A investigação levada a cabo este ano pelo Offshore Leaks sobre as holdings nos paraísos fiscais obrigou os líderes europeus a abordar o tema da transparência financeira na cimeira do G8 realizada esta semana na Irlanda do Norte, escreve o EUobserver. O site menciona o anúncio do primeiro-ministro britânico David Cameron, dois dias antes da cimeira, segundo o qual dez protetorados britânicos conhecidos por ter um estatuto fiscal especial irão criar um registo de proprietários de fundações, "trusts" e sociedades fictícias. Esta iniciativa define assim "novas normas sobre a troca de informação fiscal" entre as jurisdições. As declarações de Cameron vêm na sequência das proferidas pela Comissão Europeia que tenciona pôr em prática um dos mais rigorosos regulamentos sobre a transparência fiscal no mundo até ao final do ano. O jornal The Economist concorda com o facto de que as revelações fizeram da transparência uma questão prioritária para a cimeira do G8, o que é uma fantástica oportunidade para Cameron e outros líderes que procuram adotar medidas para controlar os paraísos fiscais:
O EUobserver entrevistou o comissário responsável pela fiscalidade Algirdas Semeta, que admitiu que o Offshore Leaks representa "o principal fator responsável pela execução" de medidas repressivas:
A International Consortium of Investigative Journalists, que lidera a investigação do Offshore Leaks, lançou uma base de dados online no dia 14 de junho que revela o nome dos proprietários por trás de mais de 100 mil holdings secretas criadas em paraísos fiscais. |
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