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segunda-feira, 30 de novembro de 2009

GENOCÍDIO À NOSSA PORTA – Saharauis SÃO ASSASSINADOS POR MARROCOS E UE CALA

A Assembléia da República aprovou hoje um voto em que «manifesta a sua solidariedade com a activista dos direitos humanos Saharaui Aminetu Haidar e pugna pelo cumprimento dos direitos humanos e das resoluções aprovadas pelas Nações Unidas» em relação ao conflito do Sahara Ocidental, antiga colónia espanhola do Norte de África, cujo maioria do território se encontra sob ocupação marroquina há 35 anos.
O voto de solidariedade foi apresentado pelo Grupo Parlamentar do Partido Comunista Português e nele se afirma tratar-se «de uma grave violação dos direitos humanos, da liberdade de opinião e de expressão e de desrespeito pelo direito internacional».
Aminetu Haidar, destacada activista saharaui pelos direitos humanos foi detida no aeroporto de El Aiun, capital do Sahara Ocidental, no passado dia 13 de Novembro, pelas autoridades marroquinas, quando regressava de Nova Iorque, após ter sido distinguida com o “Prémio da Coragem Civil 2009”. Obrigada a embarcar num avião para Lanzarote, nas Ilhas Canárias, as autoridades de ocupação retiraram-lhe todos os seus documentos.
Aminetu Haidar encontra-se no aeroporto de Lanzarote desde o dia 14 de Novembro. Está em greve de fome até que possa regressar a El Aiun, onde a sua família e os seus dois filhos a aguardam. Neste momento, Aminetu encontra-se numa situação de grande fragilidade física, correndo perigo de vida segundo a equipa médica que a acompanha.
As Nações Unidas mantêm no território do Sahara Ocidental há 18 anos a MINURSO (Missão das Nações Unidas para o Referendo no Sahara Ocidental), com o objectivo de zelar pelo cessar-fogo entre as partes – Frente POLISARIO e Reino de Marrocos – e realizar o referendo para a autodeterminação do Sahara Ocidental, sem que até hoje o tivesse concretizado, não obstante o censo eleitoral ter sido já efectuado.
Informação divulgada pela
Associação de Amizade Portugal – Sahara Ocidental
27-11-2009
Aminetu Haidar
Um grito à consciência da Comunidade Internacional!
Aminetu Haidar — a militante dos Direitos Humanos no Sahara Ocidental a quem a imprensa internacional designa pela «Gandhi Saharaui» devido à resistência pacífica e determinação na utilização da arma da desobediência cívica contra a ocupação marroquina da sua pátria, está desde Domingo em greve da fome no Aeroporto de Lanzarote (Canárias) até que lhe permitam o seu regresso à cidade de El Aiun, de onde foi expulsa pelas autoridades de ocupação.
Presa ao início da tarde da passada sexta-feira, no Aeroporto de El Aaiun, capital do Sahara Ocidental ocupado, quando descia do avião oriundo proveniente das Canárias, Aminetu Haidar foi detida durante horas pelas forças de segurança marroquinas após o que foi expulsa para Lanzarote, não sem que antes as forças policiais lhe tivessem apreendido passaporte, telemóvel e alguns dos seus pertences. Argumento das autoridades de ocupação: o facto da detida se recusar a declarar-se «marroquina» quando chegou ao aeroporto da sua cidade natal e onde reside junto com a sua família e os seus dois filhos.
Com esta declaração de coragem da sua nacionalidade saharaui e não marroquina, Aminetu quis, uma vez mais, reafirmar que o Sahara Ocidental é um território não autónomo pendente de descolonização que, embora ocupado pela força militar e policial do Reino de Marrocos, aguarda que a Comunidade Internacional aplique aquilo que dezenas de resoluções das e as Nações Unidas vêm consagrando há décadas: o efectivo exercício do direito à autodeterminação do povo do território da antiga colónia espanhola, que passa — tal como em Timor-Leste —, pela celebração de um referendo que inclua a independência entre as diferentes opções.
A Associação de Amizade Portugal –Sahara Ocidental:
1.      Vê com grande apreensão o incremento da repressão no Sahara Ocidental, de que a medida de expulsão contra Aminetu Haidar e a detenção em Outubro passado de sete activistas dos direitos humanos perpetrada pelas autoridades marroquinas é apenas uma pequena parte do sofrimento a que é sujeita a população saharaui no interior de um território onde não há liberdade de expressão e que está sujeito à mordaça do silêncio “.
2.      Encara com forte preocupação o evoluir do estado de Aminetu Haidar, mulher de grande coragem mas de debilidade física evidente, que sofre de sérios problemas gástricos e de saúde em geral, herdados de tempos em que esteve sujeita a tortura, a «desaparecimento forçado» e anos de cárcere.
3.      Rejeita, incrédula e atónita, a posição do Governo de Espanha, que ao receber a cidadã saharaui em território espanhol sem passaporte e sem que fosse essa a sua vontade, mais parece desempenhar um papel de colaboração e cobertura logística à “guerra declarada” que o monarca alauita Mohamed VI claramente decretou na sua última alocução ao país contra quem ponha em questão a pretensa marroquinidade do Sahara Ocidental
Lisboa, 17 de Novembro de 2009
Associação de Amizade Portugal – Sahara Ocidental

AQUI MESMO À NOSSA PORTA
NÃO ADMITIREMOS!… NÃO ACEITAREMOS!
MARROCOS É FASCISTA!
LEMBREM QUEM AJUDOU OS FRANQUISTAS A ASSASSINAREM A REPÚBLICA E A DEMOCRACIA, FORAM PARA ALÉM DOS NAZIS, OS SEUS ALIADOS MARROQUINOS.
Ouss

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