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quinta-feira, 8 de novembro de 2012

O meu novo "tacho"


O Centro Norte-Sul é uma estrutura que, desde 1989, tem sede em Lisboa e que tem como finalidade ligar o Conselho da Europa - em temáticas como a democracia, direitos do homem, diálogo intercultural, etc - a uma área a que se convencionou chamar Estados "do Sul", nomeadamente no continente africano.

Desde a sua criação, o Centro passou por várias vicissitudes e, se olharmos bem o tempo histórico, verificaremos que atravessou o período das grandes convulsões contemporâneas, desde a queda do muro de Berlim à emergência do terrorismo global, das grandes polémicas civilizacionais às chamadas "primaveras árabes". O mundo mudou muito, o Centro mudou com ele mas talvez não o suficiente para nele manter interessados Estados tão importantes como a Alemanha ou a França, os quais, com alguns outros, optaram por abandoná-lo, com as consequências orçamentais correspondentes. O Centro apresenta hoje um número de membros que é já inferior àquilo que formalmente é necessário para garantir a sua sustentação. E, porque o orçamento de que dispõe foi seriamente afetado, a sua capacidade para gerar iniciativas e projetos que cativem novos membros está hoje fortemente reduzida.

É perante este cenário de fundo, no mínimo extremamente complexo, que fui convidado a dirigir o Centro Norte-Sul, com o "estímulo" acrescido de não ganhar, nessa tarefa, um euro mais do que aquilo que já seria o meu salário normal de base, quando regressasse a Portugal, por imperativo de idade. Faço-o porque achei interessante assumir o desafio de tentar tirar o Centro - cujo acervo de atividades me parece muito interessante - da muito difícil situação em que se encontra. Logo veremos, a partir de 1 de fevereiro, se consigo fazê-lo ou não, com algumas ideias que tentarei pôr em prática.

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