Outras páginas.

segunda-feira, 2 de março de 2009

Dinheiro sujo e colchões

Em Espanha, a crise chegou também ao empreendedor sector da corrupção. Os jornais dão todos os dias notícias da detenção de políticos e empresários e até essa honorável instituição que é a banca perdeu a confiança dos corruptos. Fundos e "offshores" começam a sentir dificuldade em lavar mais branco e resta aos autarcas espanhóis e promotores de urbanizações em reservas agrícolas e zonas protegidas o único lugar onde as tecnologias policiais não alcançam: o tradicional colchão. Mas uma notícia do "El Mundo" de ontem não é tranquilizadora. A Guardia Civil apanhou 160 000 euros no colchão do presidente da Câmara de Alcaucín, em Málaga, e levou-o preso com mais 12 autarcas e empreiteiros. A falta de sofisticação dos espanhóis é surpreendente. Almofadas e colchões penais como a não criminalização do enriquecimento ilícito e a tímida criminalização de tudo o que é crime de colarinho branco, e processuais penais como as proibições de prova, são a melhor garantia do sono tranquilo do dinheiro sujo. Em Portugal nenhum corrupto ficará, como o pobre "alcalde" de Alcaucín, sem as "economias de uma vida".

Manuel António



Veja quais são os assuntos do momento no Yahoo! + Buscados: Top 10 - Celebridades - Música - Esportes

Sem comentários:

Enviar um comentário