com cartas passadas debaixo da mesa prejudicam muito mais a coletividade do que eventuais investidas contra os cofres públicos. Os ataques ao erário podem ser estimados num valor financeiro determinado, ainda que esse valor seja às vezes muito alto. A entrada no serviço público pelos corredores do nepotismo traz maleficios muito superiores a qualquer cifra financeira, pois retira dos jovens, principalmente os desprotegidos, a esperança na conquista digna do futuro, introduz em cargos, mesmo vitalícios, pessoas despreparadas para o respectivo exercício e destroça a máquina pública.
 
Ainda que não tenhamos poder para corrigir todos os desmandos que ocorrem pelo Brasil afora, tenhamos pelo menos coragem para utilizar, com independência, a palavra, este dom que Deus deu aos homens e recusou aos animais, e com a palavra proclamar em alto e bom som, com todas as letras: concurso público desonesto é ato de indiscutível corrupção, quem promove concurso público desonesto é corrupto.
 
A palavra, por si só, não repõe a Ética no lugar que lhe cabe, mas é através da denúncia que se inicia o combate. Esse combate não tem possibilidade de êxito se for travado solitariamente. Demanda união, ações coletivas dos prejudicados com vistas a impugnar concursos maculados com o estigma do pistolão.
 
João Baptista Herkenhoff, 77 anos, é pesquisador, palestrante e escritor. Autor do livro Mulheres no banco dos réus – o universo feminin0 sob o olhar de um juiz (Editora Forense, Rio). Homepage: www.jbherkenhoff.com.br - E-mail: jbherkenhoff@uol.com.br
 

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