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segunda-feira, 7 de outubro de 2013

O NAVIO FANTASMA (39): TUDO COMO DANTES, QUARTEL-GENERAL EM ABRANTES

JPP

 

O que fez Rui Machete foi um acto, não foi uma declaração irreflectida, ou uma "declaração menos feliz". Se apenas fossem palavras, mesmo assim seriam graves, mas foi mais do que isso, foi um acto de diplomacia à revelia da lei e da ordem democrática, praticado pelo responsável máximo das nossas relações externas que fala, por isso mesmo, em nome de Portugal. 

 

Não me admira muito, dado que o anterior Ministro também classificava (e classifica) o seu próprio país de protectorado, sem que haja qualquer abalo nas hostes habitualmente cheias de vento patriótico. Isto está tudo num estado tão rasteiro e perigoso, que nem é a continuidade das peripécias, umas sobre as outras, mentiras nos curricula, "incorrecções factuais", mentiras ao parlamento, fugas sistemáticas de informação do governo para comentadores amigos, ocultação de dados, que já é o mais grave. O mais grave é a completa impunidade com que tudo se faz, e o modo como tudo continua na mesma, tudo como dantes quartel-general em Abrantes. Criticado Machete sem muitas ambiguidades pelo Presidente da República no 5 de Outubro, basta que o primeiro-ministro "desvalorize" - o que ele está sempre a fazer e deve ser o timbre da "nova cultura política" do Ministro Maduro - para que tudo volte ao "normal". Isto é que é muito preocupante, a impunidade dos de cima, que podem fazer o que quiserem sem consequências.  


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