Afinal, Jesus não foi promovido a Deus, como todos os benfiquistas esperavam. Afinal, ele é humano, e também erra, e quando erra e perde, ajoelha, destroçado. Infelizmente para os benfiquistas, Jesus não foi Deus, e não conseguiu vencer o medo de jogar no Dragão. Foi isso que nos derrotou, o medo. No futebol, há verdades antigas que se repetem mil vezes, e mil vezes se irão repetir ao longo da eternidade. Uma dessas verdades é: quem joga para empatar, perde. Custa muito mas é verdade, e vai ser sempre. Lembro-me que uma das vezes que mais admirei José Mourinho foi quando ele, treinador do Inter, teve de ir jogar fora, com o Chelsea, a segunda mão dos quartos-de-final da Liga dos Campeões. Com a maior lata, apresentou-se em Stanford Bridge com 3 avançados, em pressão alta, e sempre ao ataque. É claro que ganhou, eliminou o Chelsea, e nesse ano ganharia a sua segunda Champions. O seu descaramento, o seu atrevimento, a sua coragem, deram-lhe a vitória. Lá diz o provérbio que a sorte protege os audazes e foi isso que faltou ao meu Benfica na segunda parte. O Benfica não foi audaz, encolheu-se, encostou-se às cordas e no fim teve azar. Ó Jesus, a meia hora do fim, tira-se um médio de ataque, Gaitan, e coloca-se um defesa, Roderick? E tira-se um extremo, Ola John, para meter um médio que não tem gáz para jogar linha, Aimar? Por muito que me custe, desta vez foi Vítor Pereira que foi audaz. Retirou um defesa, Danilo, e um médio, Lucho, para meter um avançado, Liedson e um extremo, a Catatua Negra da Nossa Infelicidade, o tal de Kelvin. Agora, só um milagre nos salva e devolve ao Benfica um título que até merecia. |
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