Marques Mendes denunciou nesta quinta-feira a possibilidade de haver um “caso de polícia” no negócio das Scut entre o Governo de José Sócrates e o Grupo Mota Engil.
No seu habitual comentário no programa Política Mesmo da TVI 24, o antigo presidente do PSD, recuou até 2010, o ano em foi decido colocar portagens nas Scut, lembrando que houve um acordo entre o Governo de Sócrates e o grupo Mota para a introdução de portagens nas auto-estradas Costa de Prata, Grande Porto e Beira Litoral.
“Só que nessa ocasião o Grupo Mota exigiu que para introduzir portagens naquelas três Scut fossem também renegociados os contratos de outras duas concessões (a da Grande Lisboa e a do Norte – A7 e A11). Aqui é que começou o problema. E que problema”, afirmou Mendes.
Para Mendes, que o Grupo Mota Engil “faça uma exigência dessas é um problema seu”, porque “está a defender o seu interesse particular”. “Agora, que o Governo tivesse aceitado aquela exigência isso é que é absolutamente irresponsável. Porque é suposto o Governo defender não o interesse particular mas sim o interesse público”, acrescentou.
E logo a seguir revelou os custos para o país deste negócio. Em 2010 os encargos do Estado com aquelas duas concessões (a da Grande Lisboa e a do Norte – A7 e A11) “eram zero, a partir de 2010, a estimativa de encargos que o Estado vai ter com aquelas duas concessões será de 1,42 mil milhões de Euros”, revelou citando uma estimativa oficial da Direcção Geral do Tesouro). Ou seja, 281 milhões na Grande Lisboa e 1,139 mil milhões na do Norte.
O antigo presidente do PSD, lembrou que os prejuízos “quase davam para pagar o subsídio de férias e de Natal que vai ser cortado aos funcionários públicos e pensionistas” (cerca dois mil milhões em termos líquidos) e falou na possibilidade de se estar perante “um caso de polícia”.
E acrescentou que ou “tudo isto é muito bem explicadinho” ou as pessoas podem ser levadas a pensar que se está perante um caso de “promiscuidade ou de negociata pelo meio”.
“Assim se fez a gestão ruinosa e irresponsável de José Sócrates e Paulo Campos [ex-secretário de Estado das Obras Públicas]”, concluiu. PUBLICO.
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