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quarta-feira, 21 de agosto de 2013

O outro Kahn

Francisco Seixas da Costa

 

Aqui há meses, foi Vitorino Magalhães Godinho. O "Público", no obituário que lhe fez, colocou uma imagem do seu irmão, José Magalhães Godinho.

 

Hoje, o "Diário de Notícias", na edição escrita, e o "Expresso", no on-line, pespegam uma foto de Jean-François Kahn em lugar de Jean Kahn.

 

Ora, ora! Um erro acontece a qualquer jornalista, dirá o leitor.

 

Pois não é assim. Um profissional do jornalismo minimamente qualificado tem todo o direito de não conhecer a figura do militante judaico francês Jean Kahn. Mas é inadmissível que desconheça a figura de Jean-François Kahn, um homem que esteve no "Le Monde" e no "L'Express", que ficou na história do jornalismo francês por ter teimado em investigar o caso Ben Barka e, muito em especial, que foi o fundador e diretor por uma década do "Marianne", uma revista que teve um papel decisivo no panorama da imprensa francesa.

 

Deve ser defeito meu, mas cada vez admito menos o analfabetismo profissional. E, com tristeza o digo, ele é cada vez mais frequente no jornalismo português. 


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