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terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Diplomatas.

Tenho grandes dúvidas sobre a eficácia informativa das peças jornalísticas que, ontem e hoje, o "Diário de Notícias" publicou sobre a diplomacia portuguesa. Nem me quero pronunciar sobre o rigor do que foi escrito, até porque há por ali dados que eu próprio desconhecia.
A condição diplomática tem "nuances" de vida que se torna muito difícil explicar, em particular porque há aspetos menos claros e menos óbvios para quem tem um quotidiano profissional mais sedentário.
De qualquer forma, quero louvar o esforço de quantos procuram, dentro da estrutura sindical que agrega os diplomatas - e de que já fui vice-presidente, com responsabilidades na negociação do estatuto da carreira -, defender os nossos interesses profissionais, sublinhando junto do poder político os direitos de uma das poucas carreiras públicas que nunca fugiu aos seus deveres e que, nesse âmbito, tem dado constantes provas de um elevado e não ultrapassável sentido de Estado.
Sei que falo em causa própria, com tudo o que isso diminui a autoridade do argumento, mas é o que sinto.

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