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quinta-feira, 16 de maio de 2013

Futebóis

Francisco Seixas da Costa

 

Por regra, apoio todas as equipas portuguesas que disputam jogos internacionais. Porquê? Porque entendo que é bom (talvez agora mais do que nunca) ver o nome de Portugal associado a sucessos e porque sei o que representa para os portugueses que vivem no exterior poderem exprimir orgulho nas vitórias nacionais. Contudo, com honestidade, confesso que já cometi exceções a esta regra. 

 

Por um imperativo de agenda, não pude ontem ver a transmissão televisiva do Benfica-Chelsea. Estava num jantar com amigos estrangeiros, num restaurante do Porto. A meio, consultei discretamente a net no iPhone e vi que o resultado estava em 1-1. Mais tarde, voltei a olhar o telefone e dei-me conta do 2-1 a favor do Chelsea. Porque da notícia se não se deduzia se o jogo já tinha acabado, perguntei isso mesmo a um dos empregados que nos servia. Era um ferrenho portista, como logo se deduziu pelo largo sorriso. E pela resposta:

 

- Não acabou, não! "Quer-se dizer": com o Chelsea eles já "andaram". Mas ainda falta "levarem" com o Guimarães na taça...

 

O futebol acaba por extremar tudo. Verdade seja que, se acaso fosse o Porto a jogar e o empregado fosse do Benfica, a atitude era, com toda a certeza, simétrica. Ou não? 


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