Outras páginas.

sexta-feira, 26 de julho de 2013

Eduardo Fortunato de Almeida

Francisco Seixas da Costa

 

As ocasiões fazem os homens. Um dia de 1968, Mário Soares foi deportado para S. Tomé pela ditadura, já no estertor salazarista. Um jovem oficial do Exército, Eduardo Fortunato de Almeida, em serviço na colónia, procurou o político e afirmou-lhe a sua solidariedade. Mário Soares não esqueceu o gesto e registou-o. Anos mais tarde, na primeira vez que conheci Fortunato de Almeida, expressei-lhe a minha admiração por essa atitude de grande dignidade e risco. Falámos algumas vezes, a partir de então, nomeadamente no quadro de iniciativas que envolviam publicações a que esteve ligado.

 

Já o não via há mais de uma década. Acabo de saber que Eduardo Fortunato de Almeida morreu. Com justiça, das notas necrológicas a seu respeito faz parte o episódio atrás referido. É que certas ocasiões definem um homem.


Ver artigo...

Sem comentários:

Enviar um comentário