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sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Crise da zona euro: Chegou a altura de a UE trabalhar sem a ajuda do FMI

"Chegou a altura de a Europa suportar sozinha os seus próprios problemas", escreve, em editorial, o Financial Times após a publicação, em 31 de julho, de um relatório do Fundo Monetário Internacional, que avisa que a Grécia registará um "buraco" financeiro, após julho de 2014, e que o Fundo não cumprirá o seu compromisso de contribuir para um programa de ajuda agendado para novembro-dezembro deste ano.

O FMI prestou assistência no resgate não por razões financeiras, mas devido às suas "competências e capacidade comprovada de disciplinar os beneficiários dos seus créditos", escreve o FT. No entanto, a UE e o FMI têm feito um esforço para trabalharem em conjunto e o resultado tem sido a falta de focalização na maneira de resolver os problemas financeiros do país, adianta o jornal. E acrescenta que "a preocupação crescente das potências emergentes quanto à exposição do FMI" piorou a situação.

O jornal continua –

A Grécia, o resto da zona euro e o FMI ficariam em melhor situação, se a incerteza fosse eliminada de uma vez por todas. A Europa poderia fazer isso, chamando a si a posição do Fundo: primeiro, atribuindo-se a cota do FMI em futuros pagamentos, e depois, gradualmente, assumindo os riscos pendentes deste pelo seu valor facial. Se os dirigentes da zona euro que afirmam que o programa está a dar resultados, forem tomados à letra, fazê-lo não exporia os respetivos contribuintes a qualquer risco adicional. Só por si, isso não resolve tudo. […] Mas libertar o FMI deste 'asamento'inoperante com a Europa tornaria mais fácil, para este, dizer a verdade como considerar apropriado e mais difícil, para a zona euro, ignorar o insucesso das suas políticas.


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