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quinta-feira, 11 de julho de 2013

Do Estado

Francisco Seixas da Costa

 

O lançamento de "Ideologia e Razão de Estado - uma história do Poder", um novo livro da autoria de Jaime Nogueira Pinto, juntou ontem no Centro Cultural de Belém algumas dezenas de seus amigos e admiradores. Por ali encontrei figuras de setores políticos muito diversos, embora, com naturalidade, com uma maioritária presença da área conservadora, de onde o autor é oriundo e onde ainda hoje permanece, curiosamente num registo singular e independente. 

 

O livro, com mais de 1000 páginas, foi objeto de uma brilhante apresentação feita por Jaime Gama, o qual, com erudição e um magnífico sentido de observação política, contextualizou a obra no percurso de escrita e maturação intelectual do autor. 

 

Ao ouvir Gama, dei comigo a pensar se pode ser considerado natural que o país prescinda, nos dias de hoje, do contributo ativo de uma figura da sua craveira. Sendo o mais bem preparado político da nossa geração, com um elevado sentido de Estado, uma rara experiência política nacional e internacional, um reconhecido equilíbrio e uma inteligência culta, bem distante da vulgaridade, creio ser muito injusto para o país que Jaime Gama permaneça afastado da vida política ativa, mesmo se isso corresponde a uma sua legítima opção pessoal. Entendo que há momentos em que esse tipo de opção tem de ceder o passo a imperativos de interesse nacional. E, cada vez mais, verifico que não sou só eu a pensar assim.


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