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sexta-feira, 9 de março de 2012

Cavaco: "Falta de lealdade institucional ficará na história".

O que já se sabia nos bastidores! Não faltarão os ex-acólitos a defender o ex-primeiro-ministro, quais virgens pudicas…

O anúncio do PEC IV [Programa de Estabilidade e Crescimento IV] apanhou-me de surpresa", admitiu o Chefe de Estado no prefácio do livro Roteiros VI, publicação que assinala o primeiro ano do segundo mandato e que foi esta sexta-feira publicado no site da Presidência. Cavaco Silva assume que Sócrates não o informou sobre o pacote de austeridade. "Tratou-se de uma falta de lealdade institucional que ficará registada na história da nossa democracia", desabafa o Chefe de Estado. Cavaco lembra que "logo a seguir às férias de Verão", José Sócrates começou a informá-lo "com algum detalhe, sobre as intenções do Governo e sobre as dificuldades que poderiam surgir nas negociações com os partidos da Oposição, em particular com o PSD". O Presidente da República reconhece ainda que se seguiram dois meses "a apoiar as negociações e a favorecer os entendimentos", de forma a tentar evitar uma crise política. Cavaco Silva vai mais longe e chega a afirma que Sócrates atrasou o pedido de resgate à troika por puro "eleitoralismo". "O facto de, após a demissão do primeiro-ministro, se ter começado a viver um ambiente de pré-campanha eleitoral, certamente contribuiu para o atraso no pedido de auxílio financeiro", sustenta o Chefe de Estado. O Presidente da República, num tom duro ao longo de 25 páginas, acusa Sócrates de "ignorar de forma deliberada" os seus alertas "públicos e privados" sobre a gravidade da situação do País, ao mesmo tempo que afirma que este dissimulou informação. Ao descrever o estilo de governação do antigo primeiro-minsitro, Cavaco acusa-o de "falta de atitude de humildade política" e de se mover po "interesses de ocasião". Sobre Passos Coelho, Cavaco Silva não escreve uma única linha.” CdaM

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