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sábado, 18 de julho de 2009

Boavista

Francisco Seixas da Costa Há uma imensa injustiça quando um emblema a quem imensos milhares dedicaram as suas emoções e afectos, ao longo de um historial de largas décadas, se perde por virtude de gestões ruinosas e de decisões assentes na irresponsabilidade.
Há uns anos, foi o Salgueiros, há pouco tempo esteve para ser o Leixões, agora foi a vez do Boavista. A macrocefalia do Futebol Clube do Porto não justifica tudo.
A desqualificação do Boavista é um momento triste para a cidade do Porto e para o futebol português em geral. Mas o que é ainda mais triste, porque sintomático do estado em que vive o futebol português, é não ver pessoalmente responsabilizados e punidos com severidade criminal, até ao limite máximo das consequências da lei, os responsáveis directos por este tipo de descalabros que afectam os nossos clubes, que os endividam e arruínam para satisfação das suas vaidades e glórias pessoais, arrastando consigo o desemprego, para os jogadores e os restantes empregados dos clubes. Responsáveis que têm nomes, alguns bem sonantes, como todos sabem. E que por aí vão continuar a andar à solta, bem na vida e de costas direitas.
Deixo um abraço de simpatia aos meus amigos boavisteiros, em cujo admirável Campo do Bessa me "estreei", numa tarde de 1966, como um dos menos bem sucedidos "laterais-direitos" dos anais da equipa de futebol da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto...

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