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sexta-feira, 26 de abril de 2013

Síndrome de elefante branco: estádios que caíram no ostracismo

O estádio do Algarve,



Green Point


Construído na Cidade do Cabo para a Copa da África do Sul 2010, custou o equivalente a 2 bilhões de reais e, desde o fim do Mundial, não vem sendo utilizado nos torneios de futebol locais. Neste ano, nem sequer recebeu partidas da Copa Africana das Nações. A demolição do estádio chegou a ser cogitada pela prefeitura, mas esse símbolo do desperdício continua em pé.


15 milhões de reais é o custo anual de manutenção do Green Point


 A casa do rúgbi




Stade de France: poucos amistosos

Stade de France: poucos amistosos / Crédito: 

Ricardo Corrêa






Palco da final da Copa de 1998, o Stade France, em Saint-Denis, recebe poucos amistosos e jogos oficiais da seleção francesa de futebol. Desde a Copa do Mundo de Rúgbi de 2007, vem dando mais espaço a esse esporte, muito popular na França. Os craques da Le Bleu têm atuado no Parc des Princes, mais próximo do centro de Paris, também usado pelo Paris Saint-Germain. 


Jogos só no verão




Mar del Plata: aberto apenas uma vez por ano

Mar del Plata: aberto apenas uma vez por ano / Crédito: 

J.B. Scalco






O Estádio José María Minella, em Mar del Plata, foi construído em 1976 para a Copa de Mundo da Argentina dois anos depois. Desde então recebeu um único evento de porte, os Jogos Pan-Americanos de 1995. Como a cidade não tem nenhuma equipe na primeira divisão do país, o estádio é sede do torneio de verão, em janeiro, quando reúne as cinco maiores torcidas — todas de Buenos Aires. 


Bons exemplos olímpicos




Estádio Olímpico de Munique: recebendo outros eventos

Estádio Olímpico de Munique: recebendo outros eventos / Crédito: 

Getty Images






O Estádio Olímpico de Munique foi contruído para os Jogos de 1972 e serviu também à Copa do Mundo de 1974 — sediou oito jogos, entre eles a final. Por quatro décadas, foi também a casa dos dois clubes locais, o Bayern e o Munique 1860. Em 2005, quando a Allianz Arena ficou pronta para a Copa de 2006, o Olímpico foi esquecido para o futebol. Bem localizado, vem se mantendo graças a shows, corridas de carro e outros eventos.


Já o Estádio Olímpico de Nagano, no Japão, erguido especialmente para os Jogos de Inverno de 1998 por um custo equivalente a 214 milhões de reais, vem sendo subutilizado. Com capacidade para 30 000 pessoas, passou a receber somente partidas de beisebol de times profissionais e amadores. Partida de futebol, para esses estádios, é coisa do passado.





Paquidermes brasileiros




Teixeirão

Teixeirão / Crédito: 

Silvio Porto






O Parque do Sabiá, em Uberlândia (MG), teve público recorde em sua partida inaugural: 72 733 pagantes assistiram ao amistoso entre Brasil e Irlanda, em 27 de maio de 1982. Em 2012, o maior público foi de 2 242 pessoas, no duelo entre Patrocinense e Uberlândia, o time local, que disputa atualmente a segunda divisão mineira.


Nos clássicos entre River e Flamengo do Piauí disputados no Albertão, em Teresina, o cenário costuma ser desolador. A partida mais recente, em fevereiro, reuniu 2 809 pagantes. O estádio tem capacidade para 60 000 torcedores.


O Teixeirão, estádio do América de São José do Rio Preto (SP), abriga 36 426 lugares. Quando o time joga contra equipes da capital, costuma receber bom público. Mas, como a equipe está na terceira divisão, a arena tem ficado às moscas.

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