Nasceu por aí uma polémica sobre um relatório onde o delegado em Portugal da Comissão Europeia se permitiu fazer comentários sobre os efeitos decorrentes das possíveis decisões do Tribunal Constitucional português, em face da proposta de orçamento. Não entendo a surpresa. Se bem me recordo, o presidente da Comissão Europeia ainda há dias teve propósitos idênticos, embora neste caso nos possamos sempre questionar sobre se o fez nessa capacidade funcional ou na qualidade de eleitor residente nos círculos da emigração. Não me recordo - mas deve ser um lapso da minha memória - de ter ouvido qualquer luminária da Comissão Europeia fazer comentários pressionantes ao tribunal de Karlsruhe, o órgão constitucional alemão, quando toda a Europa esteve suspensa das respetivas decisões. |
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