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quarta-feira, 30 de março de 2011

Corridas de toiros.

Em breve chegarão as corridas de toiros, que em Portugal não tem de morte, mas ainda assim tem a barbárie que se sabe. Não sei como se pode gostar de um espectáculo, montado para ver sofrer um animal, supostamente por um ou vários artistas especialistas nisso. Mas será que existe alguma hombridade neste confronto entre o homem e o animal? Não. Não, porque o “animal” é devidamente “tratado” antes de entrar na arena. Vejamos então, aquilo que sucede geralmente numa praça espanhola, e no que respeita as bandarilhas, numa portuguesa também. De vez em quando acontecem estes casos.

image imageTalvez já tenha ouvido dizer que a festa de touros é uma arte, mas não é… É uma ciência...A Ciência da Tortura. E nada na festa

brava é genuíno, excepto a dor.  image

Eles acreditam ser muito valentes… mas não o são. Porque, desde pelo menos 24 horas antes de entrar na arena, o touro é mantido numa prisão às escuras, para que ao soltarem-no, a luz e os gritos dos espectadores o assustem e ele tente fugir, saltando as barreiras, o que produz no público a ilusão de que o touro é feroz, mas a condição natural do touro é fugir, NÃO é atacar. Cortam-lhe os cornos para proteger o toureiro. Põem-lhe às costas sacos de areia, durante horas. Batem-lhe nos testículos e nos rins, provocam-lhe diarreia, deitando sulfatos na água que bebe, para que chegue fraco e desorientado à arena. Untam-lhe os olhos com gordura para lhe dificultar a visão e deitam-lhe nas patas uma substância que lhe produz ardor e o impede de ficar quieto, para  image fazer reluzir a actuação do toureiro.

Os cavalos dos picadores.

Escolhem-se cavalos que já não têm valor comercial, porque o animal morre em 3 ou 4 corridas no máximo. É muito comum que o animal sofra múltiplas quebras de costelas ou várias perfurações. Coloca-se-lhe uma capa a simular que esta o protege, mas na realidade é para que o público não veja as feridas do cavalo que, com frequência, apresentam vísceras expostas.

O trabalho do picador, para mim é degradante… 

Se o toureiro percebe que o touro investe com muita energia, ordena ao picador que faça o seu trabalho: Consiste em sangrar o touro para o debilitar, cravando-lhe no lombo uma lança que destrói alguns músculos (trapézio, romboideu, espinal e semiespinal, serráteis e transversos laterais) e, além disso, lesiona vasos sanguíneos e nervos. Tudo isto para que o toureiro possa brindar com a sua expressão artística, que se supõe este espectáculo dever ter. Se o toureiro percebe que o touro investe com muita energia, ordena ao picador que faça o seu trabalho: Consiste em sangrar o touro para o debilitar, cravando-lhe no lombo uma lança que destrói alguns músculos (trapézio, romboideu, espinal e semiespinal, serráteis e transversos laterais) e, além disso, lesiona vasos sanguíneos e nervos. Tudo isto para que o toureiro possa brindar com a sua expressão artística, que se supõe este espectáculo dever ter.

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E o das Bandarilhas ainda é pior…

As bandarilhas asseguram que a hemorragia continue, por isso, tentam colocá-las justamente no sítio já picado com os ganchos metálicos. O gancho move-se dentro da ferida a cada movimento do touro e com o roçar da muleta, o peso das bandarilhas tem precisamente essa função. Algumas têm um arpão de 8 cm a que chamam "de castigo", que lhe cravam se conseguiu desviar-se da lança do picador. As bandarilhas prolongam o agravamento e aprofundamento das feridas internas. Não há limite para o número de bandarilhas: tantas quantas forem necessárias para destroçar os tecidos e a pele do touro…

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A perda de sangue e as feridas na espinha dorsal impedem que o touro levante a cabeça de maneira normal, e é quando o toureiro pode aproximar-se mais. Com o touro já próximo do esgotamento, o toureiro já não se preocupa com o perigo e pode até dar-se ao luxo de virar as costas ao touro, depois de um passe especialmente artístico, atirando o peito para fora e pavoneando-se para receber os aplausos do público em histeria.
Quando o touro atinge este estado lastimável, o matador entra na arena numa celebração de bravura e de machismo, enfrentando um touro exausto, moribundo e confuso.

E falta ainda a famosa Espada!

O touro é atravessado por uma ESPADA de 80 cm de comprido, que pode destroçar-lhe o fígado, os pulmões, a pleura, etc..., segundo o lugar por onde penetre no corpo do animal.

De facto, quando destroça a grande artéria, o touro agoniza com enormes vómitos de sangue.
Na hora de matar, se o touro tiver um pouco de sorte, morre duma estocada, mas não como se pensa duma estocada no coração, porque a espada penetra pulmões e diafragma, por vezes uma artéria maior, daí a hemorragia ser mais visível. Por vezes morrem afogados no seu próprio sangue…

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E a Tortura continua...

O touro, numa tentativa desesperada por sobreviver, resiste a cair, e tenta caminhar penosamente até à porta por onde o fizeram entrar, procurando uma saída a tanto maltrato e dor. Mas então apunhalam-no na nuca com o DESCABELO, uma outra espada que termina numa lâmina de 10 cm. Apesar destes terríveis tormentos, o animal não consegue morrer de imediato pela sua grande força, mas finalmente cai ao solo, porque a espada foi destruindo os seus órgãos internos…

Mestres? Artistas? Valentes?  Ou antes, Ignorantes, Assassinos e Cobardes ?

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E prossegue…

Rematam com a PUNTILLA de 10 cm, com a qual lhe tentam seccionar a espinal-medula, ao nível das vértebras atlas e áxis.

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O touro fica assim paralisado, sem poder sequer realizar movimentos com os músculos respiratórios, pelo que morre por asfixia, muitas vezes afogado no seu próprio sangue, que lhe sai em grandes golfadas pela boca e pelo nariz.

O Arrasto…

Após lhe terem destroçado as vértebras, o touro perde o controlo sobre o seu corpo desde o pescoço para baixo. No entanto, a cabeça mantém-se intacta, pelo que está consciente de todo o horror que lhe está a acontecer e de como está a ser arrastado para fora da arena. image  image

NÃO SEJAMOS INDIFERENTES À SUA DOR…

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Consegue ver a lágrima que lhe escorre pela face?

Não participe nestes eventos. As corridas de touros são uma tradição cruel que nos denigre como seres humanos.

•António Gala, ex-toureiro, nascido em 1937, escreveu na crónica dominical do “El País”, a 30 de Julho de 1995, um artigo no qual confessava a sua "conversão" a anti-taurino:
“E de repente [o touro] olhou para mim. Com a inocência de todos os animais reflectida nos olhos, mas também implorando. Era a revolta contra a injustiça inexplicável, a súplica face à crueldade desnecessária...”

image image Reflicta, tal como eu…

“A comiseração com os animais está tão intimamente unida com a bondade de carácter, que se pode afirmar que quem é cruel com os animais não pode ser boa pessoa.”

Schopenhauer

Só os psicopatas gozam com o sofrimento doutros!

É um deles? Reflicta! Rejeita-a!!!
Esta é uma tradição degradante que NÃO deve continuar…

Como se pode Ajudar?

•Não assista a corridas de touros;

•Não apoie políticos, artistas e comunicadores associados a esta crueldade;

•Não consuma produtos de empresas que as patrocinem;

•E o mais importante: Ensine os seus filhos a respeitarem os seres vivos…

Pense bem nisto!!!

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