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quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Luís Amado


Foi ontem lançado o livro "Conversas sobre a crise", um diálogo entre Luis Amado e Teresa de Sousa. Na minha passagem pela livraria do aeroporto de Pedras Rubras ainda procurei o livro, mas era cedo demais para o adquirir.

Fui colega de governo de Luis Amado e, mais tarde, tive-o como meu ministro durante alguns anos. É, além disso, desde que nos conhecemos, um amigo pessoal. Devo dizer que Luis Amado foi, para mim, uma das muito positivas surpresas como pensador das coisas internacionais. Constatei que foi capaz de estruturar, em especial ao longo destes anos de crise, um pensamento maduro, realista e frequentemente original, não apenas sobre o papel de Portugal no mundo, mas, igualmente, quanto às resposta a dar às grandes questões que afetam os equilíbrios globais. Fá-lo sempre com elegância, sentido da medida e com um esforço de aproximação à verdade possível que lhe conferiram um lugar internacional de imenso respeito - como constato, com frequência, nos contactos que tenho com interlocutores estrangeiros, onde conta imensos admiradores.

O seu diálogo com Teresa de Sousa promete, assim, ser um trabalho com imenso interesse. Trata-se da mais bem preparada jornalista portuguesa em temáticas internacionais, sendo, além do mais, uma pessoa de fundadas convicções europeístas. E de quem tenho também o privilégio de ser amigo.

Mas não é a amizade pelos autores que me leva a sublinhar a importância de um livro que ainda não li. É a certeza antecipada de que todos teremos muito a ganhar com a sua consulta.

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